(Mira cá umha explicaçom sobre este texto)
Quando se nega o dia a escalar o corpo dos altos edifícios
mostrando fragmentos de estrelas proibidas
onde a penas existem feridas que se esquecem
porque nos arrodean os poldros perdidos da brétema
Alta cidade tinguida pola névoa
Na cidade chove em amarelo
umha água fresca que me encelma a língua
e umha música lonxana esvaendo-se
Desde a opaca pátina do balcom pechado
no abissal fundo dos oceanos
venhem lentas as fías dos remorsos
No meio da rua
grosseira inculta e pouco delicada
em um jardin que tarde ou cedo há engolir o asfalto
memória do que queremos esquecer
ainda há algo a reclamar-nos
Som tempos de olhar a chuva
invernía no lento fluír dos almanaques
Será a emoçom quanto vale nesta terra?
De cada cidade agroma o aroma dum mistério
fronte ao mar equivocado
Como sei que ti e eu nos queremos
* O poema é meu, o título de Santiago Jaureguizar e os versos de: Celso Álvarez Cáccamo, Luisa Villalta, Miro Villar, Anxo Angueira, Xohana Torres, Fran Alonso, Antón Avilés de Taramancos, Xosé Luís Santos Cabanas, Yolanda Castaño, José Alberte Corral Iglesias, Ana Romani, Emma Couceiro, Lois Pereiro, Pilar Pallarés, Marta Dacosta, X. Antón L. Dobao, Eduardo Estévez, Carlos Negro, Estíbaliz Espinosa, Alberte Momán, Franck Meyer, Maria Lado.
(Outro texto do velho blog)
Umha das vezes
a voz saiu da torradeira do pam
Já sabedes
esse aparelho que torra o pam
com umhas resistências eléctricas
Ele
como todas as manhás
ia almoçar
e meteu as fatias de pam na torradeira
e carregou no botom
Nesse momento
a torradeira começou a falar
"Nego-me a acreditar nos venenos. Desde a conquista espanhola o meu povo ri idiotamente por umha grande ferida. Quase sempre é de noite..."
Ele gostava do pam no seu ponto justo
No que ele considerava o seu ponto justo
3 minutos
Aos 3 minutos as fatias de pam saltárom
e a torradeira deixou de falar
Ficara os três minutos absorto
a escuitar a torradeira
Sem pensar
pegou em duas novas fatias e meteu-nas na torradeira
Carregou no botom
Novamente falava
"O viageiro encaminha-se através da espiral embora nom
lembra quando e onde penetrou.
Supom que o caminho tem forma de espiral..."
Novamente aos 3 minutos saiu o pam quente
torradinho
tal e como ele gosta
Instintivamente
deu-lhe à rodinha até os 6 minutos
"O pam sairá mais torrado"
pensa
"mas a voz nom parará tam rápido"
Mete as fatias
desejoso de ouvir novamente aquela voz
espectacularmente preciosa
que lhe fala
a ele
Carrega no botom
Passam as horas
A escuitar a voz
e a pensar na sorte de ter mercado
ontem mesmo
dous pacotes de pam de forma
Vou começar a colar algumhas cousas que apareciam no antigo blog, e que gostaria de ver neste.
Andivemos a jogar na escola com a literatura, e isto foi algumhas das cousas que escrevim. Tratava-se de continuar o escrito em negrito.
O médico remata de examinar-me e tranqüilizar-me: nom é grave, numha semana estarei bem. Eu desconfio. Quando me fala fai-no como se nom falara comigo. Como se falará só.
Além do mais, na porta do seu gabinete há um cartaz que di: "Dr. Rodríguez. Médico-forense".
Num pequeno povo de Escócia vendem livros com umha página em branco perdida polo meio do volume. Todo o mundo pensa que detrás se agacha um grande mistério, mas o único certo é que o dona da imprensa despediu ao revisor das provas e já nom tem ninguem que controle os trabalhos que se fam na sua empresa.
Outro dia, mais.
Eu fun o silêncio
que governava a minha mente
Eu fum umha ideia
que era como umha sensaçom cheia de cores
E depois decidim
deixar de abrir os olhos
para nom ter que ver novamente o vazio
(29 de Abril de 2006)
Hoje o Diário de Leom, recolhe, na sua ediçom impresa e na sua ediçom electrónica, a celebraçom do Dia das Letras no Berzo por parte de Fala Ceive, e, também, reproduz umha versom reduzida, e em espanhol, do artigo que publicava neste blog haverá uns dias, e que apareceu em galego em alguns outros meios.
Nos próximos dias, poderemos contar como decorreu todo.
Saude e língua!
Até os "camelos" asumem no seu trabalho a unidade territorial... : )
O dia 12 de Maio, quer dizer, manham, dentro dos actos de celebraçom do Dia das Letras, organizados por Fala Ceive, Servando, do grupo "Servando e Contradança", estará na Gatera (rua do Relógio, a carom da Casa do Concelho) numha Festa-Concerto-Repichoca que começará às 23'30h., e à que estades todos e todas convidadas.
Vemo-nos primeiro, às 17'30 nos actos que teram lugar no Salom de Actos do Campus de Ponferrada.
Hoje recebim umha sms que dizia "Vem celbrar o Dia das Ltras ao Berzo com Fala Ceive! E nom sqezas traer o teu sprai (passa-o)". Pois isso! : )
Reproduzo um artigo sobre a questom da normalizaçom lingüística no Berzo, enviado a vários meios de comunicaçom (electrónicos e "de papel"), tanto em galego como em espanhol (no Berzo, oficialmente em Castela e Leom ainda, os meios nom publicam nada em galego, mas claro... iso nom é censura).
O Berzo e a Normalizaçom Lingüística
Nas últimas semanas, mesmo meses, tem havido diversas notícias relacionadas com a defesa, promoçom e reivindicaçom da língua e cultura galegas do Berzo. Ao fio dessas novas, alguns meios de comunicaçom e alguns políticos de Castela e Leom tenhem empregado um argumento falso para criticar as posiçons que por parte de diversos sectores da Comunidade Autónoma Galega se tenhem apresentado para defender umha maior protecçom do galego do Berzo. Ao falar destes temas, tenhem querido dar a entender que som exclusivamente as organizaçons "nacionalistas" galegas, nomeadamente o BNG, as únicas interesadas neste tema, ajustando assim as suas palavras a um preconceito nom menos falso: aquele que quer fazer-nos crer que existe um suposto "imperialismo galeguista" atrás deste tema. Mentem, ou falam a partir da ignoráncia, e sendo as duas possibilidades perigosas, nom se sabe qual é pior.
Umha pequena nota gastronómica. No Bierzo o que há que comer é botilho (ou butelo, como também lhe chamam em algumhas zonas). Evitarás surpresas.
Escuitas
ou nom escuitas
os telejornais
e dis
ou nom dis
que ainda nom sei
ou nom sabes
como é que falas
ou nom falas
enquanto fora a lua
canta
novas melodias de rebeliom