Diversas organizaçons do Bierzo, anunciam a convocatória dumha concentraçom em solidariedade com Palestina e de denuncia da massacre israelita. Será manham, sexta-feira, dia 9, às 20.30h., na Praça do Concelho em Ponferrada.
A Assembleia Comarcal de NÓS-Unidade Popular do Bierzo já anunciou a sua participaçom nesse acto.
Junto com NÓS-UP, tenhem anunciado a sua participaçom nessa concentraçom Izquierda Unida, CCOO, UGT e o Partido do Bierzo.
Via Zero Vacas, que parece que abre novamente as suas portas, chego a CCCP, e alí dou com este Pim Pam Pum, que me dirige ao lugar onde poder ver esta estupenda curta, de Andoni de Carlos Yarza e Asier Urbieta.
1) Em Oriente Próximo som sempre os árabes quem atacam primeiro, e sempre é Israel quem se defende. Essa defesa chama-se ?represália?.
2) Nem árabes, nem palestinos nem libaneses têm direito a matar civis. A isso se lhe chama ?terrorismo?.
3) Israel tem direito a matar civis. Isso se chama ?legítima defessa?.
4) Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedem que o faga com maior comedimento. Isso se chama ?reacçom da comunidade internacional?.
5) Nem palestinos nem libaneses têm direito a capturar soldados israelenses dentro de instalaçons militares com sentinelas e postos de combate. A isso há que o chamar ?sequestro de pessoas indefesas?.
6) Israel tem direito a sequestrar a qualquer hora e em qualquer lugar a quantos palestinos e libaneses que tenha por antolho. A sua cifra actual rodada os 10 mil, 300 dos quais som meninos e mil, mulheres. Nom se precisa prova alguma de culpabilidade. Israel tem direito a manter sequestrados presos indefinidamente, já sejam autoridades democraticamente eleitas polos palestinos. A isso se lhe chama ?encarceramento de terroristas?.
7) Quando se menciona a palavra ?Hezbollah?, é obrigatório acrescentar na mesma frase ?apoiados e financiados por Síria e por Irám.
8) Quando se menciona ?Israel?, está terminantemente proibido acrescentar: ?apoiados e financiados polos EEUU?. Isso poderia dar a impressom de que o conflito é desigual e de que a existência de Israel nom corre perigo.
9) Em informaçons sobre Israel, há que evitar sempre que apareçam as seguintes locuçons: ?Territórios ocupados?, ?Resoluçons da ONU?, ?Violaçons dos Direitos Humanos? e ?Convençom de Genebra?.
10) Os palestinos, o mesmo que os libaneses, som sempre ?covardes? que se escondem entre uma populaçom civil que ?nom os quer?. Se dormem em casa com suas famílias, isso tem um nome: ?covardia?. Israel tem direito a aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde dormem. A isso se lhe chama ?acçom cirúrgica de alta precisom?.
11) Os israelenses falam melhor inglês, francês, castelhano ou português que os árabes. Por isso merecem ser entrevistados com maior frequência e ter mais oportunidades que os árabes para explicar ao grande público as presentes regras de redacçom (da 1 à 10). A isso se lhe chama ?neutralidade jornalística?.
12) Todas as pessoas que nom estám de acordo com as mencionadas Regras, som, e assim deve se fazer constar, ?terroristas anti-semitas de alta perigosidade?.
Sabemos (as pessoas que queremos sabé-lo) desde há tempo que a revoluçom nom vai ser televisada. Mas o que sim vai ser televisada, youtubeada, myspace-ada e facebook-ada (se se me permite os neologismos), é a guerra do futuro. E a do presente.
O Governo de Israel, ao tempo que mantém a censura como ferramenta de guerra (táctica tam velha como a própria guerra), abre os seus espaços na rede (segundo podes ler aqui), criando umha canle em youtube e páginas em facebook e myspace, para repetir mil e mil vezes as suas mentiras e a sua propaganda, com a esperança de que assim se convirta em verdade. Informaçom? Nom, propaganda política. Pura e dura apologia da massacre.
Mas na rede também há respostas. Som muitas as páginas de informaçom, blogues, organizaçons, colectivos e meios que nestes dias falam de Gaza, de Palestina. Neles é possível procurar informaçom, para nom só escuitar o que o estado terrorista de Israel quer que escuitemos, para nom só ver o que o estado terrorista de Israel quer que vejamos. Para nom só ler o que o estado terrorista de Israel quer que leamos.
Podemos, devemos, participar nos actos de protesto que contra a massacre se convocam nas cidades e vilas do nosso país. Participar nelas. Promové-las. Promocioná-las. Publicitá-las.
E também podemos fazer algumha cousa das nossas webs, dos nossos blogues. Por exemplo, publicar este banner que colo aqui abaixo, e que publicita a boicote aos produtos fabricados em Israel.
Ou incluir a imagem que abre este comentário, de solidariedade com Gaza, de solidariedade com Palestina. Porque a solidariedade também está na internet. Porque o internacionalismo também se practica na rede. Porque a construçom dum outro mundo fai-se, fará-se com as aportaçons de todas e todos nós.
A praticamente obrigatoriedade de rematar o ano desejando feliz ano novo e falando sobre o melhor e o peor do ano velho, e sobre o que deparará o próximo, tem que passar este ano por Palestina.
A sociedade ocidental tem permitido tantas e tantas guerras, masacres, e ataques contra todos os direitos humanos, que já nom nos pode estranar que permita um mais. Os perto de 400 pessoas mortas e 1800 feridas na Faixa de Gaza nos últimos dias, nom nos pode permitir ficar na casa, tranquilamente.
Já recolhe Mario a famosa frase de Adorno de que nom era possível fazer poesia depois de Auschwitz. O que nom sabia Adorno, é que sim que era possível seguir o caminho de Auschwitz depois de Auschwitz. A poesia atopou o seu próprio caminho para seguir viva. A injustiça, a indignidade, o fascismo, o irracionalismo, também.
Keffiyeh.
O que se autodenominava "Povo Mais Perseguido do Mundo", tem acedido, por méritos próprios, à perda desse título. O palestiniano é hoje o povo mais perseguido do mundo.
Subo este comentário ao blogue na (mais ou menos) hora exacta na que, há 3 anos, Xende viu por vez primeira as luzes e as cores deste mundo, quando por vez primeira viu à sua mae, estivo com ela pel com pel. Nestes 3 curtos anos, grandes anos, anos cheios, Xende descubriu, entre outras muitas cousas, a música.
Na passada semana, na ceia de comemoraçom do número 50 do Abrente, decidiu começar a tocar a bateria. Aqui o podemos ver, fazendo os seus primeiros ritmos com a bateria, tomada prestada sem pedir permiso, de "Chama-lhe Xis".
De Lándoa recolho a notícia, e do Abloccedari a proposta, de realizar hoje umha homenagem, umha homenatge, grande ou pequena, ao Joan Brossa, no 10 aniversário da sua morte: La idea és publicar tots simultàniament el 30 de desembre ─dia de l'efemèride─ un apunt als nostres blocs sobre Brossa, cadascú segons el tarannà del seu bloc i a la seva manera.
Este A, preto, tipografia berlin sans FB demi 1300 pontos, está cheio de as brancos, amarelos, azuis e vermelhos, com as tipografias das que mais gosto e/ou que mais emprego no meu trabalho (profesional e/ou artístico), todas de 24 pontos: amertype Md Bt, arial black, courier new, garamond, cancun, verdana, times new roman, bauhaus, clarendon BT, english111 vivace BT, avantgarde, binnerD, lucida sans typewriter, chiller, ravie, pablo LET, kabarettD, etc...
O Portal Galego da Língua publicou nestes dias umha entrevista colectiva, realizada com motivo da publicaçom do número 50 do Abrente, o vozeiro de Primeira Linha, a Noa Rios Bergantinhos, Carlos Morais e a quem isto escreve.
Aporto umha pequenha reflexom, já várias vezes repetida, portanto, nom excessivamente original, mas que pode aportar algumha cousa para o debate sobre os blogues, a literatura na rede, etc..., e que foi, está ainda a ser, um dos debates do ano que remata, e do ano que vai começar: "Além do dito, é claro que a leitura na rede costuma ser mais fragmentária, imediata, enquanto no papel dá para umha leitura mais profunda e demorada, complementando a leitura na Internet. É curioso, neste senso, comprovar como na rede se tenta cada vez mais aproximar os formatos de leitura à leitura em papel, como se vê em serviços gratuitos como Issuu, onde vimos publicando o Abrente desde há uns meses".
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Cada quem, vive a vida como quer, como pode. Há quem vive a vida louca, ou tola. Se lê este blogue, ou simplesmente o visita de quando em vez, e o seu filósofo de cabeceira fai-lhe visitar estas terras, que se lembre de mim. Que se lembre de nós.