Próxima sexta-feira 30 de maio no Lume! às 21h. Achega-te!!

Os centros sociais Lume!, A Revolta, e O Faisca fazemos um apelo à participaçom este 17 de maio no bloco reintegracionista que organizamos dentro da manifestaçom do Dia das letras este sábado às 12h desde Via Norte, convocada pola Plataforma Queremos Galego. A seguir reproduzimos o manifesto assinado polos centros sociais convocantes.

NA GALIZA EM GALEGO
(Stop julgamentos contra a nossa língua)

Em plena crise do capitalismo, continuando com medidas neoliberais que dia a dia afogam ainda mais as classes populares galegas e o conjunto do nosso povo trabalhador, a luita pola nossa língua nom deve ficar num segundo nível. A nossa naçom e o combate que levamos diariamente às ruas polas opressons que padecemos vam ligadas à falta de soberania nacional e ao impedimento por parte de Espanha da nossa Independência Nacional.

Nom só perdemos direitos laborais. O retrocesso em prol da homogenizaçom que pretende acadar o projeto nacional espanhol avança firmemente. E um passo claro som as políticas contra o galego,

contra a nossa língua ainda maioritária mas ferida de morte. O número de falantes reduze-se até o rídículo, sobre todo em cidades como a nossa, como Vigo. As políticas do PP no ámbito do ensino, com a famosa LOMQE como elemento espanholizador do nosso ensino, afastando à língua galega das etapas mais elementares e aumentando a falta de relevo intergeracional. Mas também as políticas da sucursal madrilena na Galiza, da mao de Feijó, que soubo bem assumir o discurso da ultradireita mais rançosa, o discurso de Galicia Bilingüe, e levá-lo à prática.

Querem mais derrotismo, mais preconceitos e mais auto-ódio. Atopar um trabalho hoje em dia é difícil, mas os obstáculos som maiores quando queremos aceder a um posto de trabalho em galego. O estudantado observa como desaparece das aulas e os trabalhadores e trabalhadoras estám obrigados/as a mudar para ao espanhol por certas políticas de empresa.

Mas nom é só a Junta e o governo espanhol. Também o é a péssima resistência da Real Academia Galega, presidida por Xesús Alonso Montero, ou do Instituto da Lingua Galega, que garante a submissom a umha norma esquálida e sem projeto, misturada com o espanhol e negadora das possibilidades do galego dentro do grande mundo da lusofonia. O galego precisa de recuperar o que é seu, a sua grafia e a sua dignidade. Só assim pode recuperar os espaços roubados ante a incapacidade demonstrada durante 35 anos por parte da estratégia isolacionista.

No ámbito local, na cidade de Vigo, observamos como o espanholismo de Caballero ajuda na ofensiva para a consecuçom dum Vigo totalmente em espanhol. Os centros sociais que assinamos este manifesto sabemo-lo bem. Somos resistência, espaços normalizadores onde resiste a cultura e o monolingüísmo, frente a retirada de subsídios a editorias em galego, e sobretodo, à nossa cultura local. A cultura popular galega na cidade de Vigo está numha situaçom alarmante, sendo substituída pola indústria esbanjadora de recursos e espanholista, tal como gosta Abel Caballero.

E os ataques para impedir-nos ser um projeto nacional com futuro centram-se na língua porque sabem que é a coluna vertebral da naçom. O principal factor de identidade. É por isso que quando a defendemos nas ruas, como aquele 8 de fevereiro de 2009 contra o espanholismo supremacista convocado por Galicia Bilingüe, a repressom espanhola atua. Este 17 de maio, além de reivindicar umha Galiza em galego, devemos achegar a nossa solidariedade com os processados pola justiça espanhola por defender com dignidade a nossa língua. Porque defendé-la nom é delito nengúm.

A alternativa sabemos que passa por dar força aos centros sociais que, como os nossos, luitam por conseguir espaços em galego. Devemos estender esses espaços, criar mais escolas populares que garantam os nossos direitos lingüísticos e levar às ruas do nossos país a luita pola nossa língua, caminho da nossa Independência.

Vigo, 17 de maio de 2014
Centro Social A Revolta do Bervés
Centro Social Lume!
Local Social Faísca

A próxima quarta-feira 14 de maio às 20h30 no C.S.Lume! acolheremos a Palestra, A luita de classes no México, organizada polo MCB, Movimento Continental Bolivariano -Capítulo Galiza- Contaremos com Jonathan Hernández. Achega-te!

Próximo sábado 17 de maio dia das letras galegas, temos que seguir berrando... Na Galiza, em galego! E a partir das 14h30 jantar popular no C.S.Lume! (opçom vegana) e depois, foliada com @s pandereteir@s do Lume! leva o teu instrumento e toca connosco.