O apalpador já caminha só. Hoje podemos afirmar que esta tradiçom emergeu do esquecimento e instalou-se irreversivelmente na nossa consciência colectiva. Nom pertence a ninguém. É o nosso novo protagonista das festas de Inverno.
Com a energia imparável dos movimentos sociais galegos, nomeadamente do conjunto dos centros sociais, projectou-se um novo elemento cultural carregado de consciência, de consciência galega. Nom sai dos movimentos sociais por coincidência algumha, nom demos com ele casualmente. Quando José André nos apresentou este carvoeiro, surgiu um debate entre os três. Depois de amáveis divergências e longas conversas decidimos apresentar à sociedade galega a nossa tradicional noite do apalpadoiro... e a sociedade galega fijo-se dona do Apalpador, do Apalpabarrigas, do Pandigueiro e do que venha.
O Apalpador vem carregado de castanhas, de alouminhos, de umha outra forma de celebrar as festas de Inverno. Ele traz presentes também, mas nom som os que traz o atifício criado pola coca-cola. Traz brinquedos feitos artesanalmente, traz manufacturas locais, traz presentes carregados de carinho e desprovidos de código de barras. Diziamos em anos anteriores que o Apalpador foge dos centros comerciais, som tam estressantes... -comentou-. Ele vem com vontade de transformar um bocado estas festas do consumo, quer devolvê-las ao povo, roubá-las ao corte ingles.
Abramos-lhe as portas, mas nom para mudar a roupa a quem temos pendurado da varanda. Abramos-lhe as portas para que lhe dê umha pancada enorme à videoconsola com as suas pantufas.
Este blogue é umha ferramenta mais. Está aberto a todas as contribuiçons que receba. A intençom é que constitua um armazém de conteúdos de todo o tipo sobre esta tradiçom viva, que desde o valezinho de Romeor inunde a Galiza toda.
Começamos: