AUTHOR: ordes TITLE: O Primeiro de Maio em Ordes em 1934 BASENAME: o-primeiro-de-maio-em-ordes-em-1934 DATE: Fri, 11 Feb 2011 15:43:22 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: MEMÓRIA CATEGORY: HISTÓRIA TAGS: ----- BODY:
ORDES-
O primeiro de maio - Por iniciativa de um grupo de jovens simpatizantes dos partidos galeguista e socialista, apoiado polas socieades agrárias, celebrou-se em Ordes a festividade do Primeior de maio, pese às dificuldades opostas. A propaganda nom se efectuou por denegar-se a permissom correspondente. Tampouco pudo celebrar-se o mitim público. Limitou-se à celebraçom de festas de carácter popular e umha palestra que sobre o significado da data deu o ex deputado constituinte senhor Soares Picalho.Raza Celta. Órgano del Comité Autonomista Gallego de Montevideo, Ano I, nº 4. Montevideu, 15 de junho de 1934, pág. 12.
Assim descreviam no Raza Galega o 1º de Maio celebrado em Ordes em 1934, seguramente um dos primeiros celebrados na vila e também um dos últimos. Destacam as travas colocadas na sua celebraçom, pois como se costuma dizer, a II República só chegou a Ordes com a Frente Popular. O governo de António Concheiro de republicano só tinha o nome, e os boicotes a actos deste tipo fôrom umha constante no seu governo municipal.
O orador neste Primeiro de Maio, Ramom Soares Picalho, agrarista, foi um dos militantes mais escorados à esquerda do Partido Galeguista. Formado no ambiente de esquerdas de Buenos Aires, preso político na Argentina, fundador do Partido Comunista do mesmo país, homossexual, etc., será umha das personagens mais interessantes do nacionalismo galego de pré-guerra. Sempre tivo especial relaçom com a nossa comarca, como explicaremos em próximas entradas do blogue.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Ceia-colóquio: "A Transiçom em Ordes através da experiência da AC O Terruño" BASENAME: ceia-coloquio-a-transicom-em-ordes-atraves-da-experiencia-da-ac-o-terruno DATE: Wed, 01 Dec 2010 12:22:16 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:No sábado 11 de dezembro começamos um ciclo de ceias-colóquio arredor de distintas experiências militantes na comarca de Ordes nas últimas décadas. A primeira -às 20h30 na Casa da Cultura de Ordes, com ceia posterior- será da mao de Lola Ferreiro, quem nos falará da Transiçom na comarca de Ordes através da experiência da Asociación Cultural O Terruño.
As ceias-colóquio serám organizadas por Foucelhas, Lucerna e A Revoltaina, tendo a ideia de juntar material para fazer um livrinho com todo o material juntado e as experiências que nos narrem.
Breve história da A.C. O Terruño
A Asociación Cultural O Terruño nasce em Ordes no ano 1975, legalizando-se dous anos depois e levando umha actividade constante até 1984.
O nome "O Terruño", herdárom-no do jornal anticaciquil El Terruño, que durante o ano 1903 se publicou em Ordes, mantendo umha boa relaçom com os galeguistas da época, publicando-se nas suas páginas mesmo um poema de Aurélio Ribalta.
Entre as suas actividades contam-se várias palestras sobre temas tam candentes na época como o aborto, contando com umha mui numerosa participaçom. Nos anos 1979, 1980 e 1984 organizam a Feira da Cultura Popular Galega, com artesania, livros, música e teatro.
Publicárom também cinco números do Boletín Informativo da A. C. O Terruño, e um monográfico sobre Manoel António em 1979. Revista com uns conteúdos mui críticos, de denúncia social, memória histórica, etc.
----- COMMENT: AUTHOR: COCHIQUI [Visitante] DATE: Fri, 03 Dec 2010 10:22:10 +0000 URL: http://ocortellodalaracha.blogaliza.orgOlá, penso que estes colóquios som, aparte de interessantes, moi importantes, porque as pessoas envolvidas culturalmente poidam aprender de outras experiências, especialmente quando antes era moito mais difícil do que agora. Parabéns.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Este Sábado, curso da Escola Popular Galega BASENAME: este-sabado-curso-da-escola-popular-galega DATE: Wed, 01 Dec 2010 11:54:32 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: HISTÓRIA TAGS: ----- BODY:Neste sábado, dia 4 de dezembro, a Escola Popular Galega em colaboraçom com Foucelhas realizará em Ordes -na Casa da Cultura- o seu segundo curso sobre história da Galiza, sob o título "Três achegas à história da Galiza", com as seguintes ponências:
11h30. "Da Gallaecia romana ao Reino Suevo". Por Duarte Abade, especialista em História Medieval.
13h00. Descanso para o jantar (rogamos que quem queira vir avise para fazer umha estimaçom)
16h00. "Marxismo e libertaçom nacional desde a década de 60". Júlio Teixeiro, Grupo de Estudos Mádia Leva.
18h00. "O fracasso dumha direita galeguista. O caso Franqueira". Tiago Peres, especialista em História Contemporánea.
Aguardamos-vos!
----- COMMENT: AUTHOR: cochiqui [Visitante] DATE: Fri, 03 Dec 2010 10:42:02 +0000 URL: http://ocortellodalaracha.blogaliza.org/Parabéns. Este tipo de cursos deveriam-se ter todo-los concelhos. Este é um modelo a seguires para moitas associaçons da Galiza. Adiante, aínda que com a certeza de que fazer este tipo de conferências nom é fácil.
----- COMMENT: AUTHOR: cochiqui [Visitante] DATE: Fri, 03 Dec 2010 10:40:02 +0000 URL: http://ocortellodalaracha.blogaliza.org/Parabéns. Este tipo de cursos deveriam-se ter em todo-los concelhos. Este é um modelo a seguires para moitas associaçons da Galiza. Adiante, aínda que com a certeza de que fazer este tipo de conferências nom é fácil.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Hoje charla de Miquel Amorós em Cerzeda BASENAME: hoje-charla-de-miquel-amoros-em-cerzeda DATE: Fri, 15 Oct 2010 11:25:14 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:O pensador anarquista Miquel Amorós dará hoje umha palestra na biblioteca municipal de Cerzeda, às 20h30, sob a legenda ?Princípios do antidesarrolhismo?. Nela exporá a sua crítica à sociedade industrial e ao conceito de ?desarrolhismo?, cujas consequências se palpam especialmente no concelho de Cerzeda, no norte da comarca de Ordes: os maiores orçamentos municipais da Galiza em troques de armazenar o lixo de todo o país, a chantagem dos postos de trabalho em troques de queimar o carvom mais poluinte.
Miquel Amorós, téorico e historiador social, é filho e neto de anarquistas. No agitado 1968 começa a militar, e na década de 70 participa da criaçom de grupos como Bandera Negra, Tierra Libre ou Trabajadores por la Autonomía Obrera entre outros. Militância e compromisso que lhe acarreta o passo polos cárceres franquistas, antes de se exilar em Paris, onde conhece Guy Debord e os situacionistas. Entre 1984 e 1992 fai parte da equipa redatora da influinte revista Encyclopédie des Nuisances, junto gente como Jaime Semprún.
A sua obra divide-se entre os livros de temática histórica, arredor da revoluçom libertária do ano 36, histórica dos conselhos obreiros, etc.; e os textos teóricos contra o desarrolhismo, o mito obreirista, de crítica do AVE e da tirania da mobilidade e a crise dos movimentos populares e a liquidaçom social dos últimos anos.
?Princípios do antidesarrolhismo? por Miquel Amorós.
Sexta-feira, dia 15 às 20h30
Biblioteca Municipal de Cerzeda
Organizam: Corsárias, AC Lucerna e AC Foucelhas.
Depois do tempo de Verao em Foucelhas retomamos as actividades. Se o clima o permite, neste Sábado (4 de Setembro) celebrará-se na paróquia de Buscás um roteiro de estrelas com David Bruzos, professor de Física que o ano passado exerceu no I.E.S. nº1 de Ordes. O objectivo é que grandes e pequenos conheçam questons básicas sobre astronomia que permitam depois desfrutar dos céus de Verao. Às 21h30 começará umha projecçom explicativa no local social de Buscás, para sair polo monte da zona por volta das 22h30. As recomendaçons: vir abrigad@s, trazer lanterna, e gana de aprender passando-o bem!
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Este domingo, Festa do 79 Aniversário da Proclamaçom da República Galega BASENAME: este-domingo-festa-do-79-aniversario-da-proclamacom-da-republica-galega DATE: Tue, 22 Jun 2010 00:19:21 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:O jantar, com produtos dos nossos labregos e labregas, inclui 1º e 2º prato, postre e água, por só 12 euros. As reservas podem-se fazer desde já chamando a este número 620 599 007 (Bocixa) ou enviando um correio electrónico a aclucerna@gmail.com. Anima-te a vir!
Vários colectivos da comarca de Ordes (A.C.Lucerna, A.C.Foucelhas, A.C. A Aldraba, A.C. A Revoltosa), de Bergantinhos (A Revoltaina Cultural da Beira de Bergantinhos) e de Santiago (a Comissom de Memória Histórica da Gentalha do Pichel) estamos a organizar para o 27 de Junho umha festa comemorativa do 79 Aniversário da proclamaçom da República Galega, efectuada em Compostela durante a greve dos trabalhadores do caminho-de-ferro no 27 de Junho de 1931, justo antes das eleiçons às Cortes Constituíntes da República Espanhola.
Polo simbolismo do sítio, a festa fará-se na estaçom velha de Gesteda (Cerzeda), abandonada ao passo do AVE, e situada à beira do Lenguelhe. Ainda que o programa está aberto a novas incorporaçons e/ou modificaçons, em princípio será o seguinte:
FESTA DA REPÚBLICA GALEGA
27 de Junho de 1931 - 27 de Junho de 2010
79 Aniversário da proclamaçom da República Galega
-12h00: passa-ruas com gaiteiras/os.
-12h30: acto explicando a comemoraçom, e os factos de aquele revolucionário ano de 1931. Haverá também umha expossiçom.
-13h00: sessom vermouth.
-14h00: jantar popular, a cárrego do Sindicato Labrego Galego, com produtos da zona.
-16h00: aberto de bilharda.
-À tarde haverá também projecçons de documentários relacionados com os factos:
-"Carrilanos", de Rafael Cid. Contaremos com a presença do director.
-E Lois Pérez Leira estreará um documentário sobre a proclamaçom.
-À noitinha começarám as actuaçons musicais:
Mini e Mero
Xosé Constenla
Leo i Arremecághona
Enviamos-che este correio para invitar-te a vir. Caso de que venhas ao jantar, necessitamos a confirmaçom quanto antes. As companheiras e companheiros do Sindicato Labrego Galego precisam saber antes do dia 23 de Junho o número de pessoas que vai vir jantar para poder preparar a comida, polo que este dia, 23 de Junho, será a data limite para reservar prato.
O jantar, com produtos dos nossos labregos e labregas, inclui 1º e 2º prato, postre e água, por só 12 euros. As reservas podem-se fazer desde já chamando a este número 620 599 007 (Bocixa) ou enviando um correio electrónico a aclucerna@gmail.com. Anima-te a vir!
Como chegar?
-Se vés desde Compostela: umha vez chegues a Ordes, tomasse a estrada que vai a Carvalho (AC-413). À altura de Gesteda (km 5,3) há que virar à direita. À altura de Porto Brea (identifica-se facilmente por estar aí o campo de futebol de Queixas e a área recreativa) já podemos estacionar o carro, porque de aí arrincará o passa-ruas até a estaçom do trem, que está a uns 400 metros.
(Ver o mapa da rota: http://maps.google.es/maps?f=d&source=s_d&saddr=Calle+del+Recreo%2FAC-413&daddr=43.136694,-8.488483&hl=es&geocode=FZxIkQIduLR__w%3B&mra=dme&mrcr=0&mrsp=1&sz=13&sll=43.130681,-8.450203&sspn=0.061136,0.154324&ie=UTF8&z=13&dirflg=d)
-Se vés desde a Corunha: pouco antes de chegar a Ordes está o polígono industrial de Merelhe, ali colhe-se à direita a estrada Ordes-Cerzeda. Só hai que ir recto até Cerzeda, e ao passar o Parque Acuático, virar na redonda em direcçom Gesteda até chegar a Porto Brea.
-Ubicaçom exacta da estaçom: http://maps.google.es/maps?f=d&source=s_d&saddr=&daddr=43.135711,-8.486971&hl=es&geocode=&mra=dme&mrcr=0&mrsp=1&sz=18&sll=43.135704,-8.486971&sspn=0.001969,0.004823&ie=UTF8&t=h&z=18
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: "Atapuerca", da Cona Ye-yé BASENAME: atapuerca-da-cona-ye-ye DATE: Thu, 10 Jun 2010 13:45:59 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: MÚSICA DE ORDES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Esta sexta-feira, às 22h00, a Cona Ye-yé toca na Gentalha do Pichel. Aqui deixamos o seu autodenominado cutre-clip "Atapuerca". Mais info: http://agal-gz.org/blogues/index.php/gent/2010/06/08/cona-ye-ye-em-concerto-sexta-feira-as-22h00
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: A comarca de Ordes na literatura (III) BASENAME: a-comarca-de-ordes-na-literatura-galega-iii DATE: Mon, 07 Jun 2010 17:34:52 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ORDES NA LITERATURA CATEGORY: TAGS: ----- BODY:MANUEL MURGUIA AO SEU PASSO POR ORDES
Nom sei se existe ainda, mas há uns vinte anos, e sempre que atravessava o caminho de Santiago à Corunha, ao chegar a umha alta esplanada, triste e solitária, mas cheia de agrestes aromas e de umha certa selvagem poesia, grata ao filho das montanhas, costumava deter as olhadas e o pensamento sobre um velho e um tanto espacioso edifício que à direita da estrada recurtava a sua obscura silhueta, sobre um céu encapotado.
Sobre a porta lia-se entom um letreiro: MESOM DE DEUS.
Aquelas negras paredes, mais negras ainda no meio de umha paisagem sem vivendas, sem árvores e sem raio de sol, faziam-me o mesmo efeito que os abandonados pombais que nos chaos de Castela parecem erguer-se para acusar ainda mais o vasto da chaura e a soidade que nela reina.
As janelas pechadas e sem vidros, a porta pechada também e muda, a chaminé a dizer a vozes que naquele fogar abandonado nom se encendia fogo havia anos, davam a entender bem claramente que as almas sós que ali houvera, voaram já aos lugares misteriosos onde todo acaba e se confunde.
Os que nascimos à beira do mar ou vales que o avizinham; os que vivem nas fecundas e riseiras comarcas que formam na Galiza regions verdadeiramente paradisíacas, nom acertam a compreender as belezas próprias das altas mesetas centrais do nosso país. Aquela, ao parecer, inóspita extensom, coberta da dura pranta que lhe dá a sua cor escura; a vasta amplitude apenas cortada no horizonte pola linha desigual dos pequenos outeiros, e os delgados álamos??? que marcam ao longe o cauce do rio, em cujas frias e cristalinas águas se reflictem todas as soidades que as rodeiam, tenhem, porém, a sua poesia e grandeza. Ao fundo obscurecem-se as tintas e tomam o eterno azul das lonjanias; o céu é mais claro, e as árvores mais verdes, as águas mais transparentes, o silêncio mais solene; numha palavra, todo tem a vaguidade e a grave firmeza das alturas. Verdadeiramente valem bem o amor que lhes professam os seus filhos!
Nestas chairas, no médio das quais pode repetirse com o poeta: ?da sua prisom escapa o meu coraçom de águia quando vejo o seu horizonte imenso?, o homem torna-se reflexivo e ensonhador. Diria-se que nelas templa-se o ânimo e o ser endureze-se para todo gênero de fatigas. O cavalo errante pasta uma erva desmedrada; o carneiro de lá áspera, despunta os cítisos selvagens e as retamas em flor; os ventos som frios, mas a cançom da camponesa é mais pura, porque fala só dos afectos íntimos e resoa sob céus iluminados por doces e claras lonjanias.
A mai de Deus tinha o carácter dos lugares nos que nascera e passado os seus primeiros anos, era boa e forte. O seu filho herdou sobre todas, estas duas qualidades, exaltadas por umha vida aventureira e de privaçons. Pensava que o seu pam negro e a água cristalina das montanhas nom haviam de faltar-lhe, nem menos ainda o pedaço de terra em que durmir o seu sonho de soldado, enquanto nom lhe chegava a hora suprema de durmir o dos heróis desconhecidos. Que lhe importava o resto? E porém, se ele tivesse contado os seus sonhos, se assim como sentia o seu coraçom, o expressara a sua palavra, arpa muda, em cujas cordas ressoou mais de umha cançom, com que extranhos sotaques nos teria comovido!
Los precursores, ?Leonardo Sánchez Deus?, cap. 3.
Avisados a última hora polo Centro Comarcal de Ordes de que nom se pode realizar ali a tertúlia com Luís Iglesia, decidimos transladá-la para o IES nº 1 de Ordes, no bairro do Paraíso. Lamentamos as moléstias.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Livro de relatos de Brais Zas ajudará a financiar a comemoraçom do 79ª aniversário da proclamaçom da República Galega BASENAME: livro-de-relatos-de-brais-zas-ajudara-a-financiar-a-comemoracom-do-79o-aniversario-da-proclamacom-da-republica-galega DATE: Thu, 27 May 2010 00:53:27 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:A Revoltaina Cultural da Beira de Bergantinhos vem de publicar o livro de relatos ?Arredor do Paraíso?, da autoria de Brais Zas, quem nom se considera ?um escritor?, mas sim ?um observador?. Cinco relatos que, por palavras do autor, som ?como um exorcismo dos próprios demos interiores, um repasso de experiências vividas, um compéndio dumha etapa vital e do saber adquirido nela?.
Todos os benefícios derivados da venda do livro irám destinados à organizaçom do 79ª Aniversário da Proclamaçom da República Galega (27 de Junho de 1931, 27 de Junho de 2010), comemoraçom que estám a preparar em Gesteda (Cerzeda) colectivos das comarcas de Ordes, Bergantinhos e Compostela, para recordar esse fito nacional acontecido durante a greve dos trabalhadores do caminho-de-ferro.
A continuaçom reproduzimos íntegro o prólogo do livro, que poder mercar enviando um correio para foucelhas.ordes@gmail.com ou esqueilam@hotmail.com. Boa literatura, cultura livre, e ajuda para recuperar umha data esquecida no nosso calendário nacional.
Prólogo de ?Arredor do Paraíso?
Darredor do paraíso son os soños que non se cumpren, os anceios que non se alcanzan, os bos tempos que nunca dán chegado. Estes cinco relatos, que, a xuízo do lector, tal vez non teñan moito que ver pola súa temática, sí a teñen no contexto da propia vida de quen os escribiu. A través deles pónse peche a unha etapa da vida do autor. É coma un exorcismo dos propios demos interiores, un repaso de experiencias vividas, un compendio dunha etapa vital e do saber adquirido nela.
Quen isto escrebe non se considera un escritor. Sí un observador, e tal vez un intérprete a través da palabra escrita da súa propia vida con tódolas súas circunstancias, sucesos, paisaxes grabadas nas retinas, personaxes que aparecen e desparecen, e tamén con tódolos pensamentos interiores.
É precisamente da experiencia vital de onde xorden os personaxes que conforman os cinco relatos. E as súas temáticas foron -en maior ou menor grado- vividas en primeira persoa. Non hai trampa nin cartón; aquí é todo auténtico. Precariedade, drogas, política, diversión?a forza da realidade plasmada, de mellor ou pior maneira, en historias que teñen como maior mérito ?modestia aparte- contar de forma simple aquilo que está a acontecer agora mesmo. Relatos frescos, quitados da máis pura realidade, e convertida, ás veces, a realidade en mito.
Do paradiso á escuridade é un concepto en si mesmo. Porque o autor cre nas obras como conceptos moi personais de quen os crea. Os cinco relatos forman unha obra que o propio título cohesiona: son personaxes que vagan polo mundo, dan voltas darredor dun soño abstracto de felicidade e grandeza representado no mito do paraíso; e ás veces chegan a el, pero volven caer ao vacío. É cando nos arredan do paradiso, cando nolo negan, cando nos damos conta de que nel estivemos ou simplemente existe.
É este un concepto que se comezou a desenrolar na propia vida do autor dende fai uns aniños e que aquí queda plasmado e inmortalizado, porque o autor necesitaba liberarse da necesidade de contalo. Ese foi o reto que me marquei, para que ti tamén, lector, saques algo en limpo del.
Brais Zas, Xaneiro do 2010.
Para a sexta-feira (28 de Maio) contaremos com José Iglesia, actor que encarna na actualidade a Carmelo Matalobos, e que participou da dobragem de numerosos filmes para a nossa língua, para falarmos acerca da situaçom da língua na televisom, a sua funçom na normalizaçom linguística, etc. Será às 19h00 no Centro Comarcal de Ordes. E nom esqueças que este sábado tés umha cita contra a SGAE no XVII Festival de Cerzeda!
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Colectivos da comarca comemoraremos o 79 Aniversário da Proclamaçom da República Galega BASENAME: colectivos-da-comarca-comemoraremos-o-79-aniversario-da-proclamacom-da-republica-galega DATE: Tue, 18 May 2010 18:04:30 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Vários colectivos da comarca de Ordes (A.C.Lucerna, A.C.Foucelhas, A.C. A Aldraba, A.C. A Revoltosa), de Bergantinhos (A Revoltaina Cultural da Beira de Bergantinhos) e de Santiago (a Comissom de Memória Histórica da Gentalha do Pichel) estamos a organizar para o 27 de Julho umha festa comemorativa do 79 Aniversário da proclamaçom da República Galega, efectuada em Compostela durante a greve dos trabalhadores do caminho-de-ferro no 27 de Junho de 1931, justo antes das eleiçons às Cortes Constituíntes da República Espanhola.
Polo simbolismo do sítio, a festa fará-se na estaçom velha de Gesteda (Cerzeda), abandonada ao passo do AVE, e situada à beira do Lenguelhe. Ainda que o programa está aberto a novas incorporaçons e/ou modificaçons, em princípio será o seguinte:
FESTA DA REPÚBLICA GALEGA
27 de Junho de 1931 - 27 de Junho de 2010
79 Aniversário da proclamaçom da República Galega
-12h00: passa-ruas com gaiteiras/os.
-12h30: acto explicando a comemoraçom, e os factos de aquele revolucionário ano de 1931. Haverá também umha expossiçom.
-13h00: sessom vermouth.
-14h00: jantar popular, a cárrego do Sindicato Labrego Galego, com produtos da zona.
-16h00: aberto de bilharda.
-17h00: enquanto continua a bilharda actuará o clown Fredi para as crianças.
-À tarde haverá também projecçons de documentários relacionados com os factos, e mesmo poda que haja um estreio dum documentário realizado para a ocasiom! Os colectivos que o desejem também poderám instalar um posto com o seu material.
-À noitinha começarám as actuaçons musicais. Tocará Leo i Arremecághona e Mini e Mero, mas é possível que haja mais actuaçons.
Para o dia teremos publicado um pequeno livro com a investigaçom histórica que estamos a realizar; os benefícios da sua venda irám destinados à celebraçom da própria festa. Além disso, A Revoltaina Cultural de Bergantinhos publicará em breve o livro de relatos de Brais Zas Arredor do Paraíso, cujos benefícios irám também destinados integramente à celebraçom da Festa da República Galega.
A nossa intençom é "pôr a data no calendário", e que a celebraçom tenha continuidade. Como é um acto que trascende o ámbito comarcal, queremos pedir-vos a vossa colaboraçom, na medida em que podades: divulgar a celebraçom entre os vossos contactos, colar um cartaz na vossa vila, etc... O que esteja na vossa mao. Ao querer-lhe dar umha perspectiva nacional à celebraçom, as associaçons que assim o quigerem poderám aparecer no cartaz como "colaboradoras" só com ingressar 50 euros para ajudar economicamente à festa. O nº de conta que temos é da A. C. Lucerna: 2091 0049 31 3000049626 (especificar que o ingresso se fai para a "Festa da República Galega").
Sem mais, agradecemos a vossa atençom e aguardamos a vossa visita. Em breves disponibilizaremos um blogue para ampliar informaçom.
----- COMMENT: AUTHOR: cochiqui [Visitante] DATE: Sat, 12 Jun 2010 18:05:21 +0000 URL:Ei há um erro onde di 27 julho umha festa comemorativa…. e 27 junho
----- COMMENT: AUTHOR: foucelhas [Membro] DATE: Tue, 18 May 2010 18:06:05 +0000 URL:Na imprensa:
-GalizaLivre.org
http://www.galizalivre.org/?q=noticia/13.05.2010/associativismo-de-base-prepara-comemora-om-da-rep-blica-galega
-DiárioLiberdade.org
http://www.diarioliberdade.org/index.php?option=com_content&view=article&id=2767:festa-do-79-aniversario-da-proclamacom-da-republica-galega&catid=14:linguaeducacom&Itemid=44
-La Voz de Galicia
http://www.lavozdegalicia.es/santiago/2010/05/16/0003_8487237.htm
"O Comando de Liberacion de Bens Culturais de Uso Comun declara Cerceda Zona Libre da SGAE. Porque non queremos que nas terras da Cochikeira, nin no Estado español ou resto do planeta, ninguen se lucre indebidamente coa xestion da musica, literatura ou software que, en realidade, pertence ao pobo.
non a uns cantos cobradores do maletin.
Onde se viu que a perruqueira teña que pagar por poñer a radio? Onde se viu que A Taberna deixe boa parte das suas ganancias nun organismo privado que non sirve mais que facerse eles mais poderosos? so por picar uns cantos CD's?
Fora todo tipo de ladrons da nosa terra! Cultura libre e sen censura!
avogamos pola distribucion de todos os produtos culturais baixo licenzas copyleft, para que todos os cercedoides e resto de terrícolas poidan ter acceso universal a eles.
Porque en Cerceda, mais alo de malos fumes, de malos cheiros, de Sogama, da central termica, do Aquapark, das pistas de padel, do xardin botanico, hai moito que escoitar!
o komando kabuxa apoia incondicionalmente a lucerna. Actuaremos en consecuencia!!!! Preparadevos para as nosas accións clandestinas!!!
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Documentos para investigar a história de Ordes na Hemeroteca Virtual de Betanços BASENAME: documentos-para-investigar-a-historia-de-ordes-na-hemeroteca-virtual-de-betancos DATE: Tue, 11 May 2010 09:30:08 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: MEMÓRIA CATEGORY: Documentos CATEGORY: HISTÓRIA TAGS: ----- BODY:Graças à Hemeroteca Virtual de Betanços (http://hemeroteca.betanzos.net/) temos disponíveis para o estudo dous números da revista "PATRIA: Órgano de la Unión Patriótica de los Partidos de Corcubión, Ordenes y Betanzos", do 16 de Junho de 1925 (http://hemeroteca.betanzos.net/Patria/Patria%201925%2006%2016.pdf) e 1 de Julho do mesmo ano (http://hemeroteca.betanzos.net/Patria/Patria%201925%2007%2001.pdf). Nela pode-se encontrar valiosa informaçom sobre mitins e movimentos da direita espanhola na nossa comarca. A "Unión Patriótica" (referindo-se a Espanha, claro, nom à Galiza) foi um partido político espanhol criado polo ditador Miguel Primo de Rivera. Mais adiante daremos conta aqui da informaçom que contém
FICHA TÉCNICA
Datas límite: (1925)
Periodicidade: Quincenal.
Director: Juan Pérez Serrabona.
Redactores e colaboradores: Antolín Sánchez Valeiro, José Calviño Salazar, Manuel Balboa López, Nicolás del Río, José Antonio San Martín, F. Esmorís Recamán, "Noche".
Imprenta: M. Villuendas (Betanzos).
Continuamos recolhendo a memória do anarquismo na comarca. Agora, no livro "A cultura en Culleredo na Segunda República", de Carlos Pereira (que podes descarregar aqui: http://www.cntgaliza.org/files/Ateneo_Rutis.pdf), conseguimos a referência dum mitim do Sindicato de Peons da CNT da Corunha celebrado em Ordes no 29 de Novembro de 1931:
"A las dos de la tarde dio comienzo el acto, previa una arenga que el camarada Rodríguez Matos lanzó desde uno de los balcones del Salón Cine a los agricultores que merodeaban por aquel lugar, mirándonos con recelo y prevención injustificada, debido a la defecación que el caciquismo había lanzado sobre nosotros."
A ideia era conseguir orientar os labregos e trabalhadores do caminho-de-ferro de Parada cara a CNT. O orador Manuel Rodríguez Matos, era natural de Vila Boa, e foi um destacado membro da CNT da Corunha. Depois de intervirem os militantes anarquistas Paços e Láuçara, volverá falar polo Sindicato de Peóns Matos:
----- COMMENT: AUTHOR: masús [Visitante] DATE: Sat, 22 May 2010 06:17:05 +0000 URL:"Hizo un breve resumen de lo expuesto por sus dos camaradas de tribunas y entró de lleno en el terreno de la lucha de clases. Expuso los fines bastardos que persiguen todos los partidos políticos y los ideales redentores de la organización obrera. Con trazos ligeros perfiló la estructura orgánica de la C.N.T. y la posición que deben ocupar en ella los Sindicatos agrarios.
Al concluír criticó acerbamente al cacique máximo de aquella localidad, Concheiro Rodríguez, y a los curas párrocos de Tordoya, Oroso, Santaya y Gorgullo (sic), dueños de vidas y haciendas bajo el pendón republicano." [Solidaridad Obrera, nº 52, 5 de Dezembro de 1931].
ei o enlace nom vai??
----- COMMENT: AUTHOR: O Afiador da Galiza [Visitante] DATE: Tue, 11 May 2010 18:29:14 +0000 URL: http://www.wwwafiador.blogspot.comÉ terrível ver a força e implantaçom da CNT até em concelhos tam rurais coma Sober e a pouca herança libertária que hoje sobrevive.
----- COMMENT: AUTHOR: Pericám [Visitante] DATE: Tue, 11 May 2010 08:28:03 +0000 URL:Aí estám os curas outra vez e Concheiro pai, liando-a xD
XVII Festival de Cerzeda
No Sábado, 22 de Maio, Cerzeda será declarada 100% livre de SGAE. O festival será no Campo da Feira de Cerzeda. Com carpa e de balde. Tocarám:
Nao
O Leo i Arremecaghona
Selecta in Helicopta + Gendebeat
Fracasados de Antemano
12 Labiritno
E na Aula de Cultura da Biblioteca, desde as 16h30:
16h30 a 18h30
Galiza Pulgas Circus
18h30
Debate: Cultura Livre
Mesa redonda sobre licenças livres, creative commons, acesso à cultura com, com persoeiros do mundilho, projecçons, audiçons e muito mais...
Hoje às 19h00 a AC Foucelhas estará representada nas VI Jornadas da Língua em Compostela organizadas por AGIR. Nelas falará Olga Roma Santa na mesa redonda sobre "Bases para a normalizaçom da língua galega". Copiamos a continuaçom o resto do programa das jornadas.
AGIR / O Conselho de AGIR em Compostela anuncia no web nacional o decurso das VI Jornadas da Língua a semana entrante. A terça, quarta e quinta, sempre a partir das 19,30 horas e sempre na Faculdade de Filologia, o estudantado da esquerda independentista oferece um programa variado com temáticas polémicas. Para isto, a militáncia de Compostela tem-se esforçado especialmente em conseguir a participaçom de ponentes com visons contrapostas ou divergentes.
Terça-feira 4 de Maio.
"Bases para a normalizaçom da língua galega"
- A Gentalha do Pichel (Eduardo Maragoto)
- AC Foucelhas de Ordes (Olga Romasanta)
- STEG (Agostinho Nieto)
- AGIR (Jacobe Ribeiro)
Quarta-feira 5 de Maio.
"Pluralidade normativa. Avanço ou retrocesso?"
- AC O Facho (José Luis Rodríguez Pardo)
- José Luis Rodrigues (professor de Filologia na USC)
Quinta-feira dia 6 de Maio.
"O papel das academias na promoçom da língua"
- AGLP (Montero Santalha)
- AGAL (Carlos Quiroga)
- RAG (Fernández-Rei)
Interesantíssima a palestra de hoje e, sobretodo, a intervençom da Olga. A sério, parabéns polo enorme trabalho de base e local em Ordes. Vistes o futuro e o potencial do rural que muitos “urbanitas” se resistem ainda a ver. Saude e Terra!
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: O anarquismo na Cerzeda da IIª República e Francisco Ranha Boquete BASENAME: o-anarquismo-na-cerzeda-da-iio-republica-e-francisco-ranha-boquete DATE: Thu, 29 Apr 2010 14:07:33 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: MEMÓRIA CATEGORY: Documentos TAGS: ----- BODY:Partilhamos aqui um artigo de Solidarid Obrera que nos passárom os companheiros da Revoltaina Cultural da Beira de Bergantinhos, onde se fala da actuaçom do Sindicato de Peons da CNT em Cerzeda durante a IIª República (nom temos a referência exacta). Além de em Cerzeda, também a encontramos na parte mais oriental da comarca (sem ir mais longe o próprio Benigno Andrade "Foucelhas", de Cabrui, militante do Sindicato de Ofício Vários da CNT) e parece que também havia militância anarquista no Mesom do Bento segundo nos indicam da Revoltaina. Da CNT era militante também o cerzedense Francisco Ranha Boquete, do sindicato de panadeiros da Corunha (morava na Travessa de Santo André), e sócio de Germinal. Foi assassinado polos fascistas no 13 de Agosto de 1936, aos 38 anos.
O selvagismo impulsado polo caciquismo que manda na Galiza
O Sindicato de Peons em Cerzeda
Ao Sindicato de Peons da Corunha preocupa-lhe a sorte de todos os trabalhadores que formam parte desta profissom. Entre os que se dedicam ao trabalho referido figuram os que se ocupam na construcçom de estradas em toda a província e especialmente o mais cercano à Corunha. Esta preocupaçom tem a sua origem no reconhecimento profundo de que aqui é onde mais se abusa, onde se pagam os verdadeiro jornais de fome e onde o caciquismo monta o seu tinglado dando trabalho a quem o serve, e cerrando as suas portas a quem tem a valentia de desafiar a todos os bandidos que figuram nestas partidas ao Diego Corrientes que se chamam cacicatos galegos.
Em Cerzeda, termo judicial de Ordes, está-se a construir umha de tantas estradas. Os trabalhadores que ali se ocupam trabalham como quer o contratista, que para isso conta com capatazes que nada tenhem que envejar aos homens de confiança que tinham os Pernales. O Sindicato de Peons, a instâncias de algum dos que som vítimas destes foragidos que caminham sem boçal, foi a este lugar e intentou fazer organizaçom. Prévio conhecimento da situaçom apresentou, ou intentou apresentar, umhas bases nas que se reclamava para os obreiros peons maiores de 18 anos um salário mínimo de 5´25 ptas. diárias; 4´00 para os menores de 18 anos; 2´50 para os menores de 15 anos e 4 ptas. para as mulheres sem excepçom.
Dizíamos que se intentou apresentar as bases, porque no momento de fazê-lo, um capataz da estrada, com todos os cans fomentos às suas ordens, emprendeu-na a tiros com os comissionados portadores destas bases. Aqueles mesmos escravos, covardemente; aqueles mesmos para quem re clamava um pouco de mais bem-estar, fôrom os encarregados de contestar à voz do ?amo? para intentar assassinar os seus próprios irmaos.
Esta informaçom verídica é um quadro ao natural do que é o interior da Galiza onde o lobo do caciquismo manda como antes. Esta é a melhor prova de que a República nom entrou ainda em Espanha e unicamente entrará um pouco de civismo e civilizaçom quando o povo produtor vaia polas aldeias com a antorcha da verdade e com o látego para emprendê-la com todos os bandidos do caciquismo que tam miseravelmente tratam os trabalhadores que, obrigados pola miséria, tenhem de alugar os seus braços para satisfacçom dos seus próprios carrascos.
En todos os povos há umha luz: o mestre; e um sopro que a apaga: o cura. ?Víctor Hugo
Solidaridad Obrera
----- COMMENT: AUTHOR: O Garcia do Outeiro [Visitante] DATE: Tue, 04 May 2010 20:15:34 +0000 URL: http://www.wwwafiador.blogspot.comO sindicalismo agrário anarquista na província da Crunha era muito forte e que mostra que o anarquismo da Galiza era galego, nom na dimensom especial, mas si no levantamento que faziam da análise da estrutura económica e social da Galiza. Mágoa que ainda nom haja muitos trabalhos ao respeito. Em Laiovento hai umha história da CNT na Galiza que recomendo como introduçom ao tema.
----- COMMENT: AUTHOR: Manuel Reghos [Visitante] DATE: Thu, 29 Apr 2010 16:58:13 +0000 URL:Outra organizaçom anarco-agrarista na comarca foi a Uniom Camponesa, desde começos do século XX, sobretudo no norte (Cerzeda, Mesom do Bento…).
Terra brava!
----- COMMENT: AUTHOR: O Garcia do Outeiro [Visitante] DATE: Thu, 29 Apr 2010 16:10:51 +0000 URL: http://www.wwwafiador.blogspot.comO anarquismo, especialmente na província da Crunha, tivo umha salientavíssima impronta. Fica por um fazer um levantamento completo do anarquismo na Galiza através dos trabalhos locais já realizados e os que faltam por realizar. Contodo, em Laiovento hai um livro em que se foca a história do anarquismo com solvência.
Mui bom o vosso trabalho. Umha aperta.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Estreio na rede da curtametragem "Manual" de Carlos Gende BASENAME: estreio-na-redade-da-curtametragem-manual-de-carlos-gende DATE: Wed, 28 Apr 2010 13:55:05 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Podes ver agora aqui "Manual", desde a eira da sua casa no Campo da Feira de Cerzeda, chega esta curtametragem artesanal de 9:35 do companheiro de Lucerna Carlinhos Gende. Polas suas próprias palavras, "Manual" "é unha curta grabada na miña eira da cochikeira* durante a tarefa de debullar o millo.Intenta reflexar quee nada é automático e que sempre é necesario empregalas mans, e o lombo!!! Maquinas de debullar construidas polo meu pai. Son de ambiente agro." Que venham muitas mais curtas como esta!
* "Cochikeira" é o nome com o que se conhece a Cerzeda desde que Gendebeat e Nitram compugessem umha cançom com este mesmo nome, denunciando o caciquismo local.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Vídeo-crónica da "Andaina polo Clima" BASENAME: video-cronica-da-andaina-polo-clima DATE: Tue, 27 Apr 2010 11:13:33 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY: ----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Já podes decarregar a banda desenhada de Pedro Faya BASENAME: ja-podes-decarregar-a-banda-desenhada-de-pedro-faya DATE: Sun, 25 Apr 2010 22:49:55 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Passado o dia passada a romaria. Já passou a "Festa do Champiñón" e a BD foi repartida polos bares, agora está já disponível em pdf na seguinte ligaçom: http://galiza.indymedia.org/media/2010/04//23018.pdf
Boa leitura!
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: AC Foucelhas edita e distribui a banda desenhada ?...De como nun concello onde non hai champiñóns, celébrase a festa do champiñón? de Pedro Fernández Faya BASENAME: ac-foucelhas-edita-e-distribui-a-banda-desenhada-de-como-nun-concello-onde-non-hai-champinons-celebrase-a-festa-do-champinon-de-pedro-fernandez-faya DATE: Fri, 23 Apr 2010 11:14:24 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Com motivo da ?Festa do Champiñón? que se celebra nesta fim-de-semana, a Associaçom Cultural Foucelhas edita umha banda desenhada do artista ordense Pedro Fernández Faya, intitulada ?...De como nun concello onde non hai champiñóns, celébrase a festa do champiñón?. Umha aceda e delirante crítica a que em Ordes se celebre a festa dum produto que nom se produze na comarca, própria do género de escárnio e a tradiçom anti-caciquil. Durante toda a fim-de-semana a A.C. Foucelhas repartirá grátis mil exemplares da banda desenhada.
O autor, Pedro Fernández Faya, é um artista de Ordes que trabalha como técnico de impressom de La Voz de Galicia. Expujo a sua obra pictórica, na que destaca a paisagem galega, no Pub Arcos e no Centro Comarcal de Ordes. Na banda desenhada alternativa publicou ?O señor dos tornillos? parodiando a Tolkien, e um par de fanzines: ?Invasión vikinga? e ?Gran Hermano vikingo?. Colaborou também no terceiro número de Segrel, Revista Literaria da Terra de Ordes, editada no verao de 2006. Agora publica com a A.C. Foucelhas esta banda desenhada que bem podemos qualificar como de escárnio e maldizer, na tradiçom da crítica anti-caciquil galega.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: A música da comarca de Ordes arrassa nos prémios Cantalingua 2010 BASENAME: a-musica-da-comarca-de-ordes-arrassa-nos-premios-cantalingua-2010 DATE: Thu, 22 Apr 2010 09:25:26 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: MÚSICA DE ORDES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Somos umha terra de artistas! Venhem de se fazer públicos os prémios Cantalingua 2010: 1º prémio para Machina por ?Machinazón?, 2º prémio para Garcia MC por ?Deitado fronte ao mar?, e 3º prémio para Kastomä por ?A infancia?, com o que se completa um podium ordense, com os companheiros de Cerzeda à cabeça. Indicava Vieiros que ?A comarca de Ordes é a día de hoxe unha caldeira onde se coce o mellor da música galega.?
O concurso Cantalingua é promovido polas entidades que organizam o Correlingua: AS-PG, CIG-Ensino, A Mesa e os concelhos de Lugo, Pontevedra, Santiago e Vigo.
Notícia em Vieiros: http://vieiros.com/nova/79216/machina-premio-cantalingua-2010
Deitado frente ao mar
Infancia
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: "Andaina polo Clima", da Central Térmica de Meirama a SOGAMA BASENAME: andaina-polo-clima-da-central-termica-de-meirama-a-sogama DATE: Thu, 22 Apr 2010 08:01:02 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Para este Sábado está convocada umha "Andaina polo Clima", que partirá às 17h00 da Central Térmica de Meirama e irá até SOGAMA. Está convocada por organizaçons ecologistas como Verdegaia ou Adega e também associaçons como os nossos companheiros e companheiros de Lucerna. A continuaçom reproduzimos o manifesto da andaina.
Andaina polo clima
O CLIMA NON ESTÁ Á VENDA!
O exceso de contaminación e a sobrexplotación dos recursos naturais provocaron unha crise ecolóxica planetaria que non deixou de se agravar nas últimas décadas. A mudanza climática é a manifestación máis preocupante desta crise, moito máis decisiva para o futuro da humanidade que a actual crise económica. Non hai un ?planeta B?. Se non paramos a deterioración da Terra, a diversidade da vida e as nosas posibilidades de benestar e de sobrevivencia veranse dramaticamente mermadas.
Coma o resto do mundo enriquecido, Galiza é corresponsábel da mudanza climática global, debido principalmente ao sobreconsumo de combustíbeis fósiles (petróleo,carbón, gas natural). As nosas emisións por habitante de gases de invernadoiro son moi altas. Non resulta sorprendente, se consideramos a presenza no noso territorio de grandes industrias emisoras ?como as centrais térmicas, nomeadamente as de carbón-, o uso masivo do coche e do camión, a aposta pola incineración e os vertedoiros como principais formas de xestión dos residuos urbanos, ou o retroceso alarmante da agricultura labrega, que erosiona a soberanía alimentar e aumenta o risco de incendios forestais.
O fracaso estrepitoso do Cumio do Clima de Copenhague, motivado pola negativa dos países enriquecidos a asumirmos a nosa débeda climática cos países empobrecidos, non nos desanima. Sabemos que nos enfrontamos a un problema inaprazábel e fundamental, complexo mais resolúbel. Por iso, con motivo do Día da Terra, volvemos defender un modelo económico innovador, baseado no aforro e na eficiencia enerxética, as enerxías renovábeis e o emprego verde, afastado do produtivismo e do consumismo, que nos permita equilibrar, equitativamente co resto da humanidade, os nosos estándares de vida coa capacidade do planeta para soportalos, decrecendo o consumo de enerxía e de recursos naturais.
Esiximos que no Cumio do Clima que terá lugar en México en novembro próximo se logre un tratado climático xusto, vinculante e ambicioso, inspirado polos principios da xustiza climática e capaz de prevenir unha mudanza climática catastrófica. Demandamos da Xunta e dos demais poderes públicos a aplicación urxente de políticas coherentes con este obxectivo, que posibiliten unha redución mínima do 30% das emisións galegas de gases de invernadoiro en 2020 a respecto de 1990. O seu desenvolvemento, alén dunha obriga moral coas xentes máis desfavorecidas, coas xeracións futuras e co resto dos seres vivos que partillan connosco o planeta, é unha oportunidade para mellorarmos as nosas vidas, pois comportaría múltiples beneficios para a nosa terra: menor dependencia enerxética e alimentaria, cidades e vilas máis habitábeis, xeración de emprego verde, menor destrución do territorio, aire máis limpo,...
As organizacións asinantes rexeitamos falsas solucións ao cambio climático, como a enerxía nuclear, a captura e almacenamento de carbono, os agrocombustíbeis insustentábeis, a incineración de residuos ou as plantacións de eucalipto, e reivindicamos:
-O peche urxente das centrais térmicas de carbón de ENDESA nas Pontes e de GAS NATURAL-UNIÓN FENOSA en Meirama e un Plan Enerxético que decreza o consumo de enerxía e procure, non máis alá de 2050, o abastecemento do 100 % das nosas necesidades enerxéticas con renovábeis, minimizando o seu impacto ambiental e con prioridade para a xeración distribuída.
-Unha moratoria na construción de novas autovías e autoestradas e na ampliación dos aeroportos e a aprobación dun Plan Director de Transporte e Infraestruturas que, respectando os espazos naturais máis vulnerábeis, potencie os modos de transporte sustentábeis: ferrocarril convencional, transporte marítimo, autobús, bicicleta e marcha a pé.
-Unha aposta forte pola soberanía alimentar, estimulando a produción e o consumo locais de alimentos de agricultura ecolóxica e labrega.
-O peche canto antes da incineradora de SOGAMA e o impulso dunha política de residuos urbanos que priorice a redución e aposte por un modelo de xestión descentralizado que cree unha rede de plantas comarcais de reciclaxe e compostaxe e desbote totalmente a incineración.
Galiza, Día da Terra 2010
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Crónica do curso expresso de reintegracionismo em Cerzeda BASENAME: cronica-do-curso-expresso-de-reintegracionismo-em-cerzeda DATE: Tue, 20 Apr 2010 07:43:38 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:PGL - No passado Sábado a A. C. Lucerna de Cerzeda e a A. C. Foucelhas de Ordes organizaram junto com a AGAL um novidoso ?Curso Expresso de Reintegracionismo?, apenas três horas de curso para dar as primeiras braçadas no mar da lusofonia.
O dia foi intenso para o activismo da comarca de Ordes. Pola manhã celebrou-se na Abelhã a homenagem anual ao guerrilheiro Manuel Ponte Pedreira. Pouco depois de rematar chegou de autocarro Valentim R. Fagim a Ordes. Jantamos, e fomos para a biblioteca municipal de Cerzeda. Ali, um grupinho de dez pessoas, achegou-se ao curso sobretudo para saber ?o que era isso do reintegracionismo?.
A primeira parte do curso foi uma introdução teórica, que fugia deliberadamente de complexidades filológicas e académicas, para demonstrar com exemplos quotidianos como a importância da grafia é simplesmente que uma ou outra nos abrem portas diferentes: o ?ñ? apenas nos deixa mexer-nos dentro do mundo espanhol, o ?nh? racha fronteiras e torna-nos uma língua (inter)nacional.
Continuamos as explicações de Valentim com exercícios de passagem do ?Ñ para o NH?, de jeito que os próprios alunos e alunas foram descobrindo o simples que é abrir as portas da lusofonia e da nossa ortografia histórica.
Na pausa para o café e as bolechas, falou-se da, às vezes menosprezada, pedagogia das pintadas (muita gente intuia quais eram as normas ortográficas graças a elas!) e perguntamo-nos pola escrita correcta do topónimo ?Cerzeda?. Com zeta ou com cê? Talvez algum/a leitor/a poda ajudar. Ultimamente vem-se bastantes correções nos indicadores que grafam ?Cerzeda?, como indica o TOPOGAL. Higino Martins, por exemplo, prefere escrever Cerceda com cê. O Valentim indicou que a razão de escrevê-lo com zeta ou com cê seguramente dependa de como se fijo durante a Idade Média, mas nessa altura o centro da zona eram as Encrovas. Falou-se também da situação sócio-linguística de Cerzeda, um pequeno município na comarca de Ordes de 5.570 habitantes galegofalantes na grandíssima maioria (a percentagem de galegofalantes é 99,47%, segundo dados de 2001 publicados em 2004 que tiramos da Wikipédia). Emi, uma das alunas, comentou a surpresa que lhe produz com em Cerzeda, falando todo o mundo galego, a gente insiste pola rua em falar-lhe castelhano à sua meninha. O presente é galego, mas o futuro incerto...
Depois do café e o palique continuamos com um concurso para autodemonstrarmo-nos o natural que é para os galegos e galegas entender-nos com gente da lusofonia. Ouvimos uma canção de Adriana Calcanhoto, e divididos em duas equipas, tínhamos de preencher os ocos da letra da canção. Como não podia ser de outro jeito, não houvo vencendores nem vencidos, e sim presentes para todo. A AGAL tivo a gentileza de apresentear as pessoas presentes com um livro para da cada umha.
A gente ficou com ganhas de mais e já nos comprometemos a uma segunda parte do curso, após assentar os conhecimentos adquiridos e i-los exercitando. A fórmula foi ótima, nada de debates arredor da ?pureza? da língua, nem longas explicações filológicas. Foi-se a o prático simplesmente: esta é a estratégia reintegracionista para defender a nossa língua, para vivermos em galego plenamente, pensamos que é a melhor e vamos demonstrá-lo.
Após tomar algo na taberna levamos a Valentim à nova estação do comboio de Meirama, com a Serra de Monte Maior e o Monte Xalo às costas, erguendo um muro que separa a comarca ordense de Bergantinhos. Lá ficávamos umha dúzia de pessoas com ânimo de querer seguir dando guerra pola língua.
-Crónica e fotografias no PGL: http://pglingua.org/index.php?option=com_content&view=article&id=2290:cronica-do-curso-expresso-de-reintegracionismo-em-cerzeda&catid=8:cronicas&Itemid=69
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Assina por umha rua em Ordes para Manuel Ponte Pedreira, chefe da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro da Galiza, no centenário do seu nascimento BASENAME: assina-por-umha-rua-em-ordes-para-manuel-ponte-pedreira-chefe-da-iv-agrupacom-do-exercito-guerrilheiro-da-galiza-no-centenario-do-seu-nascimento DATE: Tue, 13 Apr 2010 10:46:30 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: MEMÓRIA TAGS: ----- BODY:Da ?Associaçom Cultural Foucelhas? de Ordes queremos pedir à câmara municipal que para o vindouro ano 2011, no que se fam cem anos do nascimento de Manuel Ponte Pedreira ?chefe da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro da Galiza, morto em combate contra o fascismo e o guerrilheiro mais respeitado e querido polo povo?, se lhe dedique a rua na que morou com a sua dona Maria Ribas Vaamonde (justo enfrente à igreja paroquial, na conhecida como ?Casa Barreiro?), actualmente chamada ?Avenida Alfonso Senra?.
MANUEL PONTE PEDREIRA nasceu na paróquia de Abelhá (Frades), iniciando-se mui cedo no ofício familiar: xastre. No talher de Manuel Sousa Hermida (posteriormente colaborador do Che e Fidel Castro na Revoluçom Cubana) começa a politizar-se, e em 1936, quando era o presidente do partido Uniom Republicana de Ordes, participa no Comité de Defesa da Frente Popular de Ordes, resultando ferido. É detido e encadeado. Quando sai da cadeia em liberdade condicional em 1941, mas a acossa policial obriga-o a unir-se no monte à Resistência para continuar o trabalho de oposiçom ao regime. É um líder natural, bom conhecedor da zona, e em pouco tempo assume a chefia da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro da Galiza, atingindo o nível de combatividade mais elevado de toda a Resistência. Em outobro de 1946 enviaria-lhe umha famosa carta ao embaixador británico Victor Mellet, na que lhe recorda que
?Nós os guerrilheiros, entendemos mui pouco de subtilezas diplomáticas. Mas entendemos muito de lealdades. Dez anos de vicissitudes e luita, forjárom em nós, gentes de escassa cultura, singelos e honestos e com um coraçom aberto a todas as dores e sofrimentos do nosso povo, umha clara visom de decência política e do honor. Aprendemos dos nossos labregos a saber distinguir a palha do trigo e a julgas às gentes, polos factos e nom polas palavras?.
No 21 de Abril de 1947 cai sob balas da Guardia Civil na sua aldeia natal, convertindo-se já num herói popular, e marcando o ponto de inflexom da decadência da resistência armada ao franquismo na Galiza.
A dia de hoje a principal rua de Ordes chama-se ?Avenida Alfonso Senra?, incumprindo a Lei 52/2007 do 6 de Dezembro, conhecida como ?Lei da Memória Histórica?, que no seu artigo 15: ?Símbolos e monumentos públicos?, indica que ?As Administraçons públicas, no exercício das suas competências, tomarám as medidas oportunas para a retirada de escudos, insígnias, placas e outros objectos ou mençons comemorativas de exalçamento, pessoal ou colectivo, da sublevaçom militar, da Guerra Civil e da repressom da Ditadura. Entre estas medidas poderá incluir-se a retirada de subvençons ou ajudas públicas?.
ALFONSO SENRA nom só foi durante a Iª Restauraçom o deputado polo distrito de Ordes ?com a ajuda do cacique comarcal Saturnino Aller?, senom que jogou um papel central na repressom franquista. Já em 1932, com motivo do golpe de estado do general Sanjurjo, o ex deputado por Ordes dedicará-lhe ao golpista qualificativos de ?caudillo? ou ?ejemplar único de la raza?. Já no golpe de Franco, assumirá um importante posto no Tribunal de Responsabilidades Políticas, encarregado de retaliar as mais altas autoridades da República: assim, em 1941 condena ao ex presidente Niceto Alcalá Zamora. Meses antes sentenciara ao catedrático Sánchez Albornoz, que seria presidente da República no exílio. O historial de Alfonso Senra nom é, pois, o de um franquista qualquer, senom o de umha das grandes autoridades fascistas. Em 1940 reune-se com o sanguento Paul Winzer, nazi e chefe da Gestapo em Madrid. A colaboraçom do nazi com o regime franquista seria fundamental, especialmente na construçom do campo de concentraçom de Miranda de Ebro, polo que passariam uns 65.000 presos políticos até 1947. O nome de Alfonso Senra está bem unido à barbárie: assim se chamava também o vapor militar fondeado em Rianjo ?após os golpistas assassinarem a tripulaçom de esquerdar? no 14 de novembro de 1937, com mais de mil presos políticos da fronte de astúrias, e que se convertiria num campo de concentraçom pola que passárom uns três mil homens. [Mais informaçom sobre Alfonso Senra: http://agal-gz.org/blogues/index.php/foucelhas/2010/04/13/quem-leva-o-nome-das-nossas-ruas-alfonso-senra]
Por todos estes motivos, cremos justa a retirada da nomenclatura das ruas de Ordes qualquer atisbo de homenagem a Alfonso Senra, repressor franquista do máximo nível, o qual, aliás, é ilegal segundo a Lei da Memória Histórica. Propomos que a ?Avenida Alfonso Senra? passe entom a denominar-se ?Avenida Manuel Ponte Pedreira?, como merecida homenagem a um dos mais importantes luitadores pola liberdade da Galiza, e do que nos orgulhamos que tenha nascido na nossa comarca.
Podes assinar a nossa petiçom aqui: http://www.peticao.com.pt/manuel-ponte-pedreira
Agradecemos-vos a máxima difussom entre os vossos contactos deste manifesto.
Isto foi notícia em:
La Voz de Galicia: http://www.lavozdegalicia.es/santiago/2010/04/14/0003_8416986.htm
Kaos en la Red: http://www.kaosenlared.net/noticia/ac-foucelhas-pede-umha-rua-ordes-para-chefe-da-iv-agrupacom-do-exercit
Ordessiete: http://ordessiete.blogspot.com/2010/04/piden-cambiar-el-nombre-la-avenida.html
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Quem leva o nome das nossas ruas? Alfonso Senra BASENAME: quem-leva-o-nome-das-nossas-ruas-alfonso-senra DATE: Tue, 13 Apr 2010 10:37:58 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: MEMÓRIA CATEGORY: TAGS: ----- BODY:A principal rua de Ordes, chama-se ?Avenida Alfonso Senra?, incumprindo a Lei 52/2007 do 6 de Dezembro, conhecida como ?Lei da Memória Histórica?, que no seu artigo 15: ?Símbolos e monumentos públicos?, indica que ?As Administraçons públicas, no exercício das suas competências, tomarám as medidas oportunas para a retirada de escudos, insígnias, placas e outros objectos ou mençons comemorativas de exalçamento, pessoal ou colectivo, da sublevaçom militar, da Guerra Civil e da repressom da Ditadura. Entre estas medidas poderá incluir-se a retirada de subvençons ou ajudas públicas?. Com certeza, o seu nome nom foi eliminado das nossas ruas quando se mudárom os nomes das demais ruas de nomenclatura
franquista por ignorar quem foi realmente Alfonso Senra.
Alfonso Senra nom só foi durante a Iª Restauraçom o deputado polo distrito de Ordes ?com a ajuda do cacique comarcal Saturnino Aller, de Messia?, senom que jogou um papel central na repressom franquista. Já em 1932, com motivo do golpe de estado do general Sanjurjo, o ex deputado por Ordes dedicará-lhe ao golpista qualificativos de ?caudillo? ou ?ejemplar único de la raza?, em encendidas defesa. Já no golpe de Franco, assumirá um importante posto no Tribunal de Responsabilidades Políticas, encarregado de retaliar as mais altas autoridades da República: assim, em 1941 condena ao ex presidente Niceto Alcalá Zamora (http://www.gonvi.com/elmirador/niceto9.htm). Meses antes sentenciara ao catedrático Sánchez Albornoz (http://usuarios.multimania.es/asocmanuelazana/prensa.htm), que seria presidente da República no exílio. O historial de Alfonso Senra nom é, pois, o de um franquista qualquer, senom o de umha das grandes autoridades fascistas. Em 1940 reune-se com o sanguento Paul Winzer, nazi e chefe da Gestapo em Madrid (http://hemeroteca.abc.es/nav/Navigate.exe/hemeroteca/madrid/abc/1940/12/03/005.html). A colaboraçom do nazi com o regime franquista seria fundamental, especialmente na construçom do campo de concentraçom de Miranda de Ebro, polo que passariam uns 65.000 presos políticos até 1947.
O nome de Alfonso Senra está, dum jeito ou outro, bem unido à barbárie: assim se chamava também o vapor militar fondeado em Rianjo ?após os golpistas assassinarem a tripulaçom de esquerdar? no 14 de novembro de 1937, com mais de mil presos políticos da fronte de astúrias, e que se convertiria num campo de concentraçom pola que passárom uns três mil homens. E ainda seu filho protagonizaria umha brutal cena de violência machista assassinando sua namorada.
A história da rua
Ordes cresceu muito com a construçom da estrada Corunha-Santiago a finais do século XVIII. Ao seu passo pola vila, recebia o nome de ?Calle Real?. Por ela passou o general Porlier até o Mesom de Deus, onde pernoctou e foi feito prissioneiro. E também a atravessou Solís durante a Revoluçom Galega de 1846; e ainda volveriam a atravessá-la em direcçom Carral umha vez detidos os membros do Exército Libertador da Galiza, livrando-se só de ser executados em Ordes por nom estarem presentes as autoridades competentes, o que obriga a levá-los até o vizinho Carral.
NOTA: A ilustraçom de Alfonso Senra é de Xan Ferreiro Boquete, e tirada do tríptico de Obradoiro da História, "Alfonso Senra. Deputado a Cortes polo distrito de Santa Maria de Ordes".
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Curso ?express? de reintegracionismo BASENAME: curso-express-de-reintegracionismo DATE: Mon, 12 Apr 2010 13:52:08 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Este Sábado 17 o presidente da AGAL, Valentim R. Fagim, ministrará um cursinho ?express? de língua galega em normativa reintegracionista. Explicará as normas básicas para que qualquer pessoa poda iniciar-se na escrita do galego internacional ou do português com umha ideia geral.
Será desde as 16h00 da tarde na Biblioteca Municipal de Cerzeda.
Organiza a Associaçom Galega da Língua (AGAL), a A. C. Lucernda de Cerzeda, e a A. C. Foucelhas de Ordes.
Remata o ciclo itinerante de cinema organizado polas associaçons da comarca: AC Revoltosa (Montaos), AC Lucerna (Cerzeda) e AC Foucelhas (Ordes). A última das projecçons será esta sexta-feira, 16 de Abril, às 18h00 no Local Social Revoltosa na Pontraga (enfrente da estaçom velha de Ordes). Projectará-se ?Vivir la utopía?, de Juan Gamero
(Ano: 1997. Duraçom: 95 min). Documentário no que se descreve a experiência anarcosindicalista e anarcocomunista conhecida como ?Revoluçom Espanhola?, que durante a guerra civil transformou radicalmente as estruturas da sociedade em amplas zonas do bando republicano: organizaçom de colectividades agrículas de uns 7 milhons de campesinhos, 3.000 fábricas e empresas autogestionadas, a uniom de 150.000 milicianos anarquistas, actividades culturais, o movimento Mulheres Livres. Inclui 30 entrevistas a protagonistas.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: A Igreja em Ordes: da ?Cruzada española? à especulaçom urbanística BASENAME: a-igreja-em-ordes-da-cruzada-espanola-a-especulacom-urbanistica DATE: Thu, 08 Apr 2010 02:45:47 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: MEMÓRIA CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Passou Semana Santa e com ela um feixe de actos que a Igreja preparou em Ordes para a ocasiom: procissom, reflexons entorno a Maria (tais como p. ex. a intitulada ?María mujer liberada y liberadora), etc. Toda a informaçom vinha recolhida num folheto intitulado ?Coronación canónica de la imagen de Nuestra Señora de los Dolores y la Soledad?. Além de estar escrito em ?perfecto castellano?, usar topónimos como Órdenes e o mais curioso de Mellid, a primeira fotografia que aparece é bem esclarecedora [é a que reproduzimos aqui encima]: um grupo de nenas e nenos de princípios de anos 40, diante da actual igreja paroquial de Ordes, vestidos com o traje da ?Frente de Juventudes? da Falange Española, ?Por Dios y por la Patria?. É que há vezes que o documento se torna monumento...
Após umha breve história da imagem de ?Ntra. Sra. De la Soledad?, há um relatório das ?Camareras del Altar de La Soledad o los Dolores? desde, mais ou menos, 1930:
Dª Purificación Moar Viqueira, (?) gran devota de nuestra Señora y además persona muy cercana a la Iglesia y colaboradora, no solo en este altar, sino en todo lo que concernía al culto en general. [1]
[...]
Dª Belia Fernández Fuentes, (?) hermana del Párroco de aquel entonces, D. José Fernández Fuentes, al dejarla la anterior, ella se dedicó por un tiempo al ciudadano (sic) y adorno floral de esta imagen.
Estas duas ?camareras?, pola épocas nas que exercêrom, podem servir-nos de referência para umha breve história da Igreja em Ordes no século XX.
Ramom Mosteiro, o cura-soldado da ?cruzada? falangista
Quando D. Purificaçom Moar Biqueira exercia de camareira, o crego de Ordes na altura era Ramom Mosteiro Ferro [2]. Nom lhe deveu sentar mui bem a proclamaçom da IIª República a este homem: em 1935 intenta boicotar as festas patronais do 15 de Agosto trocando, em conveniência com o alcalde António Concheiro, a simbologia republicana pola monárquica, incluíndo umha enorme cruz no campanário. Encheu a festa de procissons, e restringiu a música das orquestras. Isto desatou finalmente umha onda de reivindicaçom republicana. Protagonizaria inumeráveis incidentes, como o derrubamento do cruzeiro (na altura situado na Alameda) para culpar aos ?rojos?. Mas será com o golpe de Estado fascista de 1936 quando chegue o seu apogeu. Nele tomará parte activa na repressom, colaborando com as quadrilhas da morte dos Falangistas. Assim será que se lhe tinha carinho que, popularmente, foi conhecido pola forma deformada do seu nome, ?Mamom Bosteiro?.
A comunista, mas também cristiá, Choncha Concheiro, conta como na altura, após saber que o seu namorado Francisco Comesanha escaparia finalmente da condena a morte graças ao seu passaporte cubano (o médico Comesanha Rendo, e militante das Juventudes Socialistas Unificadas, nascera na emigraçom), achegou-se à Igreja cheia de alegria para contar-lhe a boa nova ao crego Ramom Mosteiro, seu professor espiritual. Respondeu-lhe o cura: ?Eu também recei para que o matem?, ao qual Choncha enfurecida lhe espetou: ?Também eu recei e escuitou-me mais a mim do que a você? [3]
Eram os tempos no que a Igreja era o principal sustém ?moral? do golpe fascista. Tanto, que na vizinha Compostela se viveu umha cena inédita, sacando o arcebispo ?um dos primeiros do Estado em declarar como ?cruzada? o golpe? nada mais e nada menos que a urna com os restos do apóstolo em procissom no 30 de Agosto de 1936, para bendizer o novo regime.
José Fernández Fuentes, o cura-tecnócrata da España ye-ye
Mas o tempo foi passando, e assim como o regime franquista se desprendia em parte das suas vestiduras falangistas após a derrota de Hitler e Mussolini, e abraçava a Míster Marshall com ares de renovado ?desarrollismo?, os cregos de Ordes adaptárom-se às novas circunstâncias.
José Fernández Fuentes, irmao da camareira Belia, já nom tinha a sede de sangue que levou a Mamom Bosteiro aos ?passeios?, senom a sede de dinheiro dos novos homens do regime. Em Ordes nom havia, como em Benidorm, primeira linha de costa que destruir ao berro fraguiano do Spain is diferent, mas havia umha velha igreja românica, a Capela de Lourdes ?no solar que está à altura da actual casa paroquial. Após um crescente abandono, por volta do 1958 é derribada num ágil ?pelotaço? urbanístico de José Fernández Fuentes que, literalmente, derrubou a sua igreja para convertê-la em dinheiro. Ainda hoje, há umha autêntica lenda arredor dos edifícios lá edificados, expressom popular do mal-estar de tal barbárie. E nom será a sua única jogada.
Sabemos pola revista El Pope [4], bastante popular durante a segunda restauraçom bourbónica, que José Fernández intentara construir um edifício comercial no átrio da Igreja!. ?O povo de Ordes contr o seu cura?, clamava a capa da revista. O crego, que levava já uns vinte anos no posto, pretendia fazer umha espécie de centro comercial na Igreja de Santa Maria, provocando a indigaçom da vizinhança. Contava um vizinho na época umha anedota que dá mostra do seu carácter:
?Creio que será difícil olvidar a sua atitude quando faleceu umha pessoa mui respeitável, director de umha entidade bancária. Nom era homem dado à práticas religiosas, e a dom José nom se lhe ocorreu outra cousa que dizer no funeral, desde o púlpito, que afinal todos passamos pola Igreja, queiramos ou nom. Há quem ter que vir de morto, dixo.?
O caso é que o seu novo intento especulador, construir um edifício de quatro plantas e sótao, dedicando este e o primeiro piso a fins comerciais, e as outras duas a salom paroquial e reitoral (dizia-se que a operaçom poderia supor-lhe uns 15 milhons de pesetas) provocou umha autêntica revoluçom popular: muros cheios de cartazes, pasquins repartidos de mao em mao, recolhida de assinaturas para um manifesto no que se lia:
?Se som muitas as razons de carácter emocional que nos movem a formular apasionados reparos ao que cremos um ataque contra os já reduzidos valores materiais e até espirituais que nos ficam na paróquia, cremos que a elas se unem outras fundamentais com bases em disposiçons de carácter legal, protectoras umhas dos valores artísticos, históricos ou tradicionais, e outras que suponhem a normativa precisa para umha racional urbanizaçom."
Eram os começos da especulaçom na vila. Fernández Fuentes foi também o crego que pechou com cancela o adro da igreja, lugar tradicional de reuniom e ócio da vizinhança, que ainda hoje nom se recuperou. Isto foi, polo de agora, umha pequena mostra do papel da Igreja na vila de Ordes no passado século.
Notas
[1] Nom sabemos se esta senhora tinha algum tipo de parentesco com Domingo António Moar Veiras.Direitista de Ordes que enviou numerosas notas à Guarda Civil denunciandoas actividades dos ?rojos?. Quiçá algum/a leitor/a poda achegar algum dado sobre a mesma.
[2] Sobre Ramom Mosteiro há algumha bibliografia que nom pudemos consultar na íntegra. Em ?Versos Cristianos? de Rafael N. Logarzo, 1951, sabemos que assina na primeira página a introduçom um ?Ramón Mosteiro?, mas nom podemos confirmar que seja ele. Em ?Alzamiento y guerra civil en Galicia: 1936-1939?, Vol. 1, de Carlos Fernández, fala-se do cura de Ordes como ?sacerdote integrista? (na pág. 114), mas tampouco pudemos consultar ainda todos os dados que ali se dam sobre este indivíduo.
[3] Pode-se ler aqui umha entrevista a Concha Concheiro na que narra os feitos:
http://www.elpais.com/articulo/Galicia/Soy/roja/catolica/elpepuespgal/20080719elpgal_8/Tes
[4] El Pope, 16-31 de Octubre de 1977, nº99.
Mais informaçom:
-Texto ?A Igreja e a morte?, dos companheiros da Comissom da Memória Histórica da Gentalha do Pichel: http://agal-gz.org/blogues/index.php/gent/2009/03/31/novo-texto-da-comissom-de-memoria-histor
-Galeria de fotografias de sacerdotes no regime nazi: http://ruedadeprensa.ning.com/forum/topics/la-iglesia-lucha-por-la-1
----- COMMENT: AUTHOR: foucelhas [Membro] DATE: Thu, 29 Apr 2010 14:22:49 +0000 URL:Sobre o tema de que o crego foi pedir perdom, nesta página: http://blogs.laopinioncoruna.es/callejero/2009/07/14/juan-canalejo-el-falangista-acabo-con-el-socorro/
Acha-se a testemunha dum senhor que diz ser neto dumha tal senhora Concha da Laracha, umha das pessoas às que o crego foi pedir perdom. Se quadra pode-se contactar com ele através da página, é cousa de provar.
Sobre o texto do Manuel Silva Ferreiro pouco há que comentar, pois utilizar a retórica habitual dos golpistas: fala de umha suposta revoluçom nos dias 19, 20 e 21 de Julho (nom fala do Golpe de Estado), fala dos golpistas como “personas de orden", di que ?Manuel del Río Mendayo” era “Presindente de un Sindicato comunista?; na realidade chamava-se Manuel del Río Mandayo, nom Mendayo, e era militante socialista, nom comunista. Di que a secretaria do julgado ficou reduzido “a escombros"; na realidade sofreu um incéndio parcial na que, por certo, ajudárom na extinçom membros do Comité de Defesa da Frente Popular; fala de um suposto “assalto ao Paço de Parada", mas na realidade só se efectuou umha detençom… Etc, etc…
De onde sacades eso de que o crego pediu perdom as familias na Laracha?
----- COMMENT: AUTHOR: Movimiento en Galicia [Visitante] DATE: Wed, 28 Apr 2010 11:16:46 +0000 URL: http://movimientoengalicia.blogspot.com/“Manuel Silva Ferreiro. Este homem escreveu um livro cheio de dados pessoais da gente de esquerdas de todo o país, polo que foi empregado como umha autêntica guia para a repressom fascista nos anos seguintes, até o ponto de que o seu autor, arrepentido, intentou retirar o livro do mercado adquirindo todos os exemplares".
Eso dixoo Barreiro Fernández hai ben anos, pero se alguén se fixa nos persoaxes que cita o crego, vai a Nomes e Voces, resulta que todos estaban fusilados ou encarcelados antes do ano 1938 ¿Quen lle facilitou ao crego so datos senón os militares alzados? ¿Alguén pode crer que Silva posuira unha información exhaustiva -que nunca é desmentida- e os militares se enteraran polo libro de quen era roxo nun sitio ou noutro? No ano 36 nas vilas e pobos de Galicia todos se coñecían e ben se sabía quen eran persoas de orden e quen marxistas.
“Na Laracha, mesmo cheogu a pedir-lhe perdom às famílias dos retaliados por culpa do seu livro, cheio de mentirar e prosa fascista como se pode comprovar aqui".
¿Podes demostralo, e podes dicir onde minte?
----- COMMENT: AUTHOR: foucelhas [Membro] DATE: Tue, 27 Apr 2010 18:42:02 +0000 URL:Dizer também que falta por historiar o papel de outros curas da comarca na repressom, como por exemplo o de Messia. E haveria que completar com a outra parte, a dos curas que sofrêrom a repressom; como Manuel Sanches Garcia, crego de 29 anos, natural de Betanços e vizinho de Ordes, que foi inculpado em Causa militar instruída em Compostela. E também a dos cregos da comarca que fôrom fulcrais para a implantaçom do nacionalismo de esquerdas, sobretudo no mundo rural; ou, nom pode faltar, Moncho Valcarce, “o cura das Encrovas".
----- COMMENT: AUTHOR: foucelhas [Membro] DATE: Tue, 27 Apr 2010 18:39:09 +0000 URL:Publicamos o anterior comentário do blogue http://movimientoengalicia.blogspot.com/ nom afinidade ideológica com ele, senom polo valor do documento, e porque, seguramente sem querê-lo, dá pé a demonstrar ainda mais o papel da Igreja na repressom franquista. Em dito blogue está digitalizado o livro ?Galicia y el Movimiento Nacional: páginas históricas?, publicado em 1938 polo canónigo da Catedral de Compostela Manuel Silva Ferreiro. Este homem escreveu um livro cheio de dados pessoais da gente de esquerdas de todo o país, polo que foi empregado como umha autêntica guia para a repressom fascista nos anos seguintes, até o ponto de que o seu autor, arrepentido, intentou retirar o livro do mercado adquirindo todos os exemplares. Na Laracha, mesmo cheogu a pedir-lhe perdom às famílias dos retaliados por culpa do seu livro, cheio de mentirar e prosa fascista como se pode comprovar aqui.
Agora copiamos aqui íntegros os capítulos que falam da comarca de Ordes, ?Órdenes? e ?El distrito de Frades?.
Órdenes
De los ocho municipios en que se divide el partido judicial de Órdenes, sólo en el de la capital y en el de Frades hallamos cosas dignas de historiar.
Órdenes, villa situada al N.E. de Santiago, en la carretera de La Coruña a Pontevedra, ha presenciado en los días 19, 20 y 21 de julio, el desfile por sus calles, no sólo de los elementos revolucionarios de las parroquias circunvecinas, sino también de una porción muy considerable de rojos, enviados de otros pueblos más apartados, Santiago sobre todo.
El movimiento revolucionario adquirió en esta villa gran intensidad y desarrollo, ya por el crecido número de militantes, ya principalmente por la organización.
Las milicias rojas perfectamente equipadas -provistas de armas previamente requisadas a las personas de orden, e incluso de bombas elaboradas a este fin- eran mandadas y obedecían, a jefes determinados.
Los puentes en las carreteras de acceso a la villa se habían minado, y se construyeran trincheras que defendiesen al pueblo de un posible ataque por parte de las fuerzas del Ejército. Organización en una palabra, de carácter militar.
Cuando el 19 de julio arribaron a Órdenes, procedentes de Santiago, un Teniente de Seguridad con varios números que obedecían todavía al Gobierno de Madrid, y un pelotón de paisanos de destacada significación revolucionaria, entre los que figuraba Francisco Comesaña Rendo, existía ya en aquella Villa un Comité revolucionario del que, entre otros, formaba parte Germán Doval García que asumiera las funciones de Alcalde, el Maestro Nacional José García Fernández, Manuel del Río Mendayo Presidente de un Sindicato comunista, y Manuel del Río Pampín.
Este Comité había ordenado la formación de milicias, invistiendo de la autoridad de Jefe de las mismas al médico del Ayuntamiento de Órdenes D. Alonso Alonso Puente, que gustaba de lucir ante ellas el uniforme de Comisario rojo; dispuso también la requisa de armas y los registros en casas particulares, y llegó a proponer una visita a la Casa-Cuartel de la Guardia Civil, con la pretensión de que ésta entregase las armas que tenía en depósito.
Adonis Morón Silva -que saliera de Santiago al frente de un nutrido grupo de comunistas- llegó hasta Órdenes, y al ver allí tanto obrero parado, creyendo tal vez que en La Coruña había trabajo para todos, allá envió una buena parte de ellos, después de arengarlos convenientemente.
En Órdenes quedaba con todo, gente suficiente para reducir a escombros la secretaría del Juzgado, así como todo el inmueble en donde ésta se hallaba emplazada; para asaltar en Sta. Marina de Parada la casa denominada del Pazo, y para llevarse detenido, e ingresarlo en la cárcel del partido, a un hijo del propietario de la misma, D. Balbino del Valle.
**********
Distrito de Frades
No por ser zona montañosa y completamente diseminada, se vio libre el distrito de Frades de las propagandas avanzadas de la revolución, que allí prendieron con la facilidad que prenden siempre en cerebros poco cultivados, y plasmaron en diversos sindicatos de carácter comunista, como los de Céltigos, Gafoy, Añá y Ledoiro, de cuyos centros salieron las fuerzas auxiliares que aportó Frades a la causa roja.
En la noche del 19 de julio, acudió a la casa del médico señor Briones, una nutrida comisión de hombres armados, que, tras diversas deliberaciones, acordaron la detención de D. José Botana Sánchez, secretario del Juzgado Municipal de Frades; D. Benigno Cortés Quibén, párroco de Papucín; D. Félix Ruano Bello, secretario del Ayuntamiento; la esposa y un hijo de éste, y Salvador Iglesias Uzal, labrador de Ledoiro. Todas estas detenciones se efectuaron en la misma noche del 19; y en la mañana del 20, después de haber permanecido los detenidos varias horas en el domicilio de Briones, fueron conducidos a Santiago, escoltados por diez escopeteros, y presentados luego al Comité de obreros de aquella ciudad, que ordenó el rápido ingreso de los detenidos en la cárcel, donde habían de permanecer, hasta que el Teniente Quesada los pusiese en libertad, a las cuatro de la mañana del día 21.
No es esto sin embargo -con ser harto grave e ilegal- el principal testimonio de acusación contra los marxistas de Frades: tuvieron además, para su desgracia, la triste y lamentable ocurrencia de permanecer en armas después de declarado el Estado de Guerra, cortando la carretera de Curtis con trozos de madera, y cometiendo otros abusos, que habían de acarrear el infortunio de muchos y la desgracia irreparable de algunos.
Eran miembros significados del sindicato, y tomaron parte activa en los hechos que acabamos de historiar, entre otros: Ramón Cabo Budiño, Victoriano Ferreño Sánchez (a) “Furaño” y José Gestal Castro, vecinos de las parroquias de Añá, Céltigos y Gafoy, respectivamente.
**********
Textos de Manuel Silva Ferreiro, Galicia y el Movimiento Nacional: paginas históricas, 1938.
“gente suficiente para reducir a escombros la secretaría del Juzgado, así como todo el inmueble en donde ésta se hallaba emplazada; para asaltar en Sta. Marina de Parada la casa denominada del Pazo, y para llevarse detenido, e ingresarlo en la cárcel del partido, a un hijo del propietario de la misma, D. Balbino del Valle".
http://movimientoengalicia.blogspot.com/2010/04/ordenes.html
“En la noche del 19 de julio, acudió a la casa del médico señor Briones, una nutrida comisión de hombres armados, que, tras diversas deliberaciones, acordaron la detención de D. José Botana Sánchez, secretario del Juzgado Municipal de Frades; D. Benigno Cortés Quibén, párroco de Papucín; D. Félix Ruano Bello, secretario del Ayuntamiento; la esposa y un hijo de éste, y Salvador Iglesias Uzal, labrador de Ledoiro. Todas estas detenciones se efectuaron en la misma noche del 19; y en la mañana del 20, después de haber permanecido los detenidos varias horas en el domicilio de Briones, fueron conducidos a Santiago, escoltados por diez escopeteros, y presentados luego al Comité de obreros de aquella ciudad, que ordenó el rápido ingreso de los detenidos en la cárcel, donde habían de permanecer, hasta que el Teniente Quesada los pusiese en libertad, a las cuatro de la mañana del día 21″.
http://movimientoengalicia.blogspot.com/2010/04/distrito-de-frades.html
----- COMMENT: AUTHOR: cochiqui [Visitante] DATE: Mon, 12 Apr 2010 11:07:48 +0000 URL: http://ocortellodalaracha.blogaliza.org/Tenholhe escoitado a minha avoa que “nom hai corvos brancos",e eu penso o mesmo. Adiante Foucelhas!!!
----- COMMENT: AUTHOR: O Afiador da Galiza [Visitante] DATE: Thu, 08 Apr 2010 15:16:01 +0000 URL: http://www.wwwafiador.blogspot.comMuito bom artigo coma sempre. Saúde e Terra!
Marcos 9:42 E qualquer que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e que fosse lançado no mar…. Ver mais
http://www.sinpermiso.info/textos/index.php?id=3224
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: A comarca de Ordes na literatura (II) BASENAME: a-comarca-de-ordes-na-literatura-ii DATE: Wed, 07 Apr 2010 11:01:03 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ORDES NA LITERATURA CATEGORY: TAGS: ----- BODY:O BARDO PONDAL E SANTA CRUZ DE MONTAOS
Recorda-nos um vizinho de Santa Cruz de Montaos que: "D. Eduardo pondal, no libro Queixumes dos pinos, tamén lle adicou un poema á Parroquia de Santa Cruz de Montaos "Indo polo Camiño". Na fronte da entrada do campo das festas da citada parroquia, por iniciativa dun ex concelleiro de Santa Cruz, unha praca na súa honra, reproduce o poema."
Procuramos o poema, e encontramo-lo no livro de Ricardo Carvalho Calero, Pondal. Versos iñorados ou esquecidos. O poema está datado em 1909. Reproduzimo-lo aqui, e aproveitamos para agradecer-lhe ao anónimo vizinho de Montaos que nos passasse esta informaçom.
----- COMMENT: AUTHOR: O Garcia do Outeiro [Visitante] DATE: Wed, 07 Apr 2010 13:45:39 +0000 URL: http://www.wwwafiador.blogspot.comINDO POLO CAMIÑO
Indo polo camiño
da Coruña a Santiago,
deixamos pola esquerda
Santa Cruz de Montaos.
Terra das longas gandras,
dos eidos alongados:
¡oh, cánto a min me prace,
a gandra atravesando,
ver na súa pranura
Santa Cruz de Montaos!Terra das altas uces,
terra dos toxos altos,
terra das vagas brétomas,
terra do bo fidalgo,
do señor de Mesía*,
nos tempos xa pasados,
que levara seu nome,
armonioso e preclaro.¡Oh, cánto a min me prace,
a granda atravesando,
ver na súa pranura
Santa Cruz de Montaos!* "Señor de Mesía" refere-se a Diego Lopes de Montaos.
Obrigado por resgatardes este texto do Bardo que desconhecia. Bom trabalho.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Projecçom em Cerzeda: "A Fábrica" e outras curtametragens BASENAME: projeccom-em-cerzeda-a-fabrica-e-outras-curtametragens DATE: Fri, 26 Mar 2010 16:03:13 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Hoje às 21h00 continua o ciclo de cinema das associaçons Lucerna, Revoltosa e Foucelhas. Desta vez projectará-se na biblioteca de Cerzeda o documentário "A Fábrica", e estará presente o seu director, Marcos Nine.
Ficha técnica: http://www.axenciaaudiovisualgalega.org/public/index.php?seccion=oficinaproduccion/ficha_proyecto.php&id_proyecto=2085
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Uma olhada da Torre de Morgade: irmandinhos, guerrilheiros e grevistas BASENAME: uma-olhada-da-torre-de-morgade-irmandinhos-guerrilheiros-e-grevistas DATE: Wed, 17 Mar 2010 09:38:07 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: HISTÓRIA CATEGORY: TAGS: ----- BODY:C. C. V. / Se sairmos da Corunha cara ao sul, a primeira zona alta é o Mesão do Bento, onde se encontram os concelhos de Carral, Avegondo, Messia, Ordes e Cerzeda. Perto, ainda na paróquia de Ardemil, está Morgade. A povoação é antiga, pois a atual aldeia nasce à beira do castro da Torre de Morgade, denominado assim por acolher uma fortaleza medieval, propriedade dos Altamira. Construída no século XIV, quando Lopo Peres de Moscoso consegue licença do Arcebispo de Compostela, será derribada em finais do século XV pola Revolução Irmandinha, que também acaba com o vizinho castelo de Messia.
Polo que nos conta um vizinho, já se perdeu a memória de que lá houvesse uma torre, só se fala do castro. ?Valia a pena sachar nele -explica-nos-, porque dim que tem uma trave de ouro do tempo dos mouros. Na cima há uma pedra enorme, que tapa um buraco que vai dar ao rio. Diz-que nesse buraco anda um animal, uma cabra?. Entre dous fundos vales, o local está bem protegido, e só priva de umas vistas privilegiadas a invasão de eucaliptais e a onipresente central de Meirama, a deitar o seu alento de lignito no outrora fertilíssimo Vale do Várzea.
O castro estava unido com o das Travessas, situado a poucos quilómetros no concelho de Carral, justo ao lado da sub-central eléctrica, uma enorme cratera lunar incrustada numa paisagem pós-industrial. Mais adiante, em Viçonho, está o terceiro: o Castro Maior. Os três uniam-se por uma corredoira ?estreitinha, de pouco mais de um metro mas mui funda, a de anos que teria!?, que ?foi todo esbarrancado, entre estradas e concentração parcelar não fica nada; e total, levamos mais de vinte anos com a concentração...? O senhor casou para Morgade, mas é natal do Hospital de Bruma, uma ilha do concelho de Messia dentro do de Ordes; a pouca distância e na mesma linha que unia os três assentamentos castrejos. Ainda está em pé o posto de socorro que atendia os peregrinos que chegavam por mar, assim como a capelinha da aldeia.
Perguntamos-lhe polos guerrilheiros locais e tampouco duvida: ?Sim, ho, os foucelhas?. E fala-nos de João Couto Sanjurjo ?Simeão?, de Mámoas, outra aldeia de Ardemil. ?Foi o último em cair, no ano 1952; o último que colheram vivo. Agarraram-no na casa de Lino em Visantonha. O seu grupo pediu-lhe para dormir no palheiro, mas ele pechou-nos e foi avisar à guarda civil, que daquela tinham um posto nas terras do Marquês de Oblea. Mas estivo pouco tempo preso?. Partilhou cadeia, de facto, com Benigno Andrade ?Foucelhas? na Corunha. ?Levaram a sua fotografia polas aldeias para que a gente o reconhecesse como criminal e ninguém o fez. Ele perdera um olho num tiroteio. Quando saiu trabalhou de "conserje" no Laboral do Burgo, e jubilou-se ali?.
Na véspera do 14 de Abril de 1946, para comemorar a data da proclamação da República, Couto recruta uma dúzia de pessoas da sua confiança na sua zona natal, para ajudarem à sabotagem que prepara com os guerrilheiros ordenses Manuel Ponte, António Nouche, José Ramunhão, Manuel Pena, etc. Gomes Gaioso e António Seoane chegaram recentemente à Terra para formarem a nova direção do Exército Guerrilheiro da Galiza. A ação levou-se a cabo no Canedo, última aldeia de Ordes antes de entrar na comarca da Corunha. Cortam 16 postes da Telefónica, 14 da Telegráfica e voam com dinamita dous postes de alta tensão situados entre os quilómetros 23 e 24 da estrada geral da Corunha a Vigo. Entre os vizinhos que recrutou ?Simeão? conta-se Saúl Mendes Maio, vizinho de Olas (Messia), que com o tempo será chefe da II Agrupação. Outros cinco serão detidos e condenados a quatro anos de cadeia.
Ao passar polas Travessas, pode-se olhar no horizonte a enorme quinta, hoje convertida em eucaliptal, que em outro tempo fora a granja da Propecsa. Nela trabalhara durante vinte anos o nosso informante, antes de ser expropriada numa trama empresarial do ?socialismo? espanhol. ?Era a melhor "finca" de Galiza; chegou a haver quatrocentas porcas paridas, e centos de vacas. À terra nunca se lhe botou adubo porque chegava com o que produziam os animais. Os pastos alternavam-se e sempre havia erva, sem falta de trazer rações de fora. Todos tinham água natural. É um pecado ter isso assim, a monte, e mais neste tempo de crise?. Em finais da década de 1980, desatou-se uma greve perante o abandono das instalações polos seus anteriores donos. ?Éramos quase mil trabalhadores, estivemos dous anos sem cobrar, mas os animais não os podias deixar morrer de fome?.
Conta como intentaram sequestrar o chefe da empresa que, num descuido, conseguiu escapar do cerco. Coincidira com o ano das "tractoradas", que lhe bloqueiam a fugida. É, contudo, capaz de entrar numa furgoneta da empresa, após abandonar o seu carro, com a qual chega à aldeia de Pepim, na paróquia ordense de Mercurim. Ali tem que baixar dela e seguir a pé, até Queixas, já no concelho de Cerzeda. Chega à estação do trem (vítima, por certo, do AVE), e pede na taberna que o agachem, ao qual se negam os donos. Ali volve a ser capturado polos trabalhadores que o levam de volta para as instalações da empresa. ?Depois chegaram ónibus cheios de anti-distúrbios, deviam ser quinhentos, e nós éramos mil. Apanharam o chefe, escoltaram-no e levaram-no. Nunca por aqui voltou?, conta-nos este homem com uma nostalgia alegre. Ele é de ideias conservadoras, mas sabe bem que ?conservadores? não são quem deixaram esmorecer aquela quinta, ?a melhor da Galiza?; e que dos que mandam nunca se pode fiar um.
Descarregar original: http://novasgz.com/pdf/arevista16.pdf
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Vota por Foucelhas no concurso Ângelo Casal da Galicola! BASENAME: vota-por-foucelhas-no-concurso-angelo-casal-da-galicola DATE: Thu, 11 Mar 2010 03:53:02 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Cada vez que bebas umha Galicola -ajudando economicamente à normalizaçom do galego e combatindo o imperialismo- guarda a etiqueta e vota polo projecto da AC Foucelhas, para que a comarca de Ordes tenha um centro social! No 17 de Maio, Dia das Letras Galegas, fará-se o reconto dos votos que dirá que projecto normalizador ganhou o concurso Ângelo Casal. O nosso projecto completo pode-se ler aqui: http://galicola.org/FOUCELHAS.pdf
O nosso projecto para o Concurso Ángelo Casal é a apertura dum centro social para Ordes, que sirva de ponto de encontro para o amplo tecido associativo da comarca. Só com um local próprio poderemos alcançar umha total autonomia nas actividades, muitas das quais ficam sem se celebrar por carecermos dum espaço que nom pertença à cámara municipal. O idioma é e será um dos principais alicerces do nosso trabalho, sobretodo no que se refere ao afiançamento de galego-falantes e à defesa dos nossos direitos lingüísticos dumhas coordenadas reintegracionistas.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Palestra em Sigüeiro sobre a situaçom da língua no ensino com Elias Torres BASENAME: palestra-em-sigueeiro-sobre-a-situacom-da-lingua-no-ensino-com-elias-torres DATE: Thu, 11 Mar 2010 02:35:35 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Esta sexta-feira, às 18h30 no Multiusos de Sigüeiro (Oroso), o professor Elias Torres dará umha palestra sobre a situaçom actual do galego no ensino. Completarám-se assim as jornadas sobre a língua na escola, que se iniciaram com Bernardo Penabade numha palestra em Ordes no passado mês de Novembro. Elias Torres é professor na USC, Presidente da Associação Internacional de Lusitanistas e Director do Grupo de Investigaçom GALABRA, que estuda os sistemas culturais galego,luso, africanos de língua portuguesa e brasileira.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Vídeo do Antroido em Cerzeda BASENAME: video-do-antroido-em-cerzeda DATE: Wed, 03 Mar 2010 19:09:42 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Organizado por Lucerna, com a colaboraçom da vizinhança e o concelho. Vídeo realizado por Bocixa.
Iª Parte
IIª Parte
No 5 de Março, sexta-feira, apresentará-se em Ordes o documentário "Entre Línguas", realizado por João Aveledo, Vanessa Vila Verde e Eduardo Maragoto, com a montagem de Ramiro Ledo. Será às 21h00 no IES nº1 de Ordes, num acto organizado por Lucerna (Cerzeda), Revoltosa (Montaos) e Foucelhas (Ordes), que inícia o ciclo de cinema itinerante que se desenvolverá nas próximas semanas na comarca.
Podes ver o trailer, para ir abrindo boca, aqui: http://entrelinguas.agal-gz.org/
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Ciclo itinerante de cinema: Ordes, Cerzeda e a Pontraga BASENAME: ciclo-itinerante-de-cinema-ordes-cerzeda-e-a-pontraga DATE: Thu, 25 Feb 2010 16:56:18 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:O 5 e 26 de Março, mais o 16 de Abril, as associaçons da comarca: AC Revoltosa (Montaos), AC Lucerna (Cerzeda) e AC Foucelhas (Ordes), organizam um ciclo itinerante de cinema, com o seguinte programa:
Sexta-feira, 5 de Março, às 19h00
IES nº 1 de Ordes, r/ Mestre Nicolás do Rio (Bairro do Paraíso)
Apresentaçom do documentário ?Entre Línguas?, de João Aveledo, Vanessa Vila Verde e Eduardo Maragoto. Montagem de Ramiro Ledo. Com a presença dos realizadores do filme. Documentário sobre as falas dos territórios portugueses que ficárom sob administraçom espanhola, e que se semelham muito ao galego.
Ao longo da raia com Portugal existem cinco territórios que, por diversas circunstâncias históricas, decorrentes de feitos políticos, ficaram do lado espanhol da fronteira. Isto provocou que, nas províncias de Samora, Salamanca, Cáceres e Badajoz, certas vilas, e até concelhos inteiros, conservassem uns dialetos que, apesar da falta de contato com o resto de falares galegoportugueses, conservem um enorme parecido com estes e em particular com o galego falado atualmente na Galiza.
Sexta-feira, 26 de Março, às 21h00
Biblioteca Municipal de Cerzeda, Praça da Cultura, 1.
?A Fábrica?, de Marcos Nine Bua. Ano: 2008. Duraçom: 23 min. Narra a relaçom de umha senhora de 60 anos com a sua vida anterior e o esfarelamento da indústria têxtil do ponto em Boiro.
Projectará-se algumha curtametragem mais, e contará-se com Marcos Nine para termos um pequeno colóquio sobre o audiovisual galego.
Sexta-feira, 16 de Abril, às 18h30
Local Social Revoltosa, na Pontraga (enfrente da estaçom velha)
?Vivir la utopía?, de Juan Gamero. Ano: 1997. Duraçom: 95 min. Documentário no que se descreve a experiência anarcosindicalista e anarcocomunista conhecida como ?Revoluçom Espanhola?, que durante a guerra civil transformou radicalmente as estruturas da sociedade em amplas zonas do bando republicano: organizaçom de colectividades agrículas de uns 7 milhons de campesinhos, 3.000 fábricas e empresas autogestionadas, a uniom de 150.000 milicianos anarquistas, actividades culturais, o movimento Mulheres Livres. Inclui 30 entrevistas a protagonistas.
EDUARDO PONDAL, ANGERIZ E O RIO LENGUELHE
Começamos esta pequena escolma de literatura galega na que a nossa comarca aparece de protagonista com o grande bardo galego, Eduardo Pondal. Nado em Abente, Ponte Cesso em 1835, passará à história por ser um dos escritores mais importantes do ressurgimento galego, junto com Rosalia e Curros e, aliás, escrever a letra do hino nacional galego. Os trechos que aqui reproduzimos, fôrom extractados do seu livro de 1886 Queixumes dos pinos, e nestes versos fala do rio Lenguelhe e da paróquia tordoiense de Anxeriz. Mas nom é o Lenguelhe o rio predileto de Pondal, senom o Anlhons, que nado no Monte Xalo, dentro da nossa comarca, percorre toda a comarca de Bergantinhos antes de morrer no Atlântico.
21
?Río Langüelle, río Langüelle,
ben se ve que es da montaña,
¡ouh!, feo fillo das brétomas
e das uces desleiradas.
Cando te vexo de lonxe,
atravesando unha gandra,
non sei se sinto suidades,
se é que te sinto na alma;
solo sei que estou de máis
donde me pon mala cala,
que en montañés, cortesía
está por demais buscala.¡Ouh, aires de Troitosende [1],
terra donde me eu criara,
levade esta filla vosa,
levá desta terra extraña!Os ríos da miña terra
non ten a cara tan brava,
nin parece que a ninguén
neguen unha sede de auga;
nin teñen, en vez de flores,
tan soamente uces altas.
Co teu esquivo carácter
e receosas miradas,
pareces, Langüelle, un lobo
que, por non ver xente, escapa.As túas ribeiras son
ben soas e ben escravas,
donde no medio do vran
só se ve pousada a garza:Río Langüelle, río Langüelle,
ben se ve que es da montaña;
¡ouh, feo fillo das brétomas
e das uces desleiradas!
Nota[1] Freguesia do concelho de Avanha, e aldeia da mesma.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: O livro ?Despois da guerra?, agora disponível para descarregar em pdf BASENAME: o-livro-despois-da-guerra-agora-disponivel-para-descarregar-em-pdf DATE: Tue, 16 Feb 2010 18:44:29 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: MEMÓRIA CATEGORY: Documentos TAGS: ----- BODY:51
Fada garrida de leves asas,
que leda voas
no doce Abril,
rompendo a brétema
con lindas galas,
descoñecida, presta e xentil:fada que ás veces
no espacio oculto
dos patrios agros costumas voar,
e ás veces no aire
do monte inculto
te soes sen trazas evaporar:das túas asas o doce ruido
e dos teus pasos
o grato son,
que no o percibe o atento oído
mais que só o sente
o corazón:oín mil voces na miña infancia
nos patrios montes
da verde Erín,
sentín túa enxebre,
doce fragancia,
cando pasabas por xunto a min.Non te coñezo,
non sei aonde,
ou vas ou tornas, nin por que lei;
nin sei se antes,
nin como ou onde,
nin en que antigo tempo te achei.Se foi na gandra de Carboeiro, [1]
nos verdes de Oca [2]
ou de Buxán; [3]
se nas alturas de Portomeiro [4]
se nas areas de Barrañán. [5]Nos verdexantes cómaros do Esto, [6]
no val de Brantuas [7]
ou de Anxeriz; [8]
ou nas pendentes de Corcoesto, [9]
ou sobre o cume de Gumariz.Se dos curutos
na vaga bruma,
do prado verde na branda cor;
do negro baixo
na branca escuma,
de casta estrela no resplandor.Nas negras copas harmoniosas
dos altos pinos
que hai en Cartel; [10]
se foi nas gandras espaciosas
nas corredoiras
de Recemel.Non sei..., mais levo túa doce historia;
non sei tampouco
quen me insinuou;
nin sei de certo
por que a memoria
doces lembranzas de ti gardou.Quezais celeste
reminiscencia
es doutra vida que pasei xa;
quezais presaxio
doutra existencia
misteriosa que inda virá.Virxen dos celtas de amigos astros,
dos nobres celtas
fortes e bos;
quezais habitas nos verdes castros,
xenio dos nosos
grandes avós.E pois no cárcere que ó home encerra,
pracer non acha,
tregua ou solaz,
detén un pouco
na escura terra
o teu graciosa paso fugaz.E me apreixando
dos teus garridos,
gracioso velo de ledo tul,
nos perderemos
do van collidos,
dos patrios eidos no brando azul.
Notas:[1]Freguesia de Freixeiro, Santa Comba.
[2]Freguesia de Coristanco.
[3]Capital do Val do Duvra.
[4]Freguesia e lugar do Val do Duvra.
[5]Praia e freguesia de Arteijo.
[6]Freguesia e lugar de Cabana de Bergantinhos.
[7]Freguesia de Ponte Cesso.
[8]Freguesia de Tordóia.
[9]Freguesia de Cabana de Bergantinhos.
[10]Freguesia de moraime, concelho de Mogia.
?Despois da guerra? é um livro de relatos ambientados na guerra civil e resistência nas Terras de Ordes. Fôrom escritos por Manuel Pazos Gómez, o historiador de referência na recuperaçom da memória na nossa comarca, e publicados pola A. C. Obradoiro da História em 2003. Com prólogo de Neira Vilas, e louvado por Manuel Maria, os sete relatos curtos achegam-nos a outras tantas histórias reais de morte, repressom, cárcere, mas também resistência e dignidade.
Agora está disponível em pdf na página do autor para que quem queira o poda descarregar de graça, tam só com fazer clique aqui: http://manuelpazos.info/Despois%20da%20Guerra.pdf
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: LXXIII Aniversário do Fusilamento dos Mártires de Ordes BASENAME: lxxiii-aniversario-do-fusilamento-dos-martires-de-ordes DATE: Sun, 07 Feb 2010 20:04:24 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Este 8 de Fevereiro fam-se setenta e três anos desde que o fascismo assassinou no cemitério de Boisaca a onze vizinhos de Ordes: Ângelo Jesus Caamanho Vila Verde, José do Rio Pampim, Manuel do Rio Pampim, José García Fernández, José Igrejas Vilarinho, Manuel Moure Rei, André Nogareda, Paulino Peres Garcia, José Peres Sanmartim, José Vásques Mandaio e Bieito Vilarinho Liste. Todos militantes de esquerda, a maioria de Esquerda Republicana, mas também do Partido Socialista e o Partigo Galeguista. Reproduzimos a continuaçom um texto de Xerardo Díaz Fernández, companheiro dos ordenses na prisom de Santiago, que narra as suas últimas horas. Sirva esta pequena lembrança como homenagem à sua luita.
---oOo---
Todo se ia desenrolando dum jeito endianhado. Havia verbas que para nós já perderam o senso; a piedade e a justiça eram duas delas; a lógica e a toleráncia, eram outras. Que ficava, pois, dentro de nós?: a xenreira, o rancor e o desespero. O que mais nos magoava era a injustiça e triunfo da maldade que, hora a hora, sentiamo-las sobre sobre nós como umha brêtema velenosa que nos afogava. E assim foi que...
Em outra madrugada de amargueza fôrom os de Ordes os que tivérom que pagar o trabuco e também se fôrom caminho de Boisaca. Boisaca, Boisaca, Boisaca... Como me lateja dentro do meu coraçom esta palavra que me fai recordar a cada intre todo o que ela significa... Boisaca, o leito cheio de friagem que acolheu os corpos ensanguentados dos amigos generosos... Boisaca, foste o único que nom lhes figeste mal porque quando lhes deste acougo já estavam mortos. Jamais esquecerei o teu nome.
Seriam uns doze os que iam para morrer, como os de Negreira... quem se lembra de tantos! Caminham junto, esposados e vam sós cada um com a sua soidade, que é a derradeira companha. A madrugada é estrelada e fria. Os soldados pisam forte e as suas pisadas é o único que creba o silêncio daquele amanhecer. Chegam à praça do Obradoiro; o autocarro que os vai levar está perto do paço de Rajói, fronte à Catedral. Entre os que vam ajustiçar acham-se dous mestres. Por que essa mania contra os mestres? Além de García, o narigom, vai outro jovem mestre; este decata-se que o ferro das esposas que apertam o seu pulso está um pouco frouxo e prova a ceivar-se dele forcejando amodinho, tam amodinho que o seu companheiro nom se dá conta; a mao vai escorregando pouco a pouco; no seu peito nasce umha esperança; segue a forcejar e por fim logra vê-la ceive; surgia umha ilusom, havia umha possibilidade entre mil, quiçá menos, mas havia que intentá-lo. Estavam os soportais do paço de Rajói que podiam protegê-lo na fugida; tinha que fazê-lo, nada se perdia se fracassava, mas podia salvar a vida. Deu um brinco de atleta e perdeu-se correndo entre os soportais do paço; a sua carreira era prodigiosa, umha maratona electrizante; jadeante brincou limpamente o pequeno muro que protege a praça quase que frente ao colégio de Sam Jerónimo; umha chuva de balas assobiam ao seu redor perseguindo-o com asanho; um suor frio molhava o seu corpo, mas ele segue correndo rua abaixo; ele nom sabe se tem frio ou nom, ele nom sabe se está ferido ou nom, já nom tem medo, já nom pensa na morte, só pensa em correr, em correr mais ligeiro pois a rua cada vez aparecia-se-lhe mais longa, tinha que correr ligeiro cara a liberdade para encontrar a salvaçom que quiçá já está perto; mas a morte aguardava-o ali. O soldado que estava de sentinela ali abaixo, detrás da cadeia, surge ao cabo da rua, finca um joelho no chao e aponta com cuidado o seu fusil; nom tem presa por disparar, deve ser um veterano, quiçá um amigo ou vizinho, aguarda como fai o toureiro numha corrida de festa; a vítima, cega, achega-se velozmente; o soldado nom tem presa, pois quer assegurar o tiro; o pobre homem já está a quatro passos, afina a ponteria e, a boca de jarro, com toda impunidade, friamente, dispara o tiro mortal. O corpo ensanguentado e latejante cai sem vida aos pés do soldado que o arreda de si com um gesto de nojo. Todo rematara. Vinhérom correndo os soldados da escolta e levárom o cadáver e deitárom-no no piso do autocarro, aos pés dos seus companheiros, que tivérom que pisá-lo pois nom tinham lugar onde passar. Quando os fusilárom, o corpo sem vida pugérom-no às plantas dos que iam morrer. Havia que cumprir a sentença e satisfazer a justiça. Também lhe dariam a ele o tiro de graça?
Foi passando o tempos e os fusilamentos rematárom. Estavam cansados, tinham remordimentos ou estavam a descansar para começar de novo?
Depois de dous anos naquela cadeia, tínhamos que deixá-la. Partíamos, nom para a liberdade, senom para outra cadeia, cara o desconhecido. Eu nunca pensei sentir tristura por abandonar umha cadeia, mas assim era; deixávamos todo aquilo que nos fijo chorar e rir e sentíamos a amargura do afastamento de tantos companheiros e amigos que connosco convivérom horas de trascendental angúria, à maioria, já nom os voltaria a ver jamais. Levam-nos para a cadeia da Corunha. Que nos aguardava ali? Nom éramos donos dos nossos destinos, só éramos donos dos nossos pensamentos, que era o único que nom nos podiam quitar. Sairíamos antes da alborada. Essa noite figemos umha festa de despedida com os companheiros de cela à qual também assistiu Maça, com licença da Direcçom. Foi umha ceia bastante tristeira; falamos dos nossos companheiros mortos e fazíamos conjeturas polo que o destino nos ia a deparar dali para diante. Arranjamos as nossas cousas e quando nos decatamos já se acercava a hora de partir. Dérom-nos aviso e despedimos-nos dos que ficavam. Agostinho emocionou-se avondo ainda que o quijo disimular, dixo-nos quando nos abraçava: ?Adeus, amigos; adeus para sempre.? Foi-se a sentar apoiando a cabeça nas maos, assim ficou até que nos fomos.
Maça nom nos dixo nada; abraçou-nos um por um e as bágoas escorregavam abondosas pola sua faciana. Separou-se de nós dando média volta e foi-se para um curruncho enjoitando as bágoas com um pano.
Sam Tisso Girom com o seu sorriso sempiterno apertou-nos; brilhava a sua tersa fronte cor cobre brunhido; através dos óculos chispeavam os seus olhos delatando a turbaçom que o atingia:
?Até sempre, companheiros! Eu aguardo que com o trunfo ou com a derrota havemos-nos de atopar. Adeus!
Alende, mui sério, também se despediu à sua maneira:
?Abur, muchachos!... Alende deseja-vos muita sorte. Abur!
Saímos e ao passar polas outras celas dixemos-lhes adeus aos companheiros que ficavam nelas. A tristura estava nos seus olhos. Esposárom-nos de dous em dous e partimos mui bem escoltados.
Corriam os veículos que nos levavam atravessando as ruas silandeiras. A noite era sereia e brilhavam as estrelas parpadejando antes do que o dia apagasse os seus reflexos. Ao abandonar a cidade sentim umha melancolia desconhecida até entom, produzida polo recordo dos amigos e companheiros que ficavam para sempre no cemitério de Boisaca, enterrados na fossa comum.
Ia-se achegando o dia. Chegamos a um alto da estrada perto de Ordes, a metade entre Santiago e a Corunha pouco mais ou menos, e detivérom-se os autocarros; figérom-nos baixar dos carros para estirar as pernas. A mim doia-me o pulso apertado com o ferro das esposas, mas eu nom dixem nada por medo a que se me queixava nom mas foram a apertar ainda mais. As primeiras raiolas do dia começavam a ver-se no horizonte numha alborada morna, e a minha imaginaçom flutuava entre o real e a fantasia. Despertava o campo e umha lene brisa estival agarimava o meu rosto; leviáns colunas de fume erguiam-se das casas situadas nos vales que havia a umha beira e outra da estrada; o sino dumha igreja deixou ouvir o seu ledo latejo; o silêncio da campia só era rompido polo renjer dos velhos carros de madeira e polos berros dos labregos encirrando o gado que turrava dos mesmos. Todo era acougo e formoso nesse despontar do dia. Um paisano que caminhava diante do carro com a guilhada na mao, carregado de esquilme, detivo-se a umha ordem dada polo guarda civil. O homem ficou quedo, estático com o seu pantalom de pana, a camisa a quadros e a pucha lustrosa; na boca tinha um anaco de pitilho apagado e a sua silhueta recortava-se contra a claridade do horizonte como um desenho de Castelao. Nom sei porquê acudírom à minha memória estas verbas de Napoleom: ?Os povos deixariam de queixar-se se deixaram de sofrer?. Rubimos aos carros.
A guerra seguia a matar gente, e eu seguia a caminhar por umha trevosa corredoira cara o desconhecido. Começava outra etapa da minha vida.
Montevideu, Novembro de 1980
DÍAZ FERNÁNDEZ, Xerardo. 1982. Os que non morreron. Ediciós do Castro: Sada. 161-164
Continua a gira itinerante de projecçons de documentários que estám a realizar as associaçons culturais da comarca: Revoltosa, Lucerna e Foucelhas. Desta vez toca-lhe o turno ao premiado documentário ?A guerra contra a democracia?. Será a sexta-feira, dia 12, às 18h30 no Local Social ?A Revoltosa? (junta a estaçom velha, na Pontraga).
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Apresentaçom em Cerzeda do livro "55 mentiras sobre a língua galega" BASENAME: apresentacom-em-cerzeda-do-livro-55-mentiras-sobre-a-lingua-galega DATE: Tue, 02 Feb 2010 10:41:01 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Nesta sexta-feira, 5 de fevereiro, apresentará-se o livro coordenado por Xosé-Hernique Costas, "55 mentiras sobre a língua galega". Será às 20h30 na Biblioteca Municipal de Cerzeda, numha actividade coordenada pola A.C. Lucerna, na que também colaboram a A.C. Revoltosa (Montaos) e A.C. Foucelhas (Ordes). No acto falarám o dramaturgo Manuel Lourenzo, Xosé Bocixa da A.C. Lucerna e Iván Méndez, trabalhador na Normalizaçom Linguística da Câmara de Cerzeda. As pessoas assistentes que levem um pequeno poema para ler serám agasalhadas.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: A Associaçom Reintegracionista de Ordes no periódico Gralha BASENAME: a-associacom-reintegracionista-de-ordes-no-periodico-gralha DATE: Sun, 31 Jan 2010 19:20:46 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Umha das principais eivas dos movimentos sociais é o seu contínuo aparecer e desaparecer, a sua falta de continuidade, e dificuldade para transmitir os ?conhecimentos da dissidência? entre gerações. Por isso a memória histórica é também recordar e reconhecer o trabalho de outros colectivos e pessoas que permitem que hoje siga a existir umha comunidade nacional galega que se nega a claudicar. Aqui repassaremos, através das páginas do periódico Gralha (precursor do Novas da Galiza), as notícias relativas à ARO, Associaçom Reintegracionista de Ordes.
Desde o primeiro número, saído em Fevereiro de 1994 como ?Gralha. Boletim Cultural?, aparece a ARO dentro dos colectivos reintegracionistas do país. A partir de aí estas som as notícias relativas à sua actividade:
AS RUAS DE ORDES
A Associaçom Reintegracionista de Ordes acaba de editar um folheto para reivindicar os nomes tradicionais das ruas da vila que foram selvagemente alterados aquando da usurpaçom fascista do poder, propondo nalguns casos a substituiçom de nomes de militares sediciosos por outros mais correctos ética e politicamente (como Travessa de Castelão). Que alastre o exemplo!
Gralha. Boletim cultural nº 7. Julho 1995
MAGUSTOS
Celebrárom-se os tradicionais magustos reintegracionistas nas associaçons de Ordes e Ourense. Se os primeiros optárom por fazer o seu magusto popular o dia 28 de Novembro na rua Campeiras de Ordes, em Ourense a A.C. Auriense, A.M.I., Gente da Berreira, Meendinho e Meigas, escalárom o Montalegre para ali desfrutarem em harmónico convívio das castanhas e do vinho novo.
Gralha. Boletim cultural nº 9. Dezembro 1995
POLOS CORREIOS
M. Friám - A.R.O.
(Associaçom Reintegracionista de Ordes)
A HISTÓRIA DA LÍNGUA DE MEENDINHO. (Versom Isolacionista)
No ano 1992 Meendinho Ediçons em Ourense publica a "História da Língua em Banda Desenhada". Esta publicaçom seria distribuída e comercializada através de todos os grupos reintegracionistas da Galiza.
...Isto parece que nom lhes ficou claro aos isolacionistas...
No "Curso de Perfeccionamento da Lingua Galega para Adultos", organizado pola "Xunta de Galicia" e impartido nos locais da Associaçom Juvenil "Xacarandaina" da Corunha entre os meses de Outubro e Dezembro de 1994, a professora, Marta Pumares, encarregada do curso, repartiu várias fotocópias com vinhetas e textos tirados da "História da Línuga", editada polo grupo reintegracionista Meendinho.
Nas vinhetas reproduzidas, nom se respeitam os textos originais nem se cita em nengum sítio o lugar de procedência. Os textos que acompanham os desenhos aparecem modificados e "traduzidos" ao galego imposto pola Junta da Galiza.
...mas nom é tudo...
A professora Marta Pumares chegou à aula do curso afirmando que era ela a autora dos textos e desenhos que apareciam nas fotocópias... que pouca vergonha e criatividade tenhem estes isolacionistas!!
Marta Pumares ao longo do curso sempre mostrou umha inquestionável fidelidade à normativa do "I.L.G.", qualquer intento de debate sobre outras alternativas plantejadas polos assistentes ao curso, era cortado de forma imediata.
As poucas referências que fizo ao reintegracionismo fôrom sempre em tom irrelevante e sempre minimizando e desprezando os postulados lusistas.
Segundo as suas palavras, o reintegracionismo é "questom de grupos minoritários... defendem ideias que conduzem à nada..." ...mas esta opiniom nom lhe priva de aproveitar-se descaradamente do trabalho alheio, alterando e fazendo como algo impróprio à sua "consciência lingüística".
A História da Língua foi um projecto laborioso e novidoso no nosso país, fizo-se com poucos recursos económicos, mas com muita ilusom e criatividade. Todo o contrário ao que os isolacionistas tendes... senhores difusores dos experimentos linngüísticos do I.L.G. e da Junta da Galiza... só sodes vivedores do "oficialismo".
A vossa teoria, senhorita Marta Pumares e senhores isolacionistas é tam frágil que, se vos deixam desamparados, desaparecedes. Em realidade só sodes "espanholitos light", deturpadores e assassinos da nossa língua e da nossa história.
Gralha. Boletim cultural nº 9. Dezembro 1995
A banda desenhada ?História da Língua? (que podes descarregar em pdf. aqui: http://www.culturagalega.org/bd/documentos/historia_da_lingua.pdf) fora umha das acções mais exitosas do reintegracionismo de aqueles anos.
Nele colaborara a ARO, e até rádio e televisom de Cerzeda, e o padroado de cultura e desportos de Ordes, que na altura empregava o galego em normativa internacional lusófona.
Até que em 1996 se funda o Movimento Defesa da Língua, integrando os grupos reintegracionistas de base de ámbito local:
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Os mártires de Arjám (Messia) BASENAME: os-martires-de-arjam-messia DATE: Fri, 29 Jan 2010 14:32:54 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: HISTÓRIA CATEGORY: Documentos TAGS: ----- BODY:MOVIMENTO DEFESA DA LÍNGUA
Há anos era necessário socializar a teoria reintegracionista que, sem dúvida, enriqueceria o discurso da Vida da Língua e fortaleceria as posições do movimento normalizador. Fruto desta necessidade fôrom nascendo de forma espontânea diferentes Grupos de Base em vilas e cidades do país, a partir do ano 1987: Meendinho em Ourense, ARO em Ordes, CRÊS no Salnês, Marcial Valadares na Estrada, Vª Irmandade em Vigo, Bonaval em Compostela, Artábri em Ferrol e Narom, Aquém-Douro em Tui,... mesmo Renovação em Madrid. Todos eles têm contribuído em grande medida para fazer que hoje o reintegracionismo seja assumido por cada vez mais sectores da sociedade galega.
Contudo, a grande tarefa pendente destes grupos foi a sua coordenaçom que possibilitasse dar umha dimensom nacional ao labor de todos eles, com os objectivos estratégicos históricos do nacionalismo a este nível: REINTEGRACIONISMO LINGÜÍSTICO E MONOLINGÜISMO SOCIAL.
Após várias tentativas fracassadas, por fim se acaba de alcançar o princípio de unificaçom dos grupos normalizadores locais. É o MOVIMENTO DEFESA DA LÍNGUA. Para além dos grupos estritamente lingüísticos (Renovação, Artábria, Meendinho, Bonaval...), incorporárom-se outros colectivos culturais que, no seu âmbito, trabalham pola normalizaçom de umha perspectiva reintegracionista (A Gente da Barreira de Ourense, A.N.E.L., Comissom de Cultura dos E.I.,...).
É um processo aberto com começo numha assembleia constituinte a celebrar o dia 25 de Maio. Esperamos que vaiam aderindo novos colectivos e pessoas até conformar um forte movimento normalizador.
Gralha. Boletim cultural nº 11. Maio 1996
No passado 12 de Fevereiro cumpriu-se o bicentenário do fusilamento na capela de Arjám (Messia, comarca de Ordes) de doze vizinhos retaliados polo exército francês, poucos dias depois da batalha de Elvinha, que transcorreu entre o 16 e o 18 de Janeiro de dito ano. Sobre estes factos ?situados no contexto das guerras ibéricas, durante as quais a Galiza foi na realidade um estado independente durante os anos da contenda, com embaixada em Inglaterra e Portugal, para além de organismos fiscais, militares e de governo próprios? escreveu o pároco de Sam Cristovo de Messia no livro de defunçons:
?No dia 13 de Fevereiro (segunda-feira de Carnestolendas) do ano de 1809, dentro da Capela da Nossa Senhora de Arjám, situada na paróquia de Sam Cristovo de Messia, com só um responso a cada um, e todos juntos numha, polo raro, e apertado do caso, deu-se sepultura aos cadáveres de Mateu Sanches, marido de Luzia Boga, José Pardo, marido de Andreia Branco; Joám Quindimil, viúvo de Dona Sanches; Tomás Quindimil, marido de Josefa Lopes; Francisco Quindimil, filho deste último; Tomás Mendes, marido de Maria de Castro; Francisco Branco, marido de Joana Rodrigues; Pedro Mira, viúvo de Dominga Sanches, António Vereia, marido de Vicenta Rodrigues; António Gondim, solteiro, filho de Melchor; António Fandinho, também solteiro, criado de Jacinta Mosqueira: todos onze vítimas do furor francês, destinado a queimar, matar e asolar a mencionada paróquia; mortos fusilados na imediaçons da mencionada Capela, e a maior parte junto o Cruzeiro dela, sem que lhes pudesse preparar, nem botar outra mortalha, que as ordinárias vestimentas com as que caírom mortos o Domingo anterior pola manhá, nem menos conduzir-se à Igreja paroquial por falta de gente, que se disperasara, nem se acercava cheia de pavor e espanto: Todos eram vizinhos da mesma freguesia e eu dom Gregório Pelágio Vasques Cabanas, cura pároco da de Sam Miguel de Filgueira, considerando a ausência do actual cura ecónomo, e movido de um nom sei quê superior ao medo que concebera, prestei-me ao socorro espiritual de aqueles infelizes e assistim aos referidos enterros, ponho-o por assento e assino estando na sacristia da repetida igreja paroquial de Messia, onde se achou este livre a vinte dias do mês e ano tu supra.?
Remata com a sua assinatura:
?Gregorio Pelagio Vázquez Cabanas [sinatura]. En catorce de febrero de mil ochocientos y nuebe, dentro de la Yglesia parroquial de S. Christoval de Mesía y fila de seis reales se dio sepultura al cadaver de Isidro Lata, marido de Thomasa Pita, muerto igualmente por los franceses, y sin mortaja particular con el ofº de sepultura, que yo el infraescrito Cura de Filgueira por ausencia del economo le hice, y que conste lo firmo a veinte del mismo.?
O relato nom fala das causas do fusilamento, mas todo parece indicar que foi um acto de repressália dos franceses por umha operaçom da guerrilha galega de tremenda importáncia. Trata-se da misteriosa desapariçom de dous esquadrons do trem de artilharia voante do exército francês que pertencia ao sexto corpo do mando do Duque de Elchinge. Em total uns 200 homens e 200 cavalos, estabelecido nas imediaçons do antigo caminho inglês, polo qual os peregrinos de Irlanda chegavam a Compostela após atravessar as terras da Marinha e Ordes. Este remontava o rio Mero, cruzando as paróquias de Cós, Meangos, Culhergondo, Cutiám, Carres, Figueiredo, Paderne, Provaos e Visantonha face o Hospital de Bruma, umha ?ilha? de Messia dentro do concelho de Ordes.
Na primeira semana de Fevereiro de 1809, estes 200 homens e 200 cavalos franceses, situados no médio de quatro brigadas, desaparecêrom como por arte de mágia, sem haver tropas galegas do exército regular num rádio de umhas vinte léguas. Só houvo um supervivente, um cabo polo que se soubo da emboscada, que chegou com notícias de que os seus companheiros foram degolados polos aldeanos. Na altura os vizinhos pertenciam à província de Betanços, e alertados polas ordens francesas de saqueio, incéndio e extermínio das aldeias próximas à Corunha, determinárom levar a cabo umha acçom de castigo contra o exército invasor.
No Boletim da Real Academia Galega, do ano 1910, conta Adriano Lopes Morillo: ?Posto de acordo por médio dos maiordomos pedáneos e curas das aldeias, numha noite e numha hora convida, dérom morte a todos os oficiais e tropa imperial, enterrando-os com o armamento e afectos, sendo já de dia, no interior dos frondosos pinheirais.? E continua relatando como os cavalos fôrom na mesma noite conduzidos até Rivadávia, coraçom da resistência galega, e depois entregados ao Marquês da Romana (que na altura liderava o exército galego que se retirava face Portugal). Fauque ?o Marquês nom fazia mais do que santiguar-se quando lhe referiam o facto?.
O General francês Jomini, por entom Chefe do Estado Maior do 6º Exército Francês, narra na sua obra Estratégia o seguinte: ?Quando o corpo de Ney reemprazou ao de Soult na Corunha, acantonei entre esta e Betanços dous esquadrons do trem de artilharia, em médio de quatro brigadas, que distavam de aquele ponto umhas duas léguas, sem que num rádio de ourtas vinte se soubesse de ditos esquadros, sem que pudêssemos averiguar o caminho que levárom, até que por um cabo ferido, que puido escapar, se soubo que foram degolados polos aldeanos dirigidos por clérigos e frades.?
No Anuario Brigantino escreveu Alfredo Erias Martínez o artigo ?A Invasom Francesa de 1809 vista de Betanços (I)? onde conta:
?É evidente que nom foi umha emboscada, como romanticamente poderia pensar-se, posto que isso seria mui arriscado. Os documentos nom dam detalhes, mas sabemos que os soldados estavam, como era tradicional desde o antigo ao passo de qualquer exército, vivendo nas casas dos campesinhos: polo tanto, dispersos. Seguramente o seu comportamento seria insultante para as famílias, sobretodo no que atingia às mulheres e, por conseguinte, nom deveu ser difícil para a igreja (quiçá na misa dos Domingos e, em qualquer caso, com a coordenaçom de curas e frades) desenhar umha acçom surpresiva e necessariamente nocturna que devia realizar cada campesinho com o francês ou franceses que estavam na sua casa. Quiçá esse campesinho puido ter algumha ajuda quando houver mais de um soldado. Foi umha acçom desde logo mui bem medida, que tinha referências na historiografia clássica (Massacre de la Saint-Barthélemy no contexto das Guerras de Religiom francesas, quando os católicos aniquilárom os hugonotes, protestantes, na noite do 23 de Agosto de 1572 e dias que seguírom) que sem dúvida conheciam os eclesiásticos. Por outra parte, qualquer dos nossos paisanos sabe perfeitamente desde neno qual é a maneira de que o porco quando o matam nom berre: cortando-lhe a gorja. E isso foi o que se passou, nom há dúvida: matárom-nos enquanto durmiam, cortando-lhes a gorja. Por isso somentes se salvou um, de miragre: viu morrer os companheiros com os que estava numha casa e logrou escapar, sem poder dizer que passou com os demais de outras casas e de outras paróquias.?
Após as numerosas investigaçons e interrogatórios, os mariscais Soult e Ney, atrapador pola fúria, impugérom à cidade de Betanços umha sançom de nove milhons de reais, sob a ameaça de que perante o impago a cidade e vilas da província seriam queimados; e dispugérom que umha forte coluna percorresse as aldeias onde desapareceram soldados, ordenando queimar as mesmas e fazendo que violassem, no adro das igrejas, às mulheres que nom pudessem fugir, sem respeitar idades.
Também se fusilárom um grande número de campesinhos em Betanços, tendo-se constáncia das partidas de defunçom das paróquias de Santiago de Betanços, de 8 aldeanos, dous deles de Sam Vicente de Carres (Cesuras), apressados polos franceses e fusilados publicamente o 11 de Fevereiro de dito ano, a véspera do fusilamento de Arjám, Messia, na comarca de Ordes.
Na citada paróquia de Carres, fôrom também fusilados 8 homens o 11 de Fevereiro do mesmo, entre eles o maiordomo da paróquia.
A cidade de Betanços, ao intentar reduzir a sançom, escudava-se em que os factos nom se produziram na sua província, senom em Messia, o que foi aceitado polo exército francês reduzindo a contribuiçom imposta a quatrocentos reais.
Nom estranha, que desde aqueles tempos, polos nomes de Soult (Sul) e Ney (Nei) atendam muitos cans da zona.
Tirado do portal galizalivre.org: http://www.galizalivre.org/index.php?option=com_content&task=view&id=2255&Itemid=48
Página web da Associaçom de Amigos da Capela Nossa Senhora de Arjám, responsável da recuperaçom destes acontecimentos históricos: http://www.arxan.org/
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Manuel Sousa Hermida: de mestre de Manuel Ponte a companheiro do Che e de Fidel BASENAME: manuel-sousa-hermida-de-mestre-de-manuel-ponte-a-companheiro-do-che-e-de-fidel DATE: Wed, 27 Jan 2010 09:26:24 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: MEMÓRIA CATEGORY: Documentos TAGS: ----- BODY:Poucas personagens históricas deu Ordes tam importantes e à vez desconhecidas como Manuel Sousa Hermida. Xastre de profissom, foi o mestre político de Manuel Ponte -que chegaria a ser o chefe da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheior da Galiza- durante a República. Com a destruiçom da guerra civil, o exilo levará-o a jogar um importante papel na Revoluçom Cubana, da que o ano passado se faziam 50 anos. Começamos agora a publicar aqui umha série de documentos e investigaçons para rescatar a memória deste grande revolucionário, do que nos orgulhamos por ter nascido na nossa terra.
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Mas lembro-me agora, ao falar de Cuba, da minha relação, bem anos mais tarde [do que a sua visita ao país em 1938 com Castelão], com o Che Guevara e com Fidel Castro, nas minhas terras de México, quando estavam exilados, preparando as guerrilhas que iam conquistas a Sierra Maestra e liberar a ilha da tirania e da colonização ianque.
Os nossos contatos foram pequenos mas significativos e realizaram-se por intermédio do companheiro Manuel Sousa Hermida, que fora xastre em Ordes e mestre de talher do famoso guerrilheiro Manuel Ponte. Em efeito, Sousa tinha relação permanente com as duas grandes figuras da Revolução Cubana, de projecção universal.
O coronel Bayo, juntamente com Sousa, que fora oficial do exército da República, estavam adicados ao treinamento dos patriotas cubanos, que, já logo, fariam um desembarco na ilha. O Governo de México, sobretudo pola simpatia do ex Presidente Lázaro Cárdenas, deixava atuar politicamente aos exilados cubanos, até certo ponto em secreto; a fim de diluir os protestos da representação diplomática de Batista. Com esse objeto arrendaram um rancho de um espanhol, nas aforas da vila de Chaleo, e ali estavam, data com data, o General Bayo e o Capitão Sousa dirigindo as práticas militares.
Esta foi a causa de que eu conversasse com certa frequência com o Che Guevara no talher de Sousa e também na minha oficina, e mui levemente ?duas vezes? com Fidel, que desejava comer caldo galego. De qualquer jeito, o assunto adquiriu importância política quando se preparava um mitim num teatro da cidade de México DF e o Partido Comunista de México e a representa[87-foto, 88-]çom do Partido Comunista de Espanha negaram-se a facilitar oradores para dito mitim, porque consideravam a Fidel Castro como um ?aventureiro?.
Vê-l´aqui a razão pola que Manuel Sousa me plantejou a questão de se queiria falar no ato político de repúdio à ditadura de Batista que se estava organizando. Naturalmente, dissem-lhe que me sentia louvado pola invitação e deste jeito imprimiram-se os cartazes com o meu nome e a minha filiação. Como ainda estava no PCE, comuniquei-lhe aos dirigentes locais a minha decissão, e então repetiram as verbas de que não se podia ajudar a gentes ?aventureiras? e que a minha devoção e a de Sousa, por Fidel e polos cubanos tinha que ser examinada seriamente. De relampo, dim-lhe a minha opinião sobre tais ?aventureiros? que, com a própria vida e ingentes sacrifícios luitavam pola Revolução proletária, e dissem-lhe que eu falaria no mitim. Não prosperou a crítica contra mim no PCE, porque eu andava mui ocupado com os problemas da unidade dos antifascistas refugiados ?especialmente dos galegos, onde se estavam conquerindo alianças e lavouras positivas? e mais na direção de entidade e publicações mui essenciais em aquele intre. Consideraram mais ?prudente? não eivar o meu trabalho político.
A pressão do Governo de Cuba e dos norteamericanos foi mui grande e o mitim não pudo celebrar-se. Mas eu estou orgulhoso de que o meu nome figurasse nos cartazes, como testemunha do meu apoio à revolução cubana no intre em que o sectarismo e o revisionismo lhe negavam a Fidel Castro o título de revolucionário.
O ?Granma?, como é sabido, saiu de Puerto Juárez e chegou a Cuba, podendo chegar a Sierra Maestra só uma parte dos guerrilheiros, pois os demais pareceram no primeiro combate.
Adiquei-me então a prestar ajuda, na medida das minhas cativas forças, a estes heróis e, como necessitavam urgentemente medicinas, juntei umas boas quantidades de produtos dos mais essenciais, polas minhas relações com os Laboratórios, medicinas que transportou a Sierra Maestra o valeroso galego Manuel Sousa Hermida, que quando a vitória da revolução não aceitou cárregos em Cuba e regressou a México.
SOTO, Luis. 1983. Castelao, a U.P.G. e outras memorias. Vigo: Xerais. (86-90)
Na fotografia, o iate "El Granma"
----- COMMENT: AUTHOR: Miguel Angel Davila [Visitante] DATE: Fri, 19 Oct 2012 16:44:38 +0000 URL:Eu son o neto de Manuel Sousa, o negocio do meu avó foi nomeado “Varón Dandi” e estaba en Rúa Bolívar, no centro de Cidade de México.
Na verdade, el contribuíu a causa da Revolución Cubana e traballou para levantar diñeiro de persoas en Nova York, puiden ver moitas das cartas no cadro de memorias do meu avó.
Había tamén plans militares e diagramas para a invasión. Non só contribuíu á Revolución Cubana, buscou apoiar a revolución sandinista en Nicaragua, reflectidos neses papeis. Desafortunadamente o lume matou todos os documentos que valora na miña memoria desde a infancia.
Umha figura sem dúvida para lembrar a de Manuel Sousa Hermida (eu nom conhecia a sua história). É um prazer passar-se polo vosso blogue e apreender novas cousas à vez que a vossa acçom em Ordes aginha se convertirá num referente para toda a comarca. Muito ánimo e umha aperta forte.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Foucelhas continua a luita contra os transgénicos aderindo-se à alerta mundial contra as patentes de sementes BASENAME: foucelhas-continua-a-luita-contra-os-transgenicos-aderindo-se-a-alerta-mundial-contra-as-patentes-de-sementes DATE: Mon, 25 Jan 2010 11:38:35 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:A AC Foucelhas, que fai já parte da Plataforma Galega Antitransgénicos, aderiu a alerta mundial contra a ?monsantorizaçom? da comida, as sementes e os animais, que intenta impor um copyright ou ?direitos de autor? nada mais e nada menos que aos alimentos naturais. A continuaçom podes ler o manifesto.
DETENHA A ?MONSANTORIZAÇÃO? DA COMIDA, AS SEMENTES E OS ANIMAIS!
Alerta global de la coaligação do Não às Patentes sobre Sementes!
Nos últimos anos, as organizações de agricultores do mundo inteiro, os criadores e cultivadores, as instituições da ONU, assim com as organizações de desenvolvimento e meio ambiente exprimiram reiteradas vezes a sua preocupação perante a crescente monopolização de sementes e animais de granja mediante patentes. A perda da sua independência e o crescente endividamento dos agricultores e agricultoras, a diminuição da diversidade vegetal e animal e as cada vez maiores restrições às atividades de cultivo, cria e investigação são alguns dos impactos mais preocupantes desta tendência. Mas a pesar destas experiências alarmantes ainda não existem medidas legais para deter esta tendência. Ao contrário, um estudo recente sobre solicitudes apresentadas perante a Organização Mundial da Propriedade Inteletual (OMPI), mostra que as grandes empresas internacionais de sementes seguem a intentar impor as suas reivindicações de monopólio sem preocupar-se polas consequências para a segurança alimentar global e o sustento dos agricultores e agricultoras do mundo inteiro. Isto resulta óbvio ao analisar as mais recentes solicitudes de patente, apresentadas polas três empresas globais de sementes mais grandes: Monsanto (EUA), Dupont (EUA) e Syngenta (Suíça).
As abaixo-assinantes, pessoas, organizações e instituições, lançam um chamamento aos governos e aos escritórios de patentes para pôr couto a este desenvolvimento preocupante e para que se revisem as regulações sobre patentes existentes. As regulações sobre patentes da UE, os EUA e muitos outros países, assim como também os assim chamados Acordos Trips da OMC devem ser revisados com urgência para pôr couto à monopolização e ao controlo empresarial dos recursos genéticos do mundo. Esta revisão deveria conduzir a uma regulação que garanta o direito à alimentação e a proibição de patentes sobre plantas e animais de granja.
Os seguintes exemplos mostram algumas solicitudes de patentes levadas ao extremo
1. Muitas das reivindicações apresentadas nestas solicitudes somente podem ser descritas como absurdas. Estas patentes mostra até onde se chegou com as regulações sobre patentes existentes que são completamente deficientes. Em tão só quatro anos, entre o 2005 e o 2009, Monsanto apresentou quase 150 solicitudes de patentes sobre cultivo de plantas perante a OMPI. Estas solicitudes mostram a tendência crescente a exigir direitos de propriedade exclusivos não somente sobre plantas e animais modificados geneticamente, senão também sobre a biodiversidade existente e os métodos de cultivo e de criança tradicionais. Enquanto que nos anos anteriores ao 2005 somente se apresentaram algumas poucas patentes desta índole, mais de 30% das solicitudes de patentes de Monsanto apresentadas entre o 2005 e 0 2009 incluiram métodos de cultivo convencionais. Esta tendência também se pode observar em outras grandes empresas de sementes. Durante o mesmo período, Dupont apresentou por volta de 170 solicitudes de patentes sobre cultivos, 25% delas implicaram métodos de cultivo convencionais. Syngenta apresentou umas 60 solicitudes, 50% delas centradas em cultivos tradicionais. Entre as grandes empresas de sementes, Monsanto é a única que também apresenta patentes sobre animais de granja. Desde 2005, arredor de 20 patentes sobre métodos de cria foram apresenados pola empresa estadunidense.
Exemplos
? Na solicitude de patente de Monsanto WO2008021413, ?a patente que monsantoriza o milho e a soja?, reivindicam-se métodos que se utilizam amplamente no cultivo e a cria convencional. Em mais de 1000 páginas e através de 175 reivindicações, Monsanto reivindica várias sequências de genes e variações genéticas, especialmente em soja e milho. Monsanto inclusive vai tão longe e exige explicitamente todas as plantas relevantes de milho e soja que contêm esses elementos genéticos. Ademais listam-se todas as utilizações em alimentos, pensos e biomassa. Através da apresentação de soliticutes regionais específicas, Monsanto mostra um interesse especial em solicitas esta patente em Europa, Argentina e o Canadá.
? Na solicitude de patente WO 2009011847, ?a patente que monsantoriza a carne e o leite?, Monsanto reivindica amplamente os métodos de cria de gado, os animais, assim como também ?o leite, o queijo, a manteiga e a carne.?
? Outras empresas tambén estão a apresentar de forma agressiva solicitudes sobre recursos genéticos, necessários para a produção de alimentos e pensos. Um exemplo é a solicitude de patente WO2008087208, ?a patente de Syngenta sobre a colheita de milho', que se concentra nas condições genéticas do milho para a produção de grãos. Syngenta reivindica as plantas e inclusive a sua colheita.
? Várias patentes semelhantes já foram concedidas, como a patente sobre o cultivo de soja, como a WO 98/45448, ?a patente de Dupont sobre tofu?, outorgada em Austrália, Europa e os EUA que abarca o molho de soja, o tofu, o leite de soja e um preparado para mamadeira desta soja. Esta patente (ou patentes da mesma família) também foi apresentada para o Brasil, Canadá, China, Japão, Noruega e Nova Celândia.
Esta classe de patentes são a coluna vertebral de uma estratégia para assumir o controlo global sobre a produção alimentar a todos os níveis. Estas patentes não eliminam a investigação e inovação. O seu objetivo é bloquear o acesso aos recursos genéticos e à tecnologia e criar uma nova dependência para os e as agricultoras, criadoras e cultivadoras. A resistência, porém, está aumentando. Em 2007, as organizações de agricultores e agricultoras e as ONG do mundo inteiro, criaram a plataforma global 'não às patentes sobre sementes'. Em 2008, centos de cartas foram enviadas ao Escritório Europeu de Patentes (OEP) no ?caso da patente sobre brócoli? , EP 1069819, o que constituiu um precedente. Em 2009, milheiros de agricultores e agricultoras, e cidadãos e cidadãs, ONG e até autoridades gubernamentais apresentaram uma oposição à ?patente europeia sobre a cria de porcos ?, EP 1651777, uma patente solicitada por Monsanto em 2004.
As pessoas, organizações e instituições que abaixo assinam instam aos políticos e aos escritórios de patentes do mundo inteiro a assegurar que as patentes como as em riba mencionadas não podam ser e não sejam outorgadas. Necessita-se uma mudança radical tanto na legislação sobre patentes como também na prática dos escritórios de patentes para eliminar as patentes sobre plantas e animais de granja. Não deveria estar permitido que as empresas continuem a usar mal e monopolizando as sementes, plantas e animais de granja por médio da lei de patentes. Em caso contrário, estas patentes convertirão-se num risco maior para a segurança alimentar e para a soberania alimentar regional.
Esta alerta será entregada aos governos e aos escritórios de patentes o 26 de março de 2010
? três anos após o início oficial da coaligação global Não às Patentes sobre Sementes.
Até agora as associações seguintes já sustiveram a alerta (em consequência alfabética):
1: todas as cifras aqui mencionadas provêm da recente investigação realizada por No patents on life!
Podes assinar aqui: http://www.no-patents-on-seeds.org/index.php?option=com_content&task=view&id=93&Itemid=56&lang=fr
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Esta sexta-feira, inauguraçom da expossiçom sobre Joám Jesus Gonçales BASENAME: esta-sexta-feira-inauguracom-da-expossicom-sobre-joam-jesus-goncales DATE: Tue, 19 Jan 2010 17:08:11 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Às 20h00 no IES nº 1 de Ordes inauguraremos a expossiçom sobre Joám Jesus Gonaçales, cedida pola AC O Fervedoiro de Cúntis, com umha palestra de Héitor Picallo, autor do livro Xohán Xesús González: un precursor do soberanismo galego.
Joám Jesus Gonçales foi canteiro, jornalista, escritor, activista cultural e político, até que o fascismo o assassina em 1936 quando defendia a República com "Terço de Calo". A ele deve-se-lhe a primeira formulaçom de um partido político nacionalista e socialista, a Uniom Socialista Galega, após abandonar o PSOE por considerá-lo demasiado espanholista. Defendeu ideias como o independentismo, o socialismo, o feminismo, o lusismo e mesmo era antitaurino e anti-intelectualista.
Em Ordes levou a cabo iniciativas como a da criaçom de umha biblioteca circulante para permitir-lhe o acesso aos livros aos nossos labregos e labregas, e deu no antigo Teatro Troche um mitim pola autonomia galega, além de outros mitins a labregos de Frades e Oroso durante a IIª República.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Vídeo de Vieiros sobre Benigno Andrade "Foucelhas" BASENAME: video-de-vieiros-sobre-benigno-andrade-foucelhas DATE: Mon, 18 Jan 2010 20:04:06 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: MEMÓRIA CATEGORY: Documentos TAGS: ----- BODY: ----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Esta segunda-feira, projecçom em Cerzeda recordando os bombardeios de Gaza BASENAME: esta-segunda-feira-projeccom-em-cerzeda-recordando-os-bombardeios-de-gaza DATE: Sat, 16 Jan 2010 16:51:20 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Esta segunda-feira, 18 de janeiro, é o aniversário da fim do bombardeio de Israel sobre Gaza, no que finárom 1.412 palestinianos. Para nom esquecer projectará-se na biblioteca municipal de Cerzeda o documentário "To Shoot an Elephant" às 20h00, em versom original legendado em galego, numha actividade conjunta da AC Lucerna de Cerzeda, a AC Foucelhas de Ordes, e a AC Revoltosa de Santa Cruz de Montaos. O documentário foi gravado por Alberto Arce e Mohammad Rujailah na franja de Gaza durante a operaçom Chumbo Fundido.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Foucelhas apresenta alegações contra a solicitude de Monsanto de experimentar com transgénicos na Galiza BASENAME: foucelhas-apresenta-alegacoes-contra-a-solicitude-de-monsanto-de-experimentar-com-transgenicos-na-galiza DATE: Sat, 16 Jan 2010 16:39:07 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Somando-nos ao chamamento do Sindicato Labrego Galego, da AC Foucelhas apresentamos alegações às autoridades pertinentes contra a solicitude de Mosanto Europe, S.A., representado por Monsanto Agricultura España S. L. para liberar plantas superiores modificadas geneticamente (PSMG), concretamente continuando os ensaios com os milhos NK603, NK603+MON810, MON88017, MON889034+NK603 E MON889034+MON88017, com os números de notificaçom B/ES/10/09, B/ES/10/10, B/ES/10/11, B/ES/10/12 e B/ES/10/13 respeitivamente, polas seguintes razões:
1) Cada vez há mais evidências sobre a impossibilidade de evitar a polinizaçom cruzada entre campos transgénicos e nom transgénicos, como vêm demonstrando multidom de estudos sobre caracterizaçom da dispersom do pólen a grandes distâncias. Valham como exemplo os estudos recolhidos no informe da Alta Autoridade Francesa sobre Organismos Modificados Genéticamente que levou a activaçom da cláusula de salvaguarda no cultivo do milho transgénico MON810 na França [1]. Polo tanto, a impossibilidade real de conter a dispersom do pólen, fai extremadamente perigosa a liberaçom ao meio ambiente destes cultivos transgénicos experimentais.
2) Existem demasiada incertidom sobre os impactos potenciais para a saúde dos organismos modificados genéticamente. O informe da Alta Autoridade Francesa recolhe a necessidade de estudos a longo prazo sobre impactos tóxicos dos transgénicos, e recolhe que os test utilizados nom som ajeitados. Resalta também a ausência de avaliaçons dos efeitos endócrinos, teratóxenos e transgeneracionais. Outras revisons dos estudos publicados em revistas científicas internacionais sobre este assunto, destacam as escassas ou nulas referências a estudos sobre riscos sobre a saúde e toxicolóxicos sobre animais e humanos dos organismos modificados genéticamente.[2] Destaca que a maioria das investigações correspondem a estudos a curto prazo, principalmente estudos nutricionais, com umha informaçom toxicolóxica mui limitada. Esta revisom conclui: ?Onde está a evidência científica que mostra que as plantas/comida transgénica som toxicolóxicamente seguras como asumem as companhias biotecnológicas implicadas nos alimentos MX??
3) Recentemente publicou-se um estudo sobre o impacto de um milho transgénico sobre ratos[3], patrocinado polo Goberno de Áustria, que atopou que fertilidade dos ratos alimentados com o milho modificado genéticamente NK603xMON810 viu-se seriamente danada, com umha descendência menor que os ratos alimentados com o milho convencional. Este estudo demonstra que os transgénicos podem ter efeitos imprevisíveis, nom avaliados no processo de aprovaçom, e de extrema gravidade.
4) Os expedientes que permitem a experimentaçom com transgénicos ao ar livre som aprovados baixo a premissa de que ?Considera-se que no estado actual de conhecimentos e com as medidas de uso propostas, os ensaios nom supõem um risco significativo para a saúde humana e/o o meio ambiente.? A ASSOCIAÇOM CULTURAL FOUCELHAS, considera esta argumentaçom inaceitável e umha falta de responsabilidade por parte das instituições encarregadas de proteger o meio ambiente e a saúde de todos e todas.
Notas
[1]. COMITÉ DE PREFIGURACIÓN DE UNA ALTA AUTORIDAD SOBRE ORGANISMOS MODIFICADOS GENÉTICAMENTE (2007). Instituido por el decreto nº 2007-1719 del 5 de diciembre 2007. Opinión sobre la diseminación del MON810 en territorio francés.
[2]. DOMINGO, J.L. (2007) Toxicity Studies of Genetically Modified Plants: A Review of the Published Literature. Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 47:721?733.
[3]. VELIMIROV, A. and BINTER, C. (2008) Biological effects of transgenic maize NK603xMON810 fed in long term reproduction studies in mice. Bundesministerium für Gesundheit, Familie und Jugend, Sektion IV. Wien.
de q maneira se pode sumar un a estas alegacións?? faredes publico o resultado da solicitude q presentou monsanto? Tívose ou tense en conta nalgún momento o coñecemento ou descoñecemento destas clausulas por parte dos agricultores que empregan os OXM??
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: ?Diário de Tordóia? de Syra Alonso. 1936 BASENAME: diario-de-tordoia-de-syra-alonso-1936 DATE: Wed, 13 Jan 2010 17:24:37 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: MEMÓRIA CATEGORY: Documentos TAGS: ----- BODY:Syra Alonso nasceu na Corunha em 1899, e a sua vida vai parelha à do pintor Francisco Miguel. Na cidade som amigos de Álvaro Zevreiro. O casal viaja por Paris, Cuba e México, conhecendo as pessoas mais importantes da arte do momento: Picasso, Georges Braque, Diego Rivera, Siqueiros, Alejo Carpentier (do que F. Miguel fai um famoso retrato) e até o cineasta Serguei Eisenstein. Syra é a musa e modelo dos quadros de Miguel, e pensa-se que é a primeira mulher em possar despida na Galiza. Em 1933 volta à Galiza, animados pola efervescência política e cultural da República, morando em Oleiros, na ?Casa da Felicidade?. Mas asinha mudam as tornas, quando, após ser detido já umha vez, a guarda civil e os falangistas assassinam a Francisco Miguel na paróquia de Bértoa, em Carvalho, amputando-lhe as mãos de artista. Syra cai numha grande depressom, e antes de exilar-se a México refugia-se umha temporada na nossa comarca, em Tordóia, onde começa a escrever os seus diários, crónica da barbárie fascista, mas também um interessante documento etnográfico sobre a Tordóia de 1936. Transcrevemos aqui os primeiros capítulos do Diário, que A Nosa Terra publicou no ano 2000 (Colección Mulleres).
DIÁRIO DE TORDÓIA
O velho agoniza e o novo, quanto tarda em chegar!
Syra Alonso
A Emílio de Migue Nieto, desaparecido nas frontes do Sul; ao xeneral Caridade Pita, fusilado em Ferrol a madurgada do sete de novembro de 1936 no Castelo de Sam Filipe.
A vós, heróis galegos, dedico-vos estas páginas. Som minhas e som vossas; é a minha dor e a de todas as mulheres de Espanha. A vós heróis galegos com todo o meu coraçom!
PRIMEIRA PARTE
I
Para chegar a Tordóia tivem que realizar umha pesada viagem em camiom. Na Tablilha um labrego alugou-me um cavalo no que tomei o caminho até Tordóia. Fôrom, lembro-o bem, sete quilómetros por umha estrada branca e poirenta, aqui e acolá eucaliptos e castinheiros, polas leiras de milho voavam perdizes e rulas. A úmida e sempre verde Galiza está seca, rareia a erva para manter o gado e, pola falta de chuva, estragárom-se as colheitas neste ano de 1936.
Chego a Tordóia quando no céu começam a sair as primeiras estrelas. Alojo-me numha casa de humildes labregos. Na cozinha há umha mulher que está a fazer umha bola de milho com toucinho; o gato que está enriba da artesa pom-se a rosmar e salta até a lareira arrimando-se às áscuas. A mulher ao ver-me ergue-se. É alta e tem o rosto ovalado e moreno, os olhos verdes e umha mirada que ilumina a sua cara enmarcada por umhas grosas trenças de cabelo louro. Deixa-se ouvir a sua voz com o acento da terra: ?Sente-se senhoritinha? e com um amplo mandil limpa o talho que me oferece. Avivece o lme com umhas palhas e a esmorecida chama ressuscita. Entre as achas pom o pote. As chamas, já crescidas, sobem até a gramalheira que terma do pote e todo o que há na cozinha resplandece. A boa mulher escuita-me com muito interesse, regala os olhos e as suas palavras acadam nos seus beiços um sentido semelhante a umha oraçom.
?Pobrinha! Esteja caladinha, nom fale. Morrem muitos. Malpocados! Sem fazerem mal a ninguém! Esteja caladinha, nom fale. Eles também morrem. Assim Deus o queira! Amém! E a sua mão fai o sinal da cruz.
Anima-se o lume com as achas secas e joga com as cousas agrandando-as nas paredes. Estrala um doce murmúrio de suaves sons. Um cativo com pencas e fazulas deixa enriba da mesa um jerro de leite; mira-me e sorri com um sorriso amplo e pavero. O recendo do feo fresco enche a cozinha, num curruncho treme a chama de um candil, o grande relógio deixa ouvir o seu forte tictac. É hora de descansar e a mulher despide-se com um ?boas noites lhe dê Deus, minha senhora?.
Estou no meu quarto. As paredes e as portas som de madeira sem pintar, há umha cama grande coberta com umha colcha verde floreada com diminutas margaridas. Diante das minhas janelas erguem-se os carvalhos como sombras, no céu brilha a lua cor-de-lume e as nuvens juntam-se pequeninhas e brancas, como umha empedrada- Um quinqué de petróleo ilumina a mesa. Estou derreada mas nom podo durmir. Deito-me na cama, intento afastar os tristes pensamentos que me possuem, mas é inútil: afundo-me na mais desesperante dor.
Oito dias há que vivo em Tordóia. Dediquei-nos a ver a aldeia e a observar a mocidade aldeã. O casino destes humildes labregos é a taberna. Diante duns copos de canha do Ribeiro conversam sobre a guerra, o cura, o cacique..., enquanto o relógio vai marcando as horas trágicas que nos toca viver. Estas tendas das aldeias som como abarrotes, nelas há umha grande variedade de artigos: socos, nobelos de corda, cebolas, chouriços, grandes barris de sardinhas salgadas e de vinho, caixas de pemento e de bolachas Maria.
Quando entrava na tenda era mais por curiosidade que por mercar. Havia no fundo umha mesa grande e, diante dela, uns vinte labregos. Ali, longe de toda comunicaçom, raras notícias tinham do que acontecia em Espanha. A voz do mais velho ecoava como a dum profeta nas quatro paredes da tenda:
?O Nosso Senhor di amade-vos todinhos e pelejar-nos imos contra irmãos, trabalhar e nom trabalhamos, nom fazemos outra cousa que ferrear. Se o Nosso Senhor baixasse a esta terrinha diria o que dixo o poeta Curros, que o Senhor assomou-se ao céu e, mirando para baixo, berrou: ?Se eu figem este mundo que o demo me leve!?.
A taberneira, de meixelas encarnadas e floreado pano, sai à porta um pouco assustada. Passados uns segundos volve ao expositor tranquila e sorrindo. Por sorte, nesta aldeia nom há tricórnios de hule nem blusas com frechas.
A escola de Tordóia leva-se mal com todas as práticas higiénicas: as paredes estám descascadas, os bancos e as mesas rompidos e respira-se tristeza, miséria e umidade. Um fato de nenos esfarrapados canta um cantar apático e desganado que começa com o hino fascista Cara al sol e remata com a Letanía. O mestre neste ambiente trabalha sem amor e os alunos só desejam que os deixem em paz e que soe a campá da saída.
Agora vejo a minha velha Galiza, compreendo que a amo mas sei que falta algo nela. Nom é doado falar de certas cousas. Nom é doado, é bem certo, mas, ao mesmo tempo, que afám sente um de dizer a verdade sem paixons nem fanatismos! Tordóia é umha aldeia que está entre Ordes e Santiago de Compostela, rodeada de grandes montanhas, de rios e de formosos bosques de castinheiros e carvalhos. Há em Tordóia umha grande devoçom polo Apóstolo: nas casas vê-se, iluminada por umha lámpada de óleo, a imagem de Santiago no seu cavalo branco brandindo a espada contra os mouros. O lavrador galego é devoto, mas os da montanha som pouco generosos; os da costa som comunicativos, francos e repartem o seu pam com gosto.
Tordóia tem os mesmos problemas que outras aldeias. A terra é do amo, para ele trabalha-se e se a colheita se perde, que vai comer o pobre lavrador? Longa de havia de fazer esta página se eu fosse contar nela o fundo problema do labrego na Galiza. Já a nossa Rosalia contou em formosíssimos versos a vida das mulheres, dos homens que emigram: as viudas d´os vivos. E quando as caravanas de jornaleiros saiam à seitura em Castela ela escreveu: Castellanos de Castilla, tratade ben os galegos. Cando vam, vam como rosas, cando ven, ven como negros.
Dura, mui dura é a vida numha terra de Espanha onde a artesania é valiosa: jeitosos encaixes de Camarinhas, azibeches de Compostela, panos de lã estampados com flores, colares de cunchas, monecos vestidos com o traje galego, potes, hórreos, gaitas minúsculas, barro policromado... Tudo isto sai de humildes obreiros.
Quantas horas botei admirando os teares de Tordóia! Com que primor aquelas mulheres tecem o linho até convertê-lo em teias de formosíssima calidade!
Sentia umha paz e um doce acougo quando entrava na igreja de Tordóia, tam limpa, tam clara, com as paredes brancas e os altares adornados com flores e cobertos com manteis de encaixe. Arredor da igreja está o cemitério, com profussom de fiúncho que perfuma o ar. As tumas estám adornadas com erva fresca.
O sino toca a morto. Um grupo de mulheres cobertas com mantelos de veludo negro entra na igreja. O sino segue a soar lentamente, tim... tam, tam...
Este sol de ouro de setembro que me alouminha, que bica a igreja e as tumbas, enche-me de infinita tristeza. Um doce e místico silêncio envolve a aldeia. Nos meus ouvidos soa a voz do sino que segue tocando a morto, tam... tam.
II
Começo hoje, 12 de setembro, neste lugar de Tordóia, outro capítulo do livro que lhe dedico a Miguel, e nom há nada mais triste para mim que estas evocaçons. Estou sentada diante da mesa do meu quarto; através da janela podo ver umha formosa paisagem, um céu dourado polo sol-pôr que ilumina os carvalhos que bordeiam o rio; rio transparente, puro, limpo que convida a sonha, a lembrar...
Ah, Francisco Miguel! Tinha tantas esperanças na tua arte, na nossa vida... Tudo se esvaeceu como um sonho rosado. Neste recuncho tam acugulado de belezas tortura-me mais a lembrança da tua ausência e o presentimento das silveiras que se enleiam ainda nos meus pés denantes de chegar ao fim do meu caminho. Tudo é soidade e tristura para mim, Paco Miguel!
[...]
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Fotografias da chegada do Apalpador a Ordes BASENAME: fotografias-da-chegada-do-apalpador-a-ordes DATE: Tue, 12 Jan 2010 11:27:48 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Mais vale tarde que nunca. Publicamos agora as fotografias da visita do Apalpador a Ordes na tardinha do passado 24 de Natal. Nem as inclemências do tempo nem a burocracia do concelho pudérom com ele! Aproveitamos para agradecer-lhe ao Apalpador toda a sua amabilidade ao vir até aqui, tam longe das montanhas do Courel, para saudar às crianças (e nom tam crianças) da nossa vila.
----- COMMENT: AUTHOR: Eu [Visitante] DATE: Wed, 20 Jan 2010 16:08:10 +0000 URL:Que ricos os caramelos do concello mmmmmmmmmmmmmmmm!!!!!!!!!!!
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Fotografias do curso da EPG em Ordes BASENAME: fotografias-do-curso-da-epg-em-ordes DATE: Mon, 04 Jan 2010 12:30:59 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY: ----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Este sábado 9, Festa da Galicola com Carlinhos Gende, Garcia de DKTC e Leo i Arremecaghoná BASENAME: este-sabado-9-festa-da-galicola-com-carlinhos-gende-garcia-de-dktc-e-leo-i-arremecaghona DATE: Sat, 02 Jan 2010 16:25:21 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Para o sábado, dia 9, tés umha cita no Pub Arcos em Ordes. Às 22h00 começarám os concertos promocionais da Galicola, o refresco que destina todos os seus ganhos à promoçom da língua galega. Para a ocasiom contamos com as actuaçons de:
-Carlinhos Gende, desde Cerzeda, o pioneiro do beat box na Galiza.
-Garcia de Dios Ke Te Crew, outro artista da "paróquia" que nom necessita apresentaçom.
-Leo i Arremecaghoná, poeta, músico e cantante que criou um estilo totalmente próprio.
C.C.V./Na paróquia de Sta Mª de Deixevre começa a ?Rota do Grelo?. Assim lhe chama a banda de rock Kastomä ao tramo da estrada N-550 que abrange de Ordes a Deixevre, passando por Guindibô e Santa Cruz de Montaos. Nesses poucos quilómetros as mulheres da zona vendem grelos frescos às pessoas que viajam de carro, numa surpreendente cena de choque entre a modernidade motorizada e a proverbial paciência camponesa, debruçada na periferia da velocidade. É esta atitude a que permitiu durante séculos a decantação e ?acumulação de substância? que desprende esta zona, fértil de histórias e estórias, alheias aos carros e à palavra escrita.
Os primeiros vestígios de assentamentos humanos nesta paróquia de Oroso datam do Megalitismo; prova disso é a mámoa de Vilar de Riba, uma das que menos alterações sofreu na zona. Durante séculos a população local pensou que destes seios térreos poderiam mamar as preciosas jóias dos mouros; não obstante, a mámoa acocha no seu interior de leite dourado um dólmen com o seu correspondente tesouro funerário. Já no final da Idade do Bronze achamos o primeiro vestígio guerreiro da zona, que, como veremos, não será o único. Trata-se da conhecida como ?ponta de lança de Deixevre?, elaborada há uns 2750 anos. Feita de bronze, apresenta grandes dimensões. Este tipo de armas presentes no Bronze Final galego, para o arqueólogo G. Meijide não encontram paralelos na península, mas sim em Irlanda e na Grã Bretanha.
Na vizinha paróquia de Marçoa os mouros ?tão acurralados pola modernidade como as vendedoras de grelos? baixarão a guarda a começos do século XX, quando aparece o Tesouro de Recouso. Na freguesia fica o castro da Santinha e o de Bouça Longa, onde se acharam fragmentos de cerâmica. Este último situa-se na aldeia do mesmo nome. Nela nasce em 1924 António Nouche Costa, conhecido no Exército Guerrilheiro da Galiza como ?O Soldado de Deixevre? ou ?Dourado Janeiro? ?nome que tomará o destacamento da IV Agrupaçom que se movia polo triângulo formado entre Ordes, Cerzeda e a Corunha?, que deserta do exército golpista para unir-se à luita armada anti-franquista, co-fundando com Manuel Ponte Pedreira o ?Destacamento Manuel do Rio Botana?, chamado assim em homenagem ao jovem guerrilheiro de Ordes assassinado em Castrelos, na co-lindante paróquia de Santa Cruz de Montaos. Não tardou a repressália do fascismo, e a sua família, que morava em Bouça Longa, é deportada a Espanha. A gente que o conhecera destaca o seu vigor físico e a sua simpatia, ?era um bom homem?.
Quase dez anos após a fim da Guerra Civil os concelhos de Ordes e Messia estavam declarados zona de guerra. A princípios de 1947 o Governo espanhol ordena como castigo a morte de duas pessoas por zona. Em Bergondo matam a Celsa, mae do guerrilheiro Trelhe, que finara no incêndio da cámara municipal de Oroso, terra de Nouche, polo que suponhemos a sua implicação na sabotagem. O cerco cerrava-se, e em 1948 toca-lhe o turno a ele, também em Bergondo, na matança dos Chintos, onde se forja a lenda da heroína galega Manuela Sanches que deu a vida em defesa do guerrilheiro que fora delatado polo seu homem.
Conta a vizinhança que o castro de Bouça Longa serviu também alguma que outra vez de refúgio dos guerrilheiros, baptizados na comarca como ?os foucelhas? pola popularidade de Benigno Andrade. Quantas ressonâncias de epopeias entranha a cena de imaginar os guerrilheiros a refugiarem-se na noite ancestral e segura do castro!
Deixevre estivo também marcado de sempre polos caminhos. Os católicos celtas, da Bretanha e Irlanda,Image desembarcavam nos portos brigantinos para prosseguir a peregrinagem polo Caminho Inglês, que atravessa Deixevre polas aldeias da Baxóia, Agrelo, a Rua e a Santinha, onde a caminhante pode refrescar-se na fonte do mesmo nome. A atual igreja paroquial, ao pé da estrada, engoliu na sua construção a capela da Santa Margarida, também de construção recente, pois fora erguida entre 1917 e 1919. Mais do que a arquitectura, o interessante é o entorno, uma magnífica carvalheira recurtada paulatinamento polo ?progresso?. Em Vilar de Riba ?junto a mámoa? ainda sobrevive a parada de cavalos fundada no ano 1734, mas que não pudo fazer competência ao também agora agonizante Castromil. Já em Vilar de Baixo podemos ver a blasonada Casa Grande dos Rapelas, do s.XVIII; ou o espigueiro quase centenário da casa de Baleato. Este harmonioso convívio com as vias de comunicação estragou-se a finais dos setenta, quando a extracção colonial das riquezas da Galiza precisou de uma auto-estrada que uniu as cidades galegas com a metrópole espanhola ao custo de exterminar a população rural, isolada destas veias do Leviatão que suga os recurso naturais da país. Em Deixevre, paróquia de forte passado guerreiro, a empresa ?Autopistas del Atlántico S.A.? foi alvo de vários ataques defensivos em 1979, quando várias casetas de material são voadas pola organização independentista L.A.R. (Luita Armada Revolucionária) a escassos metros, precisamente, do castro de Bouça Longa.
Tirado de A Revista nº 15, suplemento do Novas da Galiza: http://novasgz.com/pdf/arevista15.pdf
e: http://www.galizalivre.org/index.php?option=com_content&task=view&id=2265&Itemid=1
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: O último videoclip de Machina: "Manolo Kazolo" BASENAME: o-ultimo-videoclip-de-machina-manolo-kazolo DATE: Thu, 17 Dec 2009 17:11:22 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: MÚSICA DE ORDES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:O novo videoclip da banda de rock Machina é fruto do guiom e direcçom de Óscar Ansótegui. "Nela -contam os cerzedenses- Manolo Cazolo converte-se numha personagem de terror, implacável e sem rostro individual. Mais que golpes, a sua violência é o medo. O caminho é a escolha, a liberdade dumha mulher", que luita pra "sair dessa prisom obscuro, na que um dia afasdo, entrou por amor."
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Novo videoclip de Kastomä: "Grelo 66" BASENAME: novo-videoclip-de-kastomae-grelo-66 DATE: Wed, 16 Dec 2009 08:30:47 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: MÚSICA DE ORDES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Neste nova secçom iremos ponhendo cousas relacionadas com a muita e mui boa música que se fai na nossa comarca. Começamos com Kastomä, que ontem estreárom videoclip com "Grelo 66", que vai caminho de converter-se num hino da comarca.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: O rei da Galiza Afonso II e o documento da Vilouchada BASENAME: o-rei-da-galiza-afonso-ii-e-o-documento-da-vilouchada DATE: Tue, 15 Dec 2009 15:40:55 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: HISTÓRIA CATEGORY: TAGS: ----- BODY:A finais do século VIII ou começos do seguinte, Galiza nom era um território despovoado nem, do ponto de vista social, desorganizado. Esta afirmaçom sustém-se, como dizemos, na análise dos documentos mais próximos ao tempo a que nos referimos. Nom passa dumha vintena o total dos textos referentes à Galiza que fôrom considerados, antes do seu submetimento a umha rigorosa análise crítica, anteriores ao final do reinado de Afonso II. Mas interessa-nos atender somente àqueles que superárom com claridade a prova da crítica. Deste jeito, nom se podem ter em conta, ainda que podam conter em ocasions núcleos de informaçom autêntica, o grupo dos documentos odoarianos, nem as doaçons de Afonso II às igrejas de Santiago e Lugo ou ao mosteiro de Samos. Eliminadas estas, dispomos em total de nove peças documentais, que, com a única excepçom da doaçom do rei Silo, som de origem privada e procedem, na sua maioria, dos tombos do mosteiro de Sobrado.
Estes nove documentos contenhem a informaçom escrita mais fiável e precisa de que podemos dispor para conhecer a realidade histórica de Galiza no momento em que tivo lugar a sua integraçom na monarquia ástur e constituem, pola sua antiguidade e a sua autenticidade reconhecida, um conjunto excepcional. Destaca entre eles, pola especial riqueza do seu conteúdo, o que recolhe a doaçom de Villa Ostulata feita, no ano 818, polo conde Aloito à basílica dedicada a Sam Vicente nesse mesmo lugar. Inclui umha narraçom acerca de como os bens doados vinhérom parar a maos do doador, o conde Aloito. A leitura dessa narraçom e de todo o texto puxa continuamente a observar, detrás dele, umha longa tradiçom histórica, visível da estrutura diplomática, perfeitamente conforme com as normas visigodas, até os nomes das testemunhas, quase todas elas romanas ou germánicas.
Atendamos, em primeiro lugar, ao espaço, às indicaçons de situaçom. Exponhem-se de jeito preciso e ordenado na primeira frase do texto, imediatamente antes da invocaçom. Som estas: in villa que ab antiquis vocitabatur Lentobre, et nunc vocitatur Ostulata, subtus castro Brione territorio Montanos iuxta rivulo Tamare. Ante todo, a definiçom do lugar: umha villa, um espaço que os homens ocupam, a célula básica de ordenaçom social do território. E, de seguido, o nome com o que se conhece; mas, neste ponto, a informaçom desdobra-se: oferece-se o nome actual, latino, Villa Ostulata, e o nome que ainda registra a memória, Lentobre. Este recordo é o indubitável testemunho de que Villa Ostulata nom é umha criaçom deste momento, senom um lugar que os homens ocupam, e com as mesmas ou parecidas características, desde há séculos. Nom de sempre, claro. A memória deste texto chega ainda mais longe. A seguinte indicaçom ?subtus castro Brione? conduze-nos até a pré-história, até a fórmula organizativa anterior, a que começou a desaparecer com a romanizaçom, mas cujos restos seguem ainda em pé e som um referente espacial que, mais tarde no próprio texto, volverá usar-se na delimitaçom precisa da villa. A villa nom conclui em si mesma. Ela e os seus habitantes estám enquadrados num território, o território de Montaos, que os agrupa junto a outros para praticar a sociabilidade ordenada; é dizer, para pagar impostos, para acudir à guerra, para reclamar a justiça.
A ordenaçom do espaço apresentou-se-nos articulada em dous chanços, em dous níveis essenciais: a villa e o território. Da villa, deve dizer-se, em primeiro lugar e como testemunho da sua condiçom de mais importante referente espacial, que a mencionam os nove documentos a que nos referimos e num total de vinte e umha ocasions. Neles fica bem claro que villa é o nome, polo momento exclusivo, com que se conhecem os assentamentos humanos. Mais adiante ocuparemos-nos da sua caracterizaçom precisa. Importa agora insistir em que as villae que se mencionam nos documentos da primeira metade do século IX nom som, polo menos na sua maioria, de criaçom recente, senom que, o mesmo que Villa Ostulata, tenhem detrás umha história que já é longa. Os cregos Froila, Pascasio e Leodulfo doárom à igreja dos santos Giam e Basilisa a Villa de Palatio polos seus ?termos antigos?. Os termos antigos, os limites que de antigo se conhecem, som trazidos a colaçom em duas ocasions à mantenta da villa próxima ao Mandeo que formou parte dos bens de Pompeiano. Dentro desses limites, os textos de Sobrado de tempos de Afonso II desvelam um assentamento, umha ocupaçom e umha organizaçom do espaço que som também velhos e que demonstram, em qualquer caso, que o cultivo de árvores fruteiras, as terras de cereal e o vinhedo som a base da produçom agrária; nom parece certamente que nada disto seja importado de Astúrias.
O primeiro chanço da organizaçom do espaço, o que tem que ver directamente com a produçom dos bens materiais, com a actividade agrária, com a terra e a sua exploraçom, é quando os documentos o descobrem, velho. Nom se pode dizer tampouco que o segundo chanço, o território, seja de criaçom recente. Ademais de no documento de Vilouchada, a identificaçom espacial em funçom de dous níveis organizativos descreve-se noutros três dos documentos que comentamos. Claudio Sánchez-Albornoz entende que, na época da monarquia ástur, tivo lugar umha adaptaçom dos marcos territoriais de tradiçom visigoda, obrigada, ante todo, pola própria reduçom espacial do novo reino; explicaria-se deste jeito a desapariçom das antigas províncias ?Galiza entre elas? regidas por um dux. O novo reino adoptou, transformando-os, os condados como base da ordenaçom do território e fijo surgir, a medida que incorporava novos espaços, umha rede de pequenos distritos aos quais as fontes dam nomes de commissos, comitatos ou mandationes. Mas nom há por que pensar, no caso da Galiza e polo menos com carácter geral, numha nova criaçom dos distritos administrativos; desaparecida a monarquia visigoda, desarticulou-se o que estava em pé da sua organizaçom central; mas pudérom seguir actuando, e o mais lógico é que sucedesse assim, os poderes locais. É o que reflexam, nas suas indicaçons espaciais, as mais antigas e fiáveis informaçons escritas de que podemos dispor. É esta substancial continuidade da organizaçom do território, tanto no que concerne à administraçom civil como eclesiástica, o que pugérom de manifesto os estudos que se ocupárom de explorá-la na Galiza alto-medieval. E, no que se refere à organizaçom eclesiástica, ninguém certamente sustivo que a sé de Íria seja o resultado do ré-povoamento organizador da monarquia asturiana.
Por riba da célula básica que é a villa, a organizaçom espacial responde à necessidade de enquadramento dos homens do ponto de vista político ou religioso. No primeiro nível, de conteúdo principalmente socioeconómico, os vínculos de relaçom dominantes som os que unem a donos e trabalhadores da terra, a servos e livres, a proprietários e nom-proprietários. No segundo, de conteúdo eminentemente sociopolítico, confluem poderes religiosos e laicos para estabelecer as linhas de relaçom entre os poderosos e súbditos, entre juízes e julgados, entre os fieis da ?plebe? e os seus pastores.
Volvamos à Vilouchada, a aldeia situada no território de Montaos. Esta última indicaçom territorial introduze-nos de cheio no corpo do texto, nas informaçons directas que contém sobre a estrutura social. Os seus direitos de propriedade em Villa Ostulata, os que por este documento lhe cede à basílica de Sam Vicente, chegárom ao conde Aloito ?um comes, um dos que se situam na parte alta desta sociedade hierarquica, um dos que mandam? precisamente em virtude da posiçom que ocupa na hierarquia social. Os filhos de Rikilano, por umha banda, e Vittina e os seus, pola outra, mantiveram um preito polos direitos de propriedade nesta villa e outras dos arredores. Os pequenos proprietários livres recorreram à assembleia judicial do seu território para liquidarem socializadamente as suas diferenças, os seus conflitos. O conde Aloito, auxiliado polos especialistas em direito, polos iudices, presidira essa assembleia judicial. O seu ditame, fundamentado nas declaraçons de testemunhas, é dizer, na prova testemunhal, que tampouco é um invento de agora mesmo, foi favorável aos filhos de Rikilano. Agradecidos, doárom-lhe logo o que possuiam em Villa Ostulata. Patrocínio, mercê? O texto nom di mais. Dixo avondo. Mostrou-nos esta sociedade hierarquica, integrada por campesinos e nobres; os cregos, abofé, também estám presentes: como receptores últimos da doaçom, como iudices, como testemunhas e, sobretodo, estám representados polo bispo de Íria, Quindulfo, que confirma, o último, todo o documento. Falta um grupo da sociedade da Galiza deste momento; faltam os servos. É difícil que apareçam nos textos. Nom tenhem por que aparecer neste. Eles nom actuam como testemunhas, nom regulam os seus conflitos na assembleia judicial. O documento da Vilouchada refere-se a assuntos próprios dos livres.
PALLARES MÉNDEZ, Mª del Pilar e Ermelindo PORTELA SILVA.2008. ?Galicia, na fronteira co Islam?. In: A Grande Historia de Galicia. ?Da Galicia Antiga à Galicia Feudal (séculos VIII-XI)?. Vol. 1. Mulleres, homes e paisaxes. pp. 49-55
Assim é. De facto Maria do Pilar Pallares afunda na linha crítica de Lopes Carreira, que desmente o tópico da repovoaçom: a Galiza já estava povoada; mas sim que nom consegue escapar da nomenclatura da historiografia espanholista e fala de “Afonso II, da monarquia astur", quando simplesmente é “Afonso II, rei da Galiza com sé em Astúrias". Algo assim como se dentro de mil anos se denomina a Juan Carlos I rei de Madrid…
Obrigadas/os polo comentário :)
----- COMMENT: AUTHOR: O Garcia do Outeiro [Visitante] DATE: Tue, 15 Dec 2009 20:52:13 +0000 URL: http://www.wwwafiador.blogspot.comMuito é o que fica por fazer para desintoxicar a nossa história nacional, especialmente a medieval e entendo que esta postage vai encaminhada a essa tarefa colectiva que ainda resta por elaborar. O Reino de Asturies elucubrou-se na historiografia espanhola a partir da existência do principado polos historiadores espanhóis liberais do XIX. Hai um aúdio dumha palestra de Anselmo Lopes Carreira, que nom sei se conhecedes, do que gostei muito e que vos recomendo encarecidamente:
Sem mais, recebede umha forte aperta irmandinha.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Este sábado: curso de história contemporânea da Galiza na Casa da Cultura de Ordes BASENAME: este-sabado-curso-de-historia-contemporanea-da-galiza-na-casa-da-cultura-de-ordes DATE: Mon, 14 Dec 2009 21:01:36 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Recordamos que esta fim de semana terá lugar na Casa da Cultura de Ordes o curso de história contemporânea da Galiza organizada pola Escola Popular Galega em colaboraçom com Foucelhas. Finalmente os dous dias das jornadas ficam reduzidas ao sábado, pois a palestra de Xurxo Martínez, ?O arredismo galego em Cuba. Fuco Gomes?, nom poderá se ministrada, passando a do domingo, ?A modernizaçom capitalista e a emergência do movimento nacional?, de Júlio Teixeiro, para o sábado. A jornada começará às 10h00. Ao meio-dia haverá também um jantar de convívio num dos estabelecimentos da localidade. As pessoas interessadas ainda podem inscrever-se redigindo um correio para foucelhas.ordes@gmail.com
Consultar o programa: http://agal-gz.org/blogues/index.php/foucelhas/2009/11/17/curso-de-historia-contemporanea-da-galiza-escola-popular-galega
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Era de Ordes o trovador medieval Airas Moniz d´Asma? BASENAME: era-de-ordes-o-trovador-medieval-airas-moniz-daasma DATE: Fri, 11 Dec 2009 18:18:38 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: HISTÓRIA CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Em Janeiro do ano passado, La Voz de Galicia publicava na secçom comarcal umha nova intitulada ?Publican un traballo inédito de Álvarez Blázquez sobre un autor medieval que podería ser de Ordes? (http://www.udc.es/dep/lx/cac/xmab/noticias/2008-01-08-LVDG.pdf). Mas existiu realmente um trovador medieval originário da nossa comarca? A notícia deu-se com a saída do nº 91-92 da revista Agália, que publicava um especial sobre Xosé María Álvarez Blázquez, homenageado com o Dia das Letras Galegas de 2008. Entre as investigaçons publicadas encontrava-se umha inédita de Álvarez Blázquez: ?Un trovador rompe a lei do segredo: y-vel-sa?, referindo-se precisamente a Airas Moniz d´Asma. O especial do poema é que, para Álvarez Blázquez, rompe com a norma de nom explicitar o nome da amada, que estaria agachado nos dous últimos versos da primeira estrofa.
Pois mi no val...
(Nunes, p. 230)Pois mi non ual d´ eu muyto´ amar
a mha senhor, nen a seruir,
nem quam apost´ eu sey negar
o amor que lh´ ey [e] a ´ncobrir
a ela que me faz perder,
que mh-o non pode[n] entender,
iá eu chus no´-na negarey,
vel saberam de quem tort´ ey.Da que á melhor semelhar
de quanta[s] no mund´ ome vir
e mays [mansa sabe falar]
das que home falar oyr,
non uo-la ey chus a dizer...
quenquer x´ a pode entender;
iá chus seu nome non direy;
c´ a feito [iá] mh a nomeey.E quen ben quiser trastornar
per tod´ o mundo e ferir
mui festinho xh-a pod´ achar,
ca, por uos home non mentir,
non á ela tal pareçer
con que ss´ assy poss´ asconder
per como a eu dessiney,
acha-la-am, cousa que sey.Os que me soyan coitar
foi-lhes mha senhor descobrir;
iá mh ora leixaram folgar,
ca lhis non podia guarir,
ca ben lhe´-la fiz conhocer,
porque me non quis ben fazer,
e tenho que ben me uinguey,
pois l´ en concelh´ aueriguey.
Para Álvarez Blázquez o nome da amada está agachado, como um anagrama, nestes dous versos:
?ia eu chus non a negarey
vel saberan de quen torto ei?.
?É -di- um singelo anagrama: y-vel-sa = Ysavel?. Eis a forma em que Airas Moniz d´Asma rompe a lei do segredo.
A questom da origem deste trovador rastreja-se no seu próprio nome, onde indica que é ?d´Asma?. Mas está Asma em Ordes? Asma era e é o nome de um afluente do Minho, e ainda hoje pervive como topónimo de 5 freguesias da comarca que atravessa: Santa Cristina de Asma (Carvalhedo), e quatro freguesias de Chantada. O topónimo Asmaos, que seguramente deriva de Asma e polo tanto pode ser onde nasceu o trovador, é o que se encontra (entre outros lugares) em Ordes; mas em Santa Maria de Ordes do concelho de Rairiz de Veiga! Eis, entom, o erro de La Voz de Galicia, que nos atribuía um trovador medieval sem, desafortunadamente, tê-lo.
Sobre a origem do trovador, comenta José Martinho Montero-Santalha (presidente da AGLP):
?A figura histórica do trovador não está ainda suficientemente identificada. Pelo sobrenome toponímico ?d´Asma? devemos supor que procederá dessa zona central da Galiza, arredor do curso médio do rio Minho. Ademais, pola colocação das suas cantigas no início da colectânea da nossa poesia trovadoresca devemos supor que seria da época inicial do nosso trovadorismo (primeiro terço do século XIII) e de condição social nobre, provavelmente cavaleiro.?
Reproduzimos também a outra cantiga que se conserva deste trovador, seguramente da zona de Chantada e nom de Ordes:
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: A nova paisagem rural BASENAME: a-nova-paisagem-rural DATE: Wed, 09 Dec 2009 06:11:08 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: NOVAS DE ORDES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:?Pois mi nom val d´eu muit´amar?
(Bb 6) [= D´Heur 6 = Tavani 13,2]Pois mi nom val d´eu muit´ amar
a mià senhor, ne-na servir,
nem quam apost´ eu sei negar
o amor que lh´ hei [e]´ncobrir
([a] ela, que me faz perder!),
que mi_o nom podem entender,
já eu chus no-na negarei:
vel saberám de quem tort´ hei!:da que há melhor semelhar
de quanta[s] no mund´ home vir,
e mais [manso sabe falar]
das que que home falar oir.
Nom vo-la hei chus a dizer
[e] quenquer xa pod´ entender
já chus seu nome nom direi,
ca afeito mi_a nomeei.E quem bem quiser trastornar
per t[o]d[o]_o mund´, e [re]ferir,
mui festinho xi_a pod´ achar;
ca, por vos home nom mentir,
nom há ela tal parecer
com que s´ assi possa_asconder:
per como a eu dessinei,
achá-la-ám, cousa que sei.O[s] que me soíam coitar
f[u]i-lhes mià senhor descobrir:
já mi_ora leixarám folgar
(ca lhis nom podia guarir),
ca bem lhe-la fiz conhocer,
porque me nom quis bem fazer.
E tenho que bem me vinguei,
poi-la_em concelho_averiguei.
Inauguramos esta nova secçom do nosso blogue, intitulada "Novas de Ordes", com umha foto-reportagem de Jéssica Rei realizada na paróquia de Barbeiros acerca da nova paisagem rural. Nesta secçom pretendemos ir recolhendo notícias sobre a nossa comarca que apareçam nos distintos meios de informaçom crítica do jornalismo galego.
FOTOS E TEXTO: JÉSSICA REI
A visom romântica e nostálgica da paisagem tradicional e rural galega sobrevive na óptica folclórica e espanhola, mas também em todas aquelas apreciaçons supérfluas e rápidas que a miúdo se nomeiam em relaçom com o rural, incluída a dumha parte importante do nacionalismo galego.
O conceito do "feísmo" veu lhe dar nome ao impacto sensorial da perda dessa imagem bucólica e pastoril da Galiza. Um termo que nada mais fala de estética e que evita enfrentar-se aos problemas reais do meio circundante.
A paisagem é construída polos indivíduos que vivem nesse espaço, pola sua economia, a sua geografia e a sua cultura. Mas para as pessoas que fam e vivem a paisagem nom há umha categorizaçom ou qualificaçom dela, já que pertencem a ela; nom assim para as pessoas externas ao meio que contemplam e avaliam a paisagem.
Este distanciamento, junto com a desconhecida e ignorada situaçom do agro, provocam a sensaçom de que a responsabilidade do estado da paisagem rural é dos próprios agricultores e do seu mau gosto. É significativo o exemplar caso de La Voz de Galicia que mantém umha secçom no seu site web chamada de ?Chapuzas Gallegas? que produz um juízo grotesco do ?aldeao-paisano-galego-que-nom-tem-um-gosto-refinado?.
As questons de fealdade e de beleza som totalmente equívocas e nom denunciam mais que umha desconformidade nas convicçons estéticas mais intimas, sem concretizar os problemas reais desse efeito.
A nova paisagem rural galega é um ecrã em que está impressa umha crise definitiva: o esmorecimento da cultura resistente campesina, que deve morrer em prol da implantaçom do sistema de produçom massiva: abrindo indiscriminadamente vias de comunicaçom, mecanizando o agro para a sua industrializaçom, envolvendo-se numha moreia de lixo procedente dos novos materiais próprios da sociedade do consumo...
Fotografias tiradas na paróquia de Barbeiros, comarca de Ordes, umha zona em que a ganadaria é a principal actividade económica
Tirado de: A Revista nº12 (o suplemento do Novas da Galiza). Podes ver o original aqui: http://www.novasgz.com/pdf/arevista12.pdf
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: A A.C.Foucelhas leva a figura do Apalpador a todas as escolas e unitárias da comarca de Ordes BASENAME: a-a-c-foucelhas-leva-a-figura-do-apalpador-a-todas-as-escolas-e-unitarias-da-comarca-de-ordes DATE: Thu, 03 Dec 2009 22:39:14 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:O ser mitológico do Natal galego, o Apalpador, será conhecido este ano polos nenos e nenas de todas as escolas da comarca de Ordes graças à campanha de divulgaçom e recuperaçom desta personagem que está a levar a AC Foucelhas. Da associaçom, após contactar com cada umha das escolas ?nas que nos atendérom amavelmente?, enviou-se-lhe um dossier com materiais didácticos para trabalhar com as crianças: um continho explicando o mito do Apalpador, umha versom do desenho de Leandro do Apalpador para colorir, etc.
Os colégios que se estám a involucrar na recuperaçom do Apalpador na comarca de Ordes som, por concelhos, o CEIP Campo Maior, o CEIP Castelao, o CEIP Mesom do Bento, e as escolas unitárias de Barbeiros, Merelhe, Beám, Parada, Buscás e Santa Cruz de Montaos em Ordes; o CEIP Ponte Carreira em Frades; o CEIP Xanceda em Messia; o CEIP Outeiro, e as escolas Polveira e Vianho Pequeno em Traço; o CEIP O Cruze de Cerzeda; e o CEIP Sigueiro de Oroso.
Cantiga do Apalpador
Hoje é dia do Natal,
dia do Nosso Senhor
ide logo para a caminha
que vai vir o Apalpador.
Hoje é dia do Natal,
vai ninim para a caminha
que vai vir o Apalpador
a apalpar-che a barriguinha.
Material didáctico enviado às escolas: http://galiza.indymedia.org/media/2009/12//21757.pdf
Para saber mais sobre o Apalpador:
-LÔPEZ GONÇÂLEZ, José André. "O Apalpador. Personagem mítico do Natal galego a resgate". Portal Galego da Língua. http://www.pglingua.org/images/stories/pdfs/2008/20061231_o_apalpador_jose_andre_lopez.pdf
Moi ben pola iniciativa. Adiante!
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Entrevista no programa "Som do Chafaris" de Rádio Ordes à AC Foucelhas BASENAME: entrevista-no-programa-som-do-chafaris-de-radio-ordes-a-ac-foucelhas DATE: Mon, 30 Nov 2009 09:10:39 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Na passada sexta-feira, 20 de Novembro, Raquel e David, artífices do programa cultural "Som do Chafaris" de Rádio Ordes, invitárom à Associaçom Cultural Foucelhas a umha entrevista para dar a conhecer as actividades que se estám a desenvolver e os objectivos da associaçom. A entrevista, que agora podes escuitar aqui, começa no minuto 25.
----- COMMENT: AUTHOR: O Garcia do Outeiro [Visitante] DATE: Mon, 30 Nov 2009 13:08:19 +0000 URL: http://www.wwwafiador.blogspot.comSeguide realizando a vossa estupenda labor de esculca cultural e alavanca de consciências. Umha aperta irmandinha desde Chantada
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: O passo por Ordes na fuga de Isaac Díaz Pardo aos falangistas BASENAME: o-passo-por-ordes-na-fuga-de-isaac-diaz-pardo-aos-falangistas DATE: Fri, 20 Nov 2009 13:00:09 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:[Após o translado do seu pai da cadeia de Compostela à de Arçua, e posterior ?desapariçom?, conta Isaac Díaz Pardo como ele, apenas um rapaz, e a sua família fogem de Compostela à Corunha para evitar possíveis represálias. De Ordes até Alvedro o caminho estava sementado de cadáveres.]
Asinha preparou-se a saída para a Corunha ao dia seguinte. Alguém sincronizou as cousas e disso decatei-me logo. Um táxi véu a buscar-nos mui cedo, ainda nom eram as 7 da manhá. Eu ia praticamente disfarçado com umha pucha e com uns óculos por imposiçom dos meus tios pois penso que eu já nom tinha medo e que já tanto me dava na desesperaçom de ver como nos mudavam as cousas, como nos mudava a vida. Minha mae ia mais morta que viva, e a minha irmá foi a que levou o peso dos acidentes da fugida, recolhendo roupa, levando e envolvendo, mais que vestindo, a minha mae.
Nesse intre vivíamos na rua de Carretas. O táxi ?chamavam-se entom coches de ponto? levou-nos por diante da cadeia, em cuja porta havia muitos militares armados, polo Inferninho de Abaixo, o Campo da Lenha, Porta Faxeiras, Senra, ao Castromil no que nos introduzimos de imediato. O tio Indalécio já tinha os bilhetes.
A partir de Ordes começárom a aparecer homens mortos entre a calçada e a cuneta. Via-se que nom se queria interromper a circulaçom com os mortos mas havia intençom em que se vissem bem. Até Alvedro contamos 14 mortos ?logo chamou-se-lhes ?passeados??. Coido ré-lembrar que estavam por parelhas quase todos e havia gente no seu entorno e algumhas cenas dramáticas de mulheres e nenos chorando sobre os corpos. Nalguns havia aglomeraçons de gente e o Castromil tivo que parar várias vezes para se abrir passo. Todos os passageiros íamos mudos ?eu fora instruído polos meus tios de que visse o que visse estivesse calado? só um comerciante fino de Santiago, cujo nome nom vem ao caso, comentava em outa voz que se nom se acabava com os cabecilhas pouco se ia conseguir. Já na Corunha ?o Castromil chegava à Rua Nova? minha mai e minha irmá fôrom-se com a tia Camila no tranvia de ?Puerta de Aires? e eu fum com meu tio Indalécio que morava, e ali morreu ele e a sua mulher, no 2.º piso direita do n.º 23 da Praça de Ponte Vedra. Ali passei meio ano agochado tragando saliva desesperado mais que pola minha sorte pola que estava padecendo e ainda ia padecer o povo.
DÍAZ PARDO, Isaac.?Unhas notas de Díaz Pardo xustificando algunhas das ilustración do texto e elas mesmas como ilustración?. pp.168-169. In: DÍAZ FERNÁNDEZ, Xerardo. 1982. Os que non morreron. Ediciós do Castro: Sada.
A Escola Popular Galega, com a colaboraçom da Associaçom Cultural Foucelhas, organiza a segunda a sessom de história da Galiza, nesta ocasiom dedicada à etapa contemporánea. Pretende-se umha aproximaçom a alguns dos capítulos mais importantes da movimentaçom social dos últimos séculos, que sirva para a compreensom do nosso dia a dia militante.
Programa:
Sábado 19 de Dezembro:
10:00-14:00h.
-?Agrarismo e obreirismo na Galiza do primeiro século XX?.
Carlos Velasco Souto.
-?O arredismo galego em Cuba. Fuco Gómez. Xurxo Martínez.
16:00-19:00h.
-?Galiza baixo a ditadura franquista: política e sociedade?
Xavier Sánchez
-?O movimento obreiro galego baixo a ditadura?. Eliseo
Fernández
Domingo 20 de Dezembro:
11:00-14:00h.
-?A modernizaçom capitalista e a emergência do movimento
nacional? Júlio Teixeiro.
Todas as palestras terám lugar na casa da cultura de Ordes. As pessoas interessadas em matricular-se devem enviar um correio para antes do 12 de Dezembro: escolapopularhistoria@gmail.com.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: "O galego no ensino", palestras com Bernardo Penabade em Ordes e Sigüeiro BASENAME: o-galego-no-ensino-palestras-com-bernardo-penabade-em-ordes-e-sigueeiro DATE: Tue, 10 Nov 2009 10:48:23 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Sob a legenda de "O galego no ensino", a AC Foucelhas organiza duas palestras acerca da situaçom da língua nas escolas e liceus galegos, com o professor Bernardo Penabade. A primeira palestra será esta sexta-feira, 13 de Novembro, no IES nº1 de Ordes; e a segunda no 27 de Novembro, no Multiusos de Sigüeiro. As duas palestras serám às 19h00.
Bernardo Penabade foi presidente da Associaçom Galega da Língua (AGAL) durante anos, e agora é o principal impulsor do plano de normalizaçom linguística de Burela, o que se conhece como "Modelo Burela", e que atingiu um grande êxito e polo que recebeu vários prémios.
Documentário sobre o "Plano Burela": http://www.youtube.com/watch?v=KRaybQd0zVo
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: AC Foucelhas publica o caderno ?Luís Porteiro Garea (Lugo 1889-Frades 1918). O ideólogo do nacionalismo irmandinho? BASENAME: ac-foucelhas-publica-o-caderno-luis-porteiro-garea-lugo-1889-frades-1918-o-ideologo-do-nacionalismo-irmandinho DATE: Mon, 09 Nov 2009 21:07:33 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Entre os actos de homenagem ao líder irmandinho Luís Porteiro Garea, soterrado em Gafoi (Frades), a Associaçom Cultural Foucelhas publica um caderno da autoria de Ernesto Vázquez Souza que estuda três pontos importantes da sua vida: a incorporaçom da defesa da língua ao programa nacionalista galego, a ajuda internacionalista com o nacionalismo catalám, e a primeira candidatura do nacionalismo galego nas eleiçons de 1918, boicotada polo caciquismo até o ponto de intentarem rematar com a vida de Porteiro.
O autor, Ernesto Vázquez Souza, é especialista nesta época do nacionalismo galego. Foi professor em Chicago de língua e cultura galega para o Instituto Cervantes. No 1998 estivo de Leitor na Universidade de Montevideu. Na actualidade é membro da Academia Galega da Língua Portuguesa (a instituiçom que representa internacionalmente a língua galega como parte da lusofonia em pé de igualdade e que recentemente inclui no Vocabulário Comum as palavras propriamente galegas que nom existem em Portugal, Brasil, e os países africanos de língua galega).
O caderno, de 32 páginas, também recolhe um artigo de Luís Porteiro em defesa do ensino em galego, e umha carta póstuma na que comenta os pontos que está a trabalhar para a decisiva Assembleia Nacionalista de Lugo (1918) à que finalmente nom poderá acudir. Inclui-se também o famoso poema ?Em pé!? de Ramom Cabanilhas, que dedica a Porteiro. O caderno pode-se conseguir enviando um correio a foucelhas.ordes@gmail.com, por só um euro. Aliás, está disponível aqui mesmo para descarregar em formato digital.
-Descarregar caderno: http://www.pglingua.org/images/stories/pdfs/2009/031109_luis_porteiro_garea.pdf
-Recensom no Portal Galego da Língua: http://www.pglingua.org/index.php?option=com_content&view=article&id=1464:luis-porteiro-garea-o-ideologo-do-nacionalismo-irmandinho&catid=7ublicacons&Itemid=70
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Familiares e vizinhos dam umha emotiva homenagem a Luís Porteiro Garea junto com a AC Foucelhas BASENAME: familiares-e-vizinhos-dam-umha-emotiva-homenagem-a-luis-porteiro-garea-junto-com-a-ac-foucelhas DATE: Mon, 09 Nov 2009 21:01:22 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Por volta de trinta pessoas juntárom-se no cemitério de Gafoi para homenagear ao líder do nacionalismo galego Luís Porteiro Garea. Da AC Foucelhas pudo-se contactar finalmente com familiares de Porteiro Garea: netos, bisnetos, e até umha nora do irmandinho, aliás de vizinhos da zona que acudírom à homenagem orgulhosos de que ?o corpo de um líder do galeguismo esteja aqui, em Gafoi?. O apelido Garea é mui comum por todo o concelho de Frades, e quem recordava a existência de Porteiro Garea falava dele como de um ?superdotado, que chegaria a ser tam importante para o país como Castelao de nom ter morrido tam novo?.
As pessoas assistentes recebêrom como presente da AC Foucelhas um exemplar do caderno editado para a ocasiom, que recolhe três artigos de Ernesto Vázquez Souza. Procedeu-se assim mesmo à interpretaçom do Hino do Antigo Reino da Galiza para começar o acto, dando passo à leitura do discurso e oferenda floral, rematando com o hino galego.
Da AC Foucelhas propujo-se-lhe à família a iniciativa de mercar umha lápida nova -em galego- para a tumba de Porteiro Garea, pois a actual está grafada em espanhol. Da família comentárom que a actual lápida foi pagada pola cámara municipal de Compostela (era vereador ali, o primeiro nacionalista) e que, de facto, Porteiro Garea estivo primeiro enterrado em Compostela, para ser posteriormente transladado ao cemitério paroquial de Gafoi, na Ponte Carreira (Frades). Entre as pessoas assistentes sublinhou-se que o amor de Porteiro à nossa língua devia ser respeitado. É bem reveladora a sua frase: ?...vimos como umha raça que para chorar e cantar usava um idioma próprio se via obrigada a empregar um mal castelhano para rezar. Compreendíamos que tínhamos de tratar um problema político?.
Entre os presentes, um político local recordou como a actual corporaçom municipal esbanjou a placa que anteriormente recordava o orgulho dos fradenses de contarem com Luís Porteiro como vizinho. Esta fora colocada no centro do ?Parque Luís Porteiro?, na Ponte Carreira, mas actualmente deslocou-se e finalmente foi destruída.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Homenagem em Gafoi a Luís Porteiro Garea, líder do nacionalismo irmandinho BASENAME: homenagem-em-gafoi-a-luis-porteiro-garea-lider-do-nacionalismo-irmandinho DATE: Tue, 03 Nov 2009 11:11:20 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Esta sexta-feira, 6 de Novembro, a Associaçom Cultural Foucelhas celebrará umha homenagem a Luís Porteiro Garea no cemitério de Gafoi (Frades), onde está soterrado o corpo do luguês. O acto desenvolverá-se às 17h00, e constará de umha oferenda floral, leitura do texto em homenagem, e um grupo de gaiteiros da Pontraga (Numide, Tordóia) interpretará o hino galego.
Luís Porteiro Garea morreu prematuramente aos 29 anos por mor da gripe "espanhola", o 30 de Outubro de 1918. A sua influência no emergente nacionalismo galego foi importantíssima, sendo o líder natural das Irmandades da Fala, e responsável do seu passo da acçom cultural à luita política.
Para divulgar a sua figura, editamos também um caderno de 34 páginas recolhendo três artigos que Ernesto Vázquez Souza dedicou ao estudo Porteiro: o primeiro sobre a sua defesa da língua galega (que até o momento nom era um elemento central na reivindicaçom nacional galega), que o levou a reinvindicar linhas tam vigentes como a de: ?...defender o galego [...] como meio de inteligência com Portugal e a parte de América por ele civilizada para onde vai muita da nossa emigraçom.?
; o segundo sobre a embaixada de Barcelona de 1917, na que os nacionalistas irmandinhos estreitárom laços com o nacionalismo catalão; e o terceiro acerda das eleições de 1918, na que o próprio Porteiro foi alvo dum intento de atentado da rede caciquil que via o seu poder ameaçado. Ameaça que sempre tivo presente Porteiro Garea, que chegou a declarar que: "eu podo provar que todos os movimentos iniciados em Galiza desde 1898 fôrom afogados polo terrorismo do poder perseguindo ferozmente aos propagandistas; obrigando a emigrar a muitos labregos, perseguindo-os como criminais por ter discerpado do critério da política."
----- COMMENT: AUTHOR: Ernesto [Visitante] DATE: Tue, 03 Nov 2009 15:07:58 +0000 URL:Magnífico!!! um saúdo
À minha beira véu-se sentar um jovem mestre de Ordes, apelidado García; era nado em Almeria, baixo de estatura, delgado, com um nariz mui longo; muitos chamavam-lhe como alcume Cyrano de Bergerac. Cando Carnero estava de boas, que era poucas vezes, recitava-lhe o conhecido soneto de Quevedo ?A una nariz?:
Érase un hombre a una nariz pegado,
érase una nariz superlativa,
érase una nariz sayón y escriba,
érase un pez espada muy barbado.
...................................
Já nom reinava a ledura dos primeiros dias; nas caras de quase todos via-se umha seriedade que se nom era compungida, mostrava-se fria e agressiva. Todos tínhamos mentres a ideia dos ?passeios?, ideia que nom nos deixava nunca, era como umha negra sombra que nom podíamos rejeitar; em troques havia algum que ria de todo e ainda fazia chistes. Nom sei se a processom nom andaria por dentro. Polo tanto esse tema estava em todas as nossas parolas. E matinando sobre isso, dizia-me García:
?Parece mentira que o medo faga sobre nós umha acçom tam esmagulhante... falo polo que me passou a mim. Eu inteirei-me dos primeiros ?passeios? quando estava na enfermaria recuperando-me dos paus que me dérom quando quando me prendêrom. Como ti sabes, a enfermaria ocupa a última cela da galeria do piso de baixo; entom, para chegar a ela há que passar primeiro polas outras todas. Eu estava só com outro enfermo de nom sei quê, médico que passava as horas a escrever. Eu cria que estava escrevendo algum romance ou cousa assim, mas nom: escrevia-lhe cartas à mulher; admirável amor conjugal, nom? Pois o caso é que ao chegar a noite, eu sentia como todos, o medo polo que estava a passar. Nom podia dormir e o silêncio da noite só era interrompido polos passos dos sentinelas na rua. Umha dessas longas noites sentim ao longe o ruído de passos de pessoas e o rintintim das chaves ao bater umha com outras; os passos iam-se achegando e as portas das celas iam-se abrindo com sinistro chirrido dos goznes. Sacudiu-me um calafrio de medo; o meu companheiro deixou de escrever e os dous pugemos-nos mui atentos pendentes de todo o que passava ao outro lado da nossa porta. A nossa angústia era torturadora; as pisadas fortes iam-se acercando até chegar à cela que está diante da nossa. O tempo parara-se... nom chegavam nunca e seguiam caminhando. Um respiro de alívio embargou a minha alma ao ver que se detinham ali; mas ao pouco a chave com abominável retumbo girou na pechadura da nossa porta e entrou um oficial com outro que ficou na entrada. Nom podo explicar-che o que sentim nesse intre, nom há verba que poda dizer; perdim o tino do tempo e das cousas; o coraçom latejou com força e logo parou; umha nuvem obscura envolveu-me e todo começou a zumbar e a girar na minha cabeça; sentim que umha friagem me empuxava sem piedade a um inferno sem fim. O oficial olhou-nos e dixo-nos: ?Boas noites?, e foi-se fazendo soar as pesadas chaves e cerrando a porta com umha ressonáncia que a mim pareceu-me a música mais sublime do mundo. Nom soubem se o meu companheiro contestou ou nom ao saúdo do Oficial, mas o que sim che podo assegurar é que eu nom pudem abrir a boca porque o medo, digo-o sem vergonha, nom me deixou; quigem mover as pernas e os braços e nom pudem. A voz do meu companheiro trouxo-me à realidade e pudem respirar; umha ledícia soterrada e incontida molhou os meus passos.
?Entendo-che bem ?dixem eu?. Há que passar por esses tragos para saber o que é o medo, para poder julgar aos demais. E falando de outra cousa, como foi a paliça que che deram?
Quando me ia a contestar, chamárom-no para que baixasse, que estava o Juez militar esperando-o para tomar-lhe umha declaraçom. Eles eram assim, chegavam a qualquer hora. O relato ficou para outra hora.
[...]
Chegara-me a hora de ter que afrontar-me ao juiz e quadrou-me umha manhá em que me atopava com mais fôlegos, pois parecia que as cousas nom eram tam sombrias como antes. A pesares de todo nom deixava de seguir a ser um ingénuo...
Quando cheguei aonde o juiz, já estava declarando perante outro juiz García, o mestre de Ordes. O que fazia de juiz, pois eu nom me podia decatar de quem era, já que daquela era qualquer e eu nom sabia muito dessas cousas, nem de insígneas nem de rangos; pois bem, esse que fazia de juiz, era militar, dixo-lhe:
?¿Con que de Almería, eh? Cabo de Gata en Almería, Finisterre en La Coruña... ¡A dónde vino uté a dejá lo gueso, amigo! ?Há que aclarar que esse homem que fijo a chança era um andaluz. Riu-se polo que dixo, mas ao pobre de García nom lhe fijo muita graça...
DÍAZ FERNÁNDEZ, Xerardo. 1982. Os que non morreron. Ediciós do Castro: Sada. Páginas 43-44 e página 66.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Segunda jornada da Liga Nacional de Bilharda, em Belvis (Compostela) BASENAME: segunda-jornada-da-liga-nacional-de-bilh DATE: Fri, 23 Oct 2009 11:05:08 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: Nom categorizado CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Depois de formar parte da manifestaçom de dúzias de miles de pessoas que reclamárom nas ruas de Compostela a defesa da nossa língua, a equipa de bilharda de Foucelhas dirigiu-se ao parque de Belvis para participar na 2ª jornada da LNB (Conferência Centro), organizada polos companheiros e companheiras da Gentalha do Pichel. A participaçom contou com importantes baixas, como as do capitám da equipa, Miguel, que segue a encabeçar a classificaçom.
Classificaçom por equipas
1 Furabolos 24
2 Trouleiros 23
3 Xogos trad 19
4 Sp Pontraga 16
5 Gentalha 15
6 Paloios 12
7 Foucelhas 11
8 Abrotejas 8
9 cs Dume 7
10 Almuinha 4
Classificaçom individual
Miguel está, com três pontos, empatado com mais jogadores no posto18.
Carlos empata, com dous pontos, com vários jogadores no posto 24.
Jorge, Jéssica, Rubém Melide, Rubén de Santa Cruz, Pablo e Olga estám com um ponto empatados no posto 49 com dúzias de palanadores e palanadoras.
Classificaçons completas e mais informaçom: http://conferenciacentro.blogspot.com/
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Mais de 70.000 pessoas em Compostela contra a imposiçom do espanhol BASENAME: mais-de-70-000-pessoas-em-compostela-con DATE: Thu, 22 Oct 2009 10:41:27 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: Nom categorizado CATEGORY: TAGS: ----- BODY:A Associaçom Cultural Foucelhas estivo este Domingo com faixa própria na manifestaçom em defesa do galego em Compostela, dentro do bloco laranja de Galego Sempre Mais. Cem mil participantes para A Mesa, setenta mil para a AGAL... pouco mais dá a cifra. As imagens falam por si sós, e a mensagem é clara, rejeitamos a imposiçom do espanhol na Galiza!
Vídeo-crónica em Gz-Vídeos:
http://gzvideos.info/bloco-alternativo-monolinguismo-social/
Podes ler umha crónica detalhada no Portal Galego da Língua: http://www.pglingua.org/index.php?option=com_content&view=article&id=1386:mais-de-70-mil-pessoas-manifestarom-se-em-defesa-do-galego&catid=8:cronicas&Itemid=69
Galeria de imagens:
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: De como José García, o mestre do Recreio (Ordes), foi detido e torturado polos falangistas BASENAME: de-como-jose-garcia-o-mestre-do-recreio- DATE: Tue, 20 Oct 2009 10:21:34 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: Nom categorizado CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Já fazia alguns dias que nom se efectuavam passeios, e isso acougava-nos um pouco. Soubemos que trouxérom presos a dous velhos: um matrimónio de anciaos que detivérom porque o seu filho que luitava no frente passou às filas republicanas. Tomárom essa medida para evitar tais deserçons, pois parecia que deveram ser muitas quando decidírom isso.
Caminhava só polo andámio quando se me achegou o fraco Garcia, mestre de Ordes. Sorrindo, dixo-me:
?Venho fugido do Julinho. Tem-me farto e atordado com os seus ?colmos?, ?quê lhe dixo?, etc.
Julinho é um estudante de medicina; com os seus dezanove anos é todo euforia e ledura: paroleiro, sabe todo quanto de barafulhas se trata, pois nom há novas que ele nom saiba e em todo mete o focinho para inteirar-se de todo e contá-lo todo. Carneiro chamava-lhe o ?Efebo chismoso?. Para nós era mui serviçal porque quando queríamos saber algo, nom tínhamos mais que recorrer a ele. Asinha o averiguava.
Perguntei-lhe a Garcia como foi o da paliça que lhe dérom e narrou-no assim:
?Ti sabes mui bem o que se passou em todas estas vilas pequenas e, por tanto, nom necessito explicar-che o ocorrido em Ordes nos primeiros dias do Movimiento. Em todos passou quase que o mesmo: fomos submetidos sem luita, fomos submetidos e aldraxados. Nom figemos nada e pagamos por todo. As vilas ficárom divididas em dous bandos: direitas e esquerdas; para os do médio já nom havia cabida e fôrom barridos como nós. O facto de pertencer às esquerdas e de ser mestre, ademais, chegou para que a falange e os picapostes da direita me pugeram diante do ponto de mira da sua xenreira. Quando eles se figérom cargo de todo, nós seguimos inquedos as peripécias da luitas; escuitávamos as emissoras das rádios da zona republicana, clandestinamente. Umha noite irrompêrom na minha casa e com as culatas das carabinas esmedrelhárom o aparato de rádio e todo aquilo que encontrárom a mao. Ficárom cansados de golpear-me ao mesmo tempo que vociferavam com boca-podres insultos e ameaças: ?las vas a pagar, rojo maldito. Sois todos unos cobardes. ¡Hijo de puta!?. Claro que como eles eram muitos e estavam bem armados, eles sim eram os valentes. Seguírom-me golpeando até que perdim o sentido. Reanimárom-me e levárom-me a um sítio que nom lembro pois estava mui atordado, e coido que seria o quartel da guarda civil. Ali repetiu-se o rosário de insultos; eu nom sei donde tiravam tantos adjectivos bocaláns e florados. Todo o meu corpo foi acariciado polas correias dum látego; quando ficava inconsciente reanimavam-me com água fria e voltavam a começar. Queimavam-me com cigarros e tinham-me atado a umha cadeira, deste jeito era mais doada a cousa. Zoavam-me os ouvidos e o meu sentido vagava entre nuvens de sangue; foi umha cadeia inumana de sadismo e crueldade. Deste jeito, esmedrelhado e esnaquizado, trouxérom-me a esta cadeia [a de Santiago, nos baixos do Paço de Raxói] onde a vontade do chefe meteu-me na enfermaria, mas sem nengumha assistência médica. As feras da selva também se curam assim, pois a natureza é sábia.
?Foi fera a cousa. E ainda tiveste sorte de que nom te deixaram guindado numha estrada com umhas quantas balas de mais de peso.
Achegou-se-nos Cancela que olhando para García, dixo-lhe:
?Érase un hombre a una nariz pegado,
érase una nariz superlativa?
?A natureza trabucou-se connosco García. A ti deveria de dar-che o meu nariz para que enchera um pouco essa faciana esgumida que Deus che deu; e a mim deveria de dar-me a tua para pôr-lhe um pouco de harmonia a esta faciana tam apachocada.
Apareceu Maça mui anojado porque tivera umha discussom na que nom saira bem tratado. Cancela dixo-lhe:
?Volverán las oscuras golondrinas
de tu balcón sus nidos a colgar...?
?Nom me venhas com pamplinadas. Eu falo mui sério e tu sais-me com esses versos de porcalhada...
?Hoje está de más; vou-me.
Foi-se Cancela com García e Maza ficou à minha beira. Parou-se e dixo-me:
?Amigo Diaz, quero-che perguntar umha cousa. Por que Agostinho e algum outro me alcumam Platero de vez em quando? Fam-o num tom que nom me agrada nada e quero sabê-lo para pôr as cousas no seu ponto, porque de Maça nom se ri ninguém.
?Nom, homem, nom é para tanto. Eles aludem ao protagonista do formoso livro de Juan Ramón Jiménez, chamado ?Platero?.
?Já me parecia a mim que de algo disso se tratava. Coidam que tenho muita prata como esse Platero do livro.
?Nom se trata disso precisamente; é que Platero é o nome dum burro, que bem a ser o protagonista da obra.
?Assim que burro, eh! Por que nom mo dim claramente na cara! Vam a saber quem é Maça!
?Nom o tomes assim. Eles dim-o desse jeito, garimosamente e sim ánimo de aldraxar-te; ao contrário, trata-se dum herói mui simpático e por isso cho dim. Todo te aprezamos muito. Deixa-o assim.
Já calmado, foi-se; mas ao dar uns passos, voltando dixo-me:
?Tem graça, nom?
Desde entom Maça já nom se anojou mais por mor dum adjectivo mais ou menos literário.
DÍAZ FERNÁNDEZ, Xerardo. Os que non morreron. Sada: Ediciós do Castro. 1982. pp. 77-79
José García Fernández foi executado em Boisaca aos 42 anos. Era natural de Almeria (Espanha), mas morava em Ordes, onde trabalhava como mestre da escola situada na rua do Recreio. Na IIª República era membro da Frente Popular, polo que é detido e torturado. Em Compostela é julgado junto com outros republicanos de Ordes por rebeliom militar, e é sentenciado a pena de morte, sendo fusilado o 8 de Fevereiro de 1937.
Neste primeiro concerto organizado por a A.C. A Albraba tocárom os grupos Electróxeno, O Chícharo Psicótico e Kastomä, os três da comarca. O marco foi o Campo da Santa Eufémia da Vilouchada, que acolheu a centos de jovens (e nom tam jovens) que arroupárom à A.C.A Aldraba na sua estreia. Da A.C.Foucelhas também estivemos presentes; aproveitamos para dar-lhe ánimos e algumhas das nossas publicaçons como presente e também intercambiamos camisolas que desenhárom as duas associaçons. Esperemos que o tecido associativo da comarca continue a medrar.
Mais informaçom no blogue da A.C.A Aldraba: http://aaldraba.wordpress.com/
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Este Domingo, a A. C. Foucelhas estará em Compostela com "Galego Sempre Mais" BASENAME: este-domingo-a-a-c-foucelhas-estara-em-c DATE: Wed, 14 Oct 2009 18:40:19 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: Nom categorizado CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Reproduzimos a continuaçom o ?Manifesto 18 de Outubro? da plataforma Galego Sempre Mais da que a Associaçom Cultural Foucelhas fai parte, e em cuja manifestaçom estará este Domingo nas ruas de Compostela, defendendo a nossa língua e protestando contra a imposiçom do espanhol.
Manifesto 18 de Outubro
Contra o bilingüismo
Pola hegemonia social do galego
O período histórico que estamos a viver é com certeza o pior para a nossa língua. Seria portanto o melhor momento histórico para que todos os grupos e todas as pessoas que temos como meta a hegemonia social do galego uníssemos as nossas vozes e as nossas acçons. O melhor momento histórico para que colocássemos num segundo plano as nossas filiaçons partidárias, as nossas fobias e os nossos preconceitos. O melhor momento histórico para incidir naquilo que nos une, que é muito, e nom naquilo que nos separa, que é menos do que pensamos. O certo é que a divisom, na conjuntura actual, é um luxo que nom nos podemos permitir.Por isso, a Plataforma Galego Sempre Mais está aqui. Porque o seu único objectivo é que língua da Galiza se torne no referente lingüístico por excelência da sociedade galega, para além do seu sinal de identidade.
Para evitar isto, o governo actual está a seguir umha política de inutilizaçom do galego por meios de duas vias:
A primeira é eliminar ou reduzir a sua presença naqueles espaços sociais que fam com que umha língua seja sentida como tal pola sociedade galega. É o caso do ensino, o acesso a postos de trabalho ou os meios de comunicaçom. Facilita-se assim a hegemonia social do espanhol nestas áreas, já de por si muito acentuada.
A segunda é desligando o galego das outras variedades que sim som hegemónicas nas suas respectivas sociedades, caso de Portugal e do Brasil. Com isto consegue-se estrangeirizar todo o que elas produzem: software, livros, música, cinema. Facilita-se assim que a sociedade galega aceda a estes produtos unicamente em espanhol.
Ambas as linhas de actuaçom tenhem como objectivo restringir as potencialidades do galego, para que continue a ser umha realidade periférica a respeito do espanhol, quando nom facilitar já a sua substituiçom definitiva.
Portanto, a hegemonia social do galego e a estratégia galego-luso-brasileira som os eixos de qualquer política lingüística que aspire a que a Galiza exerça plenamente o seu direito colectivo à língua.
Organismos internacionais nom supeditados aos interesses do Estado, como o Conselho da Europa, tenhem recomendado repetidamente nos seus informes anuais o incremento dos nossos relacionamentos lingüísticos com Portugal e a aplicaçom de políticas de imersom no ensino galego, medidas essas que só seriam possíveis num quadro de verdadeira oficialidade legal do galego.
Em definitivo, a Plataforma Galego Sempre Mais apresenta-se novamente nas ruas de Compostela para defender esses princípios, esperando poder coincidir com outros colectivos também interessados na normalizaçom do galego.
Contodo, as entidades que formamos a Plataforma Galego Sempre Mais temos a firme determinaçom de ir além das convocatórias pontuais, alicerçando umha verdadeira unidade em torno dos referidos princípios. Com esse objectivo, convocamos umha assembleia aberta para o dia 21 de Novembro, em que sentemos as bases de umha nova entidade nacional que trabalhe todo o ano, e nom só em datas simbólicas ou concretas, pola conquista da hegemonia social do galego.
Mais info.: http://www.galegosempremais.net/
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Ignominiosa morte de Manuel do Rio Mandaio BASENAME: ignominiosa-morte-de-manuel-do-rio-manda DATE: Sat, 10 Oct 2009 16:37:52 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: Nom categorizado CATEGORY: MEMÓRIA CATEGORY: Documentos TAGS: ----- BODY:À memória de Pilar Nabeira Golám, falecida o dia de ontem aos 99 anos
Manuel do Rio Mandaio procedia das Juventudes Socialistas, quando passou a militar no PSOE. Tratava-se de um homem de ideias moderadas, seria hoje um bom social-democrata. Crê-se que nem sequer andou armado. Embora formasse parte do Comité da Frente Popular de Ordes. Como conseqüência tinha a convicçom de que nada mau lhe podia ocorrer, que nom havia que temer umha represália contra a sua pessoa porque ele nom cometera nunca um acto violento ou indigno. Por isso nom escapou.
Nos dous primeiros meses do movimento militar, assassinava-se indiscriminadamente. Nom obstante Manuel nom foi molestado por ninguém, durante um corto período de tempo. De pronto umha tarde, a tranquilidade interrompe-se. O esbirro de ?El Ventorrilla? apresenta-se no seu domicílio para dizer-lhe que o Sr. Pe Pérez queira falar-lhe. Manuel que estava em casa descansando em companhia da sua mulher e filhos ao ver que tinha que acompanhar a tal personagem, conhecida por toda a vila como sicário do guarda civil Pe Pérez. A família do Rio assustou-se e num princípio Manuel resistiu-se a sair da sua casa, mas houvo de ceder perante a ameaça de ?El Ventorrilla? de que se nom o acompanhava viria o resto do grupo e levariam-no à força, com o que o risco seria maior. Que do único que se tratava é de que tinha que conduzi-lo ao quartel da guarda civil, onde Pe Pérez o estava esperando, para fazer-lhe umhas perguntas, um mero trámite, e nada mais. Manuel já nom se fijo o renuente, senom ao contrário, dispujo-se docilmente a seguir ao ?El Venturrilla?, embora com muito medo, dada a catadura do indivíduo que o levava. Pilar, a sua esposa, fica desesperada em casa, e sumamente desconfiada. Pensava no pior.
Quando Manuel chega ao quartel, ali estava Pe Pérez esperando-o, e já preparado para iniciar o ?hábil interrogatório?. Manuel do Rio Mandaio mostrou-se submisso, em concordáncia com o seu carácter aprazível e bondadoso. Pressentia a tragédia. Ao começar o interrogatório, compreendeu que as horas que lhe ficavam de vida eram mui poucas, o desenlace fatídico ia ser iminente.
Ao dar-lhe a primeira ?passada? já nom oferecia dúvida de que o momento do seu sacrifício chegava asinha, nom havia alternativa. Sopravam ventos de morte na sua contra. Depois dos ?repassos? contínuos, da cruel tortura padecida por Manuel, perde o conhecimento. Recuperam-lho e metem-no num turismo, de um elemento da vila, que se identificava com o grupo de Pe Pérez, ao que já lhe tinha prestado vários serviços ?fúnebres?. Manuel Foi ?passeado? na madrugada do dia 5 de Outubro de 1936. Enterrárom-no em Boisaca, numha das muitas fossas comuns que já estavam abertas em espera dos seus ?inquilinos? forçosos, e numha delas posteriormente fôrom enterrados também os fusilados de Ordes, condenados à última pena no Conselho de Guerra.
Manuel do Rio Mandaio e os demais de Ordes, estám todos enterrados nessa ampla zona de Boisaca, sem que se poda determinar o lugar exacto. A zona porém está sinalizada por uns marcos.
Pilar Nabeira, a esposa de Manuel do Rio Mandaio, que ficara tam preocupada quando o seu marido marchou da casa com o ?El Ventorrilla?. As mulheres som mais intuitivas que os homens, e dada a sua sensibilidade, pressagiam melhor os acontecimentos, tenhem dotes premonitórias. Deu-se conta no momento de sair Manuel da casa que já nom volveria. Decide-se a jogar a única baça que lhe quedava, a última oportunidade. Existia pois ainda umha leve esperança.
Aqueles dias Manuel, na sua condiçom de acreditado ebanista, estava realizando uns trabalhos na casa de dom Arturo Peres Loureiro, um Tenente Coronel do Exército, que o 14 de Setembro de 1936, fora nomeado Presidente da Cámara Municipal e Delegado Civil. Do Rio Mandaio levava anos fazendo-lhe trabalhos profissionais a D. Arturo e consideravam-no e apreciavam-no bastante. Ou polo menos isso cria o matrimónio Manuel e Pilar.
Ao ver que Manuel tardava em regressar, suspeitando o pior, Pilar toma a resoluçom de ir ver a D. Arturo Peres Loureiro e referir-lhe o ocorrido com o seu marido. Recebêrom-na amavelmente e dona Glória, a esposa do presidente, mostrou-se doce e compreensiva com Pilar. Dona Glória era, em verdade, umha mulher boa e encantadora.
Pilar na entrevista conta-lhes com todo detalhe os factos. Que ignorava onde se poderia encontrar naquele momento, mas que devia estar no quartel da guarda civil, e se se intervinha pronto, quiçá ainda era possível salvá-lo.
D. Arturo mostrou-se evasivo, dixo que ele nom podia fazer nada sobre estes assuntos, que nom queria, aliás, imiscuir-se em nada relacionado com a guarda civil. Eram nada mais que desculpas. D. Arturo era entom o homem com mais poder da vila, o que tivo ocasiom de demonstrar depois e com demasiado rigor. A sua influência era enorme. Fora designado Presidente e Delegado Civil por ordem expressa e directa da cúpula militar.
Porém dona Glória, sim lhe prometeu a Pilar, que convenceria ao seu marido para que intervisse imediatamente a favor do seu, Manuel do Rio Mandaio. Antes de marchar, o Presidente manifestou-lhe a Pilar que ia a interceder por Manuel mas que nom lhe podia garantir nada. Que dentro de um par de horas volvesse a vê-lo para dar-lhe o resultado das suas gestons.
Duas horas. Umha eternidade. A angústia. A esperança. A desesperança. Um inferno. Umha luz no céu. As trevas. Duas horas de contradiçons.
Pilar volve a casa de D. Arturo Peres Loureiro e este comunica-lhe, hipocritamente compungido, que o assunto do seu marido era mui comprometido, que estava mui mal, que nada se podia fazer.
Estas palavras do Presidente nom as tragou Pilar, nem as pudo crer ninguém, pois era do domínio público que dom Arturo tinha um carácter forte e autoritário e que nem a guarda civil lhe negava nada. Em suma que o Presidente e Delegado Civil, pudo e deveu apresentar-se no quartel da guarda civil e sacar de ali a Manuel do Rio Mandaio, sem dificuldade nengumha, e salvá-lo da morte. Pudo incluso responder por ele para jamais o molestassem. Sabe-se de pessoas que incluso levavam um salva-conduto do Presidente, para que todo o mundo as respeitasse. A verdade, a triste e asquerosa realidade, é que D. Arturo nom se preocupou por nada. Quiçá um telefonema sem interesse. Sobre a consciência de aquele militar retirado, em grande parte, há que cargar a morte do infortunado Manuel do Rio Mandaio. Se o remordimento existe nesta classe de pessoas, desde entom nom pudo ter dormido tranquilo. Embora ocorre com demasiada freqüência! Que Deus deve andar ?despistado?, porque em ocasions se dedica a premiar aos maus e a castigar os bons. E pode resultar que todo seja umha metáfora.
Fragmento de: ASTRAY RIVAS, Manuel. Síndrome del 36. La IV Agrupación del Ejército Guerrillero de Galicia. Sada, Ediciós do Castro, 1992, pp. 91-94.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Manuel Lois Garcia ou "El Soldado Lois"? BASENAME: manuel-lois-garcia-ou-el-soldado-lois DATE: Tue, 06 Oct 2009 16:01:19 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: Nom categorizado CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Manuel Lois Garcia e ?El Soldado Lois? nom som a mesma pessoa. De facto ?El Soldado Lois? nom é umha pessoa, é um mito que criou o fascismo espanhol e que pouco a pouco foi comendo a Manuel Lois, a sua base real. Empregado a nível estatal como exemplo do que deve ser um súbdito espanhol: obediente e disposto a morrer por Espanha; empregado a nível galego como exemplo do que deve ser um galego: um cadáver; e empregado a nível local para ocultar, física e simbolicamente, os recordos de umha época de luita entusiasta pola liberdade no concelho: criaçom de bibliotecas, escolas, mitins, dúzias de organizaçons agrárias, socialismo, galeguismo, manifestaçons, etc.
Assim é que hoje ninguém recorda que praticamente toda a paróquia de Vila Maior estava a luitar polo socialismo nas agras, nas forjas, nas ruas. Ninguém recorda que no concelho havia três agrupaçons galeguistas (só um par de concelhos tinham mais em todo o país) ou que a mocidade estava organizando-se no ?Bloco da Juventude? na que participavam republicanos, socialistas, galeguistas, etc... E, como é óbvio, tampouco se fala de Ordes como o que foi, o berço da resistência galega após o golpe de 1936, tendo um papel chave na criaçom do Exército Guerrilheiro da Galiza os militantes da comarca. Mas do que já ninguém tem o mais mínimo recordo é de Manuel Sousa Hermida, socialista e proprietário da xastreria em que trabalhava Manuel Ponte, e que desde o exilo em México jogou um papel fulcral na Revoluçom Cubana. Nom obstante era a sua xastreria, a ?Barón Dandy?, onde o Che Guevara e os irmaos Castro se reuniam com os exilados galegos e espanhóis para conseguir umha embarcaçom para chegar a Cuba. E isto conseguiu entre outros Sousa Hermida, comprando o mítico ?El Gramma? e treinando aos guerrilheiros junto com o general Bayo desembarcariam na ilha. Experiência militar nom lhe faltava, após luitar na defesa da República em Catalunha. Sobre todo isto só fica a sombra e o silêncio. Falam-nos porém de ?El Soldado Lois?, que os cronistas espanhóis retratam como ?el soldadito gallego?, ?marcado por la tristeza o la miseria? que ?no aprendió a leer ni escribir?.
O jovem de Ordes é instrumentalizado como um herói do franquismo espanhol, quando para ele o Golpe Militar de 1936 foi, antes do que umha ocasiom para o heroismo, umha desgraça que o obriga a abandonar à sua noiva e família, que nom volverá a ver nunca, para ingressar forçosamente na Marinha de Franco. Manuel Lois desapareceu para a sua gente, de facto, tam pronto como deixou Ordes, pois nem sequer poderiam velar o seu corpo, já que até este rito de esconjurar a dor da morte lhes foi negado por um Estado fascista que já o estava a converter num símbolo. ?No me llores madre mía/ si en la lucha he de quedar/ que es deber del español/ ¡por la Patria!/ su sangre derramar?, reza a ?Marcha Heroica? da Infantaria de Marinha que recrutara a Manuel Lois. É este o chamado ?nacionalismo funerário?, que se alimenta como um vampiro da sangue dos seus soldados para irrigar de vida a sua bandeira canalha.
A dia de hoje, quando a transfusom de vida do corpo de Manuel Lois Garcia ao de ?El Soldado Lois? está consumado, o ritual de homenagem franquista que se leva a cabo cada ano no cemitério do Laranjal fica totalmente despido: morto o recordo do rapaz, mortos os seus seres queridos que vivêrom com ele, só fica o exalzamento do Golpe de Estado e o patriotismo espanhol que tanto nos afogou. O acto político já nom pode escudar-se no sentimental.
Quem é Manuel Lois Garcia?
Manuel Lois Garcia nasceu no 22 de Maio de 1912, na aldeia de Vila Verde (paróquia de Ordes). A sua mae era Dolores Lois Vila-Verde; passou enormes dificuldades para sacá-lo adiante, pois o pai biológico desentendera-se totalmente dele. Assim foi que herdou os apelidos do seu avô paterno, José Lois Garcia. Aos treze anos a morre-lhe a mae, e a miséria económica obriga-o a começar a trabalhar de jornaleiro em várias casas labregas. Numha delas, na de Manecho em Cestanhos (Parada), conhece à sua noiva, Consolo Moure Silveira, com quem terá umha filha, Josefina, que fina aos poucos meses de nascer. Quem o conheceu conta que era um rapaz com muita vitalidade e trabalhador, que tivera que deixar a escola pouco antes dos doze anos.
De jovem tivera que suportar burlas injustificadas, como quando nas romarias algumhas moças se negavam a bailar com ele pola sua pobreza e curta estatura. Isto último livrou-no de ter que prestar o serviço militar. Porém, poucas semanas depois da sublevaçom militar dos fascistas contra o governo eleito democraticamente é obrigado polas autoridades golpistas a ingressar no exército de Franco. Tem entom que abandonar à sua noiva, que nunca mais volverá a ver, e deixar o trabalho.
No 14 de Agosto causa alta no Grupo de Infantaria de Marinha de Ferrol, sendo embarcado no cruzeiro acouraçado Baleares o 2 de Novembro de 1937, ocupando o posto de telefonista ao pé do canom nº4. Diante da costa de Argélia dá-se a batalha de Cherchell no que navios da Marinha do regime democrático da República se enfrontam com o acouraçado golpista Baleares. Neste contexto fina Manuel Lois, sacrificando a sua vida para evitar que estoupasse umha caixa de projectis que causaria quantiosos danos e baixas no navio franquista. Nem a sua namorada nem a sua família poderám velar o corpo, que nom será repatriado.
Quem é ?El Soldado Lois??
?El Soldado Lois? é um símbolo do regime franquista criado sob a pessoa de Manuel Lois Garcia. Desde os primeiros momentos da sua morte demonstrou-se que os soldados pertencem ao Estado até quando já nom vivem. Em lugar de devolver o corpo à família, Manuel Lois é convertido em ?El Soldado Lois?, herói e involuntário símbolo do golpistas de 1936, que o arrincaram da sua terra para morrer por umha causa que nom era a sua. O patriotismo de estados totalitários nom entendem de dor humana, e Manuel Lois foi soterrado longe da sua casa, em Cádis, no Panteom de Marinhos Ilustres, até Junho de 1965, quando as autoridades fascistas do Ministério de Marinha, a iniciativa da ?Ayudantía Nacional de los Grupos del Mar de la Falange?, decidem devolver o corpo à sua vila natal de Ordes, aproveitando para levar a cabo o maior acto de patriotismo e fascismo espanhol que se recorda. Desde entom o rapaz de Vila Verde nom pudo volver a ser Manuel Lois engolido pola personagem de ?El Soldado Lois?, que ainda hoje é obrigado a actos de serviço involuntários; com a invasom da vila ordense a cada ano do ?Tercio de Infantería de Marina? do exército espanhol.
Por que se escolheu precisamente a Manuel Lois?
Para entender porque se criou precisamente sobre a pessoa de Manuel Lois este herói franquista à que situar os acontecimentos no seu contexto. Por umha banda, a Marinha foi umha divisom do exército particularmente atravessado para os golpista antidemocratas. Em grande parte dos navios os marinheiros amotinárom-se contra os mandos fascistas, fusilárom-nos e figérom-se com o controlo da embarcaçom permanecendo fiéis ao governo democrata. O cruzeiro Baleares, em troques, era a jóia da Marinha fascista. O próprio Juan de Bourbon, pai do actual rei da coroa de Espanha, solicitara-lhe a Franco numha carta do 7 de Dezembro de 1936 que lhe deixa-se servir nele.
Em Março de 1938 a Marinha de Guerra da República consegue afundir o Baleares. Nele iam 790 soldados e oficiais fascistas. Nesse momento converte-se já num mito da martirologia franquista, e dúzias de ruas, praças e monumentos levarám o seu nome. Lançados numha campanha de propaganda, o governo fascista encarga-lhe à RKO, famosa empresa dos Estados Unidos de América, umha superproduçom cinematográfica sobre o Baleares. O colossal projecto custava 700.000 pesetas da época, dos quais o governo de Franco ?mais preocupado em dar-se publicidade do que em reconstruir uns povos que previamente esmagara? pagou 400.000. O director foi o fascista mexicano Enrique del Campo, que trabalhara como espia e comandante do exército fascista espanhol. Nom se escatimou em gastos: centos de extras, fogo real, assessores militares e políticos, gravaçons no Canarias, o seu navio gémeo, etc. O espectacular estreio anunciara-se para o 12 de Abril de 1941, um cento de cinemas estavam preparados em 40 cidades de Espanha, Galiza, País Basco e Catalunha. O dia antes o filme é censurado e todas as cópias eliminadas. Nunca se soubo o porquê, mas a versom nom oficial di que na visom prévia que realizou o generalato a mistura de umha história sentimental com a histórica bélica-patriótica indignou ao ditador, que aguardava muito mais patriotismo.
Sendo o Baleares a meninha dos olhos de Franco é normal que se escolhesse a Manuel Lois, marinheiro do mesmo, como insígnia da nova orde fascista. Há que ter em conta os anos no que transcorrem os factos, e recordar o que conta o historiador Antonio Míguez Macho:
...a prática genocida é umha terminologia ajeitada para definir um processo de violência de retaguarda como o que se deu na Galiza fundamentalmente nos anos da guerra civil, precedido de umha série de construçons discursivas e seguido de umha elaborada trama narrativa. (O que fixemos en Galicia. Ensaio sobre o concepto de práctica xenocida. Ourense: Difusora, 2009, pág. 173)
O genocídio que estava a executar-se no país necessitava ser acompanhado ?de umha elaborada trama narrativa?, é dizer, reconstruir os factos para que se adequassem ao interesse do novo poder e o legitimasse, re-escrever a história e limpar qualquer rasto da República. Um repasso à imprensa franquista ajuda também a compreender a construçom deste símbolo, ?El Soldado Lois?, e a sua funçom na trama narrativa do franquismo. No ABC ?o jornal favorito do ditador? , pode-se ler umha reveladora passagem:
Manuel Lois García, hijo de Dolores, natural de Órdenes (Galicia), jornalero, soldado de, Infantería de Marina, muerto en la defensa del crucero "Baleares" el día 9 de septiembre de 1937 y condecorado con la Medalla Naval y la Cruz Laureada de San Fernando. La Patria no distingue de clases ni exige limpiezas de sangre a la hora de premiar a quienes le sirven: en el mismo mes de mayo de 1939, un Generalísimo y un soldado, Franco y Lois, hijos ambos de la Galicia sufrida y heroica, recibían el mismo supremo galardón militar de España." (ABC, Madrid, 07-09-1962, pág. 17; sublinhado nosso)
Manuel Lois servia entom como complemento à imagem que se estava a criar de ?El Caudillo?: o general triunfante e o dócil soldado; o dirigente poderoso e o servo obediente, recriando a imagem ideal do seu modelo de Estado, oposto à democracia igualitária. Para isso reenvia-lhe ao futuro servo a imagem que dele se espera: dócil, obediente, abnegado... e até lhe recorda que a sua condiçom de campesinho e galego (nom-espanhol), nom será um problema, já que ?La Patria no distingue de clases ni exige limpiezas de sangre...?. É de destacar a pouca subtileza com a que se leva a cabo este trabalho de reforma simbólica, o citado artigo fala de ?...la pasmosa heroicidad de aquel soldadito gallego?, refire-se a ele como "uno de esos muchos hombres ignotos que Galicia tiene ocultos y guardados para las ocasiones culminantes de España...", e recorda-lhe que o seu sacrifício ?puede reportarle los más rutilantes lauros y ascenderlo súbitamente del anonimato a la gloria nacional que abre las puertas de la Historia...". Estas manobras eram habituais no franquismo, e como explica um historiador compostelano: ?Com o que podemos saber a dia de hoje, os poderes surgidos da institucionalizaçom do regime combinam a promoçom de capas da populaçom jovens, sem experiência política prévia e vontade de promoçom pessoal, com a restauraçom de velhas elites que foram deslocadas? intentando premiar àquelas pessoas que se mantiveram à margem da política durante a República e ?nom buscárom problemas?.
A lenda do ?El Soldado Lois? escreve-se entom para apagar as cinças da efervescência política e associativa da República. Nom em vam, o mausoleio erigido polas autoridades franquistas a ?El Soldado Lois? no cemitério municipal de Ordes, situa-se sem nengum recato sobre a sua parede norte, na que militantes de esquerda fôrom fusilados e enterrados numha fosa comum. É aí onde cada ano, inenterrompidamente desde 1965, o exército fascista espanhol vem a recordar a sua vitória. A figura do ?El Soldado Lois? é escusa para realizar, na combativa comarca de Ordes (berzo do Exército Guerrilheiro da Galiza, que durante muitos anos foi o principal obstáculo da ditadura franquista), umha limpeza simbólica que faga esquecer a luita pola liberdade de todas aqueles que seguem enterrados sob o seu mausoleo.
Também lhes saiu a táctica que ainda pouca gente se atreve a falar hoje em voz alta de, por exemplo, Joám Rios Garcia ?Rada?, labrego de Ordes na casa do qual trabalhara precisamente Manuel Lois. Militante de Esquerda Republicana (Izquierda Republicana) e da Sociedade de Agricultores de Ordes, vereador do concelho municipal de Ordes da Frente Popular, que foi julgado em Compostela por traiçom e condenado a cadeia perpétua. Ou de José Areoso Bieites, labrego do Partido Galeguista e síndico no governo municipal da Frente Popular, condenado também a cadeia perpétua. Ou qualquer das quase 200 pessoas retaliadas directamente (assassinadas, presas, exiladas, deportadas, torturadas, etc.) em toda a comarca de Ordes a conseqüência do golpe fascista.
A isso se refere Antonio Míguez quando diz que:
"a dificuldade moral para explicitar os processos genocidas é um sintoma destes. No nosso caso, extraordinário por diversos motivos, a violência genocida conseguiu (quase) todos os seus objectivos. Estes nom som somente os de extermínio físico e identitário das suas vítimas, mas também, e por isso se produziu a violência, os de consolidar umha nova forma de poder, de relaçons sociais e culturais no seio dumha sociedade". (pp. 14-15).
Como é isto possível em ?democracia??
Como se explica logo, que no ano 2009, o exército espanhol leve a cabo cada ano em Ordes umha cerimónia comemorando o Golpe de Estado de 1936, sobre os cadáveres das vítimas?
Talvez seja porque o do Estado espanhol seja um caso único no mundo, e aqui ainda passam cousas impensáveis noutros lugares que padecêrom o fascismo, como Alemanha ou Itália. Por começar a ordem política na que vivemos hoje em nom é fruto de umha revoluçom contra a ditadura franquista senom umha herdança desta. Vejamos:
1939: remata a Guerra Civil com a vitória do exército golpista, ajudado pola Legiom Cóndor do exército nazi de Alemanha, os camisas negras da Itália de Mussolini e os viriatos de Salazar.
1947: Espanha converte-se em Reino pola ?Lei de Sucessom de 1947? que ainda nos incumbe.
1969: Juan Carlos I de Bourbon é designado por Franco como o seu sucessor.
1975: Fina Francisco Franco na cama de um hospital e o seu sucessor ocupa o posto que lhe deixa.
Por outra banda, o partido de direitas de referência no Estado espanhol, o Partido Popular, nega-se o 13 de Fevereiro de 2001 ?quando exercia o Governo do Estado espanhol? a condenar o golpe de Estado de 18 de Julho de 1936, à vez que condecora a Melitón Manzanas, famoso torturador do franquismo, e outorga através do seu Ministério de Cultura quantiosas subvençons à Fundación Francisco Franco. Poucos dias depois, o 27 de Fevereiro, a Comissom de Defesa do Congresso dos Deputados rejeitou umha proposta, apresentada polos grupos socialista e nacionalista basco, cujo objectivo era reabilitar moral e historicamente aos guerrilheiros anti-franquistas que luitárom contra a ditadura do general Francisco Franco em todo o Estado espanhol. Os dezanove representantes do PP na citada Comissom votárom em contra, embora a Proposiçom nom de lei fora aprovada antes numha dúzia de parlamentos autonómicos. No 16 de Maio de 2001, o Congresso dos Deputados aprova, por unanimidade, umha moçom apresentada polo Grupo Parlamentário de Izquierda Unida na que se solicitava a supressom dos qualificativos malhechores y bandoleros dos expedientes dos guerrilheiros. O voto afirmativo do PP deu-se só trás umha negociaçom na que se suprimiu o carácter militar dos antigos guerrilheiros; é dizer, nega-se-lhe o seu carácter político. Nom eram entom combatentes da República, e nom lhes amaparava entom o direito a solicitar umha pensom justo. Cinco anos depois, em 7 de Fevereiro de 2006, com o PP já na oposiçom, o Congresso dos Deputados aprova umha Proposiçom de Lei, apresentada polo grupo parlamentário IU-ICV, na que se solicitava que o ano 2006 fosse declarado Ano da Memória Histórica, instando ao Governo a que desse pulo a iniciativas tendente a homenagear às vítimas da Guerra Civil e do franquismo. O Partido Popular votou em contra.
E, entre tampo, o ?Valle de los Caídos?, onde estám enterrados José Antonio Primo de Rivera e Francisco Franco, autêntica Meca do fascismo espanhol, construído com a suor e sangue de 12.000 presos políticos, é sustentado por Património do Estado.
A cámara municipal de Ordes segue a colaborar com este status quo, negando-se incluso a dedicar-lhe umha rua a Manuel Ponte Pedreira ?para nom re-abrir feridas?, essas mesmas que pisoteia sem escrúpulos cada ano na homenagem espanholista a ?El Soldado Lois?.
----- COMMENT: AUTHOR: Un de Ordes [Visitante] DATE: Wed, 14 Oct 2009 22:06:03 +0000 URL:Vosoutros non tedes traballo, vivides de rendas… ¿a que vos adicades? e que isto e perder o tempo de unha forma mui absurda ¿coñecedes a alguen a quen lle importe todo isto? ¿cantos? ¿10? ¿20?
Se falas en Ordes diste soldadiño, a sua historia non a coñece naide porque… a naide lle importa.
¿Donde vos metedes? nunca escuitei en Ordes (o meu pobo, e teño cincuenta anos) a nadie falar nesta extrana lingoa que escribides.
O día que vos vexa falando así pola rua non vos asustedes se vos miro de xeito extrano, será pola rareza.
Penso que o mellor que podedes facer e buscar algún traballo, veredes como se vos quita a parvoeira e deixades de perder o tempo en cousas que non lle importan a naide.
Copiamos integramente o comunicado do MpDC publicado hoje:
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Balhesteros, o melhor de Foucelhas no arrinque da Liga Nacional de Bilharda BASENAME: balhesteros-o-melhor-de-foucelhas-no-arr DATE: Mon, 05 Oct 2009 18:56:08 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: Nom categorizado CATEGORY: TAGS: ----- BODY:
O MpDC solicita que se elimine a simboloxía franquista de OrdesO MpDC súmase ao pedimento da Associaçom Cultural Foucelhas para que o Concello de Ordes deixe de colaborar na homenaxe a ?El Soldado Lois? que cada ano se celebra no cemiterio municipal do Laranxal. Ademais, solicitan que se retire a simboloxía franquista que resta no termo municipal e se publique tamén o censo de persoas represaliadas.
Se sambas as dúas entidades demandan tal cousa é porque a homenaxe ?amosa a umha total falta de respeito? tanto a familiares e amigos das vítimas da represión fascista en Ordes como a toda a sociedade ordense e galega que acredita na democracia, afirman desde Foucelhas. Ademais, entenden que ?non é xusto para o propio Manuel Lois García que a sua morte honrada sexa empregada como un instrumento político ocupando un comprometido posto de humillación contra os seus veciños asasinados.
Aos ollos tanto da Associaçom Cultural Foucelhas como do Movemento polos Dereitos Civís é necesario que se eliminen os restos de simboloxía franquista que aínda fican no concello, comezando polo monolito a ?El Soldado Lois? e o nome da Alameda. Ambos os dous colectivos solicitan tamen que se publique o censo de persoas represaliadas durante o golpe militar fascista de 1936 e posteriormente a consecuncia do mesmo, coa finalidade de reparalas moralmente e darlles a homenaxe que merecen como mortos por defender a democracia.
Ademais, tanto Foucelhas coma MpDC sexan exumados os cadáveres enterrados polos falanxistas em todo o concello e, especialmente, no cemiterio municipal onde se fai a dita homenaxe a ?El Soldado Lois?.
Pola súa banda a asociación ordense critica ao consistorio que ?non se apartou tampouco demasiado na práctica do espírito franquista e dos seus valores militares, xa que colabora anualmente co exército en exibicións ás que son levados nenos e nenas do concello inculcando uns valores belicistas de ?dubidosa moralidade?.
Ligaçom original: http://mpdc.blogspot.com/2009/10/o-mpdc-solicita-que-se-elimine.html
A equipa de Foucelhas estreou-se este Domingo em terras ordenses, na Pontraga (Tordóia), na Liga Nacional de Bilharda. Neste 1ª jornada de liga destaca o papel de Miguel Balhesteros, sétimo classificado na geral. A participaçom foi algo, médio cento de palanadores e palanadoras, dividos em oito equipas. Por equipas, Foucelhas está num discreto 6º posto, em parte devido à pouca rodagem da equipa, que só pudo mobilizar a quatro dos dez jogadores e jogadoras permitidas. O resto dos integrantes de Foucelhas (Dani, Olga e Jorge) estám empatados, com um ponto, no posto 19 com outras 28 pessoas.
Para ver a classificaçom completa: http://conferenciacentro.blogspot.com/
Galeria de imagens:
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: A equipa de bilharda de Foucelhas arranca a temporada na liga nacional este Domingo na Pontraga BASENAME: a-equipa-de-bilharda-de-foucelhas-arranc DATE: Fri, 02 Oct 2009 17:02:00 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: Nom categorizado CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Será às 16h30 no campo da escola da Pontraga (Tordóia). Este ano a Liga Nacional de Bilharda amplia-se com a Conferência Centro (zona estornela). Lá estarám as palanadoras e palanadores da A.C.Foucelhas, contando nas suas fileiras com o ganhador do Aberto de Bilharda da Pontraga, Dani, como principal baça para a vitória.
Página da Liga Nacional de Bilharda: http://www.galizalivre.org/index.php?option=com_content&task=view&id=2137&Itemid=1
Entrevista à LNB no portal Galizalivre: http://www.galizalivre.org/index.php?option=com_content&task=view&id=2137&Itemid=1
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Carta aberta à cámara municipal de Ordes: nom à homenagem a El Soldado Lois BASENAME: carta-aberta-a-camara-municipal-de-ordes DATE: Thu, 01 Oct 2009 10:28:44 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: MEMÓRIA CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Da Associaçom Cultural Foucelhas expomos, acerca da homenagem a ?El Soldado Lois? que cada ano tem lugar no cemitério municipal do Laranjal, com a participaçom da Infantaria de Marinha da Armada Espanhola e com a colaboraçom da corporaçom municipal, que:
1)É umha vergonha que a cámara municipal de Ordes siga participando numha homenagem franquista que instrumentalizou a morte de um jovem de Ordes recrutado à força, e obrigado a abandonar a sua noiva, família e trabalho, Manuel Lois Garcia, convertendo-o num involuntário símbolo da vitória do Golpe de Estado fascista de 1936.
2)É umha autêntica barbaridade que a citada homenagem a ?El Soldado Lois? seja realizada na parede Norte do cemitério do Laranjal, onde se erigiu o mausoléu a ?El Soldado Lois?, justo acima do lugar onde pessoas de várias localidades galegas foram fusiladas e sepultadas em fossas comuns polos falangistas. [Ver http://agal-gz.org/blogues/index.php/foucelhas/2009/10/01/ordes-a-vila-que-mais-passeados-suportou]
3)O governo municipal de Ordes leva anos a ser cúmplice passivo do franquismo, tolerando numerosos símbolos franquistas nas suas ruas e mesmo na céntrica Alameda. Nom realizou tampouco o mínimo gesto de reparaçom moral das vítimas da ditadura franquista em Ordes, a excepçom de algumha discreta cerimónia em Boisaca, bem longe da vila, e negando o carácter político dos ali fusilados. Inclusive em publicaçons do concelho, como é a Guía turística cultural. Ordes. El espejo de una tierra, editada em espanhol no ano 1999, fai-se gala de umha prosa pró-franquista, em frases em referência a ?El Soldado Lois? como a que segue: ?...la Providencia le había elegido para realizar un acto sublime en defensa de su Patria?, que, aliás, de ser um plágio descarado ao historiador Carlos Fernández Santander, demonstra bem às claras o que se segue a entender nesta cámara municipal por ?Pátria? setenta anos depois de que as nossas cunetas se encheram de mortos. Outro exemplo é o da página web oficial do concelho, www.concellodeordes.com., onde na resenha histórica se fala do ?Heroe da nosa Guerra Civil Española? (num parágrafo, aliás, cheio de gralhas ortográficas).
4)Nom se apartou tampouco demasiado na prática do espírito franquista e dos seus valores militares, a) premiando à Guarda Civil com um terreno grátis, numha zona qualificada como nom urbanizável, para a construçom de umha casa-quartel, quando nem sequer é competência municipal senom do Estado espanhol e o governo municipal está a solicitar empréstimos para pagar as dívidas que tem com empresas do concelho que, em plena crise, nom podem cobrar o que o município lhes deve; b) colaborando anualmente com o exército espanhol em exibiçons às que som levadas as crianças do concelho inculcando uns valores belicistas de duvidosa moralidade.
Por todo isto solicitamos-lhes ao governo municipal de Ordes que:
1)Deixem de participar nessa selvagem cerimónia, que mostra umha total falta de respeito tanto a familiares e amigos das vítimas da repressom fascista em Ordes, que tenhem que ver, ano após ano, como a tumba de democratas fusilados serve de altar a umha celebraçom franquista, como a toda a sociedade ordense e galega que acredita na democracia. Aliás, nom é justo para o próprio Manuel Lois Garcia que a sua morte honrada seja empregada como um instrumento da direita espanholista; ocupando um comprometido posto de humilhaçom face os seus vizinhos assassinados.
2)Eliminem os restos de simbologia franquista que ainda ficam no concelho, começando polo monolito a ?El Soldado Lois? e o nome da Alameda.
3)Publiquem o censo de pessoas retaliadas durante o golpe militar fascista de 1936 e posteriormente a conseqüência do mesmo, com o fim de repará-las moralmente e dar-lhes a homenagem que merecem como mortos por defender a democracia.
4)Sejam exumados os cadáveres enterrados polos falangistas em todo o concelho e, especialmente, no cemitério municipal onde se fai a ignominiosa homenagem a ?El Soldado Lois?.
Em Ordes, Setembro de 2009, a Associaçom Cultural Foucelhas.
Para baixar a carta em PDF junto com o anexo documental: http://galiza.indymedia.org/media/2009/10//21076.pdf
----- COMMENT: AUTHOR: A.C.Foucelhas [Visitante] DATE: Sun, 04 Oct 2009 15:19:43 +0000 URL: http://foucelhas.agal-gz.comA única resposta recebida da cámara municipal até o momento é esta (através do Xornal de Galicia):
Ordes ?non apoia o franquismo?
Xornal.com
A corporación municipal de Ordes (A Coruña) apoiará os actos de homenaxe ao soldado Lois ?un heroe franquista? malia ás críticas da Asociación Cultural Foucelhas. O pasado mércores, a entidade reclamou ao Concello que deixen de apoiar os actos na honra deste rapaz da vila que celebra a Armada en novembro. Dende Foucelhas comentaron que se trata ?dunha falta de respecto aos familiares das vítimas da represión franquista en Ordes? xa que, supostamente, o monolito en recordo do soldado erixiuse no lugar onde foron fusilados moitos paseados. No entanto, o alcalde, Manuel Regos, defende que a súa corporación ?non apoia o franquismo? pero este soldado, á marxe do seu bando, é ?fillo predilecto de Ordes por salvar aos seus compañeiros? dunha explosión no buque Baleares en 1937.
http://www.xornal.com/artigo/2009/10/02/galicia/ordes-non-apoia-franquismo/2009100222382832931.html
Ordes com menos de dous mil habitantes no ano 1936, considera-se, nas estatísticas macabras, como a vila de Galiza na que foi mais elevado o número de ?passeados?. No cemitério desta vila enterrou-se a gente desconhecida, anónima, como os desaparecidos em quaisquer das repúblicas de Hispano-América, Argentina, Chile, etc. Seguramente umha noite sacárom-nos violentamente das suas casas e os seus familiares nom soubérom nunca mais deles, nem a onde fôrom parar, nem em que lugar repousam os seus restos.
Aqui com a colaboraçom do grupo assassino, próprio da vila, era o cenário do crime preferido polos criminais, pois aqui vinham matar cidadaos de Betanços, Carvalho, de Cúrtis, etc.
Os tiros fatídicos disparavam-se na parede norte do cemitério onde hoje precisamente se levanta o monumento a ?El Soldado Lois?. Da muralha cara adentro cavárom-se várias fossas nas que se guindavam os cadáveres, ainda quentes e até se suspeita, que algum ainda com vida.
A gente da vila asinha começou a comentar, em silêncio, de boca a boca, como se quigesse esconder o secreto a vozes, sobre todo as que habitavam cerca do ?campo-santo?, que quase todas as noites se ouviam tiros. Este rumor foi em aumento até que se fijo impossível e ninguém o pudo conter, e entom começou a circular a verdade. Aqui, na nossa vila, matava-se a mansalva e a trochemoche e já sem nengumha discreçom.
Em vista desse massacre e para apagar a nossa curiosidade tomamos a decisom de pôr vigiláncia, cerca do cemitério, para comprovar se era certo o que se comentava, agora já a gritos, respeito dos assassinatos nocturnos. Umha noite os que estavam de vigiláncia e depois de várias de vigília, vírom chegar a alguém que lhes franqueava a porta. À média hora escuitárom umha salada de tiros, e ouvírom-se gritos de desesperaçom, de terror e de morte.
À manhá cedo saltamos as tápias e Deus! O horror no que nos metemos foi paralisador e espeluzanante. Foram tantos os que caírom que nem tempo tivérom a enterrá-los a todos. Aliás as fossas já eram insuficientes. Já nom cabiam os mortos.
ASTRAY RIVAS, Manuel. Síndrome del 36. La IV Agrupación del Ejército Guerrillero de Galicia. Sada, Ediciós do Castro, 1992, pp. 115-116
Este censo nom é um resultado definitivo senom um documento de trabalho que facilite posteriores investigaçons. Polo tanto é umha lista aberta, cuja principal funçom é que as pessoas que tenham algumha informaçom podam achegar-nos mais dados (p. ex., através do correio electrónico foucelhas.ordes@gmail.com) para, entre todas e todos, irmos reconstruindo a memória expropiada de quem deu até a vida pola liberdade e a democracia. No censo incluímos também dados do Val do Duvra, na altura pertencente à comarca de Ordes; por outra parte, além de dados de pessoas vizinhas e/ou naturais da comarca, também incluímos o nome de gente de comarcas vizinhas (especialmente das Marinhas e da Corunha) que fôrom assassinadas na nossa.
A base do censo foi tomado do projecto ?Os nomes e as vozes?, que realizado graças à colaboraçom das três universidades galegas pretende elaborar um censo nacional de todas as pessoas retaliadas polo franquismo. A estes dados engadimos-lhe outros (que enviaremos para incorporar a ?Os nomes e as vozes?) obtidos em diversas fontes bibliográficas (Manuel García Gerpe, Manuel Pazos Gómez, Carlos F. Velasco, F. X. Redondo Abal, etc.), duplicando praticamente os iniciais. No futuro incorporaremos também estas referências bibliográficas para facilitar a investigaçom.
Neste censo podem-se achar nomes como o de Assunçom Concheiro Igrejas, ?Conchinha?, cuja história de luita e amor com Francisco Comesanha Rendo inspirou o livro de Manolo Rivas O lápis do carpinteiro; ou o do incrivelmente desconhecido Manuel Sousa Hermida, companheiro de trabalho e militáncia de Manuel Ponte e posteriormente colaborar com o Che Guevara e os irmaos Castro no treinamento dos guerrilheiros cubanos e na compra do iate El Granma, com cujo desembarco começaria a revoluçom que este ano cumpre 50 anos. E no que atinge aos retaliados pola sua implicaçom na resistência armada ao franquismo, a nossa comarca foi o coraçom do Exército Guerrilheiro da Galiza, com Manuel Ponte Pedreira (o Fontao, Frades) como chefe da IV Agrupaçom, Benigno Andrade ?Foucelhas? (as Foucelhas, Messia), chefe da V Agrupaçom, e Saúl Mayo, vizinho de Olas (Messia), chefe da II Agrupaçom. Faltam, sobretodo, o nome dos muitos e muitas militantes de chao sem as quais a guerrilha seria impossível. De todos os jeitos, há um protagonista anónimo por cima de todas estas pessoalidades, e é o campesinhado, classe à que pertenciam a maioria dos aqui reunidos.
Os dados recolhidos até o momento apontam a uns 44 assassinatos (sejam por execuçom, ?passeio?, morte por torturas ou enfrentamento armado), dos quais 31 som vizinhos ou naturais da comarca, 7 estám sem identificar, e 6 som das comarcas da Corunha e Betanços. Sobre a gente que tivo que abandonar o país, numeramos 18 exilados de classe média-alta, faltando os dados das numerosas famílias deportadas por terem alguém na guerrilha ou colaborarem com a mesma.
1.Alfaya, Casimiro. Preso. 55 anos. Home. Jornaleiro. Vizinho e natural de Frades. Julgado em 1936 em Vigo por rebeliom militar com o resultado de sentença a cadeia perpétua. Morre na cadeia o 28 de Novembro de 1937 por enfermidade.
2.Alonso Puente, Alonso. Exilado. Vizinho de Ordes exilado em Cuba. Médico de Ordes durante a IIª República. Quando entram os militares na vila desaparece. Chegou a Portugal e depois de evitar as perseguiçons da PIDE consegue tomar o aviom cara México onde casa com Estrella Concheiro García.
3.Alonso Puente, Antonio. Exilado. Home. Vizinho de Ordes. Membro do Comité da Frente Popular de Ordes e Chefe das Milícias Republicanas que defendérom a vila nos dias seguintes ao golpe fascista. Exila-se em México.
4.Astray Mato, Rafael. Depurado. Home. Vizinho de Ordes. Inspector de Polícia. Depurado a conseqüência do golpe militar de 1936.
5.Arroyo Arroyo, Francisco. Assassinado. 23 anos. Home. Solteiro. Vizinho de Tordoia. Morte registada como ?síncope cardíaco produzido por ferida de arma de fogo? no dia 8 de Abril de 1937.
6.Andrade García ?o Foucellas?, Benigno. Executado por garrote vil. 27 anos. Home. Jornaleiro. Vizinho de Cúrtis e natural de Cabrui (Messia). Militante da CNT, Sindicato de Labregos e Ofício vários; militante do Exército Guerrilheiro de Galiza onde chega a Chefe da V Agrupaçom junto com outro guerrilheiro de Messia, Manuel Pena Camiño. Fugido durante a guerra, perseguido por duas causas por rebeliom, fugido em rebeldia. Julgado em Conselho de Guerra na Corunha em 1953. Condenado a pena de morte por garrote vil. Executado o 7 de Agosto de 1953.
7.Arán Trillo, Primitivo. Sancionado. Home. Mestre. Vizinho de Ordes. Afiliado à Sociedade Agrária de Ordes. Separado do serviço e baixa no escalafom definitiva por ?permitir que os nenos levantaram as saias às nenas?. Em 1942 rebaixa-se-lhe a pena.
8.Areoso Vieites, José. Preso. 45 anos. Home. Labrego. Vizinho do Bidueiro (Ordes) e natural de Ordes. Militante do Partido Galeguista e síndico no governo municipal da Frente Popular. Julgado em Compostela por rebeliom com o resultado de sentença a cadeia perpétua.
9.Barral, Pedro. Passeado. 24 anos. Home. Vizinho de Betanços. Militante da CNT, Sindicato de Profissons Várias. Passeado em Ordes.
10.Barreiro Permuy, Francisco. Passeado. 21 anos. Home. Fotógrafo. Natural de Vila Garcia de Arouça e vizinho de Betanços. Militante da JSU. Morto o 23 de Outubro de 1936. Morte registada a causa de traumatismo cranial produzido por arma de fogo. Aparece o cadáver em Ordes, no Km. 1 da estrada a Carvalho, no Pinar da Torre (?), paróquia de Parada, sendo identificado em Novembro de 1943.
11.Bascoy, Juan. Sancionado. Home. Mestre. Vizinho de Mera de Arriba-Ortigueira. Salvou-se de ser passeado ao fugir ao monte. Suspendido de emprego e soldo até 1958. [Poderia tratar-se do mestre de Vila Maior (Ordes) do mesmo nome e activo militante socialista que trabalha na criaçom dum numeroso grupo socialista nessa paróquia].
12.Bra Riobóo, Ramón. Preso. 40 anos. Home. Labrego. Vizinho e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a 12 anos e 1 dia de prisom.
13.Briones Varela, Arturo. Assassinado. 35 anos. Home. Casado com Purificación Varela Cuberta, com quem tinha 5 filhos. Médico. Vizinho de Frades (Gafoi, Ponte Carreira; e natural de Saragoça, Espanha, onde nasceu em 1901). Militante de Izquierda Republicana e católico. Julgado e Compostela por rebeliom militar com resultado de sentença a pena de morte. Executado em Boisaca o 28 de Novembro de 1936.
14.Caamaño Villaverde, Ángel Jesus. Executado. 27 anos. Home. Solteiro. Mestre. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom, pena de morte. Ia ser executado em Boisaca junto com os seus companheiros ordenses -8 de Fevereiro de 1937- quando intenta fugar-se e é abatido por arma de fogo no momento.
15.Cabo Budiño, Antonio. Processado. 45 anos. Home. Labrego. Vizinho e natural de Frades. Julgado em Compostela por rebeliom.
16.Cabo Budiño, Antonio. Preso. 43 anos. Home. Labrego. Vizinho de Anhá (Frades) e natural de Frades. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de pena de morte, sem mais dados.
17.Calvo Martínez, Jesús. Preso. 18 anos. Home. Labrego. Vizinho e natural de Ordes. Julgado por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua. liberdade condicional em 1941.
18.Candal Bouzas, José. Home. Preso. Home. Vizinho e natural de Mámoas (Ardemil). Militante das Juventudes Socialistas, pertence oculto na sua casa durante o golpe de 1936. Posteriormente ingressa como enlace da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro de Galiza. O 7 de Agosto de 1947 é preso pola guarda civil de Ordes onde é torturado.
19.Candal Gómez, José. Preso. Home. Vizinho de Ardemil (Ordes), formava parte da dúzia de homens que Juan Couto Sanjurjo recrutou na sua paróquia natal para, o 13 de Aril de 1946, levar a cabo umha espectacular sabotagem no Canedo (Ardemil) junto com outros membros do Exército Guerrilheiro. É condenado a 4 anos de cadeia. Causa 128/52 da Corunha, AIRMN.
20.Castro Castro, José. Outras tipologias repressivas. Home.Vizinho de Ordes. É obrigado a ?desfilar? pola principal avenidad de Ordes, a Alfonso Senra, com a cabeça rapada e obrigado a berrar vivas a Espanha e a Franco.
21.Castro López, Rafael Andrés. 29 anos. Passeado. Home. Vizinho e natural da Corunha. Morto o 14 de Agosto de 1936. Morte registada em Ordes a causa de traumatismo cerebral por lesons produzidas por arma de fogo.
22.Cernada Ares, Manuel. Preso. 50 anos. Home. Labrego. Vizinho de Cabrui (Messia) e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a 12 anos e 1 dia de prisom.
23.Comesaña Rendo, Francisco. Preso. Home. Médico. Vizinho de Ordes e Compostela, natural de Cuba. Afiliado à JSU. Julgado em Compostela por rebeliom militar junto com ?os de Ordes? com resultado de pena de morte, comutada por cadeia perpétua pola sua condiçom de cidadao cubano. Liberdade condicional no 1943. exilado em México. Em Vigo partilhara cela com Pepe Velo das Mocidades Galeguista e futuro dirigente do Directório Revolucionário Ibérico de Libertaçom. Já em México acude às reunions do ?Barón Dandy? do ordense Sousa Hermida, onde vam o Ché e os irmaos Castro. [Justifica-se a sua inclussom na listagem de ordenses por ser umha personagem conhecida da vida política ordense, vila na que participa activamente na campanha eleitoral da Frente Popular. Aliás, forma parte do grupo de ordenses sentenciados polo conselho de guerra ?aos de Ordes? por ?Rebeliom militar contra el Alzamiento Nacional? (22 de Dezembro de 1936). Casará -como se vê a continuaçom- com Asunción Concheiro, com quem protagoniza a história de amor que inspirará O lápis do carpinteiro de Manuel Rivas].
24.Concheiro García, Asunción. ?Choncha de Comesaña?. Mulher. Vizinha de Ordes, onde nasceu em 1931. Militante do Partido Comunista. Casou com o médico Francisco Comesaña ao que conheceu quando ela estudava Magistério (1931) e ele estudava Medicina em Santiago. Ao começo da Guerra Comesaña é detido, julgado em conselho de guerra e sentenciado a morte, só salvado polo seu passaporte cubano, que lhe comutou a pena em cadeia perpétua. Choncha casa com ele por poderes em 1941. Ao sair Francisco do cárcere exilam-se. Primeiro em Cuba (1944) trás semanas de travesia no vapor ?Marqués de Comillas?, que saira de Vigo. Concha estava grávida do seu primeiro filho. Depois instalam-se em México, onde fai parte da ?Unión de Mujeres Españolas Mariana Pineda? de apoio aos presos republicanos. À morte de Franco, em 1935, voltam a Galiza, e na actualidade reside em Tui. A sua história de amor e luta inspirou o livro O lapis do carpinteiro de Manolo Rivas.
25.Concheiro García, Estrella. Mulher. Vizinha de Ordes. Exilada em México, onde casa com Alonso Puente.
26.Concheiro García, Luciano. Home. Vizinho de Ordes. Com a morte de Manuel Ponte, líder da IV Agrupaçom com a que colaborava, passa a Portugal e de Lisboa toma um aviom a México. É dos poucos que foi em aviom, pois a maioria fijo-o em barco (no ?Flandre?, no ?Sinaia? -onde vai o ordense Manuel Sousa- ou no ?Ipanema?).
27.Corral Ferrer, Jesús. Preso. 35 anos. Home. Labrego. Vizinho de Gafoi (Frades) e natural de Frades. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua.
28.Couselo Parente, Francisco. Preso. 38 anos. Home. Labrego. Vizinho da Estrada e natural de Traço. Julgado em Ponte Vedra por auxílio à rebeliom com resultado de sentença a prisom 15 anos. Comutaçom e extinçom da pena o 9 de Agosto de 1939.
29.Couto Sanjurjo, Manuel. [irmao de Juan Couto Sanjurjo de Ardemil?]. Julgado na Corunha por ?auxílio a malfeitores?, nº de expediente 00400/47].
30.Couto Sanjurjo, Juan ?Simeón?. Preso. (31 de Janeiro de 1917 ? Outubro de 2000). Home. Vizinho e natural de Mámoas, paróquia de Ardemil (Ordes). Militante do Exército Guerrilheiro Galego na sua IV Agrupaçom, é capturado em 1952, vítima dumha delaçom. Condenado a morte por um conselho de guerra na Corunha o 6 de Julho de 1953. A pena é commutada por 30 anos de prisom; sendo libertado em 1963 após passar pola cadeia de Dueso de Santoña (5 anos), Alcalá de Henares (3 anos), Carabanchel, Guadalajara, etc. No expendiente da Corunha nº 00128/52 consta como julgado por ?formar partidas armadas?.
31.de la Iglesia Vilariño, José. Executado. Home. Labrego. Casado. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom com o resultado de sentença a pena de morte. Executado em Compostela o 8 de Fevereiro de 1937.
32.del Río Botana, Manuel. Assassinado. 18 anos. Home. Labrego. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom com o resultado de sentença a prisom 12 anos e 1 dia por ser menor de idade. Liberdade condicional em 1941. Ingressa na guerrilha, é feito morto em 1941 em Castrelos (Leira), num enfrontamento com a Guarda Civil, dando-lhe postumamente o seu nome ao destacamento ?Manuel del Río Botana? da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro da Galiza, criado em 1946 por Manuel Ponte Pedreira. No expediente nº 00160/45 consta que foi julgado por agressom.
33.del Río Caramelo, Pedro. Preso. 42 anos. Home. Ferreiro. Vizinho e natural de Ordes. Militante de Izquierda Republicana. Tenente alcalde 1º. Julgado em Compostela por traiçom com resultado de sentença a cadeia perpétua. Liberdade condicional em 1941. No expediente 00380/47 consta como julgado por rebeliom.
34.del Río Mandayo, Manuel. Passeado. Home. Militante socialista. Vizinho e natural de Ordes. Processado em Compostela por traiçom. Passeado o 5 de Outubro de 1936.
35.del Río Mandayo, María. Outras tipologias repressivas. Mulher. Vizinha de Ordes. É obrigada a ?desfilar? pola principal avenida de Ordes, a Alfonso Senra, com a cabeça rapada e obrigado a berrar vivas a Espanha.
36.del Río Pampín, Manuel. Executado. 29 anos. Home. Casado. Líder local do Partido Socialista. Carteiro. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom com resultado de sentença a pena de morte. Executado em Compostela o 8 de Fevereiro de 1937.
37.del Río Pampín, José. Executado. 23 anos. Home. Solteiro. Barbeiro. Vizinho e natural de Ordes. Líder local do Partido Galeguista. Morte registrada em Compostela, o 8 de Fevereiro de 1937, a causa de hemorrágia interna.
38.Domínguez Boquete, Francisca. Processada. 58 anos. Mulher. Labrega. Vizinha da Estrada e natural de Cerzeda. Vencelhada à guerrilha da que seguramente era agente de enlace. Julgada em Ponte Vedra por auxílio à rebeliom com resultado de sobresemento provisional.
39.Doval García, Germán. Oculto. Home. Vizinho de Ordes. Membro do Comité da Frente Popular de Ordes e presidente da cámara municipal entre o 26 de Março de 1936 e o 24 de Julho do mesmo ano.
40.Faya Fernández, José. 65 anos. Outras tipologias repressivas. Home. Sapateiro. Vizinho de Ordes e natural de Noia. Julgado em Compostela por rebeliom com o resultado de absoluçom. É obrigado a ?desfilar? pola principal avenida de Ordes, a Alfonso Senra, com a cabeça rapada e obrigado a berrar vivas a Espanha. Posteriormente foi preso.
41.Faya Vilariño, Segundo. Processado. 32 anos. Home. Curtidor. Vizinho de Ordes. Julgado em Compostela por rebeliom com o resultado de sobresemento. É obrigado a ?desfilar? pola principal avenida de Ordes, a Alfonso Senra, com a cabeça rapada e obrigado a berrar vivas a Espanha. Posteriormente foi preso.
42.Ferreño Sánchez, Victoriano. Preso. 25 anos. Home. Dependente.Vizinho de Céltigos (Frades) e natural de Frades. Julgado na Corunha com resultado de sentença a cadeia perpétua.
43.Fuentes, Victoriano. Outras tipologias repressivas. Home. Vizinho de Ordes. É obrigado a ?desfilar? pola principal avenida de Ordes, a Alfonso Senra, com a cabeça rapada e obrigado a berrar vivas a Espanha. Posteriormente foi preso.
44.Fuentes Brandariz, Víctor. Processado. 42 anos. Home. Panadeiro. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por rebeliom com resultado de sobresemento.
45.Fuentes Pérez, Carlos. Sancionado. Home. Mestre. Vizinho de Messia. Castigado em 1941 com desterro 2 anos da província da Corunha por nom inculcar devido respeito às instituiçons básicas da civilizaçom.
46.García Abelenda, José. Exilado. Vizinho de Bujám (Val do Duvra) exilado na República Argentina.
47.García Fernández, José. Executado. 42 anos. Casado. Mestre. Vizinho de Ordes e natural de Almeria. Membro da Frente Popular. Julgado em Compostela por rebeliom militar com sentença a pena de morte. Executado em Compostela o 8 de Fevereiro de 1937.
48.García García, Antonio. Assassinado. 28 anos. Home. Labrego. Vizinho de Boimil (Cerzeda) e natural de Cerzeda. Morto o 10 de Outubro de 1938, às 6h00 numha vivenda da r/ S. José da Corunha a consequência dumha ferida por disparo de arma de fogo.
49.Garcia Gerpe, Manuel. Exilado. Home. Advogado. Vizinho e natural de Ordes. Militante de ORGA e posteriormente Izquierda Republicana. Líder da Frente Popular em Ordes e do ?Bloco da Juventude? ordense. Luita durante a Guerra Civil nas Milícias Populares. É nomeado Secretário do Tribunal Permanente de Justiça Militar, Capitám do Corpo Jurídico do Exército Republicano e Fiscal adscrito às Brigadas Internacionais. exila-se a França o 13 de Fevereiro de 1939. É ingresado no campo de refugiados de Saint-Laurent-de-Cerdans, depois ao de Judes e posteriormente ao de Septfons. Em 1940 foge a Buenos Aires.
50.García Iglesias, Antonio. Preso. 39 anos. Home. Labrego. Vizinho de Gafoi (Frades) e natural de Frades. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua.
51.García N, Celestino. Preso. Home. Vizinho de Ardemil (Ordes), formava parte da dúzia de homens que Juan Couto Sanjurjo recrutou na sua paróquia natal para, o 13 de Aril de 1946, levar a cabo umha espectacular sabotagem no Canedo (Ardemil) junto com outros membros do Exército Guerrilheiro. É condenado a 4 anos de cadeia. Causa 128/52 da Corunha, AIRMN.
52.García Sánchez, Andrés. Processado. 29 anos. Home. Labrego. Vizinho de Olas (Messia) e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de absoluçom.
53.Garcia Varela, Agustín. Processado. 40 anos. Home. Guarda Municipal. Vizinho e natural de Ordes. Causa aberta na Corunha por lesons, sobresemento.
54.Gestal Castro, José. Processado. 26 anos. Home. Jornaleiro. Vizinho e natural de Frades. Julgado em Compostela por rebeliom.
55.Gómez Boquete, César. Processado. 30 anos. Home. Labrego. Vizinho e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sobresemento.
56.Gómez Carneiro, Antonio. Preso. 43 anos. Home. Industrial. Vizinho de Messia e natural do Pino. Dirigente e presidente da cámara municipal da Frente Popular em Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a 12 anos e 1 dia de prisom. Previamente agochado em Gonçar (o Pinho).
57.Gómez Gómez, José. Preso. Home. Vizinho de Ardemil (Ordes), formava parte da dúzia de homens que Juan Couto Sanjurjo recrutou na sua paróquia natal para, o 13 de Aril de 1946, levar a cabo umha espectacular sabotagem no Canedo (Ardemil) junto com outros membros do Exército Guerrilheiro. É condenado a 4 anos de cadeia. Causa 128/52 da Corunha, AIRMN.
58.Gómez Martínez, Constantino. Processado. 43 anos. Home. Mineiro (entibador de minas). Vizinho de Santa Cruz de Montaos (Ordes). Julgado em Compostela por rebeliom com o resultado de sobresemento.
59.González Liñares, José ?o ferreiro de Gesteda?. Home. Vizinho de Cerzeda. Dirigente e da Frente Popular em Cerzeda. Oculto em Compostela durante anos.
60.Grela [Remuiñán?], José. Preso. Home. Vizinho de Ordes. Condenado a vários anos de prisom. [Trata-se de José Grela Remuiñán, 3º Tenente pola CEDA?]
61.Grela, Manuel. Preso. Home. Vizinho de Ordes. Condenado a vários anos de prisom.
62.Grela Veiras, Salvador. Processado. 25 anos. Home. Labrego. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom com o resultado sentença a cadeia perpétua. Liberdade condicional no 1941.
63.Grobas Aldrey, Manuel. Processado. 31 anos. Home. Labrego. Vizinho e natural de Frades. Julgado em Compostela por rebeliom.
64.Grobas Mosquera, Emilio. Processado. 47 anos. Home. Labrego. Vizinho e natural de Frades. Julgado em Compostela por rebeliom.
65.Grobas Oliver, Manuel. Preso. 31 anos. Home. Vizinho de Vítrio (Frades) e natural de Frades. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua.
66.Iglesias N., Tomás. Preso. 24 anos. Home. Albanel. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom com resultado de cadeia perpétua. Liberdade condicional no 1941.
67.Lago Sánchez, Pedro. Processado. 27 anos. Home. Labrego. Vizinho de Messia e natural de Frades. Causa aberta na Corunha por rebeliom.
68.Liste, Manuel. Exilado. Vizinho de Ordes exilado em Cuba.
69.Liste Remuiñán, Jesús. Processado. Home. Vizinho e natural de Ordes. Militante socialista e concelheiro durante o governo municipal da Frente Popular. Causa aberta em Compostela por rebeliom.
70.López Pérez, Germán. Passeado. 32 anos. Home. Casado com dous filhos. Vizinho e natural de Betanços. Militante da UGT. Ex-Inspector de Arbítrios Municipais. Assassinado no Punto Vinha de Cons [ou Pinar da Torre?] (Parada), no Km. 1 da estrada Ordes-Carvalho. Morte registada como conseqüência de ?traumatismo cranial produzido por projectis de arma curta de fogo? no 22 [ou 23?]de Outubro de 1936.
71.López, Modesto. Exilado. Vizinho de Ordes exilado na República Argentina.
72.López Suárez, Andrés. Preso. 41 anos. Home. Mecánico. Vizinho e natural de Messia. Causa aberta na Corunha por rebeliom com resultado de ser declarado fugido e em rebeldia. Preso em 1942.
73.López Regueira, José. Preso. 45 anos. Home. Labrego. Vizinho e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença de prisom 15 anos.
74.Louro Raposo, Jesús. Preso. Home. Vizinho de Ardemil (Ordes), formava parte da dúzia de homens que Juan Couto Sanjurjo recrutou na sua paróquia natal para, o 13 de Aril de 1946, levar a cabo umha espectacular sabotagem no Canedo (Ardemil) junto com outros membros do Exército Guerrilheiro. É condenado a 4 anos de cadeia. Causa 128/52 da Corunha, AIRMN.
75.Louro Raposo, Lorenzo. Preso. Home. Vizinho de Ardemil (Ordes), formava parte da dúzia de homens que Juan Couto Sanjurjo recrutou na sua paróquia natal para, o 13 de Aril de 1946, levar a cabo umha espectacular sabotagem no Canedo (Ardemil) junto com outros membros do Exército Guerrilheiro. É condenado a 4 anos de cadeia. Causa 128/52 da Corunha, AIRMN.
76.Louro Garaboa, José. Preso. Home. Vizinho de Ardemil (Ordes), formava parte da dúzia de homens que Juan Couto Sanjurjo recrutou na sua paróquia natal para, o 13 de Aril de 1946, levar a cabo umha espectacular sabotagem no Canedo (Ardemil) junto com outros membros do Exército Guerrilheiro. É condenado a 4 anos de cadeia. Causa 128/52 da Corunha, AIRMN.
77.Mandayo Montero, Dolores. Mulher. Vizinha de Ordes. É obrigada a ?desfilar? pola principal avenida de Ordes, a Alfonso Senra, com a cabeça rapada e obrigada a berrar vivas a Espanha.
78.Mariño Rey, Antonio. Processado. 58 anos. Home. Labrego. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por rebeliom, sobresemento.
79.Maroño, Juan. Preso. Vizinho de Ordes. Condenado a pena de morte e posteriormente comutada a pena pola de cadeia perpétua.
80.Mayo Méndez, Saúl. O Saúl, O Raúl, O Pelayo, O Alicantino. Assassinado. Natural de Sta. Mª de la Vieja (Samora), era vizinho de Olas (Messia). Militante das JSU, foi um dos guerrilheiros enviados a França em 1945 para assistir aos cursos de formaçom guerrilheira. De ideologia comunista, fora enlace da guerrilha, e estivo no monte desde 1946. Chefe militar da II Agrupaçom do Exército Guerrilheiro (criada na zona de Ourense no verao de 1946 por ele mesmo), separando-se assim da II Agrupaçom da Federaçom já existente. Foi abatido pola Guarda Civil o 31 de Março de 1950 em Mangonho (Cesuras).
81.Mirás N., Jesús. Preso. 57 anos. Home. Labrego. Vizinho de Gafoi (Frades) e natural de Frades. Causa aberta na Corunha por rebeliom no 1936 e julgado outra vez em 1937 também por rebeliom com resultado de condena a prisom 15 anos.
82.Moar Cao, Manuel. Assassinado. Home. Vizinho de Vila Maior (Ordes) e natural de Ordes.
83.Monteiro, Pedro. Preso. Home. Vizinho de Ordes. Condenado a pena de morte e posteriormente comutada a pena pola de cadeia perpétua.
84.Mosquera Rodríguez, José. Assassinado. Home. Vizinho de Olas (Messia) e natural de Messia.
85.Mosquera Montero, Hortensia. Torturada até a morte. 24 anos. Mulher. 1952. Natural de Filgueira de Trava (Cesuras) e vizinha da Póvoa (Messia), onde trabalhava como criada na casa de Andrés ?O Fisterrino?. A sua defunçom foi registada no Registo Civil da cámara municipal de Cesuras com data no primeiro de Maio de 1952. Consta que morreu no seu domicílio o dia 30 de Abril desse ano, que era filha de Andrés e de Maria, e que nascera o dia 5 de Janeiro de 1928 e que só tinha 24 anos de idade. A causa da morte que figura na acta é Tuberculose pulmonar mas a verdadeira causa fôrom as malheiras recebidas o quartel da guarda civil de Xanceda, ao mando do cabo Ramón Seoane.
86.Moure Rey, Manuel. Executado. 27 anos. Home. Casado. Labrego. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por rebeliom militar com o resultado de sentença a pena de morte. Executado em Compostela o 8 de Fevereiro de 1937.
87.Mouriño Otero, Francisco. 39 anos. Home. Camareiro do bar ?Méndez Núñez? da Corunha. Vizinho da Corunha. Morto o 19 de Agosto de 1936. Morte registada em Ordes a causa de traumatismo cranial por disparo de arma de fogo.
88.Nogareda, Andrés. Executado. 21 anos. Home. Nado em 1916, filho de solteira e jornaleiro. Casado. Comunista. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom, pena de morte. Executado em Compostela o 8 de Fevereiro de 1937.
89.Nouche Costa, Antonio. Assassinado. 24 anos. Home. Vizinho de Oroso e natural de Bouzalonga, paróquia de Deixevre, Oroso. Deserta do quartel no que fazia o serviço militar e ingresa no Exército Guerrilheiro de Galiza. Cai em combate em 1948, num enfrentamento em Cesuras. Vários membros da sua família fôrom encadeados como castigo e desterrados a Espanha, em Sória.
90.Otero Lamas, Benito. Processado. 49 anos. Home. Funcionário municipal (porteiro do concelho). Vizinho e natural de Tordoia. Julgado em Compostela por rebeliom com resultado de sobresemento.
91.Pardo Cardoma. Assassinado. Home. Mestre. Vizinho de Frades.
92.Pardo Taboada, Silvestre. Processado. 23 anos. Home. Labrego. Vizinho e natural de Frades. Julgado em Compostela por rebeliom.
93.Parga Sánchez, José. Preso. 34 anos. Home. Jornaleiro. Vizinho de Vigo e natural de Messia. Julgado em Compostela por rebeliom com resultado de sentença a 15 anos de prisom.
94.Pellit Varela, Severino. Processado e exilado. 36 anos. Home. Funcionário (veterinário) municipal. Vizinho de Compostela e natural de Oroso (nado em Compostela casou em Ordes). Militante de UR e dirigente da Frente Popular em Oroso, afilia-se ao PSOE durante a guerra. Julgado em Compostela por traiçom com resultado de declarado em rebeldia. exilado em França e México, onde entabla amizade com Elixio Rodríguez Domínguez, entre outros exiliados galegos. Tivo ademais relaçom com os ambientes socialistas do exilio.
95.Pena Camiño, Manuel ?O Flores?. Preso. 26 anos. Home. Jornaleiro. Vizinho de Cúrtis e natural de Messia. Julgado em Compostela por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua. Militante da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro da Galiza, e posteriormente dirigente da V Agrupaçom junto com Benigno Andrade.
96.Pérez Cabo, José. Preso. 29 anos. Home. Labrego. Vizinho de Ledoira (Frades) e natural de Frades. Causa aberta em Compostela por rebeliom em 1936 e julgado na Corunha em 1937 também por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua.
97.Pérez García, Paulino. Executado. 25 anos. Home. Solteiro. Empregado, mecanógrafo. Vizinho de Ordes e natural de Bilbao. Julgado em Compostela por rebeliom militar com resultado de sentença a pena de morte. Executado em Compostela o 8 de Fevereiro de 1937.
98.Pérez Sanmartín, José. Executado. 29 anos. Home. Solteiro. Folhalateiro. Vizinho de Ordes e natural de Noia. Julgado em Compostela por rebeliom militar com resultado de sentença a pena de morte. Executado em Compostela o 8 de Fevereiro de 1937.
99.Pérez Tojo, Manuel. Preso. 62 anos. Home. Labrego. Vizinho de Anhám (Frades) e natural de Frades. Causa aberta em Compostela por rebeliom em 1936 e julgado na Corunha em 1937 também por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua.
100.Picón, Enrique Manuel. Assassinado.Home. Vizinho e natural de Oroso.
101.Ponte Pedreira, Manuel. Preso e assassinado. 25 anos. Xastre. Vizinho de Ordes e natural de Fontao, paróquia de Abelhá (Frades). Trabalha com o ordense Sousa Hermida, também socialista; Ponte fará-se posteriormente comunista. Participa no comité de defasa da FP de Ordes, e fará parte dos militantes que se acheguem até a Corunha para defendê-la. Julgado em Compostela por traiçom com resultado de sentença a cadeia perpétua. Liberdade condicional em 1941. Participa em vários intentos de fuga. Ao sair do cárcere incorpora-se ao Exército Guerrilheiro de Galiza, sendo o líder da IV Agrupaçom, e cai em combate na sua aldeia natal o 21 de Abril 1947.
102.Ponte Pedreira, Ramón. Deportado. Home. Xastre. Vizinho de Fontao, na paróquia de Abelhá (Frades). Irmao de Manuel Ponte deportado a Espanha (Villalón, Valhadolid) por prestar ajuda à guerrilha.
103.Porto Mella, Manuel. Preso e exilado. 20 anos. Vizinho de Compostela. É detido em Julho de 1936 e trasladado à cadeia de Ordes onde o ponhem em liberdade. Agacha-se na Golada até que o mobilizam na sua quinta. Enviado a Córdoba, passa a filas republicanas toda a guerra como capitám. Luita na fronte do Ebro e refugia-se na França. Fica posteriormente em Clermont-Ferrand. Militante do PSOE e da UGT.
104.Prego N., Ramón. Processado. 25 anos. Home. Mineiro. Vizinho de San Fins, Lousame e natural de Ordes. Militante da CNT. Julgado por rebeliom com o resultado de sobresemento.
105.Ramos Gontán, Juan. Detido. Home. Vizinho de Oroso.
106.Ramos Iglesias, Vicente. Preso. 56 anos. Home. Labrego. Vizinho e natural de Messia. Causa aberta na Corunha por rebeliom com resultado de ser declarado fugido e em rebeldia. Apresenta-se em 1941 e é sentenciado a prisom 12 anos e 1 dia.
107.Raña Boquete, Francisco. Passeado.38 anos. Home. Vizinho da Travessa de Santo André (Corunha) e natural de Cerzeda. Militante da CNT, do sindicato de panadeiro e sócio de Germinal. Assassinado o 13 de Agosto de 1936, morte registada na Corunha a causa de hemorrágia interna.
108.Recouso Boquete, Antonio. Assassinado. Home. Vizinho de Ordes. Enlace da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro. O 25 de Junho de 1946 foi cercado em Ordes junto a vários membros do Destacamento Manuel del Río Botana, morrendo a maos da Guarda Civil.
109.Remuiñán [Ramuñán?] Barreiro, José ?o Ricardito?, ?Simeón?. Preso. 22 anos. Home. Vizinho e natural de Parada (Ordes). Julgado em Compostela por rebeliom com a sentença a 12 anos e um dia de prisom. Posteriormente ingressa no Exército Guerrilheiro de Galiza, fazendo parte da IV Agrupaçom, onde é conhecido como ?O Ricardito?. Desde 1944 aparece como homem de confiança de Benigno Andrade, Foucelhas, acompanhando-o desde 1947 como número dous da V Agrupaçom do Exército (Ponte Vedra). Quando o 18 de Maio de 1948 o seu destacamento é destruído numha cilada da Guarda Civil em Loureiro, paróquia de Luou, Teo (e na que morrêrom quatro guerrilheiros), ele consegue fugir junto com Benigno Andrade Garcia ?o Foucelhas?. Trás a desfeita da citada Agrupaçom, Ricardito volta à IV Agrupaçom, passando a integrar-se no destacamento Arturo Cortizas, liderado por Adolfo Allegue, Riqueche. A sua morte provavelmente ocorre o 31 de Outubro de 1949 nas casas de Paços, Monfero, cercadas pola Guarda Civil e onde caiu com o resto do destacamento.
110.Regos del Río, Ramón. Preso. 21 anos. Home. Ferreiro. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por rebeliom com o resultado de sentença a cadeia perpétua.
111.Regos Ríos, Manuel. Preso. 25 anos. Home. Ferreiro. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom com resultado de sentença a cadeia perpétua. Liberdade condicional em 1941.
112.Rico Suárez, Avelino. Preso. Alcalde da Frente Popular em Oroso. Preso vários anos.
113.Ríos García ?Rada? , Juan. Preso. 42 anos. Home. Vizinho e natural de Ordes. Militante de Izquierda Republicana e da Sociedade de Agricultores de Ordes, concelheiro durante o governo municipal da Frente Popular Julgado em Compostela por traiçom com o resultado de cadeia perpétua. Liberdade condicional no 1941. [na sua casa trabalhou como jornaleiro Manuel Lois García, ?El Soldado Lois?, antes de ser recrutado à força].
114.Ríos Gómez, José. Preso e torturado até o suicídio. Home. Vizinho de Ordes e natural da Pontraga (Tordoia). Julgado em Compostela por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua. Depois é enlace da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro de Galiza, polo que é detido e brutalmente torturado até que se suicida atirando-se ao poço do cárcere de Ordes.
115.Ríos Mosquera, Jesús. Processado. Home. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por rebeliom.
116.Ríos del Río, Antonio. Processado. 29 anos. Home. Labrego. Vizinho de Parada (Ordes) e natural de Ordes. Julgado em Compostela por auxílio à rebeliom.
117.Rivas, María. Deportada. Mulher. Vizinha de Ordes. Fazia parte da guerrilha como enlace e estava casada com Manuel Ponte. Foi deportada a Espanha (Olmedo, Valhadolid).
118.Rivas Pombo, Avelino. Homem. Natural de Corme (Ponte Cesso). Militante do PC e posteriormente da guerrilha. Morre em enfrontamento com a guarda civil o 22 de Maio de 1947 em Tordóia.
119.Rodríguez Fernández, Manuel ?Mosqueiro?. Preso. Vizinho de Bujám (Val do Duvra). Encadeado durante vários anos.
120.Rodríguez Fernández, Ramiro. Outras tipologias repressivas. Home. Secretário do Grupo Galeguista de Bujám em 1936. Ramiro do Crecho?. Vizinho de Bujám (Val do Duvra). Oculto durante dias.
121.Rodríguez Fernández, Ramón. Exilado. Vizinho de Ordes exiliado na Argentina.
122.Rodríguez Gómez, Pedro. ?Pedro do serrador?. Vizinho e natural de Ordes. Membro do destacamento Manuel del Río Botana da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro. Logrou sobreviver, morrendo na sua casa de Ordes na década dos 70.
123.Sanjurjo Varela, Manuel. Assassinado. Home. Vizinho de Vila Maior (Ordes) e natural de Ordes. Foi torturado até a morte.
124.Sastre Suede, Antonio. Preso. 21 anos. Home. Guarda civil. Natural de Ordes. Julgado em Bilbo (Euskal Herria) por rebeliom militar com sentença de pena perpétua. Prisom atenuada o 14 de Janeiro de 1943.
125.Sánchez Beiras, Antonio. Exilado. Vizinho e natural de Xanceda (Messia), onde foi presidente do Sindicato de Agricultores y Oficios Varios da CNT. Labrego. Membro da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro da Galiza. Exilado na Argentina finou em 1985.
126.Sánchez Rivas, Ricardo. Processado. Home. Vizinho de Messia.
Dirigente da Frente Popular em Messia. Causa aberta na Corunha por rebeliom. Encadeado. exilado em Buenos Aires. Exilado na Argentina e autor do livro ?El mundo de mañana?.
127.Sánchez Rodríguez, Jesús. Preso. 49 anos. Labrego. Vizinho e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua.
128.Sánchez Uzal, Antonio. Preso. 28 anos. Labrego. Vizinho de Olas (Messía) e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua.
129.Seoane Seijas, Andrés. Preso. 29 anos. Home. Vizinho de Cúrtis e natural de Messia. Julgado em Compostela por rebeliom com resultado de sentença a 15 anos de prisom.
130.Sousa Hermida, Manuel. Exilado. Vizinho de Ordes exilado em México e posteriormente Cuba. Proprietário dum talher de xastre em Ordes. Pertencia ao Partido Socialista. Fijo-se Guarda de Assalto e participa na Revoluçom de Astúrias. Depois vai a Barcelona onde segue como guarda e ao mesmo tempo estabelece umha xastraria que dirige no seu tempo livre. A partir de Julho de 1936 participa na guerra no corpo de assalto do Exército Republicano. [Em Agosto de 1939 achava-se no campo de refugiados de Barcarès na França] e umha vez que tomam Barcelona sai para México, onde se estabelece como xastre e depois de acadar certa posiçom reclamou a sua família. Na sua xastreria, a ?Barón Dandy?, reuniam-se os exilados galegos em México, e também o Che Guevara mais os irmaos Castro quando preparavam a guerrilha, de cujo treinamento se ocupou o Capitám Bayo e o próprio Sousa Hermida, quem também ajuda para conseguir dinheiro para mercar o mítico iate ?El Granma?.
131.Souto, Jesús. Exilado. Vizinho de Ordes exilado na República Argentina.
132.Souto Gómez, Pedro. Processado. Home. Vizinho e natural de Ordes. Causa aberta em Santiago por rebeliom.
133.Souto Vázquez, Pedro. Processado. Home. Vizinho e natural de Ordes. Causa aberta em Compostela por rebeliom.
134.Suárez Botana, Vicente. Processado. 30 anos. Home. Labrego. Vizinho de Olas (Messia) e natural de Messia. Causa aberta na Corunha por rebeliom.
135.Sueiro López, José. Preso. 31 anos. Home. Labrego. Vizinho de Céltigos (Frades) e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom, com resultado de sentença a cadeia perpétua.
136.Uzal Gaudeoso, Antonio. Preso. 31 anos. Home. Labrego. Vizinho de Olas (Messia) e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a prisom 15 anos.
137.Uzal Gaudeoso, José. Processado. 28 anos. Home. Labrego. Natural de Messia. Causa aberta na Corunha por lesons com resultado de sobresemento.
138.Uzal Suárez, Lucas. Preso. 54 anos. Home. Labrego. Vizinho de Loureda (Cesuras) e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a 12 anos e 1 dia de prisom.
139.Varela González, Juan. Assassinado. 16 anos. Home. Vizinho de Tordoia. Solteiro. Assassinado no 30 de Outubro de 1938. Morte registada por ?septicemia. Inscripto por ordem judicial.?
140.Varela Vales, Claudino. Processado. 22 anos. Home. Jornaleiro. Natural de Cambre e vizinho de Breixo (Cambre). Fugido por Betanços, Messia, Cesuras e Ordes. Causa aberta em Ferrol por deserçom, declarado fugido e em rebeldia. Indulto em Janeiro de 1941.
141.Varela, Antonio. Home. Vizinho de Oroso. Labrego. Concelheiro de Izquierda Republicana por Oroso. Em 1945 estava exiliado em Buenos Aires. [O mesmo que varela vilares?].
142.Varela Vilares, Antonio. Dirigente da Frente Popular em Oroso [Segundo Neira Vilas, de Ordes(?)]. exilado em Buenos Aires.
143.Vázquez Mandayo, José. Executado. 25 anos. Home. Casado. Jornaleiro. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom com o resultado de sentença a pena de morte. Executado em Compostela o 8 de Fevereiro de 1937.
144.Vázquez Pombo, Manuel. Processado. 56 anos. Home. Labrego. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por rebeliom com o resultado de absoluçom.
145.Veiga Gómez, Felipe. Passeado. 28 anos. Home. Labrego. Solteiro. Vizinho de Betanços e natural de Bergondo. Militante da CNT e do PC, Sindicato de Profissons Várias de Betanços. Morto o 28 de Agosto de
1936. Registado morto em Ordes a causa de destroço cranial por disparo de arma de fogo. Apariçom do cadáver em Leira (Ordes). Inscrito primeiro como desconhecido e identificado em 1941.
146.Vieites Fondevilla ?Tintoreto?, Adolfo. Processado. 47 anos. Home. Tingidor. Vizinho de Ordes e natural de Oroso. Julgado em Compostela por rebeliom com resultado de absoluçom.
147.Vilariño Castro, Juan. Processado. 25 anos. Home. Militar, soldado de reemprazo e comunista. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por rebeliom com o resultado de sobresemento.
148.Vilariño Liste, Benito. Executado. 27 anos. Home. Jornaleiro. Casado. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom com resultado de sentença a pena de morte. Executado em Compostela o 8 de Fevereiro de 1937.
149.Vilariño Liste, José. Exilado. Vizinho de Ordes exilado na França.
150.Villaverde Bello ?Monteiro?, Ángel. Preso. 17 anos. Home. Jornaleiro. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por rebeliom, cadeia perpétua. Previamente fugido, após ser detido foge de novo, volve ser preso e julgado.
151.Villaverde Sanmartín, Antonio. Home. Vizinho de Ordes?. Exiliado na Argentina.
152.Desconhecido. Passeado. Home 41 anos. Morto o 28 de Setembro de 1936. Morte registada em Ordes a causa de projectis de arma de fogo. Apariçom do cadáver em Castrelos, paróquia de Leira, no Km. 32 da estrada Corunha-Compostela.
153.Desconhecido. Passeado. Home. Morto o 28 de Setembro de 1936. Morte registada em Ordes a causa de projectis de arma de fogo curta. Apariçom do cadáver em Queirua (Leira), Km. 34 da estrada Corunha-Compostela.
154.Desconhecido. Passeado. 39 anos. Home. Morte registada em Cerzeda a causa de traumatismo cerebral por disparos de arma de fogo curta. Morto o 28 de Outubro de 1936. Apariçom do cadáver em Ponte Boicalvo, paróquia de Gesteda, na estrada Carvalho-Ordes.
155.Desconhecido. Passeado. 28 anos. Home. Morto o 26 de Setembro de 1936. Morte registada em Messia a causa de traumatismo craneoencefálico por disparo. Apariçom do cadáver em Montouto de Cumbraos entre o Km 4 e 5 da estrada Cúrtis-Lavacolha.
156.Desconhecido. Passeado. 24 anos. Home. Morto o 22 de Setembro de 1936. Morte registada em Cerzeda a causa de disparos de arma de fogo. Apariçom do cadáver na paróquia de Queixas.
157.Desconhecido. Passeado. 39 anos. Home. Morto o 28 de Outubro de 1936 a causa de traumatismo cerebral por disparos de arma de fogo curta. Apariçom do cadáver em Ponte Boicalvo, paróquia de Gesteda, na estrada Carvalho-Ordes.
158.Desconhecido. Passeado. 27 anos. Home. Morto o 28 de Outubro de 1936. Morte registada em Cerzeda a causa de traumatismo cerebral por disparos de arma de fogo curta. Apariçom do cadáver na estrada de Gesteda.
A principal fonte de dados que nos falta por consultar é a das famílias da gente da guerrilha, que fôrom deportadas em muitos casos e repressaliadas de algum jeito em todos. Alguns nomes de pessoas que poderiam estar relacionadas com o guerrilheiro Juan Couto Sanjurjo som os seguintes:
1.Couto Abelenda, Manuel. Aux. Rebelom. 00392/37.
2.Couto Candal, Bernardo. Auxilio rebeliom. 00366/46.
3.Couto Sanjurjo, Manuel. Auxilio a malfeitores. 00400/47.
4.Couto Candal, Maria. Aux. Rebeliom. 00412/47.
5.Couto Candal, Bernardo. Aux. Rebeliom. 00412/47.
Nom sabemos tampouco de onde era natural (Messia, Cúrtis?) María Pérez, mulher de Benigno Andrade e guerrilheira de enlace:
6.María Pérez, mulher de Benigno Andrade Garcia ?Foucelhas?. Nada na Argentina. Detida em 1946 quando ia a Lugo e levava numha saca umha multi-copista. É presa na Corunha, e desterrada a Espanha (Tordesilhas). Enferma de aneurisma, tivo que ser interna num hospital de Valhadolid onde finou.
----- COMMENT: AUTHOR: A. C. Foucelhas [Visitante] DATE: Tue, 27 Apr 2010 18:23:57 +0000 URL:Continua a crescer o censo, que já sobrepassa as 180 pessoas:
1.Aguiar Díaz, Emilio. Homem. Preso. Vizinho e natural da Fraga, paróquia de Xanceda (Messia). Estivo fugido e sofreu cárcere na Corunha e Burgos. Está soterrado no cemitério de Santo Amaro.
2.Alfaya, Casimiro. Preso. 55 anos. Homem. Jornaleiro. Vizinho e natural de Frades. Julgado em 1936 em Vigo por rebeliom militar com o resultado de sentença a cadeia perpétua. Morre na cadeia o 28 de Novembro de 1937 por enfermidade.
3.Alonso Puente, Alonso. Exilado. Vizinho de Ordes exilado em Cuba. Médico de Ordes durante a IIª República. Ao entrarem os militares na vila desaparece. Chegou a Portugal e depois de evitar as perseguiçons da PIDE consegue tomar o aviom cara México onde casa com Estrella Concheiro García.
4.Alonso Puente, Antonio. Exilado. Homem. Vizinho de Ordes. Membro do Comité da Frente Popular de Ordes e Chefe das Milícias Republicanas que defendérom a vila nos dias seguintes ao golpe fascista. Exila-se em México.
5.Álvarez González, Manuel. (Lugo, 1909-¿). Causa aberta em 8 de Fevereiro de 1937 por informaçons do SIM de Burgos. Era acusado de propagandista da FUE ?y de defender en plena cátedra una Dictadura de Azaña?. A Comisión A propuxo por unanimidade confirmalo no seu cargo, situación que sería sancionada pola autoridade educativa. Fillo dun médico de Ordes, rematara a carreira en 1931 con premio extraordinario. Gurriarán Rodríguez, Ricardo. ?Ciencia e conciencia na universidade de Santiago (1900-1940): do influxo…?, p. 674
6.Arán Trillo, Primitivo. Sançom. Mestre. Vizinho de Ordes. Afiliado à Sociedade Agrária de Ordes. Separado do servizo e baixa no escalafón definitiva por permitir que os nenos levantaran as faldas as nenas. En 1942 rebáixaselle a pena (NeV)
7.Astray Mato, Rafael. Depurado. Homem. Vizinho de Ordes. Inspector de Polícia. Depurado a conseqüência do golpe militar de 1936.
8.Arroyo Arroyo, Francisco. Assassinado. 23 anos. Homem. Solteiro. Vizinho de Tordoia. Morte registada como ?síncope cardíaco produzido por ferida de arma de fogo? no dia 8 de Abril de 1937.
9.Andrade García ?o Foucellas?, Benigno. Executado por garrote vil. 27 anos. Homem. Jornaleiro. Vizinho de Cúrtis e natural de Cabrui (Messia). Militante da CNT, Sindicato de Labregos e Ofício vários; militante do Exército Guerrilheiro de Galiza onde chega a Chefe da V Agrupaçom junto com outro guerrilheiro de Messia, Manuel Pena Camiño. Fugido durante a guerra, perseguido por duas causas por rebeliom, fugido em rebeldia. Julgado em Conselho de Guerra na Corunha em 1953. Condenado a pena de morte por garrote vil. Executado o 7 de Agosto de 1953.
10.Arán Trillo, Primitivo. Sancionado. Homem. Mestre. Vizinho de Ordes. Afiliado à Sociedade Agrária de Ordes. Separado do serviço e baixa no escalafom definitiva por ?permitir que os nenos levantaram as saias às nenas?. Em 1942 rebaixa-se-lhe a pena.
11.Areoso Vieites, José. Preso. 45 anos. Homem. Labrego. Vizinho do Bidueiro (Ordes) e natural de Ordes. Militante do Partido Galeguista e síndico no governo municipal da Frente Popular. Julgado em Compostela por rebeliom com o resultado de sentença a cadeia perpétua.
12.Barral, Pedro. Passeado. 24 anos. Homem. Vizinho de Betanços. Militante da CNT, Sindicato de Profissons Várias. Passeado em Ordes.
13.Barreiro Permuy, Francisco. Passeado. 21 anos. Homem. Fotógrafo. Natural de Vila Garcia de Arouça e vizinho de Betanços. Militante da JSU. Morto o 23 de Outubro de 1936. Morte registada a causa de traumatismo cranial produzido por arma de fogo. Aparece o cadáver em Ordes, no Km. 1 da estrada a Carvalho, no Pinar da Torre (?), paróquia de Parada, sendo identificado em Novembro de 1943.
14.Bascoy, Juan. Sancionado. Homem. Mestre. Vizinho de Mera de Arriba-Ortigueira. Salvou-se de ser passeado ao fugir ao monte. Suspendido de emprego e soldo até 1958. [Poderia tratar-se do mestre de Vila Maior (Ordes) do mesmo nome e activo militante socialista que trabalha na criaçom dum numeroso grupo socialista nessa paróquia].
15.Bra Riobóo, Ramón. Preso. 40 anos. Homem. Labrego. Vizinho e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a 12 anos e 1 dia de prisom.
16.Briones Varela, Arturo. Assassinado. 35 anos. Homem. Casado com Purificación Varela Cuberta, com quem tinha 5 filhos. Médico. Vizinho de Frades (Gafoi, Ponte Carreira; e natural de Saragoça, Espanha, onde nasceu em 1901). Militante de Izquierda Republicana e católico. Julgado e Compostela por rebeliom militar com resultado de sentença a pena de morte. Executado em Boisaca o 28 de Novembro de 1936.
17.Caamaño Villaverde, Ángel Jesus. Executado. 27 anos. Homem. Solteiro. Mestre. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom, pena de morte. Ia ser executado em Boisaca junto com os seus companheiros ordenses -8 de Fevereiro de 1937- quando intenta fugar-se e é abatido por arma de fogo no momento. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha.
18.Cabo Budiño, Antonio. Processado. 45 anos. Homem. Labrego. Vizinho e natural de Frades. Julgado em Compostela por rebeliom.
19.Cabo Budiño, Antonio. Preso. 43 anos. Homem. Labrego. Vizinho de Anhá (Frades) e natural de Frades. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de pena de morte, sem mais dados.
20.Calviño López, Manuel. Detençom. Labrego de 17 anos. Natural e vizinho de Ordes. Inculpado em Causa militar instruída em Compostela.
21.Calvo Martínez, Jesús. Preso. 18 anos. Homem. Labrego. Vizinho e natural de Ordes. Julgado por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua. liberdade condicional em 1941. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha. O 16 de Outubro de 1938 é transladado (junto com os seus companheiros de Ordes, Manuel Ponte Pedreira, Pedro del Río Caramelo, Juán Ríos García e Manuel Rego Ríos) do cárcere de Santiago ao da Corunha. Ali permanecem até o 22 de Maio de 1941, quando obtenhem a liberdade condicional. O 7 de Agosto de 1942 acorda-se a sua liberdade definitiva, já que a pena inicial de cadeia perpétua é comutada pola de 6 anos e um dia de prisom. Causa 230/36 de Santiago.
22.Candal Bouzas, José. Homem. Preso. Homem. Vizinho e natural de Mámoas (Ardemil). Nasceu a meados do 1907. Militante das Juventudes Socialistas, pertence oculto na sua casa durante o golpe de 1936. Posteriormente ingressa como enlace da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro de Galiza. O 7 de Agosto de 1947 é preso pola guarda civil de Ordes onde é torturado. Transladam-no da cadeia de Ordes à da Corunha. Morreu em Novembro de 1990.
23.Candal Gómez, José. Preso. Homem. Vizinho de Ardemil (Ordes), formava parte da dúzia de Homemns que Juan Couto Sanjurjo recrutou na sua paróquia natal para, o 13 de Aril de 1946, levar a cabo umha espectacular sabotagem no Canedo (Ardemil) junto com outros membros do Exército Guerrilheiro. É condenado a 4 anos de cadeia. Causa 128/52 da Corunha, AIRMN.
24.Castro Castro, José. Outras tipologias repressivas. Homem.Vizinho de Ordes. É obrigado a ?desfilar? pola principal avenidad de Ordes, a Alfonso Senra, com a cabeça rapada e obrigado a berrar vivas a Espanha e a Franco.
25.Castro López, Rafael Andrés. 29 anos. Passeado. Homem. Vizinho e natural da Corunha. Morto o 14 de Agosto de 1936. Morte registada em Ordes a causa de traumatismo cerebral por lesons produzidas por arma de fogo.
26.Cernada Ares, Manuel. Preso. 50 anos. Homem. Labrego. Vizinho de Cabrui (Messia) e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a 12 anos e 1 dia de prisom.
27.Comesaña Rendo, Francisco. Preso. Homem. Médico. Vizinho de Ordes e Compostela, natural de Cuba. Afiliado à JSU. Julgado em Compostela por rebeliom militar junto com ?os de Ordes? com resultado de pena de morte, comutada por cadeia perpétua pola sua condiçom de cidadao cubano. Liberdade condicional no 1943. exilado em México. Em Vigo partilhara cela com Pepe Velo das Mocidades Galeguista e futuro dirigente do Directório Revolucionário Ibérico de Libertaçom. Já em México acude às reunions do ?Barón Dandy? do ordense Sousa Hermida, onde vam o Ché e os irmaos Castro. [Justifica-se a sua inclussom na listagem de ordenses por ser umha personagem conhecida da vida política ordense, vila na que participa activamente na campanha eleitoral da Frente Popular. Aliás, forma parte do grupo de ordenses sentenciados polo conselho de guerra ?aos de Ordes? por ?Rebeliom militar contra el Alzamiento Nacional? (22 de Dezembro de 1936). Casará -como se vê a continuaçom- com Asunción Concheiro, com quem protagoniza a história de amor que inspirará O lápis do carpinteiro de Manuel Rivas]. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha.
28.Concheiro García, Asunción. ?Choncha de Comesaña?. Mulher. Vizinha de Ordes, onde nasceu em 1931. Militante do Partido Comunista. Casou com o médico Francisco Comesaña ao que conheceu quando ela estudava Magistério (1931) e ele estudava Medicina em Santiago. Ao começo da Guerra Comesaña é detido, julgado em conselho de guerra e sentenciado a morte, só salvado polo seu passaporte cubano, que lhe comutou a pena em cadeia perpétua. Choncha casa com ele por poderes em 1941. Ao sair Francisco do cárcere exilam-se. Primeiro em Cuba (1944) trás semanas de travesia no vapor ?Marqués de Comillas?, que saira de Vigo. Concha estava grávida do seu primeiro filho. Depois instalam-se em México, onde fai parte da ?Unión de Mujeres Españolas Mariana Pineda? de apoio aos presos republicanos. À morte de Franco, em 1935, voltam a Galiza, e na actualidade reside em Tui. A sua história de amor e luta inspirou o livro O lapis do carpinteiro de Manolo Rivas.
29.Concheiro García, Estrella. Mulher. Vizinha de Ordes. Exilada em México, onde casa com Alonso Puente.
30.Concheiro García, Luciano. Homem. Vizinho de Ordes. Com a morte de Manuel Ponte, líder da IV Agrupaçom com a que colaborava, passa a Portugal e de Lisboa toma um aviom a México. É dos poucos que foi em aviom, pois a maioria fijo-o em barco (no ?Flandre?, no ?Sinaia? -onde vai o ordense Manuel Sousa- ou no ?Ipanema?).
31.Corral Ferrer, Jesús. Preso. 35 anos. Homem. Labrego. Vizinho de Gafoi (Frades) e natural de Frades. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua.
32.Couselo Parente, Francisco. Preso. 38 anos. Homem. Labrego. Vizinho da Estrada e natural de Traço. Julgado em Ponte Vedra por auxílio à rebeliom com resultado de sentença a prisom 15 anos. Comutaçom e extinçom da pena o 9 de Agosto de 1939.
33.Couto Sanjurjo, Evangelia. Vizinha e natural de Mámoas, Ardemil (Ordes). É presa na Corunha por colaborar com a Resistência.
34.Couto Sanjurjo, Manuel. [irmao de Juan Couto Sanjurjo de Ardemil?]. Julgado na Corunha por ?auxílio a malfeitores?, nº de expediente 00400/47].
35.Couto Sanjurjo, Juan ?Simeón?. Preso. (31 de Janeiro de 1917 ? Outubro de 2000). Homem. Vizinho e natural de Mámoas, paróquia de Ardemil (Ordes). Militante do Exército Guerrilheiro Galego na sua IV Agrupaçom, é capturado em 1952, vítima dumha delaçom. Condenado a morte por um conselho de guerra na Corunha o 6 de Julho de 1953. A pena é commutada por 30 anos de prisom; sendo libertado em 1963 após passar pola cadeia de Dueso de Santoña (5 anos), Alcalá de Henares (3 anos), Carabanchel, Guadalajara, etc. No expendiente da Corunha nº 00128/52 consta como julgado por ?formar partidas armadas?.
36.de la Iglesia Vilariño, José. Executado. Homem. Labrego. Casado. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom com o resultado de sentença a pena de morte. Executado em Compostela o 8 de Fevereiro de 1937.
37.del Río Botana, Manuel. Assassinado. 18 anos. Homem. Labrego. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom com o resultado de sentença a prisom 12 anos e 1 dia por ser menor de idade. Liberdade condicional em 1941. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha. Ingressa na guerrilha, é feito morto em 1941 em Castrelos (Leira), num enfrontamento com a Guarda Civil, dando-lhe postumamente o seu nome ao destacamento ?Manuel del Río Botana? da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro da Galiza, criado em 1946 por Manuel Ponte Pedreira. No expediente nº 00160/45 consta que foi julgado por agressom.
38.del Río Caramelo, Pedro. Preso. 42 anos. Homem. Ferreiro. Vizinho e natural de Ordes. Militante de Izquierda Republicana. Tenente alcalde 1º. Julgado em Compostela por traiçom com resultado de sentença a cadeia perpétua. Liberdade condicional em 1941. No expediente 00380/47 consta como julgado por rebeliom. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha. O 16 de Outubro de 1938 é transladado (junto com os seus companheiros de Ordes, Manuel Ponte Pedreira, Juán Ríos García, Manuel Rego Ríos e Jesús Calvo Martínez) do cárcere de Santiago ao da Corunha. Ali permanecem até o 22 de Maio de 1941, quando obtenhem a liberdade condicional. O 7 de Agosto de 1942 acorda-se a sua liberdade definitiva, já que a pena inicial de cadeia perpétua é comutada pola de 6 anos e um dia de prisom. Causa 230/36 de Santiago.
39.del Río Mandayo, Manuel. Passeado. Homem. Militante socialista. Vizinho e natural de Ordes. Processado em Compostela por traiçom. Passeado o 5 de Outubro de 1936.
40.del Río Mandayo, María. Outras tipologias repressivas. Mulher. Vizinha de Ordes. É obrigada a ?desfilar? pola principal avenida de Ordes, a Alfonso Senra, com a cabeça rapada e obrigado a berrar vivas a Espanha.
41.del Río Pampín, Manuel. Executado. 29 anos. Homem. Casado. Líder local do Partido Socialista. Carteiro. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom com resultado de sentença a pena de morte. Executado em Compostela o 8 de Fevereiro de 1937. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha.
42.del Río Pampín, José. Executado. 23 anos. Homem. Solteiro. Barbeiro. Vizinho e natural de Ordes. Líder local do Partido Galeguista. Morte registrada em Compostela, o 8 de Fevereiro de 1937, a causa de hemorrágia interna. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha.
43.Domínguez Boquete, Francisca. Processada. 58 anos. Mulher. Labrega. Vizinha da Estrada e natural de Cerzeda. Vencelhada à guerrilha da que seguramente era agente de enlace. Julgada em Ponte Vedra por auxílio à rebeliom com resultado de sobresemento provisional.
44.Doval García, Germán. Oculto. Homem. Vizinho de Ordes. Membro do Comité da Frente Popular de Ordes e presidente da cámara municipal entre o 26 de Março de 1936 e o 24 de Julho do mesmo ano.
45.Faya Fernández, José. ?Pancho Villa?. 65 anos. Outras tipologias repressivas. Homem. Sapateiro. Vizinho de Ordes e natural de Noia. Julgado em Compostela por rebeliom com o resultado de absoluçom. É obrigado a ?desfilar? pola principal avenida de Ordes, a Alfonso Senra, com a cabeça rapada e obrigado a berrar vivas a Espanha. Posteriormente foi preso.
46.Faya Vilariño, Segundo. Processado. 32 anos. Homem. Curtidor. Vizinho de Ordes. Julgado em Compostela por rebeliom com o resultado de sobresemento. É obrigado a ?desfilar? pola principal avenida de Ordes, a Alfonso Senra, com a cabeça rapada e obrigado a berrar vivas a Espanha. Posteriormente foi preso.
47.Ferreño Sánchez, Victoriano. Preso. 25 anos. Homem. Dependente.Vizinho de Céltigos (Frades) e natural de Frades. Julgado na Corunha com resultado de sentença a cadeia perpétua.
48.Fuentes, Victoriano. Outras tipologias repressivas. Homem. Vizinho de Ordes. É obrigado a ?desfilar? pola principal avenida de Ordes, a Alfonso Senra, com a cabeça rapada e obrigado a berrar vivas a Espanha. Posteriormente foi preso.
49.Fuentes Brandariz, Víctoriano. Processado. 42 anos. Homem. Panadeiro. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por rebeliom com resultado de sobresemento.
50.Fuentes Pérez, Carlos. Sancionado. Homem. Mestre. Vizinho de Messia. Castigado em 1941 com desterro 2 anos da província da Corunha por nom inculcar devido respeito às instituiçons básicas da civilizaçom.
51.Fuentes Villaverde, Francisco. Detençom. Homem de 17 anos. Panadeiro. Natural e vizinho de Ordes. Inculpado em Causa militar instruida em Compostela. (NeV)
52.García, S. Executado. Homem. Natural de Santiago de Compostela e vizinho de Ordes onde exercia de veterinário. ?Fillo do Rexente da Escola Graduda anexa á Normal de Santiago, D. Xosé García Fernández. S. García exercía de veterinario en Ordenes. Afiliado a Esquerda Republicán. Ao sair da cadea pra ser fusilado xunto con varios compañeiros, e, según contan, esposados de dous en dous, logrou evadirse e subir pola costa do Hospital Real, fuxindo deica a travesía do Franco, esquina a Telecomunicacións, onde foi alcanzado por un disparo dos seus perseguidores. (Outra versión dí que foi o mestre de Ordenes Caamaño o que foi alcanzado). Foi fusilado o 3/12/37? [Nota de Xosé Teixeiro ao desenho de S. García que fai Camilo Díaz Baliño, em Díaz Fernández (1982).
53.García Abelenda, José. Exilado. Vizinho de Bujám (Val do Duvra) exilado na República Argentina.
54.García Fernández, José. Executado. 42 anos. Casado. Mestre. Vizinho de Ordes e natural de Almeria. Membro da Frente Popular. Julgado em Compostela por rebeliom militar com sentença a pena de morte. Executado em Compostela o 8 de Fevereiro de 1937. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha.
55.García García, Antonio. Assassinado. 28 anos. Homem. Labrego. Vizinho de Boimil (Cerzeda) e natural de Cerzeda. Morto o 10 de Outubro de 1938, às 6h00 numha vivenda da r/ S. José da Corunha a consequência dumha ferida por disparo de arma de fogo.
56.Garcia Gerpe, Manuel. Exilado. Homem. Advogado. Vizinho e natural de Ordes. Militante de ORGA e posteriormente Izquierda Republicana. Líder da Frente Popular em Ordes e do ?Bloco da Juventude? ordense. Luita durante a Guerra Civil nas Milícias Populares. É nomeado Secretário do Tribunal Permanente de Justiça Militar, Capitám do Corpo Jurídico do Exército Republicano e Fiscal adscrito às Brigadas Internacionais. exila-se a França o 13 de Fevereiro de 1939. É ingresado no campo de refugiados de Saint-Laurent-de-Cerdans, depois ao de Judes e posteriormente ao de Septfons. Em 1940 foge a Buenos Aires.
57.García Iglesias, Antonio. Preso. 39 anos. Homem. Labrego. Vizinho de Gafoi (Frades) e natural de Frades. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua.
58.García N, Celestino. Preso. Homem. Vizinho de Ardemil (Ordes), formava parte da dúzia de Homemns que Juan Couto Sanjurjo recrutou na sua paróquia natal para, o 13 de Aril de 1946, levar a cabo umha espectacular sabotagem no Canedo (Ardemil) junto com outros membros do Exército Guerrilheiro. É condenado a 4 anos de cadeia. Causa 128/52 da Corunha, AIRMN.
59.García Sánchez, Andrés. Processado. 29 anos. Homem. Labrego. Vizinho de Olas (Messia) e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de absoluçom.
60.Garcia Varela, Agustín. Processado. 40 anos. Homem. Guarda Municipal. Vizinho e natural de Ordes. Causa aberta na Corunha por lesons, sobresemento.
61.Gestal Castro, José. Processado. 26 anos. Homem. Jornaleiro. Vizinho e natural de Frades. Julgado em Compostela por rebeliom.
62.Gómez Boquete, César. Processado. 30 anos. Homem. Labrego. Vizinho e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sobresemento.
63.Gómez Carneiro, Antonio. Preso. 43 anos. Homem. Industrial. Vizinho de Messia e natural do Pino. Dirigente e presidente da cámara municipal da Frente Popular em Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a 12 anos e 1 dia de prisom. Previamente agochado em Gonçar (o Pinho).
64.Gómez Gaudeoso, Francisco. Homem. Preso. Vizinho e natural da Carvalheira, paróquia de Ardemil (Ordes). É encadeado na Corunha.
65.Gómez Gómez, José. Preso. Homem. Vizinho de Achám, Ardemil (Ordes), formava parte da dúzia de homens que Juan Couto Sanjurjo recrutou na sua paróquia natal para, o 13 de Aril de 1946, levar a cabo umha espectacular sabotagem no Canedo (Ardemil) junto com outros membros do Exército Guerrilheiro. É condenado a 4 anos de cadeia. Causa 128/52 da Corunha, AIRMN.
66.Gómez Martínez, Constantino. Processado. 43 anos. Homem. Mineiro (entibador de minas). Vizinho de Santa Cruz de Montaos (Ordes) e natural de Leom (Espanha). Julgado em Compostela por rebeliom com o resultado de sobresemento.
67.Gómez Méndez, José. Homem. Preso. Natural e vizinho de Queiroa, paróquia de Olas (Messia). Resulta preso pola sua colaboraçom com a Resistência, onde colaborava como guerrilheiro de enlace.
68.González Liñares, José ?o ferreiro de Gesteda?. Homem. Vizinho de Cerzeda. Dirigente e da Frente Popular em Cerzeda. Oculto em Compostela durante anos.
69.Grela [Remuiñán?], José. Preso. Homem. Vizinho de Ordes. Condenado a vários anos de prisom. [Trata-se de José Grela Remuiñán, 3º Tenente pola CEDA?]
70.Grela, Manuel. Preso. Homem. Vizinho de Ordes. Condenado a vários anos de prisom.
71.Grela Veiras, Salvador. Processado. 25 anos. Homem. Labrego. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom com o resultado sentença a cadeia perpétua. Liberdade condicional no 1941. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha.
72.Grobas Aldrey, Manuel. Processado. 31 anos. Homem. Labrego. Vizinho e natural de Frades. Julgado em Compostela por rebeliom.
73.Grobas Mosquera, Emilio. Processado. 47 anos. Homem. Labrego. Vizinho e natural de Frades. Julgado em Compostela por rebeliom.
74.Grobas Oliver, Manuel. Preso. 31 anos. Homem. Vizinho de Vítrio (Frades) e natural de Frades. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua.
75.Iglesias N., Tomás. Preso. 24 anos. Homem. Albanel. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom com resultado de cadeia perpétua. Liberdade condicional no 1941. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha.
76.Lago Sánchez, Pedro. Processado. 27 anos. Homem. Labrego. Vizinho de Messia e natural de Frades. Causa aberta na Corunha por rebeliom.
77.Linares Lendoiro, José. Preso. Labrego de 28 anos. Vizinho das Encrovas (Cerzeda). Serviço na Marinha, com destino no ?Miguel de Cervantes?. Combateu no exército republicano. Julgado em Ferrol por rebeliom militar com resultado de sentença a prisom 12 anos.
78.Liste, Manuel. Exilado. Vizinho de Ordes exilado em Cuba.
79.Liste Liñares, Elvira. Vizinha de Ardemil presa na Corunha por colaborar com a Resistência.
80.Liste Remuiñán, Jesús. Processado. Homem. Vizinho e natural de Ordes. Militante socialista e concelheiro durante o governo municipal da Frente Popular. Causa aberta em Compostela por rebeliom.
81.López Gómez, Andrés. Homem. Preso. Vizinho e natural de Achám, paróquia de Ardemil (Ordes). É encadeado na Corunha.
82.López Pérez, Germán. Passeado. 32 anos. Homem. Casado com dous filhos. Vizinho e natural de Betanços. Militante da UGT. Ex-Inspector de Arbítrios Municipais. Assassinado no Punto Vinha de Cons [ou Pinar da Torre?] (Parada), no Km. 1 da estrada Ordes-Carvalho. Morte registada como conseqüência de ?traumatismo cranial produzido por projectis de arma curta de fogo? no 22 [ou 23?]de Outubro de 1936.
83.López, Modesto. Exilado. Vizinho de Ordes exilado na República Argentina.
84.López Suárez, Andrés. ?Andrés do Fogueteiro?. Preso. 41 anos. Homem. Mecánico. Vizinho e natural de Messia. Causa aberta na Corunha por rebeliom com resultado de ser declarado fugido e em rebeldia. Preso em 1942. Ao obter a liberdade, foge ao monte perante a acossa da guarda civil e do cura de Messia. Exilou-se na Argentina onde morreu.
85.López Regueira, José. Preso. 45 anos. Homem. Labrego. Vizinho e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença de prisom 15 anos.
86.Louro Candal, Benito. Homem. Preso. Vizinho e natural da Carvalheira, paróquia de Ardemil (Ordes). É encadeado na Corunha.
87.Louro Raposo, Jesús. Preso. Homem. Vizinho de Ardemil (Ordes), formava parte da dúzia de Homemns que Juan Couto Sanjurjo recrutou na sua paróquia natal para, o 13 de Aril de 1946, levar a cabo umha espectacular sabotagem no Canedo (Ardemil) junto com outros membros do Exército Guerrilheiro. É condenado a 4 anos de cadeia. Causa 128/52 da Corunha, AIRMN.
88.Louro Raposo, Lorenzo. Preso. Homem. Vizinho de Ardemil (Ordes), formava parte da dúzia de Homemns que Juan Couto Sanjurjo recrutou na sua paróquia natal para, o 13 de Aril de 1946, levar a cabo umha espectacular sabotagem no Canedo (Ardemil) junto com outros membros do Exército Guerrilheiro. É condenado a 4 anos de cadeia. Causa 128/52 da Corunha, AIRMN.
89.Louro Garaboa, José. Preso. Homem. Vizinho de Ardemil (Ordes), formava parte da dúzia de Homemns que Juan Couto Sanjurjo recrutou na sua paróquia natal para, o 13 de Aril de 1946, levar a cabo umha espectacular sabotagem no Canedo (Ardemil) junto com outros membros do Exército Guerrilheiro. É condenado a 4 anos de cadeia. Causa 128/52 da Corunha, AIRMN.
90.Mandayo Montero, Dolores. Mulher. Vizinha de Ordes. É obrigada a ?desfilar? pola principal avenida de Ordes, a Alfonso Senra, com a cabeça rapada e obrigada a berrar vivas a Espanha.
91.Mariño Rey, Antonio. Processado. 58 anos. Homem. Labrego. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por rebeliom, sobresemento.
92.Maroño, Juan. Preso. Vizinho de Ordes. Condenado a pena de morte e posteriormente comutada a pena pola de cadeia perpétua.
93.Mayo Méndez, Saúl. O Saúl, O Raúl, O Pelayo, O Alicantino. Assassinado. Natural de Sta. Mª de la Vieja (Samora), era vizinho de Olas (Messia). Militante das JSU, foi um dos guerrilheiros enviados a França em 1945 para assistir aos cursos de formaçom guerrilheira. De ideologia comunista, fora enlace da guerrilha, e estivo no monte desde 1946. Chefe militar da II Agrupaçom do Exército Guerrilheiro (criada na zona de Ourense no verao de 1946 por ele mesmo), separando-se assim da II Agrupaçom da Federaçom já existente. Foi abatido pola Guarda Civil o 31 de Março de 1950 em Mangonho (Cesuras).
94.Míguez Sánchez, José. Homem. Preso. Vizinho e natural de Busto, paróquia de Visantonha (Messia). Colaborou com a IV Agrupaçom da guerrilha, polo qual estivo preso.
95.Mirás N., Jesús. Preso. 57 anos. Homem. Labrego. Vizinho de Gafoi (Frades) e natural de Frades. Causa aberta na Corunha por rebeliom no 1936 e julgado outra vez em 1937 também por rebeliom com resultado de condena a prisom 15 anos.
96.Moar Cao, Manuel. Assassinado. Homem. Vizinho de Vila Maior (Ordes) e natural de Ordes.
97.Monteiro, Pedro. Preso. Homem. Vizinho de Ordes. Condenado a pena de morte e posteriormente comutada a pena pola de cadeia perpétua.
98.Mosquera Rodríguez, José. Assassinado. Homem. Vizinho de Olas (Messia) e natural de Messia.
99.Mosquera Montero, Hortensia. Torturada até a morte. 24 anos. Mulher. 1952. Natural de Filgueira de Trava (Cesuras) e vizinha da Póvoa (Messia), onde trabalhava como criada na casa de Andrés ?O Fisterrino?. A sua defunçom foi registada no Registo Civil da cámara municipal de Cesuras com data no primeiro de Maio de 1952. Consta que morreu no seu domicílio o dia 30 de Abril desse ano, que era filha de Andrés e de Maria, e que nascera o dia 5 de Janeiro de 1928 e que só tinha 24 anos de idade. A causa da morte que figura na acta é Tuberculose pulmonar mas a verdadeira causa fôrom as malheiras recebidas o quartel da guarda civil de Xanceda, ao mando do cabo Ramón Seoane.
100.Moure, Jesús. Detençom. Homem. Vizinho de Parada (Ordes). Inculpado em causa militar em Compostela.
101.Moure Rey, Manuel. Executado. 27 anos. Homem. Casado. Labrego. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por rebeliom militar com o resultado de sentença a pena de morte. Executado em Compostela o 8 de Fevereiro de 1937. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha.
102.Mouriño Otero, Francisco. 39 anos. Homem. Camareiro do bar ?Méndez Núñez? da Corunha. Vizinho da Corunha. Morto o 19 de Agosto de 1936. Morte registada em Ordes a causa de traumatismo cranial por disparo de arma de fogo.
103.Nogareda N., Andrés. Executado. Jornaleiro. 21 anos. Homem. Nado em 1916, filho de solteira e jornaleiro. Casado. Comunista. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom, pena de morte. Executado em Compostela o 8 de Fevereiro de 1937. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha.
104.Nouche Costa, Antonio. Assassinado. 24 anos. Homem. Vizinho de Oroso e natural de Bouzalonga, paróquia de Deixevre, Oroso. Deserta do quartel no que fazia o serviço militar e ingresa no Exército Guerrilheiro de Galiza. Cai em combate em 1948, num enfrentamento em Cesuras. Vários membros da sua família fôrom encadeados como castigo e desterrados a Espanha, em Sória.
105.Otero Lamas, Benito. Processado. 49 anos. Homem. Funcionário municipal (porteiro do concelho). Vizinho e natural de Tordoia. Julgado em Compostela por rebeliom com resultado de sobresemento.
106.Pardo Cardoma. Assassinado. Homem. Mestre. Vizinho de Frades.
107.Pardo Taboada, Silvestre. Processado. 23 anos. Homem. Labrego. Vizinho e natural de Frades. Julgado em Compostela por rebeliom.
108.Parga Sánchez, José. Preso. 34 anos. Homem. Jornaleiro. Vizinho de Vigo e natural de Messia. Julgado em Compostela por rebeliom com resultado de sentença a 15 anos de prisom.
109.Pellit Varela, Severino. Processado e exilado. 36 anos. Homem. Funcionário (veterinário) municipal. Vizinho de Compostela e natural de Oroso (nado em Compostela casou em Ordes). Militante de UR e dirigente da Frente Popular em Oroso, afilia-se ao PSOE durante a guerra. Julgado em Compostela por traiçom com resultado de declarado em rebeldia. exilado em França e México, onde entabla amizade com Elixio Rodríguez Domínguez, entre outros exiliados galegos. Tivo ademais relaçom com os ambientes socialistas do exilio.
110.Pena Camiño, Manuel ?O Flores?. Preso. 26 anos. Homem. Jornaleiro. Vizinho de Cúrtis e natural de Messia. Julgado em Compostela por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua. Militante da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro da Galiza, e posteriormente dirigente da V Agrupaçom junto com Benigno Andrade.
111.Pérez Cabo, José. Preso. 29 anos. Homem. Labrego. Vizinho de Ledoira (Frades) e natural de Frades. Causa aberta em Compostela por rebeliom em 1936 e julgado na Corunha em 1937 também por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua.
112.Pérez García, Paulino. Executado. 25 anos. Homem. Solteiro. Empregado, mecanógrafo. Vizinho de Parada (Ordes) e natural de Bilbao. Julgado em Compostela por rebeliom militar com resultado de sentença a pena de morte. Executado em Compostela o 8 de Fevereiro de 1937. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha.
113.Pérez Sanmartín, José. Executado. 29 anos. Homem. Solteiro. Folhalateiro. Vizinho de Ordes e natural de Noia. Julgado em Compostela por rebeliom militar com resultado de sentença a pena de morte. Executado em Compostela o 8 de Fevereiro de 1937. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha.
114.Pérez Tojo, Manuel. Preso. 62 anos. Homem. Labrego. Vizinho de Anhám (Frades) e natural de Frades. Causa aberta em Compostela por rebeliom em 1936 e julgado na Corunha em 1937 também por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua.
115.Picón, Enrique Manuel. Assassinado.Homem. Vizinho e natural de Oroso.
116.Ponte Pedreira, Manuel. Preso e assassinado. 25 anos. Xastre. Vizinho de Ordes e natural de Fontao, paróquia de Abelhá (Frades). Trabalha com o ordense Sousa Hermida, também socialista; Ponte fará-se posteriormente comunista. Participa no comité de defasa da FP de Ordes, e fará parte dos militantes que se acheguem até a Corunha para defendê-la. Julgado em Compostela por traiçom com resultado de sentença a cadeia perpétua. Liberdade condicional em 1941. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha. Participa em vários intentos de fuga. O 16 de Outubro de 1938 é transladado (junto com os seus companheiros de Ordes, Pedro del Río Caramelo, Juán Ríos García, Manuel Rego Ríos e Jesús Calvo Martínez) do cárcere de Santiago ao da Corunha. Ali permanecem até o 22 de Maio de 1941, quando obtenhem a liberdade condicional. O 7 de Agosto de 1942 acorda-se a sua liberdade definitiva, já que a pena inicial de cadeia perpétua é comutada pola de 6 anos e um dia de prisom. Causa 230/36 de Santiago. Ao sair do cárcere incorpora-se ao Exército Guerrilheiro de Galiza, sendo o líder da IV Agrupaçom, e cai em combate na sua aldeia natal o 21 de Abril 1947.
117.Ponte Pedreira, Ramón. Deportado. Homem. Xastre. Vizinho de Fontao, na paróquia de Abelhá (Frades). Irmao de Manuel Ponte deportado a Espanha (Villalón, Valhadolid) por prestar ajuda à guerrilha.
118.Porto Mella, Manuel. Preso e exilado. 20 anos. Vizinho de Compostela. É detido em Julho de 1936 e trasladado à cadeia de Ordes onde o ponhem em liberdade. Agacha-se na Golada até que o mobilizam na sua quinta. Enviado a Córdoba, passa a filas republicanas toda a guerra como capitám. Luita na fronte do Ebro e refugia-se na França. Fica posteriormente em Clermont-Ferrand. Militante do PSOE e da UGT.
119.Prego N., Ramón. Processado. 25 anos. Homem. Mineiro. Vizinho de San Fins, Lousame e natural de Ordes. Militante da CNT. Julgado por rebeliom com o resultado de sobresemento.
120.Ramos Gontán, Juan. Detido. Homem. Vizinho de Oroso.
121.Ramos Iglesias, Vicente. Preso. 56 anos. Homem. Labrego. Vizinho e natural de Messia. Causa aberta na Corunha por rebeliom com resultado de ser declarado fugido e em rebeldia. Apresenta-se em 1941 e é sentenciado a prisom 12 anos e 1 dia.
122.Raña Boquete, Francisco. Passeado.38 anos. Homem. Vizinho da Travessa de Santo André (Corunha) e natural de Cerzeda. Militante da CNT, do sindicato de panadeiro e sócio de Germinal. Assassinado o 13 de Agosto de 1936, morte registada na Corunha a causa de hemorrágia interna.
123.Recouso Boquete, Antonio. Assassinado. Homem. Vizinho de Ordes. Enlace da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro. O 25 de Junho de 1946 foi cercado em Ordes junto a vários membros do Destacamento Manuel del Río Botana, morrendo a maos da Guarda Civil.
124.Remuiñán [Ramuñán?] Barreiro, José ?o Ricardito?, ?Simeón?. Preso. 22 anos. Homem. Vizinho e natural de Parada (Ordes). Julgado em Compostela por rebeliom com a sentença a 12 anos e um dia de prisom. Posteriormente ingressa no Exército Guerrilheiro de Galiza, fazendo parte da IV Agrupaçom, onde é conhecido como ?O Ricardito?. Desde 1944 aparece como Homemm de confiança de Benigno Andrade, Foucelhas, acompanhando-o desde 1947 como número dous da V Agrupaçom do Exército (Ponte Vedra). Quando o 18 de Maio de 1948 o seu destacamento é destruído numha cilada da Guarda Civil em Loureiro, paróquia de Luou, Teo (e na que morrêrom quatro guerrilheiros), ele consegue fugir junto com Benigno Andrade Garcia ?o Foucelhas?. Trás a desfeita da citada Agrupaçom, Ricardito volta à IV Agrupaçom, passando a integrar-se no destacamento Arturo Cortizas, liderado por Adolfo Allegue, Riqueche. A sua morte provavelmente ocorre o 31 de Outubro de 1949 nas casas de Paços, Monfero, cercadas pola Guarda Civil e onde caiu com o resto do destacamento.
125.Regos del Río, José. Detido. Homem, vizinho de Parada (Ordes). Inculpado em causa militar em Compostela por rebeliom.
126.Regos del Río, Ramón. Preso. 21 anos. Homem. Ferreiro. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por rebeliom com o resultado de sentença a cadeia perpétua.
127.Regos Ríos, Manuel. Preso. 25 anos. Homem. Ferreiro. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom com resultado de sentença a cadeia perpétua. Liberdade condicional em 1941. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha. O 16 de Outubro de 1938 é transladado (junto com os seus companheiros de Ordes, Manuel Ponte Pedreira, Pedro del Río Caramelo, Juán Ríos García e Jesús Calvo Martínez) do cárcere de Santiago ao da Corunha. Ali permanecem até o 22 de Maio de 1941, quando obtenhem a liberdade condicional. O 7 de Agosto de 1942 acorda-se a sua liberdade definitiva, já que a pena inicial de cadeia perpétua é comutada pola de 6 anos e um dia de prisom. Causa 230/36 de Santiago.
128.Rico Suárez, Avelino. Preso. Alcalde da Frente Popular em Oroso. Preso vários anos.
129.Ríos García ?Rada? , Juan. Preso. 42 anos. Homem. Vizinho e natural de Ordes. Militante de Izquierda Republicana e da Sociedade de Agricultores de Ordes, concelheiro durante o governo municipal da Frente Popular Julgado em Compostela por traiçom com o resultado de cadeia perpétua. Liberdade condicional no 1941. [na sua casa trabalhou como jornaleiro Manuel Lois García, ?El Soldado Lois?, antes de ser recrutado à força]. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha. O 16 de Outubro de 1938 é transladado (junto com os seus companheiros de Ordes, Manuel Ponte Pedreira, Pedro del Río Caramelo, Manuel Rego Ríos e Jesús Calvo Martínez) do cárcere de Santiago ao da Corunha. Ali permanecem até o 22 de Maio de 1941, quando obtenhem a liberdade condicional. O 7 de Agosto de 1942 acorda-se a sua liberdade definitiva, já que a pena inicial de cadeia perpétua é comutada pola de 6 anos e um dia de prisom. Causa 230/36 de Santiago.
130.Ríos Gómez, José. Preso e torturado até o suicídio. Homem. Vizinho de Ordes e natural da Pontraga (Tordoia). Julgado em Compostela por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua. Depois é enlace da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro de Galiza, polo que é detido e brutalmente torturado até que se suicida atirando-se ao poço do cárcere de Ordes.
131.Rios Mosquera, Manuel. Detençom. Vizinho de Parada (Ordes). Inculpado em Causa militar em Compostela.
132.Ríos Mosquera, Jesús. Processado. Homem. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por rebeliom.
133.Ríos del Río, Antonio. Processado. 29 anos. Homem. Labrego. Vizinho de Parada (Ordes) e natural de Ordes. Julgado em Compostela por auxílio à rebeliom.
134.Rivas, María. Deportada. Mulher. Vizinha de Ordes. Fazia parte da guerrilha como enlace e estava casada com Manuel Ponte. Foi deportada a Espanha (Olmedo, Valhadolid).
135.Rivas Pombo, Avelino. Homemm. Natural de Corme (Ponte Cesso). Militante do PC e posteriormente da guerrilha. Morre em enfrontamento com a guarda civil o 22 de Maio de 1947 em Tordóia.
136.Rodríguez Fernández, Manuel ?Mosqueiro?. Preso. Vizinho de Bujám (Val do Duvra). Encadeado durante vários anos.
137.Rodríguez Fernández, Ramiro. Outras tipologias repressivas. Homem. Secretário do Grupo Galeguista de Bujám em 1936. Ramiro do Crecho?. Vizinho de Bujám (Val do Duvra). Oculto durante dias.
138.Rodríguez Fernández, Ramón. Exilado. Vizinho de Ordes exiliado na Argentina.
139.Rodríguez Gómez, Pedro. ?Pedro do serrador?. Vizinho e natural de Ordes. Membro do destacamento Manuel del Río Botana da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro. Logrou sobreviver, morrendo na sua casa de Ordes na década dos 70.
140.Rosende Boja, Francisco. Preso. Homem. Vizinho e natural dos Lameiros, paróquia de Buscás (Ordes). Estivo preso na Corunha por colaborar com a Resistência.
141.Sánchez García, Manuel. Detençom. Homem de 29, crego. Natural de Betanços e vizinho de Ordes. Inculpado em Causa militar instruída em Compostela.
142.Sanjurjo Botana, Andrés. Preso. Homem. Vizinho e natural das Calhes, paróquia de Olas (Messia). Estivo preso pola sua colaboraçom como guerrilheiro de enlace com a Resistência.
143.Sanjurjo Varela, Manuel. Assassinado. Homem. Vizinho de Vila Maior (Ordes) e natural de Ordes. Foi torturado até a morte.
144.Sastre Suede, Antonio. Preso. 21 anos. Homem. Guarda civil. Natural de Ordes. Julgado em Bilbo (Euskal Herria) por rebeliom militar com sentença de pena perpétua. Prisom atenuada o 14 de Janeiro de 1943.
145.Sánchez, Agustín. Passeado. Home de 22 anos, industrial. Natural de Messia e vizinho de Ordes. Assassinado no 14 de Agosto de 1936. Morte registrada em Betanços a causa de shock traumático. Apariçom do cadáver nas imediaçons da Estaçom do Norte. (NeV).
146.Sánchez Beiras, Antonio. Exilado. Vizinho e natural de Xanceda (Messia), onde foi presidente do Sindicato de Agricultores y Oficios Varios da CNT. Labrego. Membro da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro da Galiza. Exilado na Argentina finou em 1985.
147.Sánchez Rivas, Ricardo. Processado. Homem. Vizinho de Messia. Dirigente da Frente Popular em Messia. Causa aberta na Corunha por rebeliom. Encadeado. exilado em Buenos Aires. Exilado na Argentina e autor do livro ?El mundo de mañana?.
148.Sánchez Rodríguez, Jesús. Preso. 49 anos. Labrego. Vizinho e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua.
149.Sánchez Uzal, Antonio. Preso e assassinado. 28 anos. Labrego. Vizinho de Soutelo, paróquia de Olas (Messía) e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a cadeia perpétua. É torturado na cadeia da Corunha. O 26 de Novembro de 1947 os guardas civis sacam-no da casa por colaborar com a guerrilha e assassinam-no de cinco disparos, tantos como filhos deixava aos seus 40 anos.
150.Sánchez Veiras, Antonio. António de Varela. Exilado e preso. Vizinho de Xanceda (Messia). Republicano. Trabalha na terra até que se vê obrigado a fugir ao monte ou agachar-se de casa em casa. Perante a pressom que padece pola guarda civil marcha para a Argentina. Morre no 1985.
151.Sastre Suede, Antonio. Preso. 21 anos. Guarda civil natural de Ordes. Julgado em Bilbao por rebeliom militar com resultado de sentença a cadeia perpétua. Concessom da prisom atenuada o 14 de Janeiro de 1943.
152.Seoane Seijas, Andrés. Preso. 29 anos. Homem. Vizinho de Cúrtis e natural de Messia. Julgado em Compostela por rebeliom com resultado de sentença a 15 anos de prisom.
153.Sousa Hermida, Manuel. Exilado. Vizinho de Ordes exilado em México e posteriormente Cuba. Proprietário dum talher de xastre em Ordes. Pertencia ao Partido Socialista. Fijo-se Guarda de Assalto e participa na Revoluçom de Astúrias. Depois vai a Barcelona onde segue como guarda e ao mesmo tempo estabelece umha xastraria que dirige no seu tempo livre. A partir de Julho de 1936 participa na guerra no corpo de assalto do Exército Republicano. [Em Agosto de 1939 achava-se no campo de refugiados de Barcarès na França] e umha vez que tomam Barcelona sai para México, onde se estabelece como xastre e depois de acadar certa posiçom reclamou a sua família. Na sua xastreria, a ?Barón Dandy?, reuniam-se os exilados galegos em México, e também o Che Guevara mais os irmaos Castro quando preparavam a guerrilha, de cujo treinamento se ocupou o Capitám Bayo e o próprio Sousa Hermida, quem também ajuda para conseguir dinheiro para mercar o mítico iate ?El Granma?.
154.Souto, Jesús. Exilado. Vizinho de Ordes exilado na República Argentina.
155.Souto Gómez, Pedro. Processado. Homem. Vizinho e natural de Ordes. Causa aberta em Santiago por rebeliom.
156.Souto Vázquez, Pedro. Processado. Homem. Vizinho e natural de Ordes. Causa aberta em Compostela por rebeliom.
157.Suárez Botana, Vicente. Processado. 30 anos. Homem. Labrego. Vizinho da Igreja, Olas (Messia) e natural de Messia. Causa aberta na Corunha por rebeliom.
158.Sueiro López, José. Preso. 31 anos. Homem. Labrego. Vizinho de Céltigos (Frades) e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom, com resultado de sentença a cadeia perpétua.
159.Uzal Blanco, Antonio. Natural de Pedreira, paróquia de Leira (Ordes), onde nasceu em 1891. Posteriormente viveu em Achám (Ardemil). Colaborador da guerrilha. Detido no ano 1947, percorreu as cadeias de Valhadolid e Corunha. Faleceu no ano 1961.
160.Uzal Gaudeoso, Antonio. Preso. 31 anos. Homem. Labrego. Vizinho de Olas (Messia) e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a prisom 15 anos.
161.Uzal Gaudeoso, José. Processado. 28 anos. Homem. Labrego. Vizinho de Carvalhal, paróquia de Olas (Messia). Natural de Messia. Causa aberta na Corunha por lesons com resultado de sobresemento.
162.Uzal Suárez, Lucas. Preso. 54 anos. Homem. Labrego. Vizinho de Loureda (Cesuras) e natural de Messia. Julgado na Corunha por rebeliom com resultado de sentença a 12 anos e 1 dia de prisom.
163.Varela González, Juan. Assassinado. 16 anos. Homem. Vizinho de Tordoia. Solteiro. Assassinado no 30 de Outubro de 1938. Morte registada por ?septicemia. Inscripto por ordem judicial.?
164.Varela Vales, Claudino. Processado. 22 anos. Homem. Jornaleiro. Natural de Cambre e vizinho de Breixo (Cambre). Fugido por Betanços, Messia, Cesuras e Ordes. Causa aberta em Ferrol por deserçom, declarado fugido e em rebeldia. Indulto em Janeiro de 1941.
165.Varela, Antonio. Homem. Vizinho de Oroso. Labrego. Concelheiro de Izquierda Republicana por Oroso. Em 1945 estava exiliado em Buenos Aires. [O mesmo que varela vilares?].
166.Varela Vilares, Antonio. Dirigente da Frente Popular em Oroso [Segundo Neira Vilas, de Ordes(?)]. exilado em Buenos Aires.
167.Vázquez Mandayo, José. Executado. 25 anos. Homem. Casado. Jornaleiro. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom com o resultado de sentença a pena de morte. Executado em Compostela o 8 de Fevereiro de 1937. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha.
168.Vázquez Pombo, Manuel. Processado. 56 anos. Homem. Labrego. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por rebeliom com o resultado de absoluçom.
169.Veiga Gómez, Felipe. Passeado. 28 anos. Homem. Labrego. Solteiro. Vizinho de Betanços e natural de Bergondo. Militante da CNT e do PC, Sindicato de Profissons Várias de Betanços. Morto o 28 de Agosto de 1936. Registado morto em Ordes a causa de destroço cranial por disparo de arma de fogo. Apariçom do cadáver em Leira (Ordes). Inscrito primeiro como desconhecido e identificado em 1941.
170.Vieites del Río, José. Detençom. Homem de 25 anos, labrego. Natural e vizinho de Ordes. Inculpado em causa militar instruída em Compostela.
171.Vieites Fondevilla ?Tintoreto?, Adolfo. Processado. 47 anos. Homem. Tingidor. Vizinho de Ordes e natural de Oroso. Julgado em Compostela por rebeliom com resultado de absoluçom.
172.Vilariño Castro, Juan. Processado. 25 anos. Homem. Militar, soldado de reemprazo e comunista. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por rebeliom com o resultado de sobresemento.
173.Vilariño Liste, Benito. Executado. 27 anos. Homem. Jornaleiro. Casado. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por traiçom com resultado de sentença a pena de morte. Executado em Compostela o 8 de Fevereiro de 1937. Este, junto com os outros 19 processados no juízo ?aos de Ordes?, tivo que fazer fronte, em conceito de responsabilidade civil, a umha sançom de 500.000 pesetas por ?los prejuicios sufridos por la revolución?. Causa 230/36 de Santiago. Tribunal Militar Territorial IV. A Corunha.
174.Vilariño Liste, José. Exilado. Vizinho de Ordes exilado na França.
175.Villaverde Bello ?Monteiro?, Ángel. Preso. 17 anos. Homem. Jornaleiro. Vizinho e natural de Ordes. Julgado em Compostela por rebeliom, cadeia perpétua. Previamente fugido, após ser detido foge de novo, volve ser preso e julgado.
176.Villaverde Sanmartín, Antonio. Homem. Vizinho de Messia. No 1945 estivo detido várias vezes acusado de ser cúmplice dos guerrilheiros. Perseguido, exila-se na Argentina.
177.Desconhecido. Passeado. Homem 41 anos. Morto o 28 de Setembro de 1936. Morte registada em Ordes a causa de projectis de arma de fogo. Apariçom do cadáver em Castrelos, paróquia de Leira, no Km. 32 da estrada Corunha-Compostela.
178.Desconhecido. Passeado. Homem. Morto o 28 de Setembro de 1936. Morte registada em Ordes a causa de projectis de arma de fogo curta. Apariçom do cadáver em Queirua (Leira), Km. 34 da estrada Corunha-Compostela.
179.Desconhecido. Passeado. 39 anos. Homem. Morte registada em Cerzeda a causa de traumatismo cerebral por disparos de arma de fogo curta. Morto o 28 de Outubro de 1936. Apariçom do cadáver em Ponte Boicalvo, paróquia de Gesteda, na estrada Carvalho-Ordes.
180.Desconhecido. Passeado. 28 anos. Homem. Morto o 26 de Setembro de 1936. Morte registada em Messia a causa de traumatismo craneoencefálico por disparo. Apariçom do cadáver em Montouto, paróquia de Cumbraos entre o quilómetro 4 e 5 da estrada Cúrtis-Lavacolha.
181.Desconhecido. Passeado. 24 anos. Homem. Morto o 22 de Setembro de 1936. Morte registada em Cerzeda a causa de disparos de arma de fogo. Apariçom do cadáver na paróquia de Queixas.
182.Desconhecido. Passeado. 39 anos. Homem. Morto o 28 de Outubro de 1936 a causa de traumatismo cerebral por disparos de arma de fogo curta. Apariçom do cadáver em Ponte Boicalvo, paróquia de Gesteda, na estrada Carvalho-Ordes.
183.Desconhecido. Passeado. 27 anos. Homem. Morto o 28 de Outubro de 1936. Morte registada em Cerzeda a causa de traumatismo cerebral por disparos de arma de fogo curta. Apariçom do cadáver na estrada de Gesteda.
A principal fonte de dados que nos falta por consultar é a das famílias da gente da guerrilha, que fôrom deportadas em muitos casos e retaliadas de algum jeito em todos. Alguns nomes de pessoas que poderiam estar relacionadas com o guerrilheiro Juan Couto Sanjurjo som os seguintes:
1.Couto Abelenda, Manuel. Aux. Rebelom. 00392/37.
2.Couto Candal, Bernardo. Auxilio rebeliom. 00366/46.
3.Couto Sanjurjo, Manuel. Auxilio a malfeitores. 00400/47.
4.Couto Candal, Maria. Aux. Rebeliom. 00412/47.
5.Couto Candal, Bernardo. Aux. Rebeliom. 00412/47.
Nom sabemos tampouco de onde era natural (Messia, Cúrtis?) María Pérez, mulher de Benigno Andrade e guerrilheira de enlace:
6.María Pérez, mulher de Benigno Andrade Garcia ?Foucelhas?. Nada na Argentina. Detida em 1946 quando ia a Lugo e levava numha saca umha multi-copista. É presa na Corunha, e desterrada a Espanha (Tordesilhas). Enferma de aneurisma, tivo que ser interna num hospital de Valhadolid onde finou.
Há que contar, também, toda a família de António Nouche Costa, desterrada em Sória e encarcerada da Corunha. Desconhecemos os nomes e o número. Oito familiares de José Remuiñán Barreiro ?Ricardito?, que moravam no Casal (Ordes), fôrom deportados a Burgos como castigo polo seu ingresso na guerrilha, morrendo a nai no desterro. A dona de Manuel Pena Camino também é desterrada. 67 vizinhos e vizinhas de Abelhá fôrom processados após a queda de Ponte.
----- COMMENT: AUTHOR: Carlos Fco. Velasco Souto [Visitante] DATE: Wed, 27 Jan 2010 12:03:26 +0000 URL:Os meus parabéns polo labor pro vós realizado a respeito da recuperaçom da memória histórica de Ordes. Ânimo e avante. O meu reconhecimento assimesmo para o infatigável Manolo Paços e todos os seus contributos destes anos.
----- COMMENT: AUTHOR: Foucelhas [Visitante] DATE: Thu, 29 Oct 2009 12:31:00 +0000 URL: http://foucelhas.agal-gz.orgEstimado Carlos,
as obras que ti citaste som sem dúvida as que mais dados achegam. Outros trabalhos mais recentes, como o de Carlos F. Velasco 1936 : represión e alzamento militar en Galiza, recolhem todos os dados do livro de Carlos Fernández e sobretodo Manuel Astray, simplesmente ré-escrevendo-o. No livro de Luís Lamela 1936, la “Cruzada” en Compostela : la guerra civil y la represión franquista en los documentos policiales y militares podes encontrar um par de nomes mais de gente de Tordóia que foi repressaliada sendo registada em Santiago de Compostela, que som os arquivos que consultou o autor.
Entrando já na época da guerrilha, um censo de guerrilheiros da comarca (incluíndo enlaces e familiares retaliados) acha-se no caderno de Manolo Paços Manuel Ponte Pedreira : a resistencia antifranquista na comarca de Ordes; e sobre esta temática Lupe Martínez publicou Con a man armada, un monográfico sobre a IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro de Galiza, onde aparecem mais dados e mais nomes de gente de Ordes.
O livro do que ultimamente estamos a publicar trechos, Os que non morreron, de Xerardo Díaz Fernández, narra alguns episódios da estáncia na cadeia de Compostela dos presos políticos de Ordes antes de serem fusilados em Boisaca, em especial faz referência ao mestre José García e de Manuel Ponte.
E esta é mais ou menos a bibliografia que levamos olhada até o momento. Aguardamos ter-che servido de ajuda.
Aliás, em breves actualizaremos o censo, que está já nas 171 pessoas.
----- COMMENT: AUTHOR: Carlos [Visitante] DATE: Fri, 23 Oct 2009 22:02:49 +0000 URL:Ademais do libro de Manuel Astray Rivas, “Síndrome del 36″ e outro de Carlos Fernández Santander sobre a Guerra Civil, ¿qué outros títulos analizan estes feitos na comarca de Ordes?.
----- COMMENT: AUTHOR: Cerzedense [Visitante] DATE: Thu, 24 Sep 2009 15:27:02 +0000 URL:Nom o podo assegurar, mas creio que o pai de Isaac Díaz Pardo, o publicista do Estatuto de 1936, Camilo Díaz Pardo, foi fusilado em Cerzeda perto do paço de Lavandeira.
----- COMMENT: AUTHOR: Foucelhas [Visitante] DATE: Thu, 24 Sep 2009 15:25:52 +0000 URL: http://foucelhas.agal-gz.orgDizer que estamos a aguardar pola publicaçom do novo livro de Manuel Pazos: A GUERRA SILENCIADA. Mortes violentas na Comarca de Ordes 1936-1952 (Mais informaçom sobre este livro em: http://www.manuelpazos.info/libros4.html) que bem seguro ajudará a melhorar este censo.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Posto da A.C.Foucelhas no "Meigas Fora" de Poulo BASENAME: posto-da-a-c-foucelhas-no-meigas-fora-de DATE: Thu, 24 Sep 2009 14:28:47 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: ACTIVIDADES CATEGORY: TAGS: ----- BODY:No passado 18 de Setembro, a Associaçom Cultural Foucelhas aproveitou o festival "Meigas Fora" de Poulo para instalar um pequeno posto com material à venda e seguir a divulgar o novo projecto.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Primeiros momentos do golpe militar fascista do 36 em Ordes. O comité de defesa da Frente Popular BASENAME: primeiros-momentos-do-golpe-militar-fasc DATE: Tue, 15 Sep 2009 11:45:09 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: Documentos CATEGORY: TAGS: , documentos, ----- BODY:Na comarca e concelho de Ordes, a médio caminho entre a Corunha e Santiago, constitui-se no dia 19 um comité de defesa da República da que fam parte, ademais do presidente municipal Germám do Val Garcia, José García Fernández, Manuel do Rio Mandaio, Manuel do Rio Pampim, José Vasques Mandaio, Ángelo Caamanho Vila-Verde e outros cidadaos. A primeira medida que adopta este organismo é a formaçom de milícia da FP à fronte das quais se pom o doutor Alonso Ponte. Nesse mesmo dia, os milicianos prendem na sua passagem pola vila o general Aurelio Sánchez Ocaña quando se dirigia à cidade herculina para contactar com os seus colegas da sediçom.
Até ao 21, Ordes permanece em maos das forças republicanas sem se produzirem desordens, abusos nem maltrato de nengum tipo para com as pessoas desafeitadas. Os milicianos trabalham arreio na construçom de barricadas e trincheiras defensivas em prevençom de um ataque rebelde procedente de Santiago. Alguns mesmo se sumam à expediçom dos mineiros de Sam Fins que atravessam a vila caminho da Corunha. Entre eles figura o futuro dirigente guerrilheiro Manuel Ponte, na altura um novo e corajoso militante socialista. Ao seu regresso da capital, onde nada pudérom fazer, um feixe de mineiros resolvem ficar em Ordes para colaborarem na sua defesa. Colocam dinamita e situam-se nos telhados das casas para melhor albiscar e hostilizar os possíveis atacantes. Também incendiam o Julgado de Primeira Instáncia, único incidente digno de mençom a ter lugar nesses dias.
Contodo a desorganizaçom é grande. Os paisanos mal armados apenas sabem fazer uso de pistolas e espingardas, produzindo-se alguns auto-feridos por pura inexperiência. Tampouco os labores de vigiláncia e seguimento dos movimentos do inimigo funcionam bem: contrariamente ao esperado as tropas insurgentes fam irrupçom da banda da Corunha e nom da de Santiago, engrossadas polos fascistas locais a aguardá-las em Merelhe, um quilómetro mais arriba. A sua entrada provoca a desbandada geral e o concelho é tomado sem disparar um só tiro.
Três dias mais tarde, no 24, toma possessom como delegado local de Ordem Pública o tenente da Guarda Civil retirado Policarpo Galán. Com ele há colaborar estreitamente nas actividades repressivas, nos meses a seguir, o guarda civil Pe Pérez além dos omnipresentes falangistas. Em Setembro será nomeado presidente da cámara municipal um outro militar: o tenente-coronel do Exército Arturo Pérez Loureiro.
Como de costume, as detençons começam asinha. Nom faltam os republicanos conhecidos que, confiados, permanecem nas suas casas à espera dos seus captores. Nom foi tam ingénuo o presidente do Val, prudentemente agachado por bem anos. Outros pagárom-no com a vida sendo ?passeados?, como o moço socialista Manuel do Rio Mandaio. Entre os presos conta-se boa parte dos membros do comité de defesa, posteriormente processados, além do vice-presidente municipal do próximo concelho de Messia (e presidente do comité de defesa de aquela localidade) Ricardo Sanches Ribas, quem mais tarde logrará fugar-se exilando-se na Argentina. Também vam para o cárcere Manuel Ponte, entregado voluntariamente à Guarda Civil em troca de nom ser fusilado, e Ángelo Vila-Verde Velho (a) Monteiro, escapado inicialmente mas apanhado em Vigo ao tentar sair para América do Sul.
Quem sim conseguiu safar foi o doutor Alonso Ponte, cruzando a fronteira portuguesa e embarcando depois para México.
No 22 de Dezembro de 1936 tivo lugar em Santiago o conselho de guerra contra os membros do comité de defesa de Ordes e mais participantes na resistência ao ?glorioso Exército?. Resultárom condenados a morte Manuel do Rio Pampim, José García Fernández (mestre), Ángelo Jesus Caamanho Vila-Verde (mestre) [noutros lugares figura o seu segundo apelido como Vilasenim], José do Rio Pampim, José Peres Sam-Martinho, Paulino Pérez García, José Vasques Mandaio, Bieito Vilarinho Liste, Manuel Moure Rei, André Nogareda e José da Igreja Vilarinho. Condenados a cadeia perpétua, pola sua parte, Joám Rios Garcia, Tomás Igrejas, Salvador Grela Beiras, Manuel Ponte Pedreira, Pedro do Rio Caramelo, Jesus Calvo Martins, Francisco Comesanha Rendo e Manuel Rego Rios. E condenado a onze anos, Manuel do Rio Pampim.
À parte disto, e para cúmulo de surrealismo, os réus anteditos quedavam obrigados a satisfazer ao Estado mancomunada e solidariamente, pola via de responsabilidade civil, a cantidade de quinhentas mil pesetas em conceito de prejuízos causados pola ?revoluçom?.
Os sentenciados a morte seriam fusilados em Fevereiro do 37 em Boisaca, com a excepçom de Francisco Comesanha Rendo que pudo livrar graças a ter nascido em Cuba e conservar a nacionalidade daquele país. Comesanha, médico de origem tudense, fora incluído na mesma causa dos frente-populistas de Ordes pese a ser militante da JSU em Compostela. Trás cumprir prisom na Corunha exilou-se a México.
Tocante aos restantes condenados, sairiam da cadeia a princípios dos anos 40. Ponte e do Rio Botana morreriam luitando na guerrilha.
Assim e todo, os fusilados em resultas deste processo nom fôrom os únicos filhos de Ordes a entregarem as suas vidas pola causa da liberdade, a democracia e o progresso social. Também o figérom ?supom-se que ?passeados? ou mortos em circunstáncias igualmente irregulares? José Mosqueira Rodrigues e Manuel Moar Cao, além do já citado Manuel do Rio Mandaio.
Outros vizinhos do concelho padeceriam depuraçom, como o inspector de Polícia Rafael Astrai Mato, malheiras, cortes de cabelo ao rape e mais vexaçons consabidas. Destacou-se no auxílio à repressom o pároco da vila Ramom Mosteiro, indivíduo de talante autoritário e intemperante conhecido popularmente polo seu nome deformado Mamom Bosteiro.
Para além do mais, as terras do município servírom de cenário para numerosos ?passeios? de gente das Marinhas, Cúrtis, Bergantinhos e outras muitas latitudes.
Entrados os anos 40, a comarca de Ordes seria assim mesmo um dos teatros de operaçons da IV Agrupaçom do Exército Guerrilheiro de Galiza. A cousa terminou em 1952 com a queda em Visantonha do grupo dirigido por Joám Couto Sam-Jurjo. O mítico Manuel Ponte, chefe da dita Agrupaçom em 1946-47, cairá em Abril deste último ano no Fontao, freguesia de Abelhá (Frades), mui cerca do seu lugar de nascimento.
Fragmento de: VELASCO SOUTO, Carlos F. 1936. Represión e alzamento militar en Galiza. Vigo, A nosa terra, 2006, pp. 234-236.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: AC Foucelhas edita marca páginas sobre Manuel Ponte com quatro livrarias ordenses BASENAME: ac-foucelhas-edita-marca-paginas-sobre-m DATE: Tue, 08 Sep 2009 16:25:41 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: Nom categorizado CATEGORY: TAGS: ----- BODY:A Associaçom Cultura Foucelhas vem de editar, em colaboraçom com quatro livrarias ordenses (Arume, Artes e Xogos, Tango e La Repro), duzentos marca páginas sobre a figura do guerrilheiro de Abelhá Manuel Ponte Pedreira. O marca páginas inclui umha reproduçom da gravura que Luís Seoane dedicou ao guerrilheiro e um poema, também de homenagem, de Lourenço Varela. Engadimos também umha pequena biografia para ajudar a recuperar a memória deste emblemático combatente pola liberdade da comarca de Ordes. Os marca páginas podem-se conseguir nas livrarias colaboradoras ou bem pondo-se em contacto com nós (foucelhas.ordes@gmail.com).
Aproveitamos para agradecer-lhe às livrarias a sua amável colaboraçom e, a mode de fé de erros, desculpar umha equivocaçom no marca páginas; onde di que tanto o poema como a gravura som de Luís Seoane, deveria dizer que a gravura é de Seoane e o poema de Lourenço Varela.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Imagens do posto da AC Foucelhas no Festival Brincadeira 2009 BASENAME: imagens-do-posto-da-ac-foucelhas-no-fest-2009 DATE: Fri, 04 Sep 2009 14:14:06 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: Nom categorizado CATEGORY: TAGS: brincadeira, festival, posto de material ----- BODY:Nos passados dias 7 e 8 de Agosto, da Associaçom Cultural Foucelhas instalamos um pequeno posto de venda de material e divulgaçom do projecto no Festival Brincadeira, a cuja organizaçom agradecemos a amabilidade com a que nos procurou um stand. Publicamos agora umha pequena crónica fotográfica.
Mais imagens:
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: A.C.Foucelhas edita caderninho monográfico sobre as festas da Santa Maria de Ordes de 1935 e dípticos sobre Manuel Ponte Pedreira e Benigno Andrade Garcia ?o Foucelhas? BASENAME: a-c-foucelhas-edita-caderninho-monografi DATE: Sun, 09 Aug 2009 15:24:51 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: Nom categorizado CATEGORY: TAGS: festas de 1935, foucelhas, guerrilheiros, manuel ponte, ----- BODY:
Na linha de recuperaçom da memória histórica da A.C.Foucelhas acabamos de publicar um caderno que narra o acontecido nas festas patronais de Ordes do ano 1935 quando em plena IIª República o presidente da cámara municipal, o monárquico António Concheiro Igrejas, intenta boicotar as festas populares convertindo-as num treinamento do que serám as festas de adoutrinamento nacional-católicas durante o franquismo. Um grupo de jovens organizados em torno o ?Bloco da Juventude?, que acolhia a republicanos, socialistas, comunistas e nacionalistas galegos da comarca, dará-lhe resposta a tais provocaçons, iniciando umha onda de indignaçom que chegará à capital do estado e provocará um juízo militar. Com o golpe fascista de 1936, esse grupo de jovens que chegara ao poder municipal com a Frente Popular é retaliada com dureza: onze deles serám fusilados, e ?os mais afortunados?, como Manuel Garcia Gerpe, exilarám-se após combater com a República e passar polos campos de concentraçom franceses.
O caderninho está à venda por só um euro, mas também se pode descargar em pdf.
As Festas de Santa Maria de Ordes de 1935_capa e Contra-capa
As Festas de Santa Maria de Ordes de 1935_interior
Paralelamente editamos dous dípticos sobre os guerrilheiros mais respeitados na comarca e no país: Benigno Andrade Garcia ?o Foucelhas? e Manuel Ponte Pedreira. Para o primeiro tomamos o texto elaborado polas companheiras e companheiros da Comissom de Memória Histórica da Gentalha do Pichel, que reeditamos para distribuir pola comarca de Ordes, e para o segundo elaboramos um texto próprio. Os dous dípticos podem-se descargar em pdf aqui: (Foucelhas, Manuel Ponte) e também se pode encontrar nos estabelecimentos de Ordes nos que se repartirám grátis. Proximamente publicaremos os textos neste mesmo blogue.
Díptico_Benigno Andrade Foucelhas
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Por volta de vinte pessoas assistírom à jornada ?Resistências no agro galego? BASENAME: por-volta-de-vinte-pessoas-assistirom-a- DATE: Sun, 09 Aug 2009 14:54:14 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: Nom categorizado CATEGORY: TAGS: ----- BODY:Umhas vinte pessoas achegárom-se a passada sexta-feira à biblioteca municipal de Ordes para assistir às palestras de Lídia Senra (SLG) e Afonso Touceda (Projecto Amorodo) acerca das resistências no agro galego à crise capitalista. Oferecemos umha pequena crónica resumindo as ideias das duas intervençons.
A intervençom da veterana sindicalista girou sobre as principais linhas necessárias para entender a actual crise do sector leiteiro e da agricultura em geral. A nível mundial as políticas de controlo da produçom agrária estám sendo abandonadas às pautas do neoliberalismo, com a conseguinte privatizaçom dos genomas das plantas e animais e a imposiçom dos transgénicos, que leva a situaçons tam absurdas como as de ter que pagar por empregar umha semente. Aliás, a engenharia agrícola está a desenvolver um tipo de semente, a "Terminator", que só germina umha vez, com o que a agricultora ou agricultor deve mercar a semente cada ano pagando o cánon correspondente. Como di o filósofo Santiago Alba Rico: "Escandalizaria-nos, sem dúvida, a ideia de que cinco homens de Nova Iorque registassem como propriedade sua a cor azul de maneira que cada vez que nos pugéssemos umha camisa azul ou cada vez que o nosso filho utilizasse um lápis azul para pintar um barco ou cada vez que um poeta utilizasse a palavra azul tivéssemos que pagar umha quantidade em conceito de direitos. Bem, isso é o que ocorre já com as sementes e ninguém parece demasiado escandalizado."
Centrando-se mais no conflito actual Lídia Senra recordou que a crise do leite é devida à sobreproduçom: "Europa está inundada de leite". O que o Sindicato Labrego Galego defende -e por isso nom assinou o acordo que sim assinárom as outras organizaçons sindicais- é que se garanta como mínimo que o preço do leite cubra gastos de produçom, enquanto os outros sindicatos se contentárom com ter o preço francês de referência e, polo tanto, sem garantir que este cubra os gastos de produçom.
A soberania alimentar, como direito dos povos, foi outro dos pontos centrais na exposiçom. Nengum povo pode ser livre e soberano se nom tem garantida a soberania alimentar, é dizer, o abastecimento de alimentos de primeira necessidade para a sua populaçom; para o qual é necessário que as políticas agrárias nom se rejam polas regras de mercado, senom das necessidades das populaçons. Sobre isto remitiu-se ao exemplo de Cuba, que com a queda da URSS viveu dificuldades para abastecer-se de alimentos. O passado 27 de Julho, no 56º Aniversário da Revoluçom, Raúl Castro recordou que "é de necessidade nacional produzir no país", quando Cuba ainda tem que importar 80% dos víveres que consumem, "a terra está aí, aqui estám os cubanos, veremos se trabalhamos ou nom, se produzimos ou nom... Nom é questom de berrar ´Pátria ou morte, abaixo o imperialismo, o bloqueio golpeia-nos´enquanto a terra aí, aguardando pola nossa suor." Nesta linha a ilha está volvendo ao campo, trabalhando essa metade das terras cultiváveis que estavam em barbeito, e iniciando projectos senlheiros como os da agricultura urbana.
Nas intervençons do público estavam presentes gadeiras e gadeiros da comarca, militantes do Sindicato Labrego Galego, quem expressárom também o seu desacordo com o acordo assinado por Unions Agrárias e Jovens Agricultores, que qualificárom de cortina de fumo política para tapar momentaneamente o problema enquanto em toda Europa o estám a atacar: a mudança da política agrária face a sua liberalizaçom. Perguntados acerca da unidade de acçom sindical rota com essa assinatura recordárom que o Sindicato Labrego Galego se em algo se diferença das outras organizaçons agrárias é em que som os únicos com democracia interna, na que as labregas e labregos decidem em todo o momento o quê fazer, porque luitar e de que jeito.
Afonso Touceda pola sua parte expujo o projecto Amorodo (que está a funcionar nos concelhos de Ames, Róis, Dodro e agora também Briom) como exemplo de umha alternativa para o rural galego. O projecto de três anos conta com financiamento público, e visa organizar umha rede de produçom agrícola para abastecer o comércio local, combinando a produçom ecológica com o consumo saudável. Dividido em três etapas de um ano, começou-se organizando reunions paróquia por paróquia com as pessoas interessadas na agricultura a diferentes níveis (tempo completo, tempo parcial, só venda de excedentes do auto-consumo, etc.) e visitando outros projectos de pequena empresa já em marcha. Continuou-se com formaçom teórica e prática de todo tipo, compra das primeiras sementes, organizaçom da horta, etc.
A filosofia de Amorodo é a de opor à produçom industrial e distribuiçom por transnacionais, umha agricultura mais respeituosa com o meio ambiente que comercialize em circuitos curtos: nas feiras locais, venda directa, etc., reduzindo custos de transporte e melhorando a qualidade dos produtos. De momento os principais consumidores som gente com consciência ecologista mas também os comedores escolares da zona.
Um projecto deste tipo ajuda a combater o abandono do rural (com todas as suas conseqüências: reduçom das probabilidades de incêndios, cuidado destas zonas, ocupaçom racional do território, diminuiçom da poluiçom, etc.), cria trabalho sem depender da simples fórmula de vender mao de obra barata a multinacionais e, à vez, incide na importáncia da alimentaçom saudável. Fórmulas deste tipo, singelas embora tardem em colher inércia, estám a triunfar já -como recordou Lídia Senra- na França, cujo processo de destruiçom do campesinhado está muito mais avançado e umha importante parte da populaçom decidiu volver ao campo obviando às multinacionais. Calcula-se que estas cooperativas de consumo combinadas com produtores ecológicos atingem já a 10 milhons de francesas e franceses. No caso do projecto Amorodo as cámaras municipais achegam 20% do orçamento, em proporçom com o número de habitantes. Seria possível pô-lo a andar numha comarca como a de Ordes, eminentemente rural e em crise com a queda dos preços do leite? De seguro seria muito mais racional do que pretender construir um segundo polígono industrial quando primeiro está ainda vazio.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Médio cento de pessoas acompanhárom-nos na nossa apresentaçom BASENAME: medio-cento-de-pessoas-acompanharom-nos- DATE: Wed, 29 Jul 2009 15:53:05 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: Nom categorizado CATEGORY: TAGS: ----- BODY:O passado 17 de Julho fôrom por volta das 50 pessoas as que nos acompanhárom na nossa apresentaçom no Bar Orellas. Após a palestra de Uxío-Breogán Diéguez abriu-se um interessante debate com intervençons do público. Debatiu-se acerca da herdança da luita nacionalista de pré-guerra, o papel do Partido Comunista na guerrilha anti-franquista e também do importante papel jogado nesta última polas mulheres.
----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Jornada "Resistências no agro galego", com Lídia Senra e Afonso Touceda BASENAME: jornada-resistencias-no-agro-galego-com- DATE: Wed, 29 Jul 2009 14:50:47 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: Nom categorizado CATEGORY: TAGS: ----- BODY:A Associaçom Cultural Foucelhas continua com a sua actividade após a apresentaçom do passado dia 17 de Julho, na que médio cento de pessoas nos acompanhárom no Bar Orellas na palestra do historiador Uxío-Breogán.
Desta vez, a cita será a sexta-feira, dia 31, às 18h00 na Biblioteca Municipal de Ordes. Com o título de "Resistências no agro galego" falarám Lídia Senra e Afonso Touceda acerca dos problemas do agro, de especial importância social na nossa comarca, e de projectos para poder viver nele com dignidade.
Lídia Senra nasceu na Póvoa de Brolhom no ano 1958, e começou a militar no Sindicato Labrego Galego em 1976. Tem umha explotaçom agrária em Vedra, fai a venda directa dos seus produtos e emprega as técnicas labregas tradicionais. Desde 1989 ocupou o cargo de Secretária Geral do SLG, foi membra da Executiva da Coordenadora Labrega Europeia durante quatro anos. Participou nos foros sociais de Floréncia, Paris e Londres, e fai parte da Internacional Campesinha ?Via Campesinha?. Nesta última organizaçom, foi elegida membra da Comissom Internacional de Mulheres Via Campesinha, em representaçom de Europa, na IV Conferência Internacional da Via Campesinha, celebrada em São Paulo em Junho de 2004.
Vídeo da palestra no Local Social A Faísca (Vigo): http://blip.tv/file/1746709
Entrevista a Lídia Senra no portal Galizalivre: http://www.galizalivre.org/index.php?option=com_content&task=view&id=1538&Itemid=1&mosmsg=
Afonso Touceda é um dos fundadores do projecto Amorodo, umha iniciativa para a promoçom da agricultura sustentável, nas comarcas do Sar e da Amaía, iniciada no ano 2006. Para além da produçom sustentável e do consumo de alimentos sans procura-se também o reestabelecimento da relaçom directa entre produtor/a e consumidor/a, garantia da calidade dos produtos e da permanência das formas tradicionais de produçom. Os principais beneficiários do projecto som as mulheres e a juventude, normalmente os sectores mais maltratados laboralmente.
Na actualidade englobam cerca de 30 produtores, com vistas a transformarem-se em pequenas empresas mantendo o comércio tradicional, e com espectativas de seguir crescendo devido ao grande número de pessoas interessadas no projecto.
Podes obter mais informaçom na sua página: http://proxectoamorodo.org/ ----- -------- AUTHOR: ordes TITLE: Esta sexta-feira, 17 de Julho, apresenta-se no Bar Orellas (Ordes) a Associaçom Cultural Foucelhas BASENAME: esta-sexta-feira-17-de-julho-apresenta-s DATE: Tue, 14 Jul 2009 20:55:08 +0000 STATUS: publish PRIMARY CATEGORY: Nom categorizado CATEGORY: TAGS: ----- BODY:
O acto começará às 20h00 com a apresentaçom da A.C. Foucelhas e, a continuaçom, o historiador e director da revista Murguía, Uxío-Breogán Diéguez, dará umha palestra com o título ?O nacionalismo galego diante do Golpe militar e o Franquismo (1936-1975). Resistência na comarca de Ordes.? Umha vez rematada, o grupo de pandereteiras Bouba dará início à foliada com a que se pechará a jornada.
A associaçom Foucelhas formamo-la um grupo de jovens da comarca de Ordes aguilhoados da preocupaçom que nos causa a forma estancada e institucionalizada da actividade social in/existente no nosso contorno. Nascemos com ánimo de potenciar e dinamizar a luita e protesta social, a denúncia das injustiças e a participaçom democrática verdadeira de todo o povo.
Queremos convidar-te a este começo de andaina da A.C. Foucelhas que tem sempre as portas abertas a novas ideias e a gente com ilusom por fazer cousas.
----- COMMENT: AUTHOR: manolo escobar [Visitante] DATE: Thu, 13 Aug 2009 04:17:40 +0000 URL: http://www.manoloescobar.comMoito tempo tedes a xente nova… se vos deixarades de lerias e viñerades verme actuar…
----- COMMENT: AUTHOR: Jose Carlos [Visitante] DATE: Thu, 16 Jul 2009 14:09:35 +0000 URL: http://www.pglingua.orgAmigos da Associação Cultural Foucelhas
Desejo um grande sucesso e deixo os parabens pela iniciativa.
Abraços do Brasil