A nossa homenagem a Carvalho Calero com palavras do amigo Carlos Quiroga

A nossa homenagem a Carvalho Calero com palavras do amigo Carlos Quiroga

Todo o mundo sabe que eu professo em matéria lingüística as ideias as ideias de Castelao, as ideias. Todo o mundo sabe como essas ideias som contrárias às que acima mandam nas esferas do poder, nas esferas. Todo aquele que professa o que eu professo é um herege e um cismático, um cismático das altas esferas.

Todo o mundo que estima inservível esta língua na que falo, canto, que acha perder tempo, perder pasta, que vê nela um atentado contra a unidade dos reinos todos das esferas, as esferas, todos esses devem ser antilusistas, todos eles devem ser anticarvalhos, e todos lá acima que se gritem antigalegos, todos se confessem abertamente castelhanistas.

É razoável essa postura nas esferas é razoável aprender inglês e tudo, é razoável aprender pinheiros e eucaliptos, é razoável sempre nas esferas.

E até aqui no monte é razoável após tantos séculos de castelhano: é razoável eucaliptar-nos, é razoável na mentalidade dos galegos, é razoável que até os galeguistas radicais revelem às vezes no seu radicalismo o seu razoável castelhanismo.

Em matéria lingüística o nacionalismo que propugna o isolamento desta floresta parece inconsciente manifestaçom da vassalagem a outro ponto de vista, o ponto de vista das esferas, as esferas, o ponto de vista castelhanista, eucaliptista.

Nom é sensato ignorar o português quando se trata de ordenar este galego. Os problemas que abordam os plantadores galegos, perplexos por tamanhos problemas, fôram resolvidos no português em forma perfeitamente aceitável para nós.

Para nós! Alguns já descobriram, nós e muita Gentalha, e aprendemos na casa vizinha e vemos o mundo grande e sabemos que nos serve para um mundo, inservível é fechar os olhos, nefasto só fechar as portas. Outros ensaiam o jogo pueril de inventar saídas que vizinhos já bem contrastaram, no mundo das sete partidas.

E no jogo cerril acirra-se um ódio indiferente ao português, no que parece resultado de inocular um vírus preparado por inimigos da pervivência do galego, meu irmao, do galego que ainda pervive.

Carlos Quiroga

Escrito em 27-03-2007, na categoria: Comissons, lingua
Chuza!

Sem comentários ainda

    SEMENTE

      Somos um grupo de compostelanas e compostelanos decididos a fazer activismo cultural na nossa cidade e comarca. A língua e cultura galegas, a vontade de aprender, de difundir e recuperar os nossos costumes, a nossa história, a nossa música... som os nossos eixos de trabalho.

      Documentário Quatro anos de Gentalha já na rede!

      A Gentalha do Pichel Centro Social O Pichel Loja da Gentalha

        AGENDA DE EVENTOS

          Busca

          O blogue do Apalpador

          powered by b2evolution