Vem conhecê-la connosco e participa no nosso divertido concurso, haverá um prémio para @ ganhad@r.

Combinamos às 17h00 na porta da Fundaçom Caixa Galiza, na Rua do Vilar

Ruth Matilda Anderson: umha olhada de mulher na Galiza dos anos 20.

Esta exposiçom é umha clara mostra da utilidade documental da fotografia sobretodo nos anos que corriam já que a reclamaçom da fotografia como um jeito de fazer arte era nos começos um tema nom exento de polémica. Pensáva-se que a fotografía nom criava nada coma o fazia a pintura, a escultura, ou o debuxo, senom que representava um mero registro da realidade. Por isso, a recepçom teórica da fotografia como dimenssom estética non sempre estivo vinculada á historia da arte.

Além disso, sabemos que o uso da tecnologia estivo e está reservada aos homens desde os inicios da cultura. Muitas mulheres atrevérom-se a brigar e a reivindicar umha arte e umha profissom que em muito poucas ocassons as legitimava. Em nom poucas oportunidades este trabalho exercido polas mulheres foi invisibilizado a pesar de lograr umha notável eficácia e qualidade em termos técnicos.

Também devemos ter em conta os incríveis impedimentos técnicos que afrontarom tanto Matilda como o seu pai à hora de traer as cámaras e transportar o material pola Galiza, devemos ter em conta o precário das comunicaçons e incluso as dificuldades para conseguir um carro e despraçar-se em ele.

Podemos imaginar as reacçons da populaçom galega da época ao ver a Matilda com as suas roupas à moda estadounidense, conducindo um Ford e portando a sua inesgotável curiosidade e inquietude por fotografar.

Ruth Matilde foi entom, além de fotógrafa, fundamentalmente etnógrafa. Originária de Nebraska, é nin máis, nin menos a autora de un dos compendios máis ricos sobre a história galega. Esta exposiçom está dividida em diversos apartados que descrevem a religiom, a vida no meio rural, o gando, os oficios e trabalhos no ámbito urbano e as feiras e mercados que davan conta das diversas artesanias e a producçom cultural da comunidade.

Ruth, a responsável e criadora de estas imagens, reciviu as primeiras leiçons do seu pai, o tambem fotógrafo Alfred Anderson; por aquela época era muito dificultoso para umha mulher adquirir conhecimentos dumha profissom maioritariamente masculina. Por esta razom, o papel do seu pai como mestre e animador do oficio da sua filha resulta essencial.

Depois de graduarse em 1919 em Nova York na Clarence H. White School for Photography, comeza a trabalhar na Hispanic Society of America onde precisamente se lhe encarrega a criaçom dum arquivo fotográfico sobre a cultura e a sociedade galega entre outras.

Foi assim como em 1928, acompanhada polo seu pai, emprende a viagem que a conducirá primeiro a Galiza e logo a Asturias, Leom, Castela, Andalucia e Extremadura. O resultado do seu trabalho na Galiza é un arquivo de máis de 10.000 imagens que descrebem a vida e a experiência d@s habitantes do norte do estado.

Entre as fotografias relacionadas coa mulher podemos atopar as realizadas sobre o trabalho das mulheres no bairro corunhes da Peixeria ou as vendedoras de castanhas entre outros oficios. Por outra banda, aparece também retratada cumha mirada antropológica a vida rural, com imagens do trabalho agrícola em Sarria, ou da organizaçom religiosa e social coas processons de Viveiro e Ourense.

Anderson mostrou um grande afeto pola arte e a cultura popular galega, chegando a traduzir poemas de Rosalia de Castro e Pondal.

Na exposiçom poderas encontrar fotografias feitas em Compostela nos anos 20, proponhemos-te que as procures e que fagas umha fotografia em cada um de estos empraçamentos tal e como estam agora, 90 anos depois. A pessoas que nos mande antes fotografias ao mail da Gentlha do Pichel, ganhará o concurso e polo tanto o premio. Anima-te a participar!