Perspectivas da Economia Galega - Xoaquín Fernández Leiceaga

Perspectivas da Economia Galega - Xoaquín Fernández Leiceaga

22-01-2008

Por Pedro Casteleiro
No passado dia 16 de Janeiro, a Associação Cultural O Facho organizou a palestra que, sob o título de Perspectivas da Economia Galega, realizava o Prof. Xoaquín Fernández Leiceaga, ilustre economista e político galego. O professor, com breve e grata precisão perfilou um balanço dos últimos 35 anos da evolução da nossa economia para, a seguir, expor objectivos e prognósticos para os próximos lustros.
Comentava o Sr. Fdez. Leiceaga que o ponto de partida do nosso país no momento da transição política espanhola se caracteriza comummente como um cenário de atraso económico, com uma estrutura produtiva de base eminentemente agrária. Com a consolidação das novas estruturas políticas e o nosso ingresso na CEE, a Galiza entra num período caracterizado pola recepção de fundos económicos procedentes da solidariedade europeia, nem sempre bem geridos. Outro factor de importância na definição deste período é que se constata a ausência de uma grande cidade, motor de uma eventual dinamização sócio-económica, como lá existe na Catalunha e em outras zonas da península.
A pesar de tudo o balanço reflecte crescimento, mas a nossa situação exige ser consolidada e matizada por meio da colocação dos seguintes objectivos, a cumprir nos próximos 10 anos: a convergência em produtividade com a Espanha e a Europa, e o alcance de uma situação de pleno emprego.
A situação actual caracteriza‐se polo maior peso da construção e outros sectores sobre
o sector primário, antes primordial. Ora é preciso termos em conta que a chegada de fundos europeus desaparecerá no futuro imediato. Mas, todavia, este cessamento quer dizer que, conforme os critérios comunitários, não precisamos já destes fundos para o investimento ?que de facto foram aprovados quando apenas cumpríamos as condições exigidas in extremis.
Assinalava o professor noiês que a capacidade de gerar inovações há de condicionar a nossa competitividade, mas eis que deparamos com um problema sério, porquanto não estamos ainda na óptima disposição para o cumprimento de tal exigência. Aliás, será preciso artelhar a tripla conexão com a Meseta, a Cornija Cantábrica e com Portugal, concretada em AVE com a Meseta, Transcantábrica e assimesmo AVE com Portugal, para além de outras infra-estruturas.
É preciso também reajustar o nosso sistema tributário, com uma orientação social, e avançarmos no âmbito universitário de modo a abrirmos maiores espaços para a inovação. Mas o mais importante, para o palestrante, é dar mais peso ao elemento inovação no terreno empresarial, bem como o preciso fortalecimento da Formação Profissional.
Para finalizar, o Sr. Fdez. Leiceaga sublinhou que o calendário da convergência da Galiza com o resto da Espanha augura‐se menos demorado a raiz da constatação do nosso ritmo de crescimento em produtividade e emprego nos últimos anos.

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Agrupaçom Cultural O Facho existe desde o ano 1963. Nasce da vontade conjunta de umha vintena de estudantes, trabalhadores e profissionais liberais d?A Corunha. A ideia é originaria dos daquela hora estudantes de bacharelato, Henrique Harguindey, André Salgueiro, e Xosé Luis Carneiro; respondendo ao seu chamamento posteriormente somárom-se entre outros: Eduardo Martínez, Henrique Iglesias, X. Alberte Corral, Xosé L. Rodríguez, etc... É a primeira agrupaçom de resistência cultural criada numha cidade do Pais polos seus cidadaos, já que O Galo é conformada por estudantes universitários de todo o Pais em Compostela, naquelas datas era a única cidade galega com Universidade. O grupo nasceu cos sinais de identidade da resistência contra o franquismo e da defesa da plena valia da língua e da cultura galega. Existia unha claríssima vocaçom política do que se fazia precisamente porque essa era toda a actividade publica com repercussons políticas que se podia fazer. A defesa da cultura e a língua galega é a cerna do que-fazer d?O Facho, que passou de fazer cultura de resistência nos anos da longa noite de pedra a se constituir hoje numha autentica mostra de resistência da cultura. Desde os primeiros momentos O Facho destaca-se com os seus cursos de língua com apoio de alguns exemplares da ?Gramática do idioma galego? de Manuel Lugrís Freire. Estes cursos tivérom umha importância mui grande na Corunha;. Daquela o galego nom se escrevia apenas e estava expulso da sociedade ?bem pensante?, nem sequer tinha secçom galego a faculdade de Filologia de Compostela. Umha das figuras fundamentais dos cursos foi D. Leandro Carré Alvarellos quem dirigiu esta actividade. Os ciclos dedicados á cultura galega, os encontros nos que se tratava economia e sociedade, os concursos literários. O seu grupo de teatro criado nas primeira datas de existência da Agrupaçom do quem eram responsáveis Manuel Lourenzo, e Francisco Pillado, foi dos pioneiros em representar obras no nosso idioma, tanto de autores galegos como de outras nacionalidades ( Brecht, Ionesco...). Na actualidade, O Facho é consciente dos desafio culturais do século XXI. Agora há que tentar ver o significado que pode ter hoje o sermos galegos num mundo globalizado. A ideia básica é que sermos galegos agora implica ser dumha maneira concreta numha sociedade mundial. Entre as iniciativas mais recentes é a criaçom do Facho de Ouro, um prémio para reivindicar galegos, o que amossa a própria agrupaçom é unha cultura que resiste. d’A Corunha.
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