O Rexurdimento e António Fernandes Morales

O Rexurdimento e António Fernandes Morales

26-04-2008

Agrupaçom Cultural O Facho
Rua: Federico Tapia 12-1º
15005 A Corunha

Sol González Maside/ J. A. Corral Iglesias

O escritor e professor da U. de V. Anxo Angueira Viturro entreviu o passado dia 8 de Abril dentro do ciclo «Língua e Naçom» organizado polo O Facho, a sua conferencia intitulada: O Rexurdimento e António Fernández Morales (Poeta berciano do século XIX).
A intervençom do conferencista espertou grande interesse entre o numeroso publico como demonstrou o prolongado e participado colóquio que seguiu á exposiçom do professor vigués.
O palestrista encetou a sua exposiçom afirmando a importância da obra de António Fernández Morales,?Ensaios poéticos em dialecto berciano?, no ámbito da nossa cultura. Esta genial obra poética foi publicada em 1861, dous antes que Rosália de Castro publicará ?Cantares Galegos?. Sublinhou da sua relevância, e ainda que Murguia nom o considera como um precursor, bem podemos considera-lo tal pois a sua obra nom desmerece a escrevida por Joam Manuel Pintos ou Francisco Anhom senom que é de maior transcendência, em opiniom do professor Anxo Angueira profundo conhecedor e divulgador da obra do poeta berciano.
O professor Angueira desbulhou a historia da cultura galega em três grandes ciclos: um primeiro de forte personalidade desde o seu xurdimento como entidade própria, até fins da Idade Media, um segundo período que vai desde fins da Idade Media hasta o século XIX (os séculos escuros), e um terceiro que se inicia co Rexurdimento e no que ainda estamos. No percorrer deste desenho histórico também fijo mençom a forte personalidade de Galiza como entidade colectiva diferenciada até o extremo que é a única Naçom que mantém o seu nome desde a sua origem romana, feito que nom acontece em nengum outra Naçom europeia.
Sublinhou a importância histórica do Rexurdimento, já que foi nesse período quando se forjárom os grande eixos nos que ainda hoje se pousa o quefazer político e social. A Defessa da identidade galega (língua, costumes, paisagens, etc..) , a construçom de um projecto político com fundas características de transformador social e nunca essêncialista; tendo como piares, o pensamento crítico, a democracia nom só jurídico política senom em forte urdime com o económico e social.
Ainda que coetáneo da geraçom dos Precursores, Fernández Morales comparte os ideais mais de vanguarda do Rexurdimento tanto na sua obra literária como na sua vida como cidadam é militar, sendo deputado em Cortes (1887) polo Partido Radical da época, que traduzido as coordenadas de hoje veria a ser como um deputado das concepçons mais avançadas no eido social como no político.

Para compreender a obra de António Fdez. Morales, temos que ter presente e nom esquecer que a actual raia administrativa amputadora do Berço do País Galego marcou-se no ano 1833 quando Madrid cria as provinciais actuais em funçom dos interesses da Corte e nunca em funçom da cidadania; e que este poeta da Galiza irredenta estivo residindo em Tui no primeiro terço do século XIX polo de certo conheceria a obra e o projecto dos escritores do País. A sua poesia reflecte muitas das características da obra rosaliana, a grande mestra. Como ela defende e dignifica a paisagem fronte a afrenta e vexame dos autores castelans e da Corte (Góngora, Quevedo, entre outros); o conferencista leio versos de Góngora confrontando os mesmos com os do poeta berciano mostrando como este último ao igual que Rosália utiliza a paisagem para louvar a Galiza em geral e o Berço em particular.
Na leitura dos poemas do autor do Berço: ? O Fiandom?, ? A Romaria?, ?O Entroido?, ?Caça Maior?, Angueira, destacou como o poeta baixa ao profundo do povo, a vez que descreve maravilhosamente os labores da vendima, a sega em Castela, todo mundo que contem a cultura de e baseada na castanha, etc. Na poética do vate de Cacabelos canta os costumes, as festas, os trabalhos... e sempre mantendo um pensamento crítico sobre a realidade que observa, a vez tem um tom retranqueiro com a doutrina e as cousas da Monarquia Sacerdotal com que a Eireja Católica sustenta o seu discurso ideológico para sujeitar ao seu critério às classes populares.
A obra de Fernández Morales é irónica, satírica, humana, próxima, tensa, desenfada, ágil no dialogo. Aportando sempre umha grande riqueza tanto léxica como etnográfica. É umha mostra da cultura galega mais lá dos lindes marcados pola a Vila e Corte; exibe como o Berço tira pola sua reintegraçom a Galiza mas Castela nom solta.

Ao findar a conferencia houvo um interessante debate entre os presentes.

Endereço de trackback para este post

Trackback URL (clique direito e copie atalho/localizaçom do link)

Sem comentários ainda

Agrupaçom Cultural O Facho

Agrupaçom Cultural O Facho existe desde o ano 1963. Nasce da vontade conjunta de umha vintena de estudantes, trabalhadores e profissionais liberais d?A Corunha. A ideia é originaria dos daquela hora estudantes de bacharelato, Henrique Harguindey, André Salgueiro, e Xosé Luis Carneiro; respondendo ao seu chamamento posteriormente somárom-se entre outros: Eduardo Martínez, Henrique Iglesias, X. Alberte Corral, Xosé L. Rodríguez, etc... É a primeira agrupaçom de resistência cultural criada numha cidade do Pais polos seus cidadaos, já que O Galo é conformada por estudantes universitários de todo o Pais em Compostela, naquelas datas era a única cidade galega com Universidade. O grupo nasceu cos sinais de identidade da resistência contra o franquismo e da defesa da plena valia da língua e da cultura galega. Existia unha claríssima vocaçom política do que se fazia precisamente porque essa era toda a actividade publica com repercussons políticas que se podia fazer. A defesa da cultura e a língua galega é a cerna do que-fazer d?O Facho, que passou de fazer cultura de resistência nos anos da longa noite de pedra a se constituir hoje numha autentica mostra de resistência da cultura. Desde os primeiros momentos O Facho destaca-se com os seus cursos de língua com apoio de alguns exemplares da ?Gramática do idioma galego? de Manuel Lugrís Freire. Estes cursos tivérom umha importância mui grande na Corunha;. Daquela o galego nom se escrevia apenas e estava expulso da sociedade ?bem pensante?, nem sequer tinha secçom galego a faculdade de Filologia de Compostela. Umha das figuras fundamentais dos cursos foi D. Leandro Carré Alvarellos quem dirigiu esta actividade. Os ciclos dedicados á cultura galega, os encontros nos que se tratava economia e sociedade, os concursos literários. O seu grupo de teatro criado nas primeira datas de existência da Agrupaçom do quem eram responsáveis Manuel Lourenzo, e Francisco Pillado, foi dos pioneiros em representar obras no nosso idioma, tanto de autores galegos como de outras nacionalidades ( Brecht, Ionesco...). Na actualidade, O Facho é consciente dos desafio culturais do século XXI. Agora há que tentar ver o significado que pode ter hoje o sermos galegos num mundo globalizado. A ideia básica é que sermos galegos agora implica ser dumha maneira concreta numha sociedade mundial. Entre as iniciativas mais recentes é a criaçom do Facho de Ouro, um prémio para reivindicar galegos, o que amossa a própria agrupaçom é unha cultura que resiste. d’A Corunha.
+ info

Agrupaçom Cultural O Facho
Apartado de Correios n.º 46, Oficina Principal da Coruña
o_facho_a_cultural@yahoo.com.br

Busca

  Feeds XML

Ferramentas de administraçom

powered by b2evolution