TESTEMUNHAS FRANCESAS SOBRE GALIZA por Henrique Harguindey Banet

TESTEMUNHAS FRANCESAS SOBRE GALIZA por Henrique Harguindey Banet

19-03-2009


O passado dia 18 de Março, quarta-feira (mércores), o Professor, traductor e escritor, Henrique Harguindey Banet falou dentro do ciclo, Língua, Literatura e Naçom organizado pola nossa Agrupaçom. A sua exposiçom tratou sobre: Testemunhas francesas sobre Galiza.

O professor Harguindey encetou a sua palestra lembrando o inicio d?O Facho e as primeiras juntanças para estudar e conhecer Galiza realizadas nos começos dos anos sessenta do século passado, época bárbara e tenebrosa da tirania franquista. Já desenvolvendo a sua conferência, pediu aos assistentes que nos situássemos na França do século XII quando o Loira divide os territórios de fala Oc no sul e de fala Oi no Norte junto ao anglo-normando, os gaélicos da Bretanha, o germânico da Alsácia e Lorena. Essa divergência lingüística é testemunha o texto que se tem como fundacional da literatura francesa, ?A Cançom de Roland?, nom está escrito em francês senom em anglo-normando.É neste poema épico do século XI onde achamos por vez primeira a mençom de Galiza, e por duas vezes. Umha é em boca de um chefe sarraceno das tropas que se enfrentam às de Carlo Magno e a outra é para mencionar a Raimundo de Borgonha como galego, chefe das tropas galegas afins a Carlo Magno.

Na história medieval galega Raimundo de Borgonha e o seu curmám Henrique cassam com duas filhas do rei galego Afonso VI; sendo logo, os dous pais de reis, Raimundo de Afonso VII rei da Galiza e Henrique do primeiro rei de Portugal, Henrique I. Nestas datas nasce o destino da imagem de Galiza na França...

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Agrupaçom Cultural O Facho

Agrupaçom Cultural O Facho existe desde o ano 1963. Nasce da vontade conjunta de umha vintena de estudantes, trabalhadores e profissionais liberais d?A Corunha. A ideia é originaria dos daquela hora estudantes de bacharelato, Henrique Harguindey, André Salgueiro, e Xosé Luis Carneiro; respondendo ao seu chamamento posteriormente somárom-se entre outros: Eduardo Martínez, Henrique Iglesias, X. Alberte Corral, Xosé L. Rodríguez, etc... É a primeira agrupaçom de resistência cultural criada numha cidade do Pais polos seus cidadaos, já que O Galo é conformada por estudantes universitários de todo o Pais em Compostela, naquelas datas era a única cidade galega com Universidade. O grupo nasceu cos sinais de identidade da resistência contra o franquismo e da defesa da plena valia da língua e da cultura galega. Existia unha claríssima vocaçom política do que se fazia precisamente porque essa era toda a actividade publica com repercussons políticas que se podia fazer. A defesa da cultura e a língua galega é a cerna do que-fazer d?O Facho, que passou de fazer cultura de resistência nos anos da longa noite de pedra a se constituir hoje numha autentica mostra de resistência da cultura. Desde os primeiros momentos O Facho destaca-se com os seus cursos de língua com apoio de alguns exemplares da ?Gramática do idioma galego? de Manuel Lugrís Freire. Estes cursos tivérom umha importância mui grande na Corunha;. Daquela o galego nom se escrevia apenas e estava expulso da sociedade ?bem pensante?, nem sequer tinha secçom galego a faculdade de Filologia de Compostela. Umha das figuras fundamentais dos cursos foi D. Leandro Carré Alvarellos quem dirigiu esta actividade. Os ciclos dedicados á cultura galega, os encontros nos que se tratava economia e sociedade, os concursos literários. O seu grupo de teatro criado nas primeira datas de existência da Agrupaçom do quem eram responsáveis Manuel Lourenzo, e Francisco Pillado, foi dos pioneiros em representar obras no nosso idioma, tanto de autores galegos como de outras nacionalidades ( Brecht, Ionesco...). Na actualidade, O Facho é consciente dos desafio culturais do século XXI. Agora há que tentar ver o significado que pode ter hoje o sermos galegos num mundo globalizado. A ideia básica é que sermos galegos agora implica ser dumha maneira concreta numha sociedade mundial. Entre as iniciativas mais recentes é a criaçom do Facho de Ouro, um prémio para reivindicar galegos, o que amossa a própria agrupaçom é unha cultura que resiste. d’A Corunha.
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