A ACIDENTADA VIDA DAS PLACAS D'O FACHO

A ACIDENTADA VIDA DAS PLACAS D'O FACHO

08-08-2016

A ACIDENTADA VIDA DAS PLACAS D'O FACHO

A ACIDENTADA VIDA DAS PLACAS D'O FACHO

O FACHO tem instalado na geografia corunhesa até quatro placas comemorativas e inspirado ou coactuado em dous casos mais. Isto no espazo de seis anos na década de 80 do passado século. Fagamos um pouco de história.
1.A primeira placa instalou-se no número 38 da rua do Rego da Auga, em cujo primeiro andar -daquela sede da Real Academia Gallega- se fundaram (1916) as Irmandades da Fala.
Acontecéu a homenagem aos irmáus fundadores no ano 80, o 18 de Maio, instaurado por nós como Dia da Nossa Fala, iniciativa que tivo vária fortuna, adoptada aqui e alá mas nunca benta pola Academia -que por entom quase estreava, prévio a prolongada radicaçom nuns salons do Palácio de Maria Pita, o pardobazaniano palácio de Tavernas. Curiosamente, o actual seu presidente, si benzoou a nova festividade na conferência que déu o dia anterior sobre as IF.
No acto de descubrimento da pedra em homenagem a aqueles ?nacionalistas galegos Antón e Ramón Vilar Ponte?, salientamos a presença de Mª Teresa Villar Chao (filha de Ramón) e do irmáu Benito Ferreiro, dos primeiros das Irmandades, arroupados polas principais autoridades, tales o alcalde da cidade e o presidente da tam citada Academia.
U-la esta placa que hogano nom está ali? Pois o 23-12-1995 foi removida a inciativa nossa, perante as ameaças proferidas polo dono do local comercial do baixo, que substituíra a lembrada livraria Ágora, acolhedora do fito no momento da sua instalaçom. A retirada fixo-se na inteligência de que a livraria Kipling aceitava a sua colocaçom na fachada da rua da Franja, que faz parte da traseira do solar do Rego da Auga: com isto recorria-se ao mal menor, falseando um tanto a realidade histórica, mas cumprindo o objectivo informativo e social da placa: até hoje segue ali, já outro negócio no sítio, mas evidentemente respeitado... para bem de todos.
2.O ano 81, e 17 de Maio, tivo lugar a colocaçom da segunda placa, esta volta no número 26 da rua do Orçám, quase esquina coa rua Alta: ali nascera, em 1874, ?a figura universal do nacionalismo musical galego?, desde cedo radicado na República Argentina, Andrés Gaos Berea. Anos leva essa velha fachada velada polo véu preservativo da ruína do edifício... e veremos o que o futuro depara a umha placa que actualmente apenas se dá decifrado tras véu tal...
3.O 18 de Maio de 1982, quadrando cos 75 anos da estreia do nosso hino na Havana, descubrimos, no número 21 da rua de Juana de Vega, a placa dedicada ao autor do poema que devéu em letra da nossa cançom nacional, Os pinos, Eduardo Pondal. Ali morara e morrera 65 anos atrás o bardo de Bergantinhos.
E hoje ali segue em lugar tam estratégico da cidade: como se verá, é a que entre todas gozou de melhor vida... embora esta e a primeira necesitem da repintagem das letras.
Recuando apenas três semanas, foi por iniciativa d'O Facho que o Concelho da Corunha e a sua Concelharia de Cultura colocarom, no vestíbulo do teatro Rosalia Castro, o 25 de Abril, placa comemorativa dos "primeiros Xogos Florais de Galiza", co conseqüente Álbum de la Caridad, "fitos fundamentais do Rexurdimento cultural e da nosa conciencia nacional". (Anos depois, 1985, no centenário da poeta, o mesmo Concelho chantaria na sua proximidade placa em honra de Rosalia).
4.No número 14 da rua de Santo Agostinho (fronte ao popular Camarín de los Dolores), acha-se (logo substituída por outra, único caso entre todos de nom ser o edifício da época) a casa em que morou e morréu, em 1923, Manuel M. Murguía, e anos andados (1964) sua e de Rosalia, última filha, dona Gala.
O 18 de Maio de 1983, 150º aniversário do nascimento do patriarca, O Facho instalou (d'acavalo dos números 14 e 16) umha placa em homenagem a este "impulsor do Rexurdimento nacional de Galiza". O cronista da cidade e a Banda Municipal acompanharom o evento.
Contrastemente, as números 1 e 3, de granito e lavradas no obradoiro compostelám de Alfonso San Martín, as placas números 2 e (esta) 4 som de mármore e os seus textos aplicarom-se com letras metálicas autoadessivas.
Pois bem, co tempo forom caíndo algumhas delas. E em algum momento que pudera ser este ano 2016 em que ares de progresso mental ventilam o Concelho herculino (aí tendes a campanha, nem sempre compreendida, de renovaçom do nomenclátor urbano, para a qual O Facho tamém luitara reiteradamente na própria década de 80), supom-se que foi Maria Pita quem restituíu as letras faltantes... Boíssima intençom reconhecida, temos que advertir, segundo se vê na foto adjunta, que a primitiva palavra FALA, com letras caídas, foi substituída pola palavra FESTA! Sem negar que o Dia da Nossa Fala é umha ocasiom festiva... concordemos em que com tal alteraçom altera-se o conceito original e reivindicativo de FALA. Talvez em outro momento nom lonjano, quem o fixo o refaga, em aras da verdade histórica!
(Outra placa, plaquinha esta de bronze, aginha dessaparecida, fora chantada no pedestal do busto de Castelao, ano 1986 do seu centenário, ao impulso das AA.CC. da Corunha de que a nossa fazia parte,"en desagrávio. Sempre en Galiza. Sempre en galego" a sua inscripçom... para compensarmos a lenda em espanhol que aí mandara gravar o Concelho da Corunha promotor do busto... num acto que presidiu o nosso inesquecível dom Jenaro Marinhas).

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Agrupaçom Cultural O Facho

Agrupaçom Cultural O Facho existe desde o ano 1963. Nasce da vontade conjunta de umha vintena de estudantes, trabalhadores e profissionais liberais d?A Corunha. A ideia é originaria dos daquela hora estudantes de bacharelato, Henrique Harguindey, André Salgueiro, e Xosé Luis Carneiro; respondendo ao seu chamamento posteriormente somárom-se entre outros: Eduardo Martínez, Henrique Iglesias, X. Alberte Corral, Xosé L. Rodríguez, etc... É a primeira agrupaçom de resistência cultural criada numha cidade do Pais polos seus cidadaos, já que O Galo é conformada por estudantes universitários de todo o Pais em Compostela, naquelas datas era a única cidade galega com Universidade. O grupo nasceu cos sinais de identidade da resistência contra o franquismo e da defesa da plena valia da língua e da cultura galega. Existia unha claríssima vocaçom política do que se fazia precisamente porque essa era toda a actividade publica com repercussons políticas que se podia fazer. A defesa da cultura e a língua galega é a cerna do que-fazer d?O Facho, que passou de fazer cultura de resistência nos anos da longa noite de pedra a se constituir hoje numha autentica mostra de resistência da cultura. Desde os primeiros momentos O Facho destaca-se com os seus cursos de língua com apoio de alguns exemplares da ?Gramática do idioma galego? de Manuel Lugrís Freire. Estes cursos tivérom umha importância mui grande na Corunha;. Daquela o galego nom se escrevia apenas e estava expulso da sociedade ?bem pensante?, nem sequer tinha secçom galego a faculdade de Filologia de Compostela. Umha das figuras fundamentais dos cursos foi D. Leandro Carré Alvarellos quem dirigiu esta actividade. Os ciclos dedicados á cultura galega, os encontros nos que se tratava economia e sociedade, os concursos literários. O seu grupo de teatro criado nas primeira datas de existência da Agrupaçom do quem eram responsáveis Manuel Lourenzo, e Francisco Pillado, foi dos pioneiros em representar obras no nosso idioma, tanto de autores galegos como de outras nacionalidades ( Brecht, Ionesco...). Na actualidade, O Facho é consciente dos desafio culturais do século XXI. Agora há que tentar ver o significado que pode ter hoje o sermos galegos num mundo globalizado. A ideia básica é que sermos galegos agora implica ser dumha maneira concreta numha sociedade mundial. Entre as iniciativas mais recentes é a criaçom do Facho de Ouro, um prémio para reivindicar galegos, o que amossa a própria agrupaçom é unha cultura que resiste. d’A Corunha.
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