REQUIEM SERÓDIO E BREVE DE MAIS, POR EDICIÓS DO CASTRO
Mais de douscentos títulos da colecçom DOCUMENTOS PARA A HISTORIA CONTEMPORÁNEA DE GALICIA tem tirado do prelo Ediciós do Castro, já hai anos desaparecida de morte matada.
Nestes ingratos tempos de involuçom democrática no nosso país e mais no Estado espanhol e na Europa toda, constitúe um capítulo singular o eclipse dumha editorial que, se por algo vai ser botada em falta, será por essa concreta série de títulos que na nossa Terra contribuíu decisivamente à recuperaçom da memória dos que estiverom silenciados durante décadas, eles e os seus achegados.
Ediciós do Castro, filha do Laboratorio de Industria e Comunicación, nascida no Castro de Samoedo (Sada) em 1963 (e posteriormente incorporando a Editorial e Imprenta Moret da Corunha), publicou, com anterioridade a dita colecçom, obras fundamentais de e para a nossa cultura, nos mais diversos campos: teatro, narrativa, poesia, arte e ensaio de toda caste: filologia, história, economia, ecologia... Mesmo reediçons como O Divino Sainete ou Terra de Melide ou betsellers (que o termo nom seja malinterpretado) como as Memorias dun neno labrego, por nom citarmos mais que algumhas criaçons insoslaiáveis. Nom devendo esquecermos as séries focadas ao Seminario de Estudos Galegos e aos Cadernos do Seminario de Sargadelos, do Laboratorio de Formas e do Laboratorio Xeolóxico de Laxe.
Esta desapariçom dolosa e dolorosa, nom por anunciada deve ser menos lamentada, mália o tempo passado, mais de um lustro, de tal insucesso, e todos quantos fomos beneficiados pola generosidade e bonomia de dom Isaac Díaz Pardo -uns publicando e muitos mais lendo- temos o dever de practicar este a jeito de ofício de trevas, quando se está a falar, a maiores, doutras mortes editoriais galegas.O Facho, muito especialmente, foi devedor dessa generosidade de Isaac, poisque ali se editarom publicaçons nossas entre 1968 (a Declaración dos dereitos do home, em versom tetralíngüe) e 1990 (Os prémios do nosso Concurso Nacional de Poesia Nova, como se pode aprezar na ilustraçom), passando por títulos como Teatro para nenos (1981) ou a Revista monográfica de cultura (da que saírom dous números em 1984 e 1986, este comemorando a Castelao e Bóveda).
Na medida em que um povo perde os seus instrumentos de comunicaçom e expressom (neste caso tendo produzido mais de 1.300 títulos devidos a mais de 700 autores em quase meio século de existência viçosa), empobrece-se e de calarmos perante tal feito concreto seríamos, a mais de malnascidos, cúmplices de semelhante assassinato.
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Agrupaçom Cultural O Facho existe desde o ano 1963. Nasce da vontade conjunta de umha vintena de estudantes, trabalhadores e profissionais liberais d?A Corunha. A ideia é originaria dos daquela hora estudantes de bacharelato, Henrique Harguindey, André Salgueiro, e Xosé Luis Carneiro; respondendo ao seu chamamento posteriormente somárom-se entre outros: Eduardo Martínez, Henrique Iglesias, X. Alberte Corral, Xosé L. Rodríguez, etc... É a primeira agrupaçom de resistência cultural criada numha cidade do Pais polos seus cidadaos, já que O Galo é conformada por estudantes universitários de todo o Pais em Compostela, naquelas datas era a única cidade galega com Universidade.
O grupo nasceu cos sinais de identidade da resistência contra o franquismo e da defesa da plena valia da língua e da cultura galega. Existia unha claríssima vocaçom política do que se fazia precisamente porque essa era toda a actividade publica com repercussons políticas que se podia fazer. A defesa da cultura e a língua galega é a cerna do que-fazer d?O Facho, que passou de fazer cultura de resistência nos anos da longa noite de pedra a se constituir hoje numha autentica mostra de resistência da cultura.
Desde os primeiros momentos O Facho destaca-se com os seus cursos de língua com apoio de alguns exemplares da ?Gramática do idioma galego? de Manuel Lugrís Freire. Estes cursos tivérom umha importância mui grande na Corunha;. Daquela o galego nom se escrevia apenas e estava expulso da sociedade ?bem pensante?, nem sequer tinha secçom galego a faculdade de Filologia de Compostela. Umha das figuras fundamentais dos cursos foi D. Leandro Carré Alvarellos quem dirigiu esta actividade. Os ciclos dedicados á cultura galega, os encontros nos que se tratava economia e sociedade, os concursos literários. O seu grupo de teatro criado nas primeira datas de existência da Agrupaçom do quem eram responsáveis Manuel Lourenzo, e Francisco Pillado, foi dos pioneiros em representar obras no nosso idioma, tanto de autores galegos como de outras nacionalidades ( Brecht, Ionesco...).
Na actualidade, O Facho é consciente dos desafio culturais do século XXI. Agora há que tentar ver o significado que pode ter hoje o sermos galegos num mundo globalizado. A ideia básica é que sermos galegos agora implica ser dumha maneira concreta numha sociedade mundial. Entre as iniciativas mais recentes é a criaçom do Facho de Ouro, um prémio para reivindicar galegos, o que amossa a própria agrupaçom é unha cultura que resiste. d’A Corunha.
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Agrupaçom Cultural O Facho
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o.facho.a.cultural@gmail.com