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Sobre o tratamento dado a Castelao na ampliaçom do Museu de Ponte Vedra

  17:37:10, por da Cultura   , 582 palavras  
Categorias: novas

Sobre o tratamento dado a Castelao na ampliaçom do Museu de Ponte Vedra

09-09-13

O passado 22 de agosto, com toda a pompa própria destes atos, era inaugurada a ampliaçom do Museu de Ponte Vedra após a reabilitaçom do Edifício Sarmento e a habilitaçom do Sexto Edifício. Dirigentes e altos cargos do PP como o Presidente da Deputaçom Rafael Louzán, Ana Pastor ou Jesús Vázquez encabeçaram um ato onde se ouviram frases grandiloquentes do tipo ?abrimos ao público a mellhor visom panorámica da nossa história? e outras polo estilo.

Pois bem, após umha visita da nossa associaçom às novas instalaçons do ?máximo expoente da história, o património e a cultura da cidade? (Louzán dixit), achamos que toda essa retórica triunfalista está bem longe da verdade.

Várias som as questons que poderíamos tratar, mas desta volta centraremo-nos no tratamento que o Museu dá à figura de Castelao. E, desde logo, achamos que o histórico líder nacionalista, que adoptou a nossa cidade como a sua e que desenvolveu nela umha extensíssima atividade em múltiplos ámbitos, merecia muito mais...

Na realidade Castelao merece um museu dedicado somente a ele em Ponte Vedra, mas já que nom o há, o mínimo seria dedicar-lhe um espaço muito mais importante no Museu de Ponte Vedra que ele mesmo ajudou a tornar umha realidade.

A sala dedicada a Castelao é umha oportunidade perdida de tratar a fugura do grande patriota de umha maneira ampla, centrada no compromisso com a libertaçom da Galiza mas aberta a diversos campos. Mas nom, basicamente o Museu de Ponte Vedra, dependente da Deputaçom que encabeça o PP de Louzán, repete com matizes a visom do ?Castelao artista? divulgada polos seus inimigos para tentar esconder a sua carga política soberanista.

Por exemplo, além das obras expostas e dalguns objetos pessoais, só dous breves textos falam da sua vida. Neles encontramos ocultaçons e manipulaçons obscenas como a que indica (sem explicar quem e por que) que na década de 1930 foi ?desterrado a Badajoz pola sua atividade política?.

Mais grave ainda é a referência ao golpe militar fascista de 18 de julho: ?o 18 de julho de 1936, só vinte dias depois da aprovaçom do Estatuto de Autonomia da Galiza, Espanha entra na guerra civil?. Assim se despacha o golpe militar dado polo fascismo espanhol e o posterior terrorismo desatado contra o Povo Galego. O Estado espanhol nom ?entrou na Guerra Civil?, a guerra foi provocada polo golpe fascista. Mas nom só isso, é que na Galiza nem houvo guerra, só um genocídio planificado para eliminar os setores mais conscientes do povo trabalhador numha época de crescente autoorganizaçom obreira e nacional e anular politicamente o resto por meio do terror e o assassinato.

E a razom desta visom sesgada e manipuladora de Castelao e do seu contexto nom é outra que o interesse político e a visom ideológica de um PP herdeiro e conivente com o franquismo, que como nom pode apagar Castelao da nossa memória coletiva continua a manipulá-lo e a tentar vaziá-lo de conteúdo. Um resultado evidente da perda de autonomia do Museu ao deixar de ser um organismo autónomo e ser dissolvido o seu padroado para acentuar o seu controlo pola Deputaçom (como já temos denunciado).

Desde logo Ponte Vedra ainda lhe deve muito reconhecemento a um Castelao que continuamente é aldrajado polas instituiçons da cidade que ele considerava sua (a desfeita do complexo escultórico dedicado a ele em Santa Maria é um outro exemplo). Infelizmente, ainda resta muito para que em Ponte Vedra, centro do nacionalismo galego nos anos 30, se cumpra a vontade de Castelao e Bóveda.

Ponte Vedra, setembro de 2013

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