Os começos da nossa relaçom fôrom difíceis. Semelhava impossível esquecer a polícia local arrancando os cartazes da primeira festa do 17, por ordem do Concelheiro de Cultura. A electricidade desligada em meio dos concertos, negar-nos as licenças para a festa, ou marear-nos dumha praça para outra... Parecia que o rancor nom desapareceria jamais.
Mas pouco a pouco fostes-nos ganhando. Nom saberíamos explicar como. Talvez foi o modo em que nos ignorávades, ou esses mensageiros que enviávades com as mais variadas excusas: que se umha multa por fazer murais, que se um registo do local... Simples subterfúgios para saber de nós. Mesmo ressuscitastes umha associaçom cultural a quem cobrir de subsídios para dar-nos ciúmes!
E que dizer desses presentes! Um ano pagades-nos a carpa, outro o som. Quigestes-nos conquistar com esses enfeites, e abofé que o lograstes!
Temos que admiti-lo já. A nossa amizade nom pode seguir oculta! Que importa que nom colaboredes este ano com a festa do 17? Que importa que nos digades que nom há um peso para festas e nos inteiremos que lhe montades o palco e a carpa a outra entidade? Que importa, afinal, que na ofensiva mais selvagem dos últimos anos em contra do galego, a Concelharia de Cultura nom organize nem um acto polo dia das letras? Que som pequenas pingas azedas num oceano de caldo de açúcar?
Só tememos umha cousa e é a vossa partida. Ninguém poderá substituir-vos, nem aquele a quem chamam Conde Roa. Nom nos ganhará com as suas palavras amáveis.
Declaramo-lo já e para sempre: a Gentalha e o Concelho estám amigados! E quem nom goste que olhe para outro lado.
Escrito em 21-05-2010,
na categoria: Comissons
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Pensei que morria co riso!
Com amigos como esses…