O passado 22 de agosto, com toda a pompa própria destes atos, era inaugurada a ampliaçom do Museu de Ponte Vedra após a reabilitaçom do Edifício Sarmento e a habilitaçom do Sexto Edifício. Dirigentes e altos cargos do PP como o Presidente da Deputaçom Rafael Louzán, Ana Pastor ou Jesús Vázquez encabeçaram um ato onde se ouviram frases grandiloquentes do tipo ?abrimos ao público a mellhor visom panorámica da nossa história? e outras polo estilo.
Pois bem, após umha visita da nossa associaçom às novas instalaçons do ?máximo expoente da história, o património e a cultura da cidade? (Louzán dixit), achamos que toda essa retórica triunfalista está bem longe da verdade.
Várias som as questons que poderíamos tratar, mas desta volta centraremo-nos no tratamento que o Museu dá à figura de Castelao. E, desde logo, achamos que o histórico líder nacionalista, que adoptou a nossa cidade como a sua e que desenvolveu nela umha extensíssima atividade em múltiplos ámbitos, merecia muito mais...
Na realidade Castelao merece um museu dedicado somente a ele em Ponte Vedra, mas já que nom o há, o mínimo seria dedicar-lhe um espaço muito mais importante no Museu de Ponte Vedra que ele mesmo ajudou a tornar umha realidade.
A sala dedicada a Castelao é umha oportunidade perdida de tratar a fugura do grande patriota de umha maneira ampla, centrada no compromisso com a libertaçom da Galiza mas aberta a diversos campos. Mas nom, basicamente o Museu de Ponte Vedra, dependente da Deputaçom que encabeça o PP de Louzán, repete com matizes a visom do ?Castelao artista? divulgada polos seus inimigos para tentar esconder a sua carga política soberanista.
Por exemplo, além das obras expostas e dalguns objetos pessoais, só dous breves textos falam da sua vida. Neles encontramos ocultaçons e manipulaçons obscenas como a que indica (sem explicar quem e por que) que na década de 1930 foi ?desterrado a Badajoz pola sua atividade política?.
Mais grave ainda é a referência ao golpe militar fascista de 18 de julho: ?o 18 de julho de 1936, só vinte dias depois da aprovaçom do Estatuto de Autonomia da Galiza, Espanha entra na guerra civil?. Assim se despacha o golpe militar dado polo fascismo espanhol e o posterior terrorismo desatado contra o Povo Galego. O Estado espanhol nom ?entrou na Guerra Civil?, a guerra foi provocada polo golpe fascista. Mas nom só isso, é que na Galiza nem houvo guerra, só um genocídio planificado para eliminar os setores mais conscientes do povo trabalhador numha época de crescente autoorganizaçom obreira e nacional e anular politicamente o resto por meio do terror e o assassinato.
E a razom desta visom sesgada e manipuladora de Castelao e do seu contexto nom é outra que o interesse político e a visom ideológica de um PP herdeiro e conivente com o franquismo, que como nom pode apagar Castelao da nossa memória coletiva continua a manipulá-lo e a tentar vaziá-lo de conteúdo. Um resultado evidente da perda de autonomia do Museu ao deixar de ser um organismo autónomo e ser dissolvido o seu padroado para acentuar o seu controlo pola Deputaçom (como já temos denunciado).
Desde logo Ponte Vedra ainda lhe deve muito reconhecemento a um Castelao que continuamente é aldrajado polas instituiçons da cidade que ele considerava sua (a desfeita do complexo escultórico dedicado a ele em Santa Maria é um outro exemplo). Infelizmente, ainda resta muito para que em Ponte Vedra, centro do nacionalismo galego nos anos 30, se cumpra a vontade de Castelao e Bóveda.
Ponte Vedra, setembro de 2013
A A.C. Amig@s da Cultura, junto com outras associaçons e organizaçons de Ponte Vedra e Marim, apoia a chama a participar na concentraçom contra a agressom militar que o imperialismo ocidental, encabeçado polos EUA, prepara contra a Síria.
Será a esta segunda-feira na praça da Peregrina a partir das 20:30h.
Participa!
A Associaçom Cultural Amig@s da Cultura apoia, mais um ano, a manifestaçom convocada por Touradas Fora de Ponte Vedra para o sábado 10 de agosto, e que sairá às 20h da praça da Peregrina, e chamamos a assistir massivamente à mesma.
Lamentavelmente, é necessário que continuemos a nos mobilizar contra o bárbaro e cruel negócio das touradas após a negativa do PP, no Parlamento autonómico, a modificar a legislaçom em matéria de proteçom animal para que esta deixe de excluir as touradas. A única explicaçom que achamos a esta postura do PP de Feijó é a defesa de um símbolo da espanholidade na Galiza, apesar de que o rejeitamento às touradas é muito maioritário no nosso País.
Dito isto, também queremos unir-nos às vozes que pedem coerência ao governo municipal e às forças que o componhem. Nom se pode estar contra as touradas no Parlamento e olhar cara outro lado em Ponte Vedra. Se bem a Cámara municipal nom pode proibir as touradas, sim pode dar mais passos para rejeitá-las e deslegitimá-las socialmente, como a declaraçom de Ponte Vedra como ?Cidade antitouradas e amiga dos animais?.
Finalmente, e mais em tempos de crise económica como os que vivemos, exigimos de novo o cessamento de todas as ajudas económicas públicas concedidas de forma aberta ou encoberta para favorecer o macabro show das touradas e os empresários que se lucram com a tortura e morte dos touros, seja por parte do Governo espanhol, da Deputaçom provincial ou da instiuiçom que for.
Ponte Vedra, 1 de agosto de 2013
A Associaçom Cultural Amig@s da Cultura de Ponte Vedra soma-se ao manifesto em solidariedade com os/as militantes independentistas que serám julgados/as o 24 e o 25 de junho na Audiencia Nacional espanhola:
Os agentes sociais, sindicais e políticos que assinamos esta declaraçom queremos transmitir à sociedade galega, à vista do juízo de quatro independentistas galegas a celebrar na Audiencia Nacional de Madrid Nos próximos dias 24 e 25 de junho, as seguintes questons que provocam em nós profunda preocupaçom e consideramos da máxima importáncia:
1ª Denunciamos a excecionalidade jurídica a que estám submetidos os cidadáns galegos Eduardo Vigo Domínguez, Roberto Rodrigues Fialhega e Antom Santos Peres, presos sem se celebrar o seu juízo desde há ano e meio e dispersados a centos de quilómetros dos seus lugares de residência num incumprimento flagrante da legislaçom e dos convénios e acordos internacionais assinados polo Estado espanhol nesta matéria que reflitem, com absoluta claridade, que nengum preso ou presa pode permanecer encarcerado longe do seu lugar de residência e contorna social.
2ª Queremos exprimir a nossa solidariedade e afecto aos familiares dos independentistas presos e denunciar a extorsom económica à que som submetidos como resultado da dispersom penitenciária, que se traduz num gasto semanal insustentável para deslocar-se a prisons situadas a centos de quilómetros e poder visitar, durante só 45 minutos, os seus seres queridos. Além desta extorsom, sumemos o esgotamento físico e o risco de acidente em estradas durante meses e anos e compreenderemos que esta situaçom, além de ilegal, é inumana.
3º Preocupa-nos o intenso impulso político que adivinhamos neste juízo, com petiçons que alcançam 64 anos de cárcere para a e os independentistas julgados e a certeza de que, como tribunal de exceçom que é, a Audiencia Nacional responde a directrizes políticas e carece das mínimas garantías jurídicas exigíveis, como já denunciárom organizaçons de direitos humanos e instáncias internacionais.
4ª A nossa preocupaçom alcança o zénite ante a possibilidade de que este tribunal ditamine nesse juízo a existência dumha ?organizaçom terrorista? na Galiza da que supostamente fariam parte os processados e a processada Maria Ossório. Esta é, de fato, junto às desorbitadas penas solicitadas, a questom essencial a dirimir e a que possibilita semelhantes petiçons. Valoramos que a formalizaçom jurídica da existência desta suposta ?organizaçom? é umha estratagema do Estado para abrir as portas à criminalizaçom do soberanismo, facilitando detençons, ilegalizaçons e o agravamento do já de por si agudo déficit democrático que suportamos.
Neste sentido, chamamos à sociedade a valorizar e reivindicar os pontos acima expostos e a estar alerta ante a eventualidade de que, no que pode ser unha aplicaçom em Galiza do que se conhece como Direito Penal do Inimigo, o juízo dos dias 24 e 25 dé pé a umha volta de porca na repressom política contra a ideologia e as organizaçons soberanistas e independentistas que seria de todo ponto de vista antidemocrática e inaceptável.
Amig@s da Cultura fai um apelo à participaçom na manifestaçom nacional em defesa da língua do vindouro 17 de Maio em Compostela, com saída às 12h desde a Alameda.
Mais umha vez, a nossa associaçom fará parte do Bloco Laranja que reune o reintegracionismo de base sob a legenda "Crescer na nossa língua para estar no mundo".
Frente à política de agressons à língua por parte do governo autonómico do PP, tod@s à rua!
A nossa associaçom recebeu este sábado o Prémio Instituiçons outorgado pola AELG (Asociación de Escritoras e Escritores en Língua Galega) dentro dos atos da Gala das Letras 2013 decorridos na cidade da Corunha.
Com este prémio a AELG quer fazer um reconhecimento às associaçons culturais de base criadas na Galiza nas décadas de 60 e 70 e que continuam a dia de hoje com a sua atividade de defesa da língua e cultura nacionais, sendo também difusoras da obra das e dos escritores galegos durante as últimas décadas.
Assim, junto com Amig@s da Cultura foi reconhecido o trabalho e a luita no eido cultural de associaçons como O Facho, Alexandre Bóveda, Auriense, O Galo, Valle Inclán, Avantar, Francisco Lanza, Medulio e Lumieira.
De Amig@s da Cultura queremos agradecer este reconhecimento por parte da AELG, que para nós é um estímulo para continuar a trabalhar com mais força polo País e polo nosso idioma numha obra coletiva na que é precisa a aportaçom de todas as pessoas comprometidas com um futuro de liberdade para a Galiza.
De Amig@s da Cultura, em colaboraçom com a Fundaçom Meendinho, convidamos-vos à apresentaçom na nossa cidade do MIL (Movimento Internacional Lusófono). Será a segunda-feira, 8 de abril, a partir das 20:20h na Casa das Campás.
Teremos a oportunidade de escuitar Lúcia Helena Alves de Sá e Loryel Rocha a falar dos laços entre a Galiza, o Brasil e o Espaço Lusófono. Celeste Natário falará sobre Outeiro Pedraio e Teixeira de Pascuaes. E Renato Epifânio apresentará o número 11 da revista Nova Águia.
A Associaçom Cultural Amig@s da Cultura quer expressar o seu total rejeitamento à sentença judicial que pretende impor umha rotulaçom bilíngüe nas sinalizaçons de tránsito municipais que no nosso concelho estám, como é normal, em galego.
É tam ridículo pensar que a rotulaçom só em galego pode causar ?confusons? que parece claro que a única motivaçom da administraçom de justiça espanhola é limitar mais ainda os espaços públicos para a nossa língua. E isto nom é casual, é o resultado da renovada estratégia desgaleguizadora do Estado espanhol, um novo ataque planificado à cultura e identidade nacionais que busca converter-nos a tod@s em perfeitos cidadaos espanhóis, erradicando a pluralidade lingüística que existe no Estado espanhol. O discurso oficial fala de convivência, mas a prática demonstra que o objetivo é a assimilaçom.
A sentença também é o resultado de um marco jurídico-político que a permite, o emanado da Constituiçom espanhola e do Estatuto de autonomia, que impom umha hierarquia entre línguas, assegurando a supremacia do espanhol (obrigatório) e o caráter dependente do galego (optativo). Igual que para defender os serviços públicos e os direitos laborais e sociais, necessitamos soberania e instituiçons próprias para garantir o futuro do galego.
Somamo-nos, pois, às associaçons e coletivos que se estám a manifestar em contra desta sentença e em defesa do galego, e instamos o governo municipal a manter a rotulaçom monolíngüe passar o que passar.
Ponte Vedra 100% em galego!
Ponte Vedra, 22 de março de 2013
Amig@s da Cultura apoia e fai um apelo à participaçom nesta manifestaçom que, este sábado 23, partirá da Praça do Concelho às 18h.
Aproveitando o debate público sobre as possíveis denominaçons para o Sexto Edifício do Museu de Ponte Vedra, a nossa associaçom quer expressar as seguintes consideraçons:
Em primeiro lugar, e em relaçom ao novo nome do Sexto Edifício, reiteramos a nossa ideia de que este resulte de umha eleiçom popular. Independentemente dos nomes, para Amig@s da Cultura está claro que devera ser umha pessoa comprometida com a cultura galega, e achamos que seria positivo que fosse umha mulher para racharmos com o silenciamento do papel das mulheres na nossa história. O que também queremos destacar é que nom concordamos com a proposta de Filgueira Valverde (ainda que fosse um dos fundadores da nossa associaçom), entre outras cousas pola sua implicaçom na desgraçada instalaçom de ENCE em Louriçám.
Dito isto, pensamos que o do nome é o menor dos assuntos em importáncia à hora de reflexionarmos sobre a situaçom do Museu. Amig@s da Cultura nom aceita nem considera positiva a perda de autonomia do Museu e o seu controlo político direto pola Deputaçom do PP de Louzán. Um controlo político que já se está a manifestar na pressom sobre o pessoal que nom se prega totalmente às diretrizes do PP.
Umha outra questom importante é a da situaçom dos fundos arqueológicos que o Museu deve costodiar. Sobre isto é bem sabido que existe um escurantismo que enche de suspeitas a atuaçom da instituiçom que deve velar polo nosso património histórico. É necessário pôr luz e taquígrafos sobre este tema, deve facilitar-se um inventário público e oficial dos fundos do Museu, atualizado permanentemente e, no seu caso, respostar por possíveis desapariçons ou estragos.
Também devem ser dadas facilidades às e aos investigadores, por exemplo nos horários de acesso à Biblioteca e demais serviços (que só abrem de terças e sexta pola manhá), isso sim, mantendo o controlo sobre os fundos que se utilizam ou emprestam.
Para finalizar, é necessária umha crítica à programaçom de exposiçons do Museu de Ponte Vedra, onde habitualmente há exposiçons que nada tenhem a ver com a difusom da nossa história e da nossa identidade, mais bem ao contrário (lembramos a penosa exaltaçom do militarismo espanhol numha exposiçom há uns meses). Por nom falar da cessom das suas instalaçons em favor de coletivos reaccionários e anti-galegos como Galicia Bilíngüe.
A nossa alternativa é a sua conversom num museu arqueológico digno de tal nome, onde se exponha de maneira permanente e rigorosa o mais destacado do património histórico que o Museu costodia. Esta seria umha boa forma de fazer do Museu de Ponte Vedra a instituiçom ao serviço do povo galego que devera ser.
Ponte Vedra, 15 de fevereiro de 2013
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