Toni Solo (Znet)
Os pontos fundamentais da linha propagandística anti-cubana do Bloco Ocidental capitalista e consumista em meios de comunicação como The Guardian, The Independent, Prisa (El País), O Globo, etc... são os seguintes:
* Evitar sempre as comparações com países similares - legitimar o cotejo da economia cubana com as economias do primeiro mundo.
* Não mencionar o embargo mais que de passagem e sem mencionar a intencionalidad e o impacto genocida do mesmo.
* Menospreciar a contribuição humanitária sem precedentes de Cuba em educação e saúde a nível internacional.
* Não informar dos logros científicos, culturais e desportivos de Cuba.
* Evitar mencionar o envolvimento do governo estadounidense no terrorismo contra Cuba e encobrir ao terrorista da CIA Luís Posadas Carriles e seus atentados com bomba.
* Dar coba aos inimigos de Cuba minimizando o apoio que recebe de governos de todo tipo de ideologias.
* Desacreditar ao Movimento de Países Não-Alineados e o prestigioso papel que desempenha Cuba em seu seio.
* Informar desde uma perspectiva americanista: o único governo cujas opiniões sobre Cuba são dignas de atenção é o de Estados Unidos.
* Sacar de contexto os temas relacionados com os Direitos Humanos e evitar as comparações com os demais países latinoamericanos, em particular Colômbia.
* Cuidar-se muito muito de não mencionar que Cuba está acima do consocio de Estados Unidos na NAFTA, México, no Índice de Desenvolvimento Humano.
* Desacreditar / denigrar o sistema de democracia participativa de Cuba.
* Não comparar nunca o sistema de prevenção de catástrofes de Cuba com o os Estados Unidos de América, nem mencionar o Furacão Katrina - nem seus secuelas em Nova Orleáns.
Não faz falta engrandecer a figura de Fidel Castro ou do socialismo cubano para reconhecer os logros - sem precedentes - de Cuba ante as agressões mais recalcitrantes possíveis, pouco menos que autênticos ataques militares. Pode-se mostrar reservas, por exemplo, ante a aspiração do governo cubano de promocionar seu sector cítrico com a ajuda de uma série de gansters retirados do governo israelense, ou à hora de oferecer uma recepção de Estado a ditadores crueis e avariciosos como o Presidente Obiang de Guiné Equatorial. Cabe inclusive que alguém se pergunte por que a escassez de moradia em Cuba é tão insuperable como em Espanha. Mas, sem dúvida, os meios de comunicação corporativos progressistas do Bloco Ocidental, como The Guardian e The Independent, são o último lugar ao que devêssemos ir para tratar de encontrar uma crítica fundamentada do governo e da sociedade cubana.