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A óptica de classe dos governantes da União Europeia ficou bem caracterizada pelas últimas medidas adoptadas.
Primeiro emprestaram a mão-cheias ? à taxa de 1% ? aos banqueiros que provocaram a crise. A seguir emprestam ? à taxa de 5% ? às vítimas gregas dessa mesma crise.
Por outro lado, esta Europa pretende controlar os orçamentos dos Estados membros antes mesmo de estes serem aprovados pelos respectivos parlamentos. E ao mesmo tempo, recusa-se a aplicar um imposto aos bancos que provocaram a crise e que receberam centenas de milhares de milhões de euros de ajudas públicas para sanar os seus balanços apodrecidos ? eles continuarão a obter lucros milionários.