CANTA O MELRO: LÍBIA: Petróleo, Mentiras e, Saqueio

26-02-2011

  21:44:30, por Corral   , 1471 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MELRO: LÍBIA: Petróleo, Mentiras e, Saqueio

Opçom militar: A NATO em operaçons. Quanto lhe fica a Kadafi?

(IAR Notícias) 26-Fevereiro-2011

Para EEUU e a Uniom Europeia, depois do abortado golpe da CIA com a "revolta popular, o "pior dos cenários" é que o regime de Kadafi sobreviva à "rebeliom armada" em curso e às manobras de estrangulamento económico e de isolamento internacional lançadas para terminar com o seu regime. Neste enquadramento, aparece a hipótese da "opçom militar" com a OTAN ingressando em Líbia como sustem armado de um processo "democratizador" que reinserta a Líbia e o seu petróleo dentro da estratégia de domínio regional do Império "ocidental" sob a liderança de EEUU.


Por Manuel Freytas (*)
manuelfreytas@iarnoticias.com
IAR Notícias/

Muamar Kadafi ainda controla Líbia e se mantém no poder mas até quando? Até quando poderá manter ao seu exercito unido baixo o seu comando? E os mais relevante, até quando poderá aguantar o bloqueio económico e o seu impacto social sobre a populaçom.
A ONU e organizaçons internacionais prognosticam fame e caos em curto prazo com umha reacçom social ainda imprevisível.
O país petroleiro importa todo o alimento que consome, e as organizaçons internacionais (controladas polas potências imperiais) prognosticam umha "fame colectiva".
numha primeira etapa, o líder líbio abortou a sangue e fogo a "revolta popular" organizada pola CIA desde Egipto, rearmou as suas forças na capital de Líbia e aí estabeleceu o seu quartel geral.
Os grupos golpistas treinados pola CIA no Egipto (que contam com quadros desertores do exercito líbio) se concentraram e se fizerom fortes no este, onde controlam a segunda cidade de Líbia, Bengasi. A zona controlada por Kadafi está blindada e fechada à imprensa internacional.
Em conseqüência, toda a "informaçom" internacional prove de fontes "rebeldes". O grosso das notícias é propaganda e consignas contra o regime que controla Líbia. A agência EFE constituiu-se numha virtual vozeira da "rebeliom" motorizada pola CIA.
Simultaneamente umha operaçom de isolamento internacional e de bloqueio económico já foi posta em marcha por EEUU e as potências aliadas que vam polo controlo total do petróleo líbio, o eixo estratégico do golpe disfarçado de "rebeliom popular".
O líder líbio sofre umha campanha mediática de "demonizaçom" que toca níveis extremos, nunca vistos, e o seu caso tem similitudes precisas com a operaçom internacional que converteu a Saddam Hussein num "criminoso de lesa humanidade" como cenário prévio à invasom militar que o derrocou.
A campanha mediática sionista para reconverter a Kadafi num "ditador genocida" está nivelada a escala global e nom tem fissuras. Salvo Chávez, Cuba e Nicarágua, nengum governo levanta um dedo para defendê-lo. Rússia, Chinesa e Irám, mantem "silêncio" de rádio, apesar de que o golpe da CIA em Líbia roça os seus interesses estratégicos.
Com as forças rebeldes controlando o este, umha gigantesca maquinaria de pressom mediática funciona noite e dia contra Kadafi. EEUU e as potências da UE já nom dissimulam e baralham abertamente opçons de "intervençom militar" sustentadas na força operativa da OTAN.
A chave do golpe contra Kadafi é o apoderamento do petróleo líbio cujo controlo (como aconteceu com Irám em 1979) perdeu com a irrupçom de Kadafi na liderança de Líbia em 1969.
Para a maioria dos experientes "ocidentais" Kadafi tem poucas possibilidades de sobrevivência. Mas também existe a possibilidade de que possa seguir controlando Líbia com o seu poder desgastado mas em pé.
Estas variantes de resoluçom entre um Kadafi em pé e um Kadafi derrotado, inclusive assassinado, é o que determinam as opçons, a tomada de decisons do eixo imperial EEUU-Uniom Européia.
Que fazer com o líder líbio empurrado para o "eixo do mau", com a sua resposta repressiva sem limites ao movimento sedicioso no seu contra?
De aliado "instável" do "ocidente" imperial passou a ser novamente um paria do fundamentalismo na sua pior variante pondo em risco a continuidade da exploraçom do cru lbio por parte dos ´?corsários? transnacionais que controlam o mercado internacional da energia.

A "opçom militar" USA-UE

Há um princípio de máxima claramente explicitado por ianques e europeus: Kadafi nom pode ficar em pé. Seria mortal para a estratégia do eixo imperial "ocidental" que o líder líbio se convertesse em bandeira de resistência à política imperial de EEUU e a Uniom Europeia nas instáveis regions petroleiras do "eixo do mau".
Como já o assinalássemos em outro relatório, para EEUU e a UE, depois do abortado golpe da CIA, o "pior dos cenários" é que o regime de Kadafi sobreviva à manobra de estrangulamento económico e de isolamento internacional lançado no seu contra.
Para a inteligência USA-europeia-israelita um Kadafi surgindo das suas cinzas com todo o poder é um precedente perigoso e um potencial imám de atracçom e bandeira de luta para os inimigos islâmicos do "eixo do mau".
Fracassaram estrondosamente com a operaçom lôstrego de derrocamento interno do líder líbio por "revolta popular" (como o fizeram com o seu servente Mubarak no Egipto), e agora baralham um "Plano B" para "o isolar" internacionalmente numha primeira fase, enquanto criam as condiçons e a argumentaçom para lançar umha intervençom e o derrocar militarmente como a Saddam Hussein no Iraque.
Ao igual que Saddam Hussein no Iraque, Kadafi deve ser derrocado, morrido ou encarcerado (há que dar a grande liçom e o escarmento ao mundo árabe islâmico que o pode adoptar como bandeira de rebeliom contra governos aliados do eixo USA-Uniom Europeia).
Kadafi sim ou sim tem que ser substituído por um processo "democratizador" que ponha a Líbia novamente dentro do tabuleiro do domínio e a estratégia USA-ocidental na regiom.
Nesse cenário Bruxelas e Washington debatem-se entre umha "opçom militar" e umha opçom "económica e diplomática". A operaçom de isolamento, de estrangulamento económico e de "demonizaçom" já estám a funcionar, mas nom está claro o curso de umha possível operaçom de intervençom armada em Líbia.

A "democratizaçom" armada

Há cinco hipóteses fortes que sustentam a tese de umha intervençom militar:

1) As forças rebeladas (controladas pola CIA e o Pentágono) nom estám em capacidade operativa de derrotar às forças de Muamar Kadafi, salvo que medie umha maior profundizaçom de divisom do seu exército.
2) Em conseqüência, manter umha ofensiva rebelde sem sucesso imediato para derrocar a Kadafi poder-se-ia diluir no tempo e terminar num falhanço.
3) Conquanto existem possibilidades verdadeiras de que o isolamento internacional e o estrangulamento económico podam terminar com Kadafi, as suas possibilidades podem se alongar jogando como um factor na contra.
4) Por outro lado, um triunfo das forças rebeldes (um mosaico inasível de interesses contrapostos e de grupos islâmicos infiltrados pola CIA) nom lhe dispensa nengumha segurança de estabilidade e controlo a EEUU e a UE.
5) Em conseqüência, só a solidificaçom de um processo de "democratizaçom" de Líbia (sustentado militarmente como no Egipto) com participaçom da oposiçom política, pode dar certeza económica, política e social a um projecto de domínio imperial pós-Kadafi.
Nas cinco razons anteriores fundamenta-se o que no Pentágono e na Casa Branca denominam o "leque militar" na resoluçom do conflito com Líbia e Kadafi.
Neste cenário, as avaliaçons em Washington e na Uniom Europeia por estas horas som coincidentes.
Segundo alguns analistas militares, somente umha força "pacificadora" encabeçada pola OTAN e integrada nos níveis de decisom polo Pentágono poderia garantir o derrocamento de Kadafi sem romper a estabilidade de Líbia no tabuleiro regional.
Muitos vem fronteira com Egipto (controlada polo mosaico "rebelde") como a praia de entrada segura das forças da OTAN, nom como forças "invasoras", senom como garantes armados do derrocamento"ditador genocida" Muamar Kadafi e a sua substituiçom por um regime de "abertura democrática" no país petroleiro.
Este dispositivo cívico-militar, assinalam alguns analistas, já contaria com o aval de umha "oposiçom política" interna, e com a legitimaçom dos centros do poder político em Washington e na Uniom Europeia.
E um ponto que poderia ser central: As forças rebeldes poderiam ser rearmadas e treinadas com o objectivo de executar o grosso das operaçons militares para isolar e derrotar ao exército de Kadafi em Tripolii, com o apoio militar e logístico da OTAN detrás .
Seguindo os padrons operativos no Iraque e Afeganistám, a OTAN e o Pentágono valer-se-iam de um aparelho militar e de um aparelho politico colaboracionistas para impor um regime de "democracia blindada" na Líbia pós-Kadafi.
Só um ponto poderia desarmar o desenho desses planos que já se avaliam quase publicamente em Washington e nas metrópoles do poder político e militar da Europa.
E esse ponto é um, também possível, aceleramento crise interna de Líbia, com umha profundizaçom do desgaste de Kadafi que termine impactando na divisom do seu exercito e num um processo de caos e de descontrolo social que o conduza ao seu derrocamento por implosom interna.
De nom mediar esse processo, como possível emergente da operaçom de isolamento e estrangulamento económico, a "opçom militar" com a OTAN aparece como a variável mais lógica e sólida para substituir a Muamar Kadafi por um regime "democrático" que encaminhe a Líbia no desenho da estratégia do domínio imperial regional.

Sem comentários ainda

Abril 2024
Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom
 << <   > >>
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30          

Busca

  Feeds XML

Ferramentas de administração

b2