CANTA O MERLO: Líbia-Odisseia de genocidas

21-03-2011

  21:39:51, por Corral   , 1132 palavras  
Categorias: Ensaio

CANTA O MERLO: Líbia-Odisseia de genocidas

O Pentágono conduz as operaçons
EEUU dissimula a sua chefia no despedaçamento aéreo de Líbia
(IAR Notícias) 21-Março-2011

EEUU nom quer pagar com o bombardeio a Líbia o custo político do Iraque ou Afeganistám. Operativa e organizativamente tanto a fracassada "revolta popular", como a também fracassada "revoluçom líbia" levam o seu toque e carimbo. Mas Washington se escuda nos seus dous aliados mais leais, Gram-Bretanha e França, para centralizar o comando estratégico da chamada operaçom "Odisseia ao Amanhecer". umha acçom militar em larga escala para derrocar a Kadafi despedaçando a Líbia com bombas e mísseis de última geraçom.

Relatório especial
IAR Notícias

Há um discurso perverso da imprensa e os analistas internacionais orientado a deformar o entendimento dos verdadeiros actores responsáveis do talho desatado em Líbia com a intervençom militar para derrocar a Kadafi.

Neste cenário, a participaçom de EEUU como potência reitora das operaçons para terminar com Kadafi e pôr sob controlo imperial ao petróleo líbio aparece oculta baixo a fachada de "comunidade internacional" ou "coalizom aliada".

E nom se trata de umha "coalizom aliada" senom de três potências centrais que empreenderam acçons militares contra Líbia sem esperar umha decisom da OTAN para cumprir com a resoluçom da ONU

O almirante americano Samuel Locklear dirige a operaçom, a bordo do navio de comando "USS Mount Whitney", junto a quinze oficiais de enlace britânicos, franceses e canadianos.

Hillary Clinton deslocou-se tanto a Tunísia como a Egipto numha visita relacionada com as operaçons dirigidas contra Líbia. Tanto o regime da Tunísia como a junta militar do Cairo estám aberta e secretamente apoiando a guerra imperial em Líbia. Os colaboracionistas pró-EEUU do Conselho de Cooperaçom do Golfo (CCG) assinalaram também que enviárom forças militares para atacar o país norafricano.

Ao todo, umha frota aliada composta por mais de 25 navios e submarinos encontra-se em posiçom em águas do Mediterráneo, junto a numerosos avions de combate facilitados por membros da Aliança Atlântica.

Mas o porta-avions mais próximo da Armada de EEUU encontra-se na zona do Golfo Pérsico, como parte das operaçons militares no Afeganistám. Embora se fosse necessário, os 45 caças F-18À bordo do "Enterprise" seriam capazes de atingir objectivos em Líbia abastecendo no ar.

O secretário de Defesa Robert Gates afirmou que EEUU tem previsto renunciar ao controlo da missom "em matéria de dias" para lho ceder a outros países da coalizom.

"Temos um papel militar na coalizom, mas nom um papel dominante", dixo, explicando que os diferentes países discutem a organizaçom de quem assume o comando.

Gates mostrou-se muito prudente com a operaçom "Odisseia ao Amanhecer" assinalando que nom está previsto aumentar os objectivos do ataque. "Se começamos a agregar mais metas, vam propor-se muitos problemas", dixo.

"Nom seria prudente estabelecer objectivos que nom está claro que vamos conseguir", em clara referência à possibilidade de apontar directamente a Kadafi.

Umha opiniom que nom compartilha o seu homólogo britânico, o ministro de Defesa, Liam Fox, quem afirmou que Kadafi poderia converter num alvo militar.

Explicou que "há umha diferença entre o facto de que alguém seja um alvo legítimo e a decisom de passar ao ataque" porque para isto último "teria que ter em conta que pode lhes ocorrer aos civis que tenha na zona".

França contribuiu a sua porta-avions "Charles de Gaulle" às operaçons contra Líbia.

A nave, com umha tripulaçom de 1800 militares e vinte avions a bordo, partiu no domingo do porto de Toulouse, acompanhada por um grupo de combate no que figura um submarino de ataque, três fragatas e unidades de apoio logístico. Em matéria de 36 a 48 horas, estes adicionais recursos aeronaves poderiam tomar posiçons em frente à costa de Líbia.

A aviaçom militar francesa -responsável das primeiras acçons de combate nesta operaçom- continuou durante o domingo realizando missons dentro do espaço aéreo líbio. Mas segundo o governo de Paris, os quinze caças que participaram nestas patrulhas nom encontraram resistência.

Depois de revisar os resultados dos ataques realizados no sábado, incluída umha salva a mais de cem mísseis de cruzeiro lançados desde unidades navais de EEUU e Gram-Bretanha, fontes militares americanas insistem de que os danos causados nas forças ao dispor do líder líbio som significativos e substanciais.

Especialmente em todo o referente à defesa aérea de Líbia de origem soviético e as suas baterias de mísseis terra-ar SA-5 que representam umha verdadeira ameaça, embora o Pentágono, seguindo os desejos da Administraçom Obama, faz questom de que pensa se manter mais bem num segundo plano, tal e como demonstra a ausência de portaaviones da "Navy" nesta operaçom.

Mas, e pese ao ocultamento do verdadeiro objectivo do massacre aéreo em Líbia, EEUU e os seus aliados mais próximos embarcaram-se em outra operaçom de mudança de regime para apoderar do petróleo líbio.

O primeiro-ministro canadiano Stephen Harper dixo que a intervençom militar equivale a um "acto de guerra" que é fundamental para sacar a Muamar Kadafi do poder "dantes de que siga massacrando ao seu próprio povo?.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, comentou repetidamente que "Kadafi tem que se ir", mas outros membros do governo de coalizom britânico clarificaram no domingo que a saída do Kadafi líbio nom é o objectivo último da operaçom contra o seu regime.

Enquanto, o chefe do Pentágono assegurou que a campanha militar em marcha é um "esforço internacional" cujo objectivo é implementar a resoluçom aprovada na quinta-feira passada polo Conselho de Segurança de Naçons Unidas, que impôs umha zona de exclusom aérea sobre o país norteafricano.

Destacou que Espanha, Dinamarca e Qatar se somaram também à operaçom e dixo esperar que outros países árabes entrem a fazer parte da mesma embora nom ofereceu detalhes concretos.

O chefe do Estado Maior Conjunto dos Estados Unidos, o almirante Mike Mullen, comentou no domingo à corrente NBC que as forças ocidentais punha em marcha umha zona de exclusom aérea em Líbia e que nom há mostra de que avions líbios estejam a sobrevoar o país.

Mullen acrescentou que nom tinha relatórios de mortes de civis até o momento depois das redadas das forças aliadas iniciadas no sábado e que a operaçom conseguia "avanços significativos em 24 horas", ao deter às forças de Kadafi em Bengasi.

Mas os custos humanitários e em vidas civis da operaçom "Odisseia ao Amanhecer" já estám a sair à luz. Horas após que se iniciassem os ataques, fontes líbias informaram que os bombardeios mataram a 64 civis, feriram a outros 150, e destruíram dous hospitais e umha clínica sanitária.

Resultárom atingidos polos mísseis o Hospital A o-Tajura e o Hospital Saladin, em Ain Zara. A clínica bombardeava estava também situada nas proximidades de Trípoli, a capital líbia. Eram estruturas civis que estavam longe da zona dos combates.

Além do bloqueio económico e do isolamento internacional que já padece Líbia, as forças da coalizom atacante EEUU-Gram-Bretanha-França impusérom um bloqueio naval e aéreo que pode conduzir a um desastre humanitário no país petroleiro.

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