Para além de Dia do Orgulho Lusista e Reintegrata 25 de Maio é, como todo o mundo sabe, Dia da Toalha em póstuma homenagem ao Douglas Adams, o saudoso criador d'O Guia do Mochileiro das Galáxias.
"Na série "O Guia do Mochileiro das Galáxias" de Douglas Adams, os Vogons são o povo conhecido pela sua (total falta de) inteligência, brutalidade, feiúra e inaptidão de escrever poesias. Conforme o Guia: não chegam a ser malévolos, mas são mal-humorados, burocráticos, intrometidos e insensíveis."
É Caneiro um vogon? Será que o escritor Xosé Carlos Caneiro pertence ao que O Guia do Mochileiro das Galáxias (o guia) descreve como "uma das raças mais desagradáveis da Galáxia"?
A verdade é que quando um lê o arranque do sétimo capítulo d'O Guia do Mochileiro das Galáxias (o romance) não pode evitar lembrar-se dele:
A poesia vogon é, como todos sabem, a terceira pior do Universo. Em segundo lugar vem a poesia dos azgodos de Kria. Durante um recital em que seu Mestre Poeta, Gruntos, o Flatulento, leu sua "Ode ao pedacinho de massa de vidraceiro verde que encontrei no meu sovaco numa manhã de verão", quatro pessoas na platéia morreram de hemorragia interna, e o presidente do Conselho Centro-Galáctico de Marmelada Artística só conseguiu sobreviver roendo uma de suas próprias pernas completamente. Consta que Gruntos ficou "decepcionado" com a reação da platéia, e já ia começar a ler sua epopéia em 12 tomos intitulada Meus Gargarejos de Banheira Favoritos quando seu próprio intestino grosso, numa tentativa desesperada de salvar a vida e a civilização, pulou para cima, passando pelo pescoço de Gruntos, e estrangulou-lhe o cérebro.
A pior poesia de todas desapareceu com sua criadora, Paula Nancy Millstone Jennings, de Greenbridge, Essex, Inglaterra, com a destruição do planeta Terra.
Prostetnic Vogon Jeltz sorria muito devagar - não que ele quisesse fazer gênero, estava era tentando lembrar-se da seqüência de contrações musculares necessárias para realizar o ato. Tinha dado uns gritos de excelente efeito terapêutico com seus prisioneiros, e agora sentia-se bem relaxado, pronto para um pouquinho de crueldade.
Os prisioneiros estavam sentados em cadeiras de Apreciação Poética - amarrados nelas. Os vogons não alimentavam quaisquer ilusões acerca da reputação de sua literatura. Suas primeiras tentativas poéticas faziam parte de um esforço malogrado no sentido de serem aceitos como uma espécie evoluída e culta, mas agora só persistiam por puro sadismo (...)[ADAMS, Douglas, O Guia do Mochileiro das Galáxias [tradução de Paulo Fernando Henriques Britto e Carlos Irineu da Costa], Sextante, Rio de Janeiro, 2004].
NOTA: Segundo informa a Wikipédia, "na série original de rádio o nome citado era o de Paul Neil Milne Johnstone, mas Adams foi forçado a mudá-lo para o livro. Johnstone é uma pessoa real, e uma amostra de seus poemas pode ser encontrada aqui".
Nas histórias em quadrinhos de Mortadelo y Filemón (Mortadela e Salamão em Portugal e Mortadelo e Salaminho no Brasil) torturavam os detidos amarrando-os a uma cadeira e obrigando-os a escutar, num enorme gramofone, dicos do Júlio Iglesias.
Tirem do gira-discos, toca-discos ou vitrola o disco do Júlio Iglesias e coloquem no leitor de CDs De bar en bar (os poemas prohibidos) de Xosé Carlos Caneiro e digam qual é o resultado. Sem dúvida muitíssimo melhor! (ou pior, segundo se mire!).
Em caso de dúvida escute-se hoje mesmo a infumável coluna radiofônica que toda quarta-feira perpetra o Caneiro no Diário Cultural da Rádio Galega (para sobreviver à experiência sem necessidade de roer uma de suas próprias pernas completamente recomenda-se, como distração, contar o número de vezes que o de Verim repite a palavra "Cultura").
Que pode esperar-se de alguém tão pedante que escreve e publica cinco livros em três anos (1997-2000) e diz que é uma pentalogia? (Segundo Douglas Adams o seu Guia do Mochileiro das Galáxias era uma trilogia de 5 livros ).
O sistema literário galego produz monstros!!!
Galiza lusófona já!!!
Escrito ?s 10:14:28 nas castegorias: Principal
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Quanta verdade… quanta verdade… quanta verade…
(óstia!, umha trilogia!)
Não lhe demos mais voltas, Caneiro não passa de um pequeno renegado e alguém disse que não há cousa pior do que um renegado. Não devem ler Caneiro mas não por patriotismo senão para não se aborrecerem