Páginas: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 ... 168 >>

23-06-2019

  11:14:00, por artabria   , 437 palavras  
Categorias: Concertos, Língua

A Fundaçom Artábria com o movimento normalizador, pola reivindicaçom prática de "Carvalho Calero 2020"

Foi em 2007 quando a nossa entidade lançou a primeira campanha explícita para reclamar um Dia das Letras, o de 2009, para o ferrolano Ricardo Carvalho Calero. Aí começou também a série consecutiva de negativas explícitas da Real Academia Galega a essa e a cada umha das petiçons que posteriormente realizárom outras entidades do País.

Posteriormente, a Fundaçom Artábria preferiu dedicar as suas energias a outras tarefas, evitando entregar à RAG umha centralidade que nom merecia e que o próprio Carvalho tinha questionado em vida. Durante todos estes anos, continuamos a desenvolver todo o tipo de actividades de promoçom da figura e obra de Carvalho Calero, em solitário ou em colaboraçom com outros muitos coletivos locais e nacionais.

Sabíamos que era questom de tempo que a RAG se visse obrigada a assumir a homenagem que o povo galego deve a um dos seus grandes filhos: o Carvalho antifascista, republicano, nacionalista, literato, ensaísta e defensor da nossa língua, com umha perspectiva inequivocamente reintegracionista.

Esse momento chega agora, com vinte anos de atraso, pois foi a partir do ano 2000, dez anos depois do seu falecimento, que a dedicatória do Dia das Letras se podia ter produzido. O sectarismo da RAG impediu-no.

Como é habitual nalguns setores acobardados e oportunistas do oficialismo cultural, a RAG atribuiu ao povo galego umha carência que correspondia à própria entidade interpelada: a de nom estar "preparado" para umha homenagem a um vulto tam "polémico". Certamente, a homenagem da oficialidade chega tarde, pois a divulgaçom do ideário lingüístico de quem foi primeiro catedrático de Língua e Literatura Galegas teria ajudado a avançar a consciência nacional galega e estes som, nessa medida, anos perdidos.

Nom temos, portanto, nada que agradecer à Real Academia Galega, que deverá acrescentar à sua história a vergonha de negar durante duas décadas a homenagem devida a Carvalho Calero, polo simples facto de ser reintegracionista: defensor conseqüente da unidade lingüística galego-luso-brasileira. Conseqüentemente, e como defensor de umha Galiza soberana, foi crítico da ideologia isolacionista que alimentava e ainda alimenta a Galiza autonómica.

O nosso povo merece um confronto aberto de ideias que nos permita escolher livremente o melhor caminho para a completa recuperaçom da nossa língua, da nossa cultura e da nossa naçom. Oxalá seja possível fazê-lo durante este ano de maneira ampla e sem sectarismos.

Essa será a aposta da Fundaçom Artábria, aberta à colaboraçom com todo o movimento normalizador de base existente no nosso país, sem exclusons, e dando continuidade ao que foi um dos nossos objetivos fundacionais desde inícios da década de 90 do século passado até o presente: a defesa do legado intelectual de Ricardo Carvalho Calero.

Ferrol, 23 de junho de 2019

24-03-2019

  22:51:00, por artabria   , 630 palavras  
Categorias: Concertos

Intervençom do nosso companheiro Xende Lopes na homenagem a Carvalho Calero no XXIX Aniversário do seu passamento

Bom dia a todos e a todas,

Mais um ano, e já é fácil perdermos a conta dos que vam, reunimo-nos ao pé das ruínas da casa natal de Ricardo Carvalho Calero para reivindicar nom só a sua figura e o seu papel na história da Galiza do século XX, lembrando que nasceu e morreu praticamente com o século passado; mas também, e sobretodo, o legado teórico que, elaborado por ele a partir de umha experiência de luita e compromisso, ajudou a levantar na prática projetos concretos para a nossa construçom nacional.

A Fundaçom Artábria tem já umha trajetória suficiente que merece que nomeemos a nossa entidade como um desses projetos concretos surgidos nom da cabeça de Carvalho, mas si com ajuda das ideias e propostas que ele elaborou e que muitos e muitas de nós, como parte do povo galego, figemos próprias para trabalhar polo País e pola língua.

Cada ano que nos juntamos aqui, primeiro ao pé da casa e depois ao pé das ruínas da casa da rua Sam Francisco, reafirmamos as suas ideias para a recuperaçom plena da nossa língua como veículo principal de expressom do nosso povo. Especialmente a utilidade prática que para isso tem a unidade lingüística entre a Galiza e o ámbito internacional que fijo do galego umha das línguas mais faladas do planeta. Algo que as instituiçons galegas continuam sem assumir, apesar das evidências a favor do reintegracionismo lingüístico. Da mesma forma que a casa natal de Carvalho, a nossa língua deteriora-se cada ano sem que sejam tomadas as medidas necessárias para a sua recuperaçom.

Também constumamos reivindicar o trabalho de Carvalho como crítico literário, um referente académico dos estudos de Filologia Galego-Portuguesa até hoje, sem esquecermos a sua criaçom literária em praticamente todos os géneros: a narrativa, o teatro e a poesia, sendo esta a que mais o satisfazia como autor.

Porém, nesta ocasiom, deixai-me que reivindique especialmente o seu papel cívico e político como luitador antifascista, na juventude, numha das piores regressons do Estado espanhol para posiçons reacionárias, a partir do golpe de 1936. Aí ele assumiu um compromisso como home de esquerda e patriota galego para fazer frente ao fascismo. Um compromisso que ele nom pagou, como milhares de galegos e galegas, com a sua vida, mas si com prisom e repressom, tingida de ostracismo, praticamente o resto da sua vida.

É umha história bem conhecida, a que o levou da defesa armada da República à prisom por dous anos, acusado de ?separatismo?, e à perda do seu posto de trabalho como funcionário público, obrigando-o a começar do zero depois da guerra.

Ao contrário de alguns ex-companheiros de geraçom, Carvalho nunca se integrou no aparelho ideológico e de legitimaçom franquista. Mantivo lealdade ao seus ideais de juventude e aos companheiros caídos. E deu, no resto da sua vida, novas amostras de compromisso com a construçom da Galiza como país, no ámbito de produçom intelectual que lhe correspondia. A sua aposta reintegracionista foi umha dessas amostras, que ajudárom a revitalizar a língua, a literatura e a cultura galegas, especialmente nos anos 70 e 80.

Agora que a língua precisa de novos compromissos, é mais necessário que nunca reivindicarmos Ricardo Carvalho Calero. E agora que a vaga reacionária ameaça novamente com esmagar direitos conquistados por décadas de luitas sociais, com o fascismo ganhando novo fôlego e mesmo protagonizando agressons impunes nas nossas ruas, o exemplo antifascista de Ricardo Carvalho Carvalho também deve ajudar-nos a fortalecer e necessária resposta coletiva.

Pola parte que nos toca, a Fundaçom Artábria renova neste dia o seu compromisso com os valores de construçom nacional e social que Carvalho representa, incluído o firme compromisso de luita antifascista. Convidamos-vos a participar nessa imprescindível tarefa coletiva.

Em nome da Junta Diretiva, muito obrigado por virdes e viva a Galiza soberana e antifascista!

16-07-2018

  13:36:00, por artabria   , 395 palavras  
Categorias: Concertos

Cada ano que a RAG renega dele, Carvalho Calero é mais reconhecido autor das Letras Galegas!

Cada ano que a RAG renega dele, Carvalho Calero é mais reconhecido autor das Letras Galegas!

Cada ano que a RAG renega dele, Carvalho Calero é mais reconhecido autor das Letras Galegas!

Após umha década de reclamaçons procedentes de diversos coletivos culturais de base para que a Real Academia Galega dedique um Dia das Letras a Ricardo Carvalho Calero, por méritos bem conhecidos e indiscutíveis, a RAG continua a negar-se.

A atitude de desprezo dói, nom polo que podam pensar muitos membros da RAG, mas pola referencialidade que essa entidade centenária mantém ainda em alguns setores.

A atitude institucional e parainstitucional frente a umha figura de grande relevo intelectual e compromisso com o País, como é a de Carvalho Calero, é muito grave, porque nom é com sectarismo sistemático que se fai um país, nem negando-se a reconhecer quem, legitimamente, pensa de maneira diferente ao que marcam os cánones autonómicos.

Se algo tem mostrado esta década de negaçom constante é a vitalidade das ideias lingüísticas que Carvalho representa, sendo elas precisamente as que explicam a censura da RAG e o silêncio cúmplice da Junta da Galiza.

O tecido associativo de base que durante esta década reclamou o reconhecimento oficial de Carvalho Calero nom o fijo para convencer a RAG de nada. Figemo-lo para garantir que as ideias de Carvalho, compartilhadas por importantes setores do galeguismo já desde muito antes de a RAG existir, pudessem ser conhecidas por mais e mais galegos e galegas.

É por todo isso que, faga o que figer a RAG em futuros Dezassetes de Maio, Carvalho continuará a ser lembrado e reivindicado por cada vez mais galegos e galegas que rejeitam o sectarismo e apelam às ideias avançadas de quem foi primeiro Catedrático de Língua e Literatura Galega.

Continuaremos a difundir a obra de um dos grandes da nossa história contemporánea, autor de umha significativa obra literária nos mais diversos géneros e destacado teórico do reintegracionismo lingüístico.

Enquanto houver Povo Galego, garantimos que Carvalho terá um lugar na memória e na prática coerente em defesa da Galiza e da sua língua.

Galiza, julho de 2018

Associaçom de Estudos Galegos (AEG)
Associaçom Galega da Língua (AGAL)
BRIGA
Coletivo Terra (Eume)
CS A Galheira (Ourense)
CS A Gentalha do Pichel (Compostela)
CS Gomes Gaioso (Corunha)
CS A Revolta (Vigo)
CS Fuscalho (Baixo Minho)
CS Madia Leva (Lugo)
CS Xebra (A Marinha)
Diário Liberdade
Escolas de Ensino Galego Semente
Fundaçom Artábria (Trasancos)
GalizaLivre
Local Social Faisca (Vigo)
SCD do Condado (Condado)

16-05-2018

15-05-2018

  18:05:00, por artabria   , 639 palavras  
Categorias: Concertos

16 entidades formarám 'Bloco Reintegracionista' na manifestaçom nacional de 17 de Maio em defesa da língua

A Fundaçom Artábria, entre as 16 entidades que subscreve o manifesto reintegracionista de base organizado para a participaçom na manifestaçom do próximo Dia das Letras, que decorrerá a próxima quinta-feira em Compostela. Como é habitual no 17 de maio haverá reivindicaçom lingüística nas ruas da Galiza, convocada pola Plataforma Queremos Galego na que participaremos milhaes de galegas e galegos.

Eis os 16 coletivos aderidos ao chamado Bloco Reintegracionista, popularmente conhecido como Bloco Laranja:

A Gentalha do Pichel , Ardora, Associaçom de Estudos Galegos (AEG), Associaçom Xebra, Briga, Centro Social Faísca, Centro Social Fuscalho, Centro Social Gomes Gaioso, Centro Social Mádia Leva, Centro Social Revolta, Coletivo Terra, Escolas de Ensino Galego Semente, Diário Liberdade, Fundaçom Artábria, Portal Galizalivre, Sociedade Cultural e Desportiva do Condado.

A cita para conformar o Bloco reintegracionista será às 11.45hs na Estátua das Marias.

Avante o reintegracionismo de base!

A continuaçom reproduzimos o manifesto difundido polas entidades convocantes do Bloco Reintegracionista.

A falar ao mundo com os pés na terra!

A situaçom da comunidade lingüística galega é preocupante. A falta de soberania do nosso país tem expressom na destruturaçom do idioma, cada vez mais reduzido a um papel secundário, frente ao protagonismo e privilégios de todo o tipo que as instituiçons conferem ao espanhol.

É verdade que existem determinadas normas legais e instrumentos institucionais, mesmo alguns meios públicos de comunicaçom, que ainda reservam certo papel ao galego, o que mostra que o nosso povo ainda nom o abandonou. Porém, a degradaçom é visível, mostrando o desprezo dos governos autonómicos e a incapacidade de concelhos e deputaçons com maiorias teoricamente pró-galego para articular estratégias de avanço social para o nosso idioma.

Nom há dúvida que, sem umha maior pressom popular, o Estado espanhol e as suas diversas continuarám a trabalhar em contra os nossos interesses lingüísticos. Daí a importáncia da auto-organizaçom em defesa da galeguizaçom de espaços como o ensino e os meios públicos, assi como o das relaçons laborais, a produçom, o consumo e a cultura.

Também devemos valorizar iniciativas de agrupamento dos setores sociais ativamente favoráveis ao idioma em todo o tipo de coletivos ?musicais, culturais, educativos, desportivos, sindicais, etc? para defender coletivamente o direito à língua.

Entre as ferramentas de que dispomos para enfrentar o desafio histórico de recuperar o idioma, está o reintegracionismo, entendido como recurso que situa o galego onde lhe corresponde, como parte de um dos maiores espaços lingüísticos do mundo, capaz de responder a todas as necessidades de umha sociedade do século XXI, como é a galega.

Fora de qualquer tentaçom elitista ou individualista, consideramos o reintegracionismo um recurso coletivo que facilita que toda a populaçom galega dialogue com todos os povos que já figérom seu o nosso idioma, afirmando a sua própria identidade nacional na variante galega da língua comum.

Nom será só o reintegracionismo que possibilite a plena recuperaçom do idioma. É preciso que um setor maioritário do nosso povo aposte ativamente na recuperaçom plena dos direitos coletivos para que isso seja possível. É preciso reclamarmos a prioridade legal e efetiva do galego frente a qualquer outro idioma. Porém, a incorporaçom da Galiza ao espaço internacional que fala a nossa língua poderá ajudar-nos a ser um povo lingüisticamente soberano e aberto ao diálogo com todos os povos do mundo.

O autonomismo lingüístico, a teima oficialista em virar costas às variantes portuguesa e brasileira da nossa língua, reduzindo-nos a quatro províncias espanholas, mostra umha vocaçom de dependência e confirma a condena imposta à nossa língua, que esmorece e pode acabar por ficar reduzida à irreleváncia social.
Indo muito além das limitaçons impostas polas instituiçons e polas insuficências legais, os coletivos que participamos neste Bloco Reintegracionista de Base, participantes dia a dia nas mais variadas dinámicas populares pola soberania cultural e lingüística, reafirmamos a aposta numha Galiza em galego, soberana e que fale ao mundo com os pés na terra.

Compostela, 17 de maio de 2018

13-04-2018

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 ... 168 >>

Horário de Abertura
- Segundas a sextas 10.00h-13.30h // 17.30h-feche
- Sextas e Sábados 18.00h-feche

A Associaçom Reintegracionista Artábria, nascida em 1992 em Narom, transformou-se em abril de 1998 em Fundaçom, inaugurando em setembro desse mesmo ano o seu Centro Social.

A Fundaçom Artábria está declarada de Interesse Galego e classificada de interesse cultural, com o número de inscriçom 54 e CIF:G15645518.


Para saberes mais, lê a definiçom da Artábria na wikipédia + info

Busca

Ferramentas de administraçom

  Feeds XML

powered by b2evolution free blog software