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Reproduzimos artigo de opiniom do nosso companheiro Bruno Lopes Teixeiro ao respeito da opiniom da diretora de um colégio ferrolano da normativa que emprega a nossa entidade.
Do Apalpador, a ignoráncia e os enes-agás
Umha manhá qualquer na Fundaçom Artábria. Toca o telefone. Atendo.
- Fundaçom Artábria, di-me
- Hola, buenos dias. Soy la directora del CEIP ********, llamaba para comunicar que hemos recibido la propaganda del concurso del Apalpador. Es una buena iniciativa. Nosotros llevamos años trabajando con esta figura en la navidad, pero siento deciros que no vamos a participar, ya que desde el colegio no vamos a dar difusión a una actividad que promueve el gallego lusista. Lo sentimos mucho. Pero creo que editar propaganda así es tirar el dinero.
Fico em ?shock?
- Ah oka, que tenha bom dia
Comento o que acabou de acontecer com @s companheir@s que estavam no café-bar nesse momento. Como nom respondim?
Tenho que agir, pego no telefone e carrego no botom de rechamada.
- Olá bom dia, é a diretora do CEIP *********?
- Si soy yo
- Olá, sou da Fundaçom Artábria, acabamos de falar agora mesmo. A verdade é que fiquei um pouco em shock e nom che respondim.
Nom vou entrar em debates lingüísticos, a Fundaçom Artábria tem essa escolha de norma e pronto. Eu nom entro a avaliar que tu como diretora de um colégio público galego estejas a falar-me em espanhol.
- No tengo ninguna obligación, solo en las comunicaciones escritas (sic). Y te iba a hablar en gallego, pero ya que me dices eso, ya no.
- Olha, nom é a minha intençom discutir contigo. Só quero manifestar que por umha decisom sectária da direçom do colégio, as nenas e nenos nom devem ficar sem expressar artisticamente como vem o Apalpador. É a quarta ediçom do concurso, onde levam participado dúzias de colégios de Ferrol e Comarca e doutras partes da Galiza, e nunca nengum colégio manifestou que a normativa escolhida no texto das bases fosse um problema. Além disso, vimos colaborando com várias escolas da zona com as visitas do Apalpador, e insisto, NUNCA tivemos problemas.
- Ya, pero nosotros no vamos a pegar ese cartel en lusista.
- Olha, nom estou a pedir-che que o coles, só que difundas a informaçom e as crianças podam participar.
- Se lo pasaré a normalización y que decidan ellos.
- Oka, olha, há 3 anos editamos em pdf umha unidade didática para difundir a figura do Apalpador e a Coordenadora de Equipas de Normalizaçom Lingüística participou dessa difusom...
Mais nada, que tenha bom dia...
Já na casa, dou voltas ao que aconteceu, à situaçom da nossa língua na Galiza e concretamente na nossa cidade. Penso no alarmente último informe publicado pola Mesa há umhas semanas sobre o ensino em galego nas escolas de Ferrol. E nom acredito.
O problema é que um cartaz leve um ?nh? e um ?ç?.
E pergunto a mim próprio:
Saberá esta senhora, diretora dum centro de ensino público galego, casualmente sediado num dos bairros de Ferrol onde mais galego se fala (e nom é muito) de onde procede o documento etnográfico que facilitou a recuperaçom da figura do Apalpador?
Saberá que o seu autor é reintegracionista?
Saberá que foi a Gentalha do Pichel, Centro Social "lusista" que começou a recuperar e socializar a figura do gigante carvoeiro do Caurel? Saberá mesmo que o primeiro Apalpador que saiu às ruas de Compostela era ancestro do ex-presidente da AGAL?
Nom, nom saberá, porque está cheia de preconceitos. Porque com certeza nom se deu ao trabalho de sabê-lo, e seguramente também lhe importe pouco.
E assim estamos, deixando o galego morrer e com as elites políticas difundindo a língua "franca", isso sim, sempre desde a ?pluralidade?.
É-che o que há!