« Sociolingüística extraterrestre, pregom de Séchu Sende no Festival da Terra e da Língua | O Diário Liberdade entrevistou o companheiro Joqui » |
A décima ediçom do nosso festival foi um êxito, nom só porque tivo mais participaçom que nunca, mas porque foi possível com o trabalho militante de muitas pessoas novas que garantem umha nova geraçom de construtores e construtoras de umha Terra de Trasancos galega e em galego.
Na sexta-feira predominou a música folc, após o discurso inaugural do companheiro Joaquim e a companheira Noela. Depois de várias horas de boa música galega e irlandesa, a festa continuou em grupos improvisados com gaitas e percussom populares.
Ao longo do sábado, estivo patente umha pequena mostra fotográfica representativa da primeira década do Festival da Terra e da Língua. Por segundo ano consecutivo, tivo lugar um campeonato de futebol sete durante a tarde de sol que desfrutamos no Moinho de Pedroso. A bilharda e outros jogos, junto à mostra de materiais trazido por entidades sociais para angariar fundos de apoio às suas luitas, que som as nossas, dérom conteúdo à tarde, até o início do tradicional debate.
Como tínhamos anunciado, a nossa língua foi, novamente, protagonista temática deste ano, em funçom das duras condiçons que impom o espanholismo imperante nas instituiçons. Tivemos um debate plural com participaçom dos companheiros Maurício Castro, da Fundaçom Artábria, Eva Cortinhas, da entidade estudantil AGIR, Eduardo Maragoto, da Gentalha do Pichel, e Brais de Esteban, docente represaliado por motivos lingüísticos ligado à CNT, incompleto pola inassistência do representante da Mesa que também tinha sido convidado, serviu de reflexom colectiva sobre o papel do movimento popular e os desafios que enfrentamos como povo que nom deve resignar-se à assimilaçom lingüística e cultural. As pessoas coincidírom na necessidade de construir a nossa soberania colectiva como meio para garantir a sobrevivência do galego e o convertermos em língua principal da Galiza.
A conversa, os petiscos e a bebida fresca ajudárom a esperar o pôr do sol, quando chegou a altura de escuitar o genial pregom do Séchu Sende, escritor e militante normalizador, velho amigo e companheiro da Artábria. Um discurso de altura estética e com mensagem clara, que esperamos reproduzir por escrito neste espaço em poucos dias.
A seguir, véu a música, tam variada que só o uso do galego e o compromisso normalizador fijo de fio condutor. O metal, hip hop, folc ská, reggae... dos ferrolanos Wisdon aos ourensanos Lamatumbá, passando polo viguês Kave GZ.
A numerosa assistência de público, a alegria e o apoio às causas que nos unem fôrom um reforço para as companheiras e companheiros que mais trabalhárom numha nova ediçom do Festival. Está garantida mais umha década de festa... e de luita!