|
Descobrindo a Montanha MágicaDescobrindo a Montanha Mágica
Quase 65 pessoas participamos no roteiro polo Monte Seixo, A Montanha Mágica, co-organizado no passado fim de semana pola A.C. Revira e a Assembleia Aberta da Baiuca Vermelha. Sob um sol primaveril, percorremos durante mais de 5 horas ?com o correspondente descanso para jantar? os lugares mais significativos e relevantes desta montanha. Como bem se pode apreciar nas fotos, um imenso parque eólico ocupa toda a parte superior do monte, arrasando um dos lugares mais ricos em património material e imaterial do nosso País. Os geradores eólicos nom só estám chantados mesmo ao pé de castros e mámoas, como nalguns lugares ocupam o espaço em que anteriormente havia algumha destas costruçons. Como bem dizia Carlos Solha ?quem nos foi guiando e contando a história e lendas que percorrem esta montanha? o parque eólico foi o golpe final a umha montanha que vinha sofrendo ataques desde começos de século, paralelamente à introduçom da economia capitalista nessa zona: a desecaçom das três lagoas que havia na parte superior, sob cujas águas estava a mítica cidade de Trentinam; a tentativa de repovoaçom florestal com coníferas nos anos 50, e finalmente nos anos 90, o actual parque eólico. O Outeiro do Castro, o Cham de Mámoas, a Porta do Além, a Pedra de Pirocha, o Poço Sangüento, a Besta Branca, a Moura de Castro Grande, a Pedra da Talha, e um sem-fim de nomes mais ecoam ainda nos nossos ouvidos, em claro contraste com os gigantes eólicos que, onde quer que olhássemos, batiam com o nosso olhar. Até quase umha centena deles podem ser contabilizados. Da A.C. Revira somamo-nos às reivindicaçons para o desmantelamento imediato deste parque eólico e para a recuperaçom da montanha como o que realmente é; um lugar possuidor de um grande e variadíssimo elenco de seres míticos, lendas, castros, mámoas, menires, etc; assim como de umha flora e fauna que com grande dificuldade tenta sobreviver, entre o ruído dos quads e das aspas incessantes. Ainda sem comentários |