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Jornada antiracista na Praça da Ferraria

Jornada antiracista na Praça da Ferraria


Com motivo das intoleráveis actitudes racistas que vem vivendo a cidade de Ponte Vedra nos últimos meses, um grupo amplo e numeroso de organizaçons da cidade temos convocada umha jornada multicultural para este sábado 31 de Maio.
Mesas redondas, obradoiros, música, etc, acompanharam-nos desde as 18 da tarde na praça da Ferraria. Desde A Revira animamos-vos a participar nestes actos:

MESA REDONDA
às 18,00 horas.

Participam:

Conchi Vazquez. Ensinante

Luisa Marquez. Ensinante IES Monteporreiro

Fernando Montoya. Mediador Interecultural de Secretariado Xitano

Bilal Traore. Senegales. Presidente Sen Fronteiras

Manuel Vila. Asociaçom de promoçom e integraçom cigana de Lugo

CONTACONTOS às 18,30 horas

A cargo de PAVIS PAVOS

CONCERTO às 20,00 horas

DEGOO

RAFA de DEBUXOS REANIMADOS

FAINOTI

FUSIÓN FLAMENCA

OS CHICHISOS

CONVOCA: PLATAFORMA PONTEVEDRA INTERCULTURAL

Amarante, Asemblea de Mulleres, Asociación Arxentinos/as Rincón Criollo, Asociación Galega de Animación e Intervención Social, Asociación de ensinantes con xitanos CSIKLOS, Asociación Inclusion, Asociación Sin Fronteras, Asociación Socio-Cultural Inzar, Briga, CGT, CNT-AIT, Colectivo de traballadores/as de Kalandraka, Escola Tempo Libre Paspallas, Fundación Emaus, Mulleres Cristiás Galegas, Nós-UP, PCPG, PUM+J, A Revira, Rexurdir Provincial, Secretariado Xitano e Verdegaia.

Reproducimos novamente o manifesto que a nossa associaçom elaborou com motivo destes acontecimentos:

Nas últimas semanas a reubicaçom de várias famílias ciganas no bairro de Monteporreiro provocou na nossa cidade um brote de racismo e xenofobia ante o qual, as sócias e sócios da Associaçom Cultural Revira, queremos manifestar:

1) É intolerável a reacçom racista de parte da vizinhança de Monteporreiro e em geral de parte d@s vizinh@s de Ponte Vedra. Com a excusa de que nom queriam no bairro famílias que, supostamente, traficavam com droga, chegárom a fazer a vida impossível e a agredir às famílias ciganas transladadas lá, tam só em base a prejuizos e sem dar o mais mínimo benefício da dúvida. Está claro que nom existe a mesma reacçom quando um ?paio? é detido por asuntos relacionados com o tráfico de drogas, nom conhecemos casos nos que se tentasse expulsar à família dalguém vinculado com a droga por serem um ?perigo para a comunidade?.

2) A actuaçom das instituiçons e dos partidos que as dirigem foi um desastre em todo momento. Especialmente sangrante é o caso do Concelho de Ponte Vedra e os grupos que o apoiam, BNG e PSOE, que parecérom competir a ver quem dava mais aços às acçons xenófobas, a desesperaçom polos votos levou a que organizaçons políticas que ainda se definem como de esquerdas abraçassem posturas injustificáveis, como a de Lores exigindo conhecer os presuntos antecedentes penais das famílias reubicadas em Monteporreiro. Mas também a da Junta, cujo projecto de povoados provisórios para realojar as famílias do Vao já foi analisado como um passo atrás por associaçons de educadoras/es sociais da Galiza, um simples mantenimento de ?guettos? como os hoje existentes. Em geral, a cessom ante as pressons racistas é um perigoso precedente ante casos futuros de semelhantes características.

3) O silêncio social ante os factos que vivemos, especialmente da maioria de organizaçons e colectivos ?progressistas? ou dalgumhas associaçons vizinhais (as que se pronunciárom figérom-no para apoiar ao Mirador), foi vergonhento. É condenável o facto de calar e olhar para outro lado quando o racismo se manifesta na nossa cidade, é umha postura que beneficia a consolidaçom e o crescimento de opinions xenófobas que, nom nos enganemos, existem dentro da sociedade, e especialmente contra a comunidade cigana. Se nom combatemos o racismo este medrará, e nom nos extranhemos no futuro se há sucessos ainda mais graves.

4) Da Revira queremos expressar a nossa solidariedade e apoio às famílias agredidas, que tenhem tanto direito a umha vivenda como qualquer, especialmente quando vam ser expulsad@s dumhas terras que som suas, e ao povo cigano, secularmente instalado no nosso País e também secularmente marginado e perseguido.

Escrito em 26-05-2008, na categoria: Convocatorias, Associaçom, Actividades, Jornadas, Velho Local
Chuza!

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