Com motivo de esclarecer a situaçom actual da Associaçom Cultural Revira, e logo da recente recomposiçom da nossa assembleia de sócios e sócias, A Revira quer expresar:
1) De acordo com os nossos princípios fundacionais, concebimos a Revira como umha associaçom independente, autogerida e plural, com visom de País e um projecto de esquerda anticapitalista, comprometida com a construçom nacional e a difusom de valores internacionalistas e solidários, dotando-nos de umhas instalaçons ao serviço do movimento popular da comarca de Ponte Vedra, nas quais vimos desenvolvendo um intenso trabalho colectivo materialiçado em charlas, colóquios, jornadas, festas, concertos e actividades que trasladarom à sociedade as luitas nas quais nos vimos comprometendo desde Dezembro de 2003.
2) Acreditamos num modelo de Local Social aberto e participativo no que poidam actuar com normalidade e em igualdade de condiçons colectivos, organizaçons e indivíduos, rejeitando de plano qualquer instrumentalizaçom que tenda a converter um centro social em simples base de operaçons de qualquer grupo organiçado. Um espaço como a Revira deve servir ante todo para o trabalho de base, para o convívio e o diálogo permanente, para tender pontes de entendimento e unidade de acçom perante os desafíos constantes que se nos plantejam: para criar movimento.
3) Em ocassons, existem freios que impedem a consecuçom dos princípios de umha associaçom e chegam a dar-se conflitos que, prolongados no tempo, afectam seriamente ao seu dinamismo e provocam mesmo a exclussom de pessoas mui válidas. Os afáns de liderádego e os intentos de instrumentalizaçom criam confrontos desnecessários e distanciam um centro social da normalidade, dos princípios de pluralidade e independência que tem a defender.
4) Temos de reconhecer, mui ao nosso pesar, e fazendo um exercício crítico, que estes e outros problemas tenhem afectado de forma prolongada no funcionamento da Associaçom Revira, esgotando esforços e criando umha atmósfera de desánimo. Aínda, os intentos recentes de parte dos sócios e sócias por estabelecer umhas novas pautas para o convívio e reconducir a situaçom forom rejeitadas de forma instransigente por umha parte, demostrando pouco interese na viabilidade do projecto.
5) A situaçom agravou-se depois de umha revissom do técnico municipal que exigia dotar o local de umha licença da que carecemos, momento no qual umha minoria da assembleia tentou converter o trámite num confronto interesseiro e, no lugar de ajudar a solucionar o problema, aproveitou para cargar contra sócios e sócias, ademais de tentar forçar um conflito com a câmara municipal com o objectivo único de tirar rédito político e converter a Revira em alto-falante partidário.
6) Por todo isto, e asumindo a situaçom da Revira, a assembleia da associaçom compromete-se a fazer viável a permanência dum projecto necessário e fundamental para a cidade de Ponte Vedra, fazendo todo o possível por voltar à normalidade no menor tempo possível. Com dificuldades e tensons inegáveis, damos por superados alguns dos atrancos que impediam o convivio, a independência política da associaçom e o pluralismo interno, e pularemos por recobrar o dinamismo e a actividade com novo impulso. Por isto é que animamos toda a gente que nós últimos anos se autoexcluiu do projecto a retomar esse apoio.
A etapa actual, caracteriçada pola ofensiva do espanholismo e a tentativa de anular a nossa língua e cultura exígem um esforço por parte de todas e todos para reimpulsar um referente como veu sendo a Revira na nossa cidade. É tempo de unidade de acçom, algo que se logra através do convívio, do relacionamento e respeito mútuos e mais do acordo, nunca desde o exclusivismo, o dogmatismo, e as tácticas de controlo que nom construem assembleia, actitudes que devem ser banidas de qualquer projecto comúm, umha lecçom que deve valer como motivo de reflexom para este 25 de Julho.
A Assembleia da Associaçom Cultural Revira