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Pola dissoluçom da BRILAT

Pola dissoluçom da BRILAT
Forças do imperialismo, nom do povo!

Em relaçom ao conflito mediático em torno da possível marcha da Brigada de Infantería Ligera "Galicia VII"-BRILAT da Base Militar General Morillo, da Revira queremos fazer as seguintes consideraçons:

1- Como nacionalistas, opomo-nos rotundamente à presença no nosso país de forças armadas do Estado que nos nega a soberania, e que tenhem como missom impedir o acceso da Galiza à sua autodeterminaçom e independência, por meio da força das armas. Este objetivo está explicitamente reconhecido no artigo 8º da Constituiçom, que precisamente foi redatada sob a férrea vigilância das Forças Armadas, o célebre "ruído de sables". A democracia e a República da Galiza nom chegarám sem desembaraçar-nos desta força militar.

Ademais, temos que lembrar que o exército espanhol caracterizou-se pola sua continuidade com as estruturas franquistas. As Forças Armadas nom só foram um pilar fundamental desta ditadura, senom que nunca experimentaram ruptura nem depuraçom com este passado, polo que nom podemos reconhecer-lhe nengum caráter democrático e legal. Neste sentido, temos que lembrar que também o cuartel de Figueirido funcionou como campo de concentraçom de presos republicanos durante o franquismo, sem que os seus dirigentes manifestaram o mais mínimo arrepentimento até a data de hoje. Assim, trata-se dum exército com um longo historial de crimes de guerra e de torturas, como as recentemente denunciadas no Iraque, que o governo espanhol preferiu nom investigar.

2- Como anti-imperialistas, queremos lembrar qual é a missom central da Brilat, que com certeza nom é dinamizar a economia da comarca, como afirmam agora os seus defensores, mas tampouco é umha misom de defensa, ao serviço do povo, fronte a umhas inexistentes agressons externas: trata-se da unidade que o Exército de Terra utiliza para diversas guerras de invasom. Ainda que as justifiquem em cada caso com diversos pretextos, trata-se de oprimir povos alheios para garantir a explotaçom dos seus recursos. Assim, a Brilat implicou-se nas operaçons dirigidas pola OTAN em países como Irak ou o Afeganistám -com intereses económicos evidentes- que forom brutalmente conquistados para impor umhas estruturas político-económicas ao serviço de Occidente, de caráter neocolonial.

Tampouco é esta unidade umha ONG que intervém para "pacificar" em situaçons de conflito: se assim fosse, interporia-se entre os agredidos e os agressores, e nom actuaria ao serviço destes. A Brilat nom se dedica a defender o povo palestiniano ante as agressons israelís, ou ao povo sírio ante o terrorismo patrocinado pola Uniom Europeia e os Estados Unidos, senom que só acode para reforçar ataques armados lá onde estám em jogo interesses estratégicos, como demostra o feito insólito de que contem com umha recriaçom dumha "aldeia afegá" para se adestrar.

3- Sem admitir que o fator económico seja o único a ter em conta, é evidente que a presença duns 2.000 militares na comarca tem um efeto no consumo. Mas os militares nom criam esta riqueza, nem um só euro, senom que este consumo provém dos impostos que paga o povo trabalhador galego, por umha atividade que nom tem nengumha consequência produtiva nem útil para o conjunto da sociedade, e que si representa umha agressom continuada a outros povos.

O exército nom é umha soluçom económica senom parte do problema: no 2013 o orçamento destinado às Forças Armadas ascendeu como mínimo a uns 5983 milhons de euros, mais do que se gasta -de forma conjunta- em áreas tam importantes como a Educaçom e na Sanidade. E isto sem esquecer que o gasto adoita camuflar-se em distintos ministérios, para rematar com muito mais dispêndio do oficialmente orçamentado. Trata-se do orçamento que menos decrece e da única instituiçom pública que resiste à vaga geralizada de recurtes.

Em realidade, a receita militar é um esbanjamento inútil de muitos recursos, que em caso de ficar liberados poderiam empregar-se em necessidades reais, como melhorar os direitos e a vida de milhons de trabalhadores, em valorizar os salários e as pensons, em garantir o direito à vivenda, em contratar mais ensinantes e médicos em vez de despedi-los, em reforzar as funçons sociais do Estado, em melhorar o nosso aparelho produtivo, em dotar-nos dum sistema financieiro público, em apostar na agricultura e nas pescas galegas, por citar só alguns exemplos.

4- Em relaçom com o conflito que enfrenta a Brilat com os comuneiros, temos que manifestar que a presença desta base na zona é resultado direto da imposiçom característica da época ditatorial, e do abuso continuado de poder. Ao longo dos anos, os vizinhos aturarom as recentes obras ilegais de ampliaçom, a realizaçom nas proximidades das suas vivendas de manobras com armamento real, o deterioro do património arqueológico, a desfeita no medio ambiente, a apertura ilegal de pistas e outras moléstias. No entanto, para todos os efeitos os montes som dos vizinhos e nom dos militares, mas o Ministério da Defesa mantém ainda a atitude sobérbia própria de épocas passadas e nega-se a pagar um canom ridículo em relaçom aos investimentos anuais que realizam em armamento.

Somos cientes de que em realidade a Brilat nom pretende marchar da comarca, já que isto suporia renunciar a umha infraestrutura já ativa e a importantes investimentos. Mas utilizam a ameaça e a chantagem económica, exercida sobre o conjunto da comarca, para forçar aos comuneiros a entregar os seus terreos de forma gratuita, num comportamento irresponsável por parte das administraçons públicas.

5- Na comarca de Ponte Vedra nom precisamos mais guerra nem mais gasto militar, nem 4 milhons de metros quadrados de monte convertidos em quartel, nem mais soldados ao serviço de Espanha. Precisamos liberdade, emprego e futuro. Ainda cientes de que estes objetivos nom som atingíveis a curto praço, da Revira apostamos pola retirada das forças militares espanholas da Galiza, pola inmediato afastamento das tropas dos países ocupados, e finalmente pola dissoluçom desta unidade imperialista.

Sinalamos também que seria exclusiva responsabilidade das administraçons públicas afrontar os prejuízos económicos inmediatos que representaria umha hipotética dessapariçom da Brilat na comarca. Neste sentido, seria preciso -como já é urgente agora mesmo, por outra parte- achegar medidas de geraçom de emprego sustentável, com alternativas reais para a comarca e os setores económicos mais afetados. Mas nom se pode defender qualquer atividade, tenha o pesso económico que tiver, independentemente das consequências que tem para as necessidades do nosso povo, dum lado, e para os interesses estratégicos do imperialismo, polo outro.

Escrito em 11-06-2013, na categoria: Associaçom, Comunicados
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