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A Revira reclama a sustituiçom do nome da Avenida Fernández Ladreda, repressor do fascismoA Revira reclama a sustituiçom do nome da Avenida Fernández Ladreda, repressor do fascismo
![]() A Associaçom Cultural A Revira quer aproveitar o novo aniversário da morte do ditador Francisco Franco para retomar a demanda da total retirada da simbologia franquista que ainda pervive na cidade de Ponte Vedra, umha proposta que já figeramos pública no passado 20 de novembro. A Lei de Memória Histórica do ano 2007 obriga às administraçons pública a retirar todos os escudos, insígnias, placas e qualquer objeto que exalte o levantamento fascista e a repressom da ditadura, como os que ainda pervivem na nossa cidade mais dum lustro depois. Ademais, queremos engadir à nossa reclamaçom a sustituiçom dum nome do rueiro, o da Avenida Fernández Ladreda. Achamos incomprensível que umha das principais ruas da cidade leve ainda o nome deste militar fascista, e entendemos vergonhento que na placa apareça designado como um "político e científico", como se numha rua dedicada a Hitler se tentasse representá-lo como "pintor e chanceler". José María Fernández Ladreda nom só foi um dos altos cárregos da ditadura, na que ocupou o posto de Ministro de Obras Públicas, senom que previamente tivo um papel protagonista no aparelho encarragado da repressom. Ladreda involucrou-se desde novo na política como dirigente das forças conservadoras, e ocupou o posto de alcalde de Oviedo durante a ditadura de Primo de Rivera. Como militar, dá no 36 o seu apoio à sublevaçom, traiçoando ao povo ao que teoricamente defendia, a legalidade que devia respeitar, e aos valores democráticos que jurara ao ser nomeado deputado nas Cortes republicanas. Encarregou-se de organizar a defesa de Oviedo contra o bando republicano, e depois formou parte dos tribunais militares que julgarom e condenarom aos seus companheiros de exército, que si foram leais à legalidade republicana. Durante o franquismo aproveitou as vantagens que este régime concedeu aos que colaboraram na sua vitória, e chegou até o Ministerio das Obras Públicas, que ocupou seis anos, desde 1945 até 1951. Precisamente é este posto é o que explica que este assassino e político mediocre conte com tantas ruas em todo o Estado, já que os municípios recorriam à pleitesia para acadar investimentos, no quadro dum sistema caciquil e corruto. Esse reconhecimento servia como antesá da concessom de obras. Fernández Ladreda nom é digno de nomear umha rua na nossa cidade. Um ativo participante no golpe de Estado, um repressor involucrado nos crimes da ditadura, um traidor ao seu povo, aos seus compromisos e aos princípios que jurou defender, um cacique que gostava de ver o seu nome no rueiro para conceder obras, e finalmente um ministro do régime baseado na negaçom de todos os direitos e liberdades. Achamos que todas estas razons som mais do que suficientes para esigir o cámbio do nome. Neste sentido, afirmamos que a denominaçom desta avenida nom pode deixar de ser considerada umha manifesta exaltaçom da sublevaçom militar e a repressom da ditadura, e polo tanto merecente da retirada segundo o artigo 15 da Lei de Memória Histórica. Nem sequera umha Lei tam seródia, raquítica e insuficiente pode avalar a continuidade deste nome, polo que nom entendemos a demora na sustituiçom do nomenclátor, particularmente quando já foram sustituidos a maioria dos nomes franquistas. De feito, os municípios asturianos, bos conhecedores das barbaridades cometidas polo militar, já começaram em 1979 a retirar o nome das suas ruas, ainda vigente em Ponte Vedra mais de três décadas mais tarde. A avenida merece um nome vinculado à tradiçom galega e popular da cidade -um processo que já se realizou noutras ruas- e esigimos a sua inmediata sustituiçom. ![]()
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