Tenho um rato cabrão a me roer nos sentimentos:
- abrindo espaços vácuos
- espargindo galerias de ar entre as entranhas
- descompactando as actitudes como gases no estômago
- dando-lhe espaço ao espaço
- atravessando a matéria do coração a nado
- abrindo as águas da memória
Tenho um rato cabrão a me morder na sombra
da mão
do braço
do coração
da Terra.
PS: E tu, Hamlet, amigo, que fazes que não atacas?