XML error: Invalid document end at line 1, column 1

 

blog engine
De boca aberta

Um invento isto dos blogues. Antes, quando o meu blogue era um quadrado pequenino do PGL, só a família me lia. Agora, revejo entradas antigas e apareceram comentários às minhas entradas totalmente inesperados. Como este comentário à minha entrada, que agora colo e comento:

Seguimento:

hostia, pois que saibades que os ruxe-ruxe, con outros ghrupos da nosa zona, estan a darlle vidilla o rock de aquí e en galego. E dende logo que lendo as túas opinións ,a priori dun home de cultura queda un un pouco decepcionado. Unha cousa son os teus ghustos e outra facer escarnio da forma de expresarse dunha xente, que por outro lado son xente auténtica desta terra e que se expresan exactamente como o fagho eu. E concretamente o cantante que criticas, que foi comnpañeiro meu na facultade é unha persoa ben culta e con moitísimos coñecementos sobre a nosa cultura. Eso si, non fala nen escribe do mesmo xeito ca tí. QUE PENA QUE TODOS OS GALEGOS NON SEXAMOS TAN ILUMINADOS COMA TÍ. Despois seghuro que es dos que aprobaches as oposicións a dedo e teu pai está forrado, seghuro que respondes o perfil de fillo de boa cuna, ou boa cona que dirían os heredeiros.

Eu já não esperava que ninguém lesse essa entrada do diário, mas de repente chega isto e deixa-me com a boca aberta. Já deixei um comentário de resposta desculpando-me por se se sentiu ofendido pelo tema de Ruxe-Ruxe, que, como não os ouvi muitas vezes, não me atrevo a dizer que são o que me pareceram. Interessa-me comentar o resto.

Vou aos poucos:

1- Unha cousa son os teus ghustos e outra facer escarnio da forma de expresarse dunha xente....

Claro, por isso não entendo a que vem tudo isto.

2- ...que por outro lado son xente auténtica desta terra e que se expresan exactamente como o fagho eu.

Devemos supor que eu não sou auténtico desta terra e/porque não me expresso igual. Tudo supondo também, é claro, que quando deixo de escrever, falo igual que Camões e Fernando Pessoa, ou algum caminho intermédio entre Macau e o Rio, digamos Lisboa, por exemplo.

3- E concretamente o cantante que criticas, que foi comnpañeiro meu na facultade é unha persoa ben culta e con moitísimos coñecementos sobre a nosa cultura.

Evidentemente nunca questionei os conhecimentos culturais do cantante de Ruxe-Ruxe, que suponho que terá em abundância. Isto só pode ser ou um toque familiar ou algo que vem preparando o que vem depois.

4- Eso si, non fala nen escribe do mesmo xeito ca tí.

Agora vemos as causas de tudo isto, claro. Agora chegamos ao tema. Alguém leu por acaso a minha entrada no blogue e pensou (sem pensar): "Como pode ser que um lusista qualquer possa criticar o cantante de Ruxe-Ruxe, que, apesar de ter muita cultura, fala igual que eu?". Porque, evidentemente, esta pessoa continua a pensar que falar galego e dizer palavrões é a mesma coisa. Porque, evidentemente, essa pessoa ainda pensa que um lusista não é um galego da terra, nem diz palavrões quando lhe der na cabeça. O que é um lusista, então, segundo ele? Continuemos a ler.

5- QUE PENA QUE TODOS OS GALEGOS NON SEXAMOS TAN ILUMINADOS COMA TÍ.

Um lusista, e eu, que devo de ser o estereótipo do lusismo, é um iluminado. E algo mais, claro, isto não fica aqui...

6- Despois seghuro que es dos que aprobaches as oposicións a dedo e teu pai está forrado, seghuro que respondes o perfil de fillo de boa cuna, ou boa cona que dirían os heredeiros.

Já está. Tudo resolvido. Somos os que aprovamos com cunha e temos pais cheios de dinheiro, etc. etc. etc. Só lhe faltou dizer que "depois seguro que" (que grande expressão) falo espanhol. Magnífico. E eu a mil Km. da Galiza com uma interinidade que não me assegura nenhum futuro, vindo-me todos os dias para trabalhar no portal ou noutras coisas, aprendendo catalão, e sem saber nada disto.

É o que há. É o que temos que aguentar. Paciência.

22-06-2005, intimidades

Ainda sem comentários