nuvens de mar a amarrotar a frente
precedem o naufrágio destes versos
nada há nos dedos que peça ser cantado
e nem sequer o alento marca um ritmo
que ser seguido pelo marinheiro bêbado
fazer-se ao mar é um exercício tolo
mas eis-me aqui
atirado a nadar com um colete
que traga à superfície este poema
depois do temporal