deixar fluir o tempo com o tempo
a vida continua pelas mãos afora
e nada mais que o vento pelo vento
se deixa arrastar para o interior da porta
do peito deste peito dos seus peitos
gravados na memória da memória
e no ventre da deusa em que derreto
em carne e voz a diluir na boca
a sensação de polpa que um segredo
deixa na boca da boca dessa boca