Retomo o diário depois de dez dias de agradável silêncio em terras galegas. Tive tempo para muita coisa. Juan, Tomás, Sílvia, Sara, Carlos, Heitor, Marcos, Pichel, Suso, outro Heitor, os meus pais, a família, a ilha, Cangas, Compostela, Ponte Vedra, a Crunha.
Levo sete horas de férias. Sou todo um portento, porque já estou totalmente bêbado. Fui ao bar do Rubém com toda a ideia de tomar "a última". Resultado: entrei às seis e meia, saí às doze da noite. O cabroncete esteve a pôr-me músicas de:
- El último de la fila
- Carlos Núñez
- Matto Cóngrio
- Citânia
- La Bola de Cristal
- e para acabar de ghodê-la: The Smiths
Que podia fazer eu, senão ouvir acompanhado da minha canha/ do meu quitno de Alhambra? E é que, ainda por cima, o tipo ainda me pergunta por "um grupo que se chama Leixa-prém". Cago em tudo! Assim chego eu à casa, que não diferencio o gato da esfregona!
Enfim, amanhã cláustro (espera aí, creio que claustro não se acuntuava!) e a seguir carro e para a Galiza. Aí o vou!!!!!
Bom, pois já li Cerdedo in the Voyager 1. E ainda estou comocionado e emocionado. Profundamente. Tudo o que se me ocorre dizer é que Calros é o melhor poeta galego da actualidade. Simplesmente. Cerdedo in the Voyager 1 é todo um alarde de recursos expressivos. Irónico, combativo, extremadamente lírico e íntimo ao mesmo tempo. Poemas visuais que não perdem em nenhum momento o sentido do ritmo. Assustador. Quanto aos conteúdos... Acho que é a melhor expressão da célula da universalidade que já vi. A melhor expressão do espírito vaqueiro. Digo-o totalmente a sério. Quero escrever um artigo de opinião para o portal sobre o livro. A ver se tenho tempo antes de ir para a Galiza.
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