seja esta a regra da aranha:
coser o corpo ao coração, a língua
às palavras e os ritmos
mascarar-se de espelho perante o espelho
ligar a luz do sol
e dar-se a volta
não espelhar-se em máscaras
percorrer as distâncias
-texto a contexto a texto-
sobre um fio de sangue
tecer com gumes a aranheira e
morder com força nas faíscas apanhadas
No centro do círculo
ninguém
apenas ar em vertical
e o ritmo
do coração do vento