Londres

Tenho de escrever algo muito importante, e fá-lo-ei em breve. Mas antes quero comentar uma outra coisa. Não sei se alguém reparou no mapa do mundo que coloquei ontem na barra direita deste blogue. É um serviço que fornece Clustr Maps e serve para marcar (em vermelho) o lugar donde são recebidas a visitas. Hoje vi-o de novo e surpreendi-me. Há muitas visitas de Alacant, coisa normal, porque ultimamente entro muito a ver se alguém deixou um comentário. Tou à procura de feed-back (já agora, obrigadinho, sabela). Também há visitas da Galiza, coisa também normal. O de Madrid também normal, que está o meu irmão. Encontrei alguma coisa de Lisboa, que me desconcerta um poco. Mas o que me tem pasmado é o de Londres (ou algum lugar da Inglaterra). Assim que me animo a animar. Dêem sinais de vida!!! Apresentem-se!!! Que curiosidade, meu deus...

PS. Se algum dos usuários dos blogues agal-gz quiser um, que me avise, porque é necessário integrá-lo no script.

Quarto dia triunfal

Ninguém me telefona e toda a gente me diz "se precisares falar, conta comigo". Mas eu nunca soube conhecer as minhas necessidades. Como se sabe que se precisa falar? Preciso falar para saber isto ou aquilo, para aclarar as minhas ideias ou para comunicá-las. Mas tenho demasiadas certezas que não interessam ninguém. Também falo para desabafar. Mas como saber que se precisa desabafar sem sentir-se completamente abafado? Quem disse "vou estar aí para que não chegues a esse ponto"? E se precisar simplesmente que alguém me veja chorar? Quando falei com alguém tentaram falar-me doutras coisas. Não sou parvo, reparo nisso. Com quem falarei que não mude de tema para que tente esquecer? Mas não quero esquecer. Quero que tudo volte ao seu normal. Sinto-me só e isto é só o começo. Quem vai mudar este meu hábitat que chama a conversas de queixas por isto ou aquilo? Quando ela estava chegava e queixava-se que no trabalho tal ou qual, ou que tal amiga tal ou qual. Chegava um momento em que me aborrecia tanta queixa. Agora passaram quatro dias e cá estou eu a queixar-me. Tal ou qual, saibam vocês. Intuo as vossas caras de aborrecimento. Talvez nem cheguem a ler já esta linha. Quem melhor que eu para compreendê-lo? Porém queixar-se parece-me agora uma forma de amor que neste momento espalho pela rede. Queixar-se é uma procura de resposta ou só de orelhas. Uma procura dirigida aonde se acha que pode estar a resposta. Mas essa resposta não era eu. Quero queixar-me. Mas a quem se ela não está? E se estivesse, o que conseguiria? Pena? Tudo o que sei é que não quer fazer-me dano. Não vou usar isso. Não quero. Sou algo mais que um molho de lágrimas em potência. Ainda que possa parecer o contrário ao dar uma vista de olhos a este blogue. "Quando estás bem nunca escreves", dizia-me ela. Tinha razão. Todos os silêncios são as minhas alegrias, porque verbalizar é um risco. Poderia acontecer que, ao escrevê-las, descobrisse que são apenas parvoíces. Porém as tristezas, essas, melhor que sejam o que são e pronto.

Sinha Rosa

Sinha Rosa. Quanto tempo. Tive que ler a entrada toda para lembrá-la. Vai ser verdade que tudo morre quando deixa de ser visto. E eu devo de estar meio morto, porque não saio desta casa vazia.

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