Oiga, doctor

Envia-me o meu irmão por e-mail a letra desta canção de Sabina. Na verdade, não ando bem nesse tema. Um pouco sim, mas nem tanto. O caso é que chegou a época de avaliação aqui à escola e eu ando com exames de um lado e doutro e ainda por cima, Timofonica volta a superar-se a si própria cobrando-me um seviço de tarifa plana ADSL que simplesmente não me permite conectar-me em casa nem cinco segundo seguidos. E na escola o servidor de internet permite-me receber e-mails mas (oh surpresa!) não me permite enviá-los. Estou incomunicado contra a minha vontade. Seja dito que a minha vontade também não é assim uma necessidade absoluta, como era há uns meses, mas existir existe, e não posso dar-lhe saída. Bom, estou a fazê-lo com esta entrada do diário, e outras que virão.

Ací i ara

Ha arribat el temps d'escriure en valencià. Ja fa mès de dos setmanes que estic parlant-lo constantment (amb Bàrbara, clar) i mai ho escric. Però això ha de cambiar i ha de ser ara
i ací.

Supose que tindré molts errors, però no m'importa res. També supose que encara no podré dir massa, per que em manquen moltes paraules, però he de intentar-ho i això es el que faig ara
i ací.

Vull ficar-me en Veu Pròpia. No tenen ningú a Alacant. Es suposa que aquesta ciutat es "territori cremat", com ja he sentit mès d'una vegada. I això encara em dona mès ganes de paralar-ho i de fer alguna cosa, el que siga, per a defendre el català ací
i ara.

Ací
i ara.

Ací
i ara.

Cinzento

Cinzento, cinzento, cinzento. Dia nublado em Alacant. Acordei com Bárbara, deitar-me-ei com ela. Praticamente moramos juntos. Os seus pais sabem da minha existência e do nosso. Gostam de mim porque falo catalão, disque. Os meus pais sabem da sua existência e do nosso. Acho que não gostam demasiado, porque me querem na Galiza, mas como sempre transigem. Eu sim que gosto, mas também quero estar na Galiza. Ela também gosta, mas vai para Lisboa. Estou tão à vontade com ela. Mágoa que a felicidade não dê para grandes páginas literárias, que por isso escrevo menos. Só às vezes, em dias cinzentos. Mas que se lixe a literatura. Que se lixe. Tenho um espaço que não é de palavras. Tenho uma casa e está um dia cinzento. É isto a Galiza?

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