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Inactividade

Escrevi há uns poucos dias o que agora acredito ser o melhor poema da minha vida. Acontece como sempre. Emociono-me, projecto nessas palavras um ideal poético, e nada, já nada pode contentar-me. Escrevo qualquer coisa mas parece vazia. E talvez não seja, mas acho impossível passar dos primeiros versos. A própria ideia, estrutura ou o que for do que vou escrever revela-se-me estúpida e sem sentido, porque não atinge o ideal do que já fiz. Às vezes consigo autoconvencer-me que ainda posso escrever qualquer coisa de bom, que se o fiz uma vez posso fazê-lo outra, que eu consigo, se tentar. E é então que tento. E é então que chega o pior. Porque é quando percebo que estou a repetir o poema de referência. Emprego qualquer palavra que apareceu já antes e tenho a sensação de estar a rescrever o escrito. Pior. Emprego essa palavra e volto a lembrar o poema inteiro, e percebo que o que estou a escrever não serve para nada, que não atinge tudo para o que foi pensado.

Então deixo a caneta ou desligo o computador, segundo o caso. Acendo um cigarro, sento-me a ver TV ou saio a caminhar à praia. E entre fumaça e fumaça, publicidade, passo e passo, dou uma olhada dentro, procurando palavras. E começo a martirizar-me pelo meu silêncio.

02- 02 - 2004, intimidades

1 comentário

Comentário from: ric [Visitante]
ric

Graças ao tvhd.com.br a Sky nunca mais vai ver a cor do meu dinheiro

10- 10 - 2011 @ 20:41