Nalgum lugar do mundo, uma criança balbuciante de língua não românica junta inconscientemente e por acaso, deitando mão daqueles fonemas que consegue pronunciar por fim, uns sons que formam algo como a palavra "amor". O mundo circundante, no entanto, fica na mesma. Os pais que estão ao seu lado nem sequer se olham extranhados, nem a avó, nem o tio, nem o ursinho fofo que tem abraçado. É que, realmente, a coitada da criança não disse rigorosamente nada.
Já me tenho sentido alguma vez assim.
Eu também, no entanto as palavras valem por si só. Terão sempre uma força esmagadora.