Ací i ara

Ha arribat el temps d'escriure en valencià. Ja fa mès de dos setmanes que estic parlant-lo constantment (amb Bàrbara, clar) i mai ho escric. Però això ha de cambiar i ha de ser ara
i ací.

Supose que tindré molts errors, però no m'importa res. També supose que encara no podré dir massa, per que em manquen moltes paraules, però he de intentar-ho i això es el que faig ara
i ací.

Vull ficar-me en Veu Pròpia. No tenen ningú a Alacant. Es suposa que aquesta ciutat es "territori cremat", com ja he sentit mès d'una vegada. I això encara em dona mès ganes de paralar-ho i de fer alguna cosa, el que siga, per a defendre el català ací
i ara.

Ací
i ara.

Ací
i ara.

Cinzento

Cinzento, cinzento, cinzento. Dia nublado em Alacant. Acordei com Bárbara, deitar-me-ei com ela. Praticamente moramos juntos. Os seus pais sabem da minha existência e do nosso. Gostam de mim porque falo catalão, disque. Os meus pais sabem da sua existência e do nosso. Acho que não gostam demasiado, porque me querem na Galiza, mas como sempre transigem. Eu sim que gosto, mas também quero estar na Galiza. Ela também gosta, mas vai para Lisboa. Estou tão à vontade com ela. Mágoa que a felicidade não dê para grandes páginas literárias, que por isso escrevo menos. Só às vezes, em dias cinzentos. Mas que se lixe a literatura. Que se lixe. Tenho um espaço que não é de palavras. Tenho uma casa e está um dia cinzento. É isto a Galiza?

Bàrbara e tal...

Penso agora que o caso era não pensar e dou tudo por bom. Porque foi para bem, afinal de contas. Foi assim, e eu reconstruo, ou tento:

Chego a Alacant em Setembro, passo o mês aqui e ao retomar as aulas (já em Outubro), Bárbara está no grupo de segundo ano. Tento fazer aulas descontraídas, vou tomar umas imperiais com os alunos ao sair, procuro dar-me bem com eles, resultar o mais próximo possível. Tento dar uma certa sensação de indisciplina, o que me resulta bastante fácil, na verdade. A ideia é fazer aulas participativas, e para isso permito um certo desordem. Não demasiado, creio. Nesse clima, aliás, posso deixar mais ou menos à vista as minhas tendências políticas. Não que as diga directamente (bom, nalguma ocasião sim), mas sobretudo à hora de vestir os meus t-shirts reivindicativos, os únicos que tenho. Em mais de uma ocasião deixo ver a minha simpatia pela língua valenciana. Bárbara, pelos vistos, gosta disso. Boa coisa. Estou à vontade com ela e isso ajuda-me a dar aulas.

Full story »

<< 1 ... 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 ... 128 >>