Nom te confundas, isto nom é um concurso electrónico, isto nom é um calote de internet, isto nom é umha brincadeira virtual. Isto é umha pequena demostraçom de que a cultura (neste caso, modestamente, a literatura) pode nom só circular livremente grazas às novas tecnologías, mas que também pode repartir-se, livre e gratuitamente, boicotando isso que agora se chama indústria editorial e indústria dos direitos do autor, contando com as ?vellas? tecnologías.
Se es umha das (imagino que poucas) pessoas que lêm este blog, que se actualiza dependendo das possibilidades de quem isto escreve, tes a oportunidade de conseguir, completamente de balde, um livro, completamente de poesia. E, por suposto, na nossa língua.
Nos últimos dias, várias pessoas, alguns familiares, alguns/mhas amigas/os, alguns jornalistas, mesmo alguns indivíduos que reunem numha só pessoa todas essas condiçons, ou duas delas (por exemplo, um jornalista e ainda assim amiga/o, ou um/ha familiar, amiga/o e ainda assim também jornalista), têm recebido nas suas casas um exemplar IMPRESO (sim, impreso, quer dizer, em papel, que é umha forma antiga na que se acostumava a reproducir a literatura), do meu já nom inédito ?Livro das confusons?. E é importante o de impreso, porque na rede já há algum tempo que está presente no web do Centro de Documentaçom da Associaçom de Escritoras/es em Língua Galega, junto com outros textos.
Pois se tu nom estás entre esse grupo de pessoas, mas ainda assim queres ter nas tuas maos, nos andeis da tua livraría, um exemplar, em, insisto, papel, essa cousa tam arcaica, pode consegui-lo sendo umha das cinco primeiras pessoas que o solicitem. (Pode que mesmo ainda sendo a sexta ou sétima pessoa podas também receber o livro, mas por riba desse número nom garantizo o seu envio).
E, perguntará a incrédula leitora, o precavido internauta, completamente de balde? Nom terei que pagar depois qualquer cousa? Nom intentará este tipo depois vender-me umha moto, umha enciclopédia ou o castelo de Vila Franca? Pois nom, nom intentarei. Receberás o livro completamente de balde.
O que nom garanto é que che poda parecer interesante, de boa qualidade ou, simplesmente, bom. De facto, nom deve sê-lo, porque com pouca fortuna percorreu concursos e editoras sem conseguir ganhar nada nem ser publicado. Mas como é um ser vivo, independentente, e com ganas de ser livre (como todos os livros), insiste em chegar ao público, ainda que seja numha ediçom singela, mas cuidada, modesta, mas interesante, fotocopiada, mas manual. Sem ISBN, sem depósito legal, sem Copyright, e com Copyleft. Umha pequena curiosidade bibliográfica, sem dúvida, porque a sua ediçom, que consta nada mais que de uns quantos exemplares, nom será, com certeza, repetida.
A possibilidade de construir cultura sem contar com intermediarios é umha realidade: sempre o foi, nunca deixou de sê-lo. E agora, é possível seguir a fazê-lo: sem que entre o autor ou autora se precisem intenrmediarios, editores, impresores, distribuidores, livreiros,... Deixando fora desta relaçom o supostamente imprescindível intercámbio monetário, sem traducir a termos de valor económico o valor estético e práctico que poda ter essa colecçom de poemas agrupados baixo o título de ?O livro das confusons?.
E que tes que fazer? Pois pouca cousa: escrever um correio electrónico ao meu endereço (ilugrisarrobahotmailpontocom), e enviar-me as tuas senhas, nome e endereço postal, para que cho poda enviar. E nada mais? Nom, nada mais. Ainda que depois, seria muito de agradecer que entraras novamente neste blog, e me contaras, livre, e a poder ser nom anónimamente, a tua opiniom, ou opinions, sobre o livro.
Queres? Podes.