Após quatro post de prova, em 31 de Maio de 2006 inaugurávamos ?oficialmente? este blogue com um post intitulado Welcome to Angueira de Suso em que confessávamos nom ter nunca posto o pé no susodito lugar do Concelho de Padrom, freguesia de Cruzes.
Pois bem, no passado domingo, 12 de Novembro de 2006, pugemo-lo e lamentamos dizer que nom fomos muito bem recebidos que digamos.
Provenientes do Morraço o meu amigo Panchez e mais eu figemos um alto no Caminho de Santiago para dar-lhe umha vista de olhos ao susodito e ainda desconhecido lugar (dei-lhe carona ou boleia ao aduaneiro Panchez quem, pola culpa dumha dumha tendinite profissional, nom pode dirigir ou guiar).
Indo pola N-550 à altura da fábrica de Gasosas Feijoo apanhamos à direita e, aproximadamente 300 metros depois do sinal indicador de povoado (que, já agora, já nom está retorto como na fotografia, endireitaram-no) chegamos a umha formosa aldeia de espigueiros, boas casas de pedra (muitas delas cuidadosamente rehabilitadas) e estreitas ruas empredradas cobertas por magníficas parreiras. Formosa de mais para ser a Angueira de Suso! Umha simpática octogenária com a que falamos informou-nos de que onde em realidade estávamos era no lugar de Areal (freguesia de Cruzes, Concelho de Padrom) e de que o presidente da câmara padronesa quer que a vizinhança do lugar suba ou corte as suas videiras para que os bombeiros podam passar.
Demos marcha a ré até a bifurcaçom que havia quase ao princípio (e onde nom havia indicaçom nengumha) e perguntamos-lhe a umha senhora que nos confirmou que aqueloutro lugar (nom tam bonito assim, embora tampouco feirmo) era a Angueira de Suso.
À entrada da aldeia encontramos umha casa grande cum pequeno jardim de infância (onde o Panchez, que nom é Velázquez mas sim um excelente pintor de câmara digital, me fijo um retrato equestre digno do Conde-Duque de Olivares) e um acristalado tabuleiro de anúncios onde, sob o EU-fónico nome do lugar e ao pé dos necrológios, pudemos ler impressas um par de notícias aparecidas nas edições digitais de La Voz de Galicia e El Correo Gallego que falavam do desagradável assunto do que nos falara a agradável vizinha de Areal.
Após as preceptivas fotografias, ao lusco-fusco (por volta das 18h30 CET), o Panchez e mais eu disponhiamo-nos a dar umha volta pola Angueira de Suso quando umha quadrilha formada por quatro velhas enlutadas (umha patrulha de vigilância nocturna, segundo a teoria do Panchez) nos cortou o passo:
-Aonde ?carajo? vades? -Espetou-nos a que parecia ser a porta-voz das violentas.
-Comorrr!!!??? -Pensamos nós, para nós.
-Que aonde ?carajo? vades!? Home, digo eu, a estas horas? Aquí já somos muitos! Já sobramos! -Continuou dizendo a mui xenófoba querendo dizer que os que alí sobrávamos éramos nós.
Podo compreender e compreendo a desconfiança das paisanas e dos paisanos perante extranhos como o Pancho e mais eu (embora passando como passa o Caminho Português pola Angueira de Suso estas paisanas deviam estar mais do que acostumadas às más pintas) mas nom suporto a falta de educaçom, assim que dei à sargenta umha má contestaçom e, passando polo meio das quatro, continuamos o que seria um brevíssimo passeio.
Ainda em estado de choque apanhamos o carro e continuamos caminho de Santiago. O Panchez e mais eu rimos a gargalhadas pensando no que lhe diria o caralho da velha ao Xosé Ramón Gayoso se este aparecesse polo lugar.
Nom fomos bem recebidos, nom fum bem recebido na Angueira de Suso. Nom podo dizer que a Angueira de Suso seja o meu sítio, o sítio de Suso Sanmartin. No entando, como o general MacArthur, I Shall Return!
Escrito em 16-11-2006,
na categoria: SUSODITOS LUGARES
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senhora …. o país e de tod@s !!!!(SUSO SANMARTIN s XXI D.C.)
Pois é, caro Panchez, isso foi exactamente o que lhe digem à senhora sargenta. Reconheço que nom estivem muito ocorrente mas… o que lhe vamos fazer? Já digem que nom suporto a má educaçom.
Já agora, o comentário escreveria-lo com a mao esquerda, nom é? Mira que a direita tem de descansar! ;-)
Angueira de Suso: The Place Where Nobody Is A Foreigner, ha, ha, ha.
“al lugar donde has sido feliz
no debieras tratar de volver"…
;)
“El Dorado era un champú,
la virtud unos brazos en cruz,
el pecado una página web.
En Comala comprendí que…”
;)
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