Aconteceu em Rianxo há sete anos (e dous dias).
Convocadas pola Coordenadora Cidadá Cachimbo pola Paz e sob o lema Basta já! Manoel-António a casa! em 28 de Janeiro de 2000 dúzias de pessoas se concentraram perante a casa natal do poeta, sequestrado desde havia 44 anos a maos de Domingo García-Sabell, para exigirem a sua imediata libertaçom.
Ao ser-nos impossível tê-lo pronto para a efeméride de ante-ontem domingo (28 de Janeiro de 2007, septuagésimo sétimo aniversário da suposta morte de Manoel-António) como eram as nossas iniciais intenções, publicamos hoje, 30 de Janeiro de 2007 (centésimo vigésimo primeiro aniversário do nascimento dum outro rianxeiro ilustre, A. R. Castelao), o vídeo que a jovem Antía Melba González Fernández (filha de Pilar e Antón Vilariño, bons e generosos amigos meus), que na altura contava com apenas treze anos de idade, gravou naquela mágica noite.
Sete anos (e dous dias) depois, falecidos já três dos seus quatro sequestradores [Roxélio Pérez González Roxerius (+1963), Domingo García-Sabell O Bibliótafo (1909-2003) e Raimundo García Domínguez Borobó (1916-2003)], o poeta Manoel-António continua em paradoiro desconhecido.
E igual que Cachimbo pola Paz (paipa en forma de interrogaçom) fazia há sete anos (e dous dias), hoje nós perguntamos: QUEM SABELL ONDE?
Escrito em 30-01-2007,
na categoria: TERRORISMO CULTURAL (TC):, Cachimbo Pola Paz
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home, Susinho. vostede é todo un superman (mira ti no que andaba el a fedellar estes días todos, empechado na oficina pelexándose cos videos e a tituladora…). pois o seu traballo quedou moi digno, isto tamén se chama recuperar a memoria histórica. non só pola memoria, senón porque a min tamén me toca fondamente, manoelantoniana coma son. está vostede convidado a dar unha volta en pailebote branco cando o desexe. beijocas.
Com efeito, foi umha luita sem quartel que começou na quinta-feira 18 e nom terminou até às quatro e dez da manhã da segunda-feira, 29 de Janeiro de 2007. No dia a seguir tinha de levantar-me às oito para vir trabalhar mas, embora nom pudesse publicá-lo aqui até daí a um par de dias por cousa de subí-lo ao YouTube e tal, queria tê-lo pronto para o mesmo dia em que se completavam setenta e sete anos desde a suposta morte de manoel-antónio e sete desde O Gesto de Cachimbo pola Paz (DOM, 28-JAN-07). As altas horas às que terminei nom desculpam mas explicam algumhas das gralhas que cometim na legendagem (escrever “acabar” com “v", por exemplo).
Quando quiseres. Muitíssimo brigado polo convite a dar umha volta nesse pailebote branco, branco como o laço que simboliçava a nossa luita e que, se reparas bem, o mesmíssimo Borobó leva na lapela. Beijocas.
Parabéns polo video. Quantas lembranças daquel día em Rianxo!! Mágoa nom ter gravado o percorrido post-manifestaçom polas tabernas do porto rianxeiro, recitando en alto os poemas de “De Catro a Catro” entre taças de ribeiro e gin-tonics. Umha jornada de luta e festa nada durante as cabriolas mentais nas tardes-noites de debates e cafés no teu “zulo” de detrais do colegio de Rianxo (Rúa Arcos Moldes). Apertas dum rianxeiro exiliado no bairro de Sar (Compostela).
O “percurso post-manifestaçom polas tabernas do porto rianxeiro” levo-o eu gravado no peito. E nom é, como tu bem sabes, licença poética, que sete anos e três dias depois de fazer aquela animalada (deixando-me levar pola euforia etílico-poético-militar) ainda me doi a contrac(ul)tura osteo-muscular.
E o meu “zulo” da Rua Arcos Moldes era bem “chulo", que desde ele podiam ver-se a diário os “gigantescos” pôr-do-sois (dos que falava Manoel-António no seu epistolário) trás a Serra do Barbança. “Nom tudo em Rianxo é pequeno” (M-A).
Abraços dum de Bueu exilado no bairro da Guadalupe (como vês Sempre em Rianxo embora fisicamente me tope em Compostela).
Óptimo, caro e escaralhante.
Hei remexer muitos caixotes algum dia à vossa saúde.
Porém, como investigador do oculto, tenho o dever de vos advertir que suspeito que Garcia-Sabell, não era um Bibliotafo, nem um biblioclasta, nem um bibliopirata qualuqer. Era um vampiro. Estai com o olho de vidro alerta.
Saúde
Obrigadíssimo, carão! Ansiosos estamos por saber o que o Íker Ximenes do galeguismo (De Catro a Cuatro) topa a remexer nesses caixotes. Estaremos com os olhos de vidro (e com as restras de alhos) alerta por se acaso. Saúde e Terra!!!
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