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      Alvaroque da Língua

      Alvaroque da Língua

      Eis o texto que na reuniom da comissom de festas que tivo lugar na sede da Burla Negra no passado 17 de Abril me comprometim a escrever para animar o pessoal a anotar-se ao Alvaroque da Língua. Por umha cousa ou por outra o caso é que até a tarde de ontem (véspera do dia no que expira o prazo para anotar-se, que é hoje) nom encontrei vagar para escrevé-lo. O texto (o último, por enquanto, dumha série de textos que diferentes pessoas foram escrevendo para animarem o cotarro) apareceu esta mesma manhã publicado no blogue do Alvaroque.

      O Alvaroque para Suso Sanmartin

      Serei-vos franco. Nom me parece mui afortunado o nome de Alvaroque da Língua. Nom mo pareceu quando o passado 12 de Abril lho ouvim ao amigo Séchu Sende pola primeira vez e continua sem parecer-mo agora. Porque em nengumha das suas acepções a ceia que o vindouro 16 de Maio celebraremos em Luou se corresponde com o que o dicionário (e-Estraviz) define como alvaroque:

      ?Alvaroque s. m. (1) Acto de dar por terminado um convénio ou venda, bebendo um copo de vinho ou tomando algo em sinal de que o contrato está ultimado. (2) Comida que se dá aos operários ou jornaleiros depois de terminada uma obra ou faina agrícola. (3) Convite que se dá para celebrar um contrato. (4) Copa de aguardente que acostumam tomar os trabalhadores pola manhã cedo, em jejum e antes de começar o trabalho. Sinón. Alboroque [ár. al-baruk].?

      Porque o banquete de Luou terá tanto de alvaroque (ou ramo) como de albricoque (ou damasco). Sou filho e neto de canteiros e sei bem do que vos falo.

      Mas, politicamente, também sou filho (ou neto) de Castelao (o mesmo que no seu Álbum Nós escreveu: ?Nom lhe ponhades chatas à obra namentres nom se remata. O que pense que vai mal que trabalhe nela; há sítio para todos?), por isso também eu irei ao Alvaroque da Língua.

      Longe de estar terminada, a obra de marras nom está nem empeçada. Tampouco é que seja o melhor começo chamar-lhe alvaroque ao que, no melhor dos casos, será a primeira pedra dumha obra na que tudo está por fazer. Nom me importo, seguindo o conselho de Castelao nom ponho chatas à obra, arremango-me, frego as maos com norueguesa Neutrogena e ponho-me maos à mesma na confiança de que nela, como dizia Castelao, haverá sítio para todos e todas.

      Para além de Dia das Letras Galegas 17 de Maio é o Dia Nacional da Noruega, um país (o país com o mais alto Índice de Desenvolvimento Humano do mundo, já agora) que escreve a sua língua em duas normas oficiais (Bokmål e Nynorsk). Desde que, há anos, descobrim esta feliz coincidência acredito na Via Norueguesa como única saída viável a um conflito, o normativo, cuja superaçom nos colocaria em vias de solucionar o outro conflito que ameaça a sobrevivência do galego, o conflito lingüístico.

      Talvez num futuro nom mui longínquo isolas/os e reintegratas podamos celebrar, cum autêntico alvaroque no que o salmom defumado será o rei, o facto de termos chegado, por fim, a esse acordo à norueguesa necessariamente nom-ortográfico.

      Por enquanto, comecemos a casa polo telhado (nom passa nada!) e dêmos boa conta do churrasco o próximo 16 de Maio no Alvaroque da Língua, em Luou.

      UM POVO, UMHA FALA, DUAS NORMAS!!!

      Escrito em 04-05-2007, na categoria: LA QUESTIONE DELLA LINGUA (degli coglioni)
      Chuza!

      9 comentários

      Comentário de: Uz [Visitante]  
      Uz

      Duas normas… para dominá-los a todos ;-)

      05-05-2007 @ 19:27
      Comentário de: o'lombar [Visitante]  
      o'lombar

      …e o quê é um albricoque ou damasco? bjs.

      06-05-2007 @ 17:34
      Comentário de: O Padín [Visitante]  
      O Padín

      Xa mirei que miraches que deixei un comentario chez l’albaroque. Non me vou repetir. Non sei aínda qué farei o día das letras goliardas, pero xa non teño tempo de apuntarme ao albaroque. Mirarei en todo caso de apuntarme á carallada subseguinte. E Lombar, saúdos, se cruzas a Moaña xa sabes onde tes a túa casa.

      06-05-2007 @ 19:20
      Comentário de: o'lombar [Visitante]  
      o'lombar

      Muito obrigado, Franjo. Que bom encontrar-te nesta (aínda,..) tarde (..que tinha que ser já noite) na que o Celta afunde para segunda e já nem París nos queda ;-) Abraço.

      06-05-2007 @ 21:38
      Comentário de: suso [Visitante]  
      suso

      Que bom regressar do fim-de-semana na Terra da Chispa e topar-vos aos três, dous velhos e um novo amigo, aqui, na Angueira de Suso. Muitíssimo obrigado pola visita e os comentários, caros!!! :-)

      07-05-2007 @ 11:01
      Comentário de: o'lombar [Visitante]  
      o'lombar

      Um prazer, Suso, partilhar con vós esta esplanada (feita sobre recheio nenhum na ria http) com vistas às Cies e Ons…
      ei, o quê é um albricoque ou damasco? :-)

      07-05-2007 @ 19:37
      Comentário de: suso [Visitante]  
      suso

      Que o que é um albricoque ou damasco!? Perguntas-mo a sério!? Caro, necessitas um Vox! Aliás, um Viz. Extra-Viz ;-)

      Ao invés do que acontecia na mitologia grega, neste caso o prazer é do anfitrião ;-)

      P.S.: Acabo de conferir. Procura por “albaricoque” (com “a” intercalado) ou “damasco” se procurares no e-Estraviz e por “albricoque” (ou “damasco”) se procurares no Priberam.

      07-05-2007 @ 20:07
      Comentário de: o'lombar [Visitante]  
      o'lombar

      Já vi no Priberam, dúvida resolvida e aprendida. Um fruto, dous nomes :-) Pesquisara antes por “albricoque” no e-estraviz e nada saia…, alías, nunca distingui bem albaricoques de pessegos, nem a Siria da Jordania: Macedónias mentais. bjs a granell ;-)

      08-05-2007 @ 11:18
      Comentário de: suso [Visitante]  
      suso

      Ha, ha, ha!!! Na Grécia chamam-lhe Scópia à Macedónia e Constantinópoli a Istambul. “Macedonia is greek", dim eles na sua gíria. À Síria e à sua capital, Damasco, nom sei eu como lhe chamarám… Tutti frutti total!!! Tutto bene!!! :-)

      08-05-2007 @ 12:14