Sónia Shirsat: fadista indiana

Sónia Shirsat: fadista indiana

Link: http://macua.blogs.com/o_fado_e_portugal/2008/10/mundo-fado---sn.html


18.10.08

Fados vindos de Goa

LUÍS FILIPE RODRIGUES
Sónia Shirsat é uma fadista indiana que actuou em Lisboa há cerca de uma semana. Apesar de admirar algumas vozes da nova geração, tem em Amália uma das suas principais influências

Há cerca de uma semana, uma jovem fadista chamada Sónia actuou pela primeira vez no Museu do Oriente. Algo perfeitamente normal, não fosse o facto de o seu apelido ser Shirsat, um nome pouco habitual por estes lados, mas relativamente banal na região de Goa, na Índia, onde nasceu. O facto de uma jovem indiana vir a Lisboa cantar o fado pode causar algum espanto, e terá certamente ajudado a esgotar o anfiteatro colado ao Tejo, mas a canção de Lisboa tem uma vasta tradição na antiga capital da antiga Índia portuguesa.

"Em Goa há muita gente que canta o fado, principalmente na geração da minha mãe", explica, em inglês. "Não o fazem profissionalmente, é mais em casa ou em pequenas festas. Deve ser por isso que comecei a gostar, mas só o comecei a cantar há cinco anos."

Apesar de perceber aquilo que canta, Sónia Shirsat ainda não se sente à vontade para falar em português. Quando começou a cantar, por outro lado, não percebia sequer o idioma. "O primeiro fado que cantei foi Triste Sina, da Amália. Na altura não sabia uma única palavra em português". Foi a mãe que teve de traduzir a canção para inglês, para ela compreender aquilo que estava a cantar. "Tive a sorte de a minha mãe ser professora de Português", admite.

O tema de Amália não foi, porém, a primeira experiência portuguesa da fadista. "Foi O Pastor, dos Madredeus", revela. "Ajudou-me a ganhar uma competição de música portuguesa, em Goa. Foi aí que perceberam que cantava em português e me obrigaram a aprender o fado", brinca. E, não obstante dever muito ao projecto de Pedro Ayres de Magalhães, admite que "nunca os tinha ouvido antes de preencher o formulário de inscrição".

Apesar de ter chegado ao fado quase por acidente, hoje Sónia toca "pelo menos uma vez por mês" no seu país natal. As referências são as mais óbvias, indo desde Amália até à nova geração de Mariza ou Ana Moura. De momento, porém, a sua grande paixão é Raquel Tavares, que "adora". Ao nível dos principais fadistas portugueses, Sónia revela ainda um certo desconhecimento. "Não ouvi quase nada de Carlos do Carmo, nem sequer de [Alfredo] Marceneiro".

"Em Goa, 99% dos fados que chegam continuam a ser da Amália. Só agora é que começamos a ouvir os novos fadistas, e mesmo alguns mais antigos", revela. Este não é o único sinal de uma possível mudança. "O António Chainho fez um workshop na Índia e alguns músicos aprenderam a tocar guitarra portuguesa. Já há três pessoas no país que dominam o instrumento. Duas delas estão em Goa e uma toca no meu grupo."

Refere-se aos Fado Goa, a banda que ocasionalmente a acompanha ao vivo. Sónia também empresta a voz a outro projecto, os Status 4. "Cantamos muitos temas ingleses, como The Carpenters e outros grupos rock, também alguma Céline Dion e Shania Twain, por exemplo. E, claro, temas de Bollywood. Isso não pode mesmo faltar."

Fonte: http://dn.sapo.pt/2008/10/18/dngente/fados_vindos_goa.html

Escrito em 15-11-2008, na categoria: Fadistas
Chuza!

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