Uma senhora pediu-me o telemóvel, não percebi muito bem para quê. Expliquei-lhe que o meu era português, mas ela disse-me que não havia problema porque não sei que não sei quê. Aí mostrei-lhe que não tinha bateria, e ela respondeu-me ?C?est pas grave.? Ai não? E se eu quiser telefonar a alguém?
O pequeno-almoço tem sido certo, assim como também é certo comer qualquer coisa à noite. A noção de almoço é que desapareceu completamente. Nunca é certo.
A visita a Carcassonne acabou por correr mal. Tinha quase três horas e meia para ver tudo, e decidi logo de início que veria tudo, mas nas calmas. Comecei pela Bastide, uma zona quase ortogonal pós-medieval. Apesar de não existir nada de especialmente interessante, decidi ir rua a rua, de forma metódica. Se houvesse algo para ver, eu descobriria-o! Mas nada. As ruas eram invariavelmente iguais, todas com bastante comércio. A zona do castelo, que no mapa me parecera bem pequena, devia ser mais rápida de visitar. Foi só quando compreendi que me faltava pouco tempo e que a cidade velha era, na realidade, a parte mais interessante, é que comecei a acelerar. Como a estação não tinha cacifos, tive de andar três horas e meia com a trouxa às costas, sem grandes pausas. Vi o castelo e a cidade velha em passo de corrida, e foi com alguma alegria que vi que era necessário pagar para entrar. Aproveitei a deixa para me ir embora a tempo de apanhar o comboio.
Pelo que percebi da minha curta estadia, Carcassonne situa-se nas terras de OC (Languedoc), de cultura e línguas Occitana. Não deu para perceber muito mais, mas deu para ver uma matrícula com o OC em vez do F.
Finalmente provei o Croc Monsieur, que de alguma remota maneira deu origem à nossa francesinha. É bom, mas não notei parecenças.
BLOGADO ?S 04:45:39
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