De epifania em epifania, ocorreu-me uma às sete da matina, corria eu os serviços noticiosos azeris procurando informação mais detalhada e isenta (sem o crivo dos odiosos arménios, que corrompem tudo em que tocam) sobre a contestação popular em Ierevan. Ora, pensei, minha gata não tem nome ainda (eu normalmente falo assim, esquecendo a normal síntaxe. privilégio de poucos). E, pensei eu ainda melhor, com mais subtância, com mais vigor de quem agarra a vida pelos cornos e sabe e diz, vida, aqui estou eu! onde estás? eu estou aqui!!!
Dizia, gato sem nome é como um cego sem olhos. Destituído da razão de viver. Por isso pensei, e digo bem, pensei, chamar-lhe Anouska. Só lhe fica bem o nome. Ela é preta, é branca, é gata. Anouska é perfeito. E ficará ainda mais perfeita junto do meu outro felino, aquele animal pele de ouro e pelo de giboia, o Farrusco. Será ao volante da minha quadriga romana puxado pela minha Anouska e pelo meu Farrusco que invadirei as ruas e direi, sim!, sou eu, isto é uma quadriga, estes são os meus gatos, Anouska e Farrusco, sim!, eu disse gatos mas ela é uma gata, ela, a preta e branca, não o o outro, o outro é um siamês, não é preto e branco, basta olhar para ele. Ele, não ela.
-Mas, ó ser venerável, Anouska e Farrusco, para um sistema auditivo tão pobre como o dos gatos, não será confundível?
O povo não entende. Ninguém me entende!!! ahahhah hahaha (ai não era para rir? a minha magificiência permite-me tanto)
BLOGADO ?S 03:02:35
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