Em troca de correspondência com os STCP, fui cosendo a minha opinião sobre a atual rede de elétricos e (possíveis) desenvolvimentos futuros. Na primeira imagem encontra-se a rede atual: a vermelho a linha 1 (Cantareira ? Infante), a azul a linha 18 (Massarelos ? Carmo) e a amarelo a linha 22 (Carmo ? Guindais). A esquizofrenia desta rede é evidente. Se quiser fazer uma viagem mais comprida, digamos, entre a Batalha e o Castelo da Foz, teria de apanhar 3 (!) elétricos. Ou se apenas quero seguir até Massarelos, teria de conjugar 2 elétricos com frequências de meia hora.
O que sugeri à STCP, numa revolução de serviços mínimos (e que, como não contestaram, eu assumo que concordaram) era, de modo a rentabilizar a estrutura existente, e já que não existem entraves técnicos a impedi-lo, transformar as linhas 22 e 18 numa só linha, a começar nos Guindais (Batalha) e a acabar em Massarelos (marginal). Uma ideia simples, com a qual até o próprio guarda-freios concorda.
Pensando um pouco mais à frente, e sabendo que a rua de Mouzinho da Silveira ainda não foi renovada, outra pequena evolução poderia ser feita com a introdução dos carris e catenária nesta via (o que já foi falado antes), fazendo-se a ligação em São Bento à nova linha proposta.
São ideias simples e básicas. Apenas um início para a criação de uma rede de elétricos que, juntamente com os autocarros, poderiam servir como uma rede de segundo nível de transportes públicos no Grande Porto (a rede de primeiro nível será obviamente constituída pelo metro e pelos suburbanos).
Entretanto existe já uma linha que põe em prática parte do que refiro aqui, a Porto Tram City Tour, infelizmente apenas para turistas ou pessoas extremamente ricas (bilhete válido por 24 horas, mas custando 15 euros).
BLOGADO ?S 00:00:53
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e o que disseram dos stcp?
e já agora estaria a pensar usar os actuais eléctricos? é que eles parecem-me interessantes para passeios turísticos mas nada práticos para quem os quiser utilizar efectivamente como meio de transporte diário
estive em Melbourne durante 3 semanas e o único meio de transporte que utilizei foi o elétrico. como os elétricos estão neste momento no Porto é que servem apenas para entreter turistas e enfurecer os locais pelo desperdício de dinheiro.
o que responderam era que a minha proposta de prolongar o elétrico da Batalha até à Foz não funcionava para eles porque assim as frequências no resto da rede perderiam. ou seja, no troço comum (Foz-Massarelos) as frequências manteriam-se de 30 em 30 minutos, o que significaria que entre Massarelos - Batalha e Massarelos - Infante apenas passariam de hora a hora. não tem lógica nenhuma, inverteram o raciocínio. para não os confundir muito, desenhei apenas a proposta de fundir as linhas 22 e 18, já que mesmo para turistas são muito curtas, não tem sentido existirem 2 linhas. a argumentação deles para existirem 2 linhas é de que as planearam curtas para venderem pendentes, e tem de ser assim. ou seja, não tem sentido nenhum.